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PRINCÍPIOS DE CITOLOGIA E BIÓPSIA E EXAMES LABORATORIAIS PROF. DR. FELIPE MATOS Universidade Federal de Sergipe Campus Lagarto Núcleo de Odontologia EXAMES COMPLEMENTARES Introdução Conceito Complementar o método diagnóstico, com auxílio de exames subsidiários para confirmar o diagnóstico, exclusão diagnóstica e prospecção em segmentos populacionais. Introdução Tipos • Exames de Imagem • Exames Laboratoriais • Citologia esfoliativa • Biópsia • Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) • Exame por Congelação EXAMES COMPLEMENTARES EXAMES DE IMAGEM Indicações • Doença periodontal • Dentes impactados • Trauma facial • Tumefação • Documentação EXAMES DE IMAGEM Exame Radiográfico • Intra-bucal = periapical, interproximal e oclusal. EXAMES DE IMAGEM EXAMES IMAGINOLÓGICOS Exame Radiográfico • Extra-bucal = panorâmica, lateral de face, PA mento-naso (Waters) e axial de Hirtz. EXAMES IMAGINOLÓGICOS Sialografia syalo = glândula; grafia = imagem. radiografia com injeção de contraste. EXAMES IMAGINOLÓGICOS Ultrassonografia ou Ecografia imagens por meio de sons. exame das glândulas salivares. Glândulas Salivares: • Sialolitíase • Inflamação aguda • Inflamação crônica ULTRASSONOGRAFIA ULTRASSONOGRAFIA EXAMES IMAGINOLÓGICOS Cintilografia (L. scintilla = centelha; gráphein = escrever) utilização de radioisótopos para fornecer imagem demarcada de alguns tecidos. EXAMES IMAGINOLÓGICOS Tomografia computadorizada (TC) tomo = secção, corte. imagem por secção de corte. custo x benefício Sistema de obtenção de dados Sistema de processamento dos dados Sistema de visualização e armazenagem dos dados EXAMES IMAGINOLÓGICOS Tomografia de ressonância magnética nuclear imagens obtidas mediante um campo magnético e ondas de rádio-freqüência. campo magnético = 20 a 30x maior que o da terra. custo X risco X benefício. Ressonância Nuclear Magnética EXAMES LABORATORIAIS HEMATOLÓGICOS Introdução Conceito são os exames em que o sangue é utilizado como material de estudo. HEMATOLÓGICOS Coagulograma Detectar distúrbios da coagulação. Tempo de coagulação = tempo em que o sangue é capaz de formar um coágulo. Fibrina Método de Lee-White = 6 a 17min. Método de Wright. HEMATOLÓGICOS Coagulograma Tempo de sangria mede a capacidade dos vasos sangüíneos de se contraírem e reterem um tampão de sangue, quando cortados. Plaquetas. Método de Duke = 2 a 5 min. HEMATOLÓGICOS Tempo de protrombina é uma medida indireta da capacidade de coagulação do sangue. Via extrensínca VN = 11 a 13 segundos. Aumento TP = Doenças hepáticas, deficiência de vit. K, Dicumarol (droga anticoagulante). HEMATOLÓGICOS Tempo de tromboplastina parcial usado para avaliar deficiências congênitas do sistema intrínseco e comum da coagulação. VN = entre 60 e 70 segundos. Aumento TTP = Defeitos dos fatores I, II, VIII, IX. HEMATOLÓGICOS Contagem de plaquetas quantidade de plaquetas no sangue. VN = 150.000/ml a 450.000/ml aumento = anemia hemolítica diminuição = anemia perniciosa, púrpura trombocitopênica, uso de AAS. HEMATOLÓGICOS Hemograma Conceito estudo qualitativo e quantitativo das células sangüíneas. Indicações • Anemia, trombopatias, leucemia • Infecções e agranulocitose. HEMATOLÓGICOS Hemograma Eritrograma contagem global da série vermelha. • Hematimetria = número de hemácias. • Dosagem de hemoglobina = em 100ml de sangue. HEMATOLÓGICOS Hemograma Eritrograma • Hematócrito = parte sólida / líquida do sangue. • VCM = volume de uma hemácia (macro: alcoolismo, S. Down e microcítica: ferropriva, falciforme). HEMATOLÓGICOS Hemograma Eritrograma • HCM = quantidade de hemoglobina em uma hemácia. • CHCM = concentração de hemoglobina / eritrócito. HEMATOLÓGICOS Hemograma Leucograma contagem global da série branca. • Leucometria = contagem global dos leucócitos. • Leucometria diferencial = contagem isolada dos leucócitos. HEMATOLÓGICOS Leucometria diferencial • Neutrófilos neutropenia = diminuição do número de neutrófilos (viroses). neutrofilia = aumento do número de neutrófilos (neoplasias, insuficiencia renal aguda). HEMATOLÓGICOS Leucometria diferencial • Linfócitos linfocitose = aumento do número de linfócitos (rubéola, sarampo, CMV). linfocitopenia = diminuição do número de linfócitos (infecção pelo HIV). HEMATOLÓGICOS Leucometria diferencial • Monócitos monocitose = aumento do número de monócitos (infecções crônicas). monocitopenia = diminuição do número de monócitos (corticóides). HEMATOLÓGICOS Leucometria diferencial • Eosinófilos eosinofilia = aumento do número de eosinófilos (alergia). • Basófilos basofilia (discrasias sangüíneas). EXAME DE URINA Rotina do complexo pré-operatório. AVALIAR: . Densidade nível de hidratação. . Cor pigmentos endógenos ou exógenos. . Aspecto turvação (bactérias, hemácias). . pH troca de H+ pelo Na+ pelos túbulos renais. EXAME DE URINA Rotina do complexo pré-operatório AVALIAR: . Glicosúria diabete. . Acetonúria combustão incompleta de carboidratos. . Hematúria hemólise. . Bilirrubina doença hepática. EXAMES BIOQUÍMICOS Glicemia = dosagem de glicose. Descobrir se existe alteração no metabolismo da glicose. hiperglicemia = aumento (diabetes). hipoglicemia = diminuição (tumores pâncreas). VN = 80-120mg/dl.EXAMES BIOQUÍMICOS Dosagem de cálcio Hipocalcemia = diminuição do cálcio (deficiência de vitamina D). Hipercalcemia = aumento do cálcio (tumores ósseos). EXAMES BIOQUÍMICOS Dosagem de fósforo hipofosfatasia = diminuição do fósforo (tumores ósseos), hiperparatireoidismo. hiperfosfatasia = aumento da dosagem de fósforo (hipoparatireoidismo). EXAMES BIOQUÍMICOS Dosagem de fosfatase alcalina enzima que degrada substâncias que têm grupos fosfato. aumentada em tumores ósseos metastáticos. EXAMES SOROLÓGICOS Detectam alterações específicas de determinada doença. VDRL = Veneral Disease Research Laboratory (sífilis). Reação de Montenegro = leishmaniose. EXAMES SOROLÓGICOS ELISA = AIDS Reação de Mantoux = tuberculose Reação de Mitsuda = Hanseníase. Reação de Sabin e Feldman = Toxoplasmose CITOLOGIA ESFOLIATIVA CITOLOGIA ESFOLIATIVA Introdução Papanicolaou & Traut (1943) idealizaram a técnica = colpocitologia. Muller et. al. (1951) citologia na mucosa bucal. Folson et. al. (1972) justificativa da técnica. CITOLOGIA ESFOLIATIVA Indicações Infecções fúngicas (candidose); Doenças auto-imunes (pênfigo); Infecções virais (herpes simples). CITOLOGIA ESFOLIATIVA Introdução Conceito exame que utiliza células esfoliadas para análise microscópica. Vantagens Método simples (sem anestesia); Rápido e de Baixo custo. CITOLOGIA ESFOLIATIVA Introdução Desvantagens Evidencia apenas lesões superficiais; Biópsia para confirmação. CITOLOGIA ESFOLIATIVA Contra-indicações Lesões profundas cobertas por mucosa normal; Lesões com necrose superficial; Lesões ceratóticas. Técnica Citologia esfoliativa Técnica Citologia esfoliativa Técnica Citologia esfoliativa CITOLOGIA ESFOLIATIVA Classificação (Papanicolaou) Classe 0 = material inadequado para exame. Classe I = células normais. Classe II = células atípicas, mas sem evidência de malignidade. Classe I normal Classe II normal CITOLOGIA ESFOLIATIVA Classificação (Papanicolaou) Classe III = células sugestivas, mas não conclusivas de malignidade. Classe III CITOLOGIA ESFOLIATIVA Classificação (Papanicolaou) Classe IV = células fortemente sugestivas de malignidade. Classe V = células indicando malignidade. Conceito Finalidade Indicações Técnica Classe IV Classe V BIÓPSIA BIÓPSIA Introdução Generalidades Técnica simples Receio dos profissionais Biópsia X Metástase BIÓPSIA Biópsia X Metástase BIÓPSIA Conceito Etimologia grego: bios = vida; opsis = visão. Remoção de tecido, para exame e diagnóstico histopatológico. BIÓPSIA Indicações Lesão cujos aspectos clínicos não permitem definir o diagnóstico: • Diagnóstico diferencial nódulos, úlceras, lesões negras, brancas e vermelhas, etc. BIÓPSIA Indicações Tecidos removidos cirurgicamente sem diagnóstico prévio; Lesões intra-ósseas não diagnosticadas pela radiografia. BIÓPSIA Contra-Indicações * diabetes Doenças sistêmicas * hipertensão * anemia Hemangioma ? Melanoma ? BIÓPSIA Tipos de Biópsia Excisional Remoção total (lesões menores) Incisional Remoção parcial (lesões extensas) Punch (descartável) Punch (inox) BIÓPSIA COM PUNCH Biópsia incisional com saca-bocados Pinça de Hartman Biópsia por punção BIÓPSIA Princípios da Técnica Assepsia e antissepsia; Anestesia periferia; Instrumental ótimas condições; Evitar manipulação exagerada dos tecidos. BIÓPSIA Princípios da Técnica Sólido = vidro com formol a 10%; Volume do formol Líquido = lâmina de vidro (álcool/éter) BIÓPSIA Encaminhamento ao Laboratório Tampar bem o vidro; Rótulo = nome paciente, nome profissional e data; Ficha de Biópsia = mais completa possível. BIÓPSIA “ A escolha da técnica depende do bom senso do profissional.” Exame clínico Hipóteses diagnósticas ? Conduta clínica ? BIÓPSIA INCISIONAL BIÓPSIA BIÓPSIA SUTURA BIÓPSIA Principais causas de falhas das biópsias Falta de representatividade do material; Manipulação inadequada do tecido; Fixação inadequada; Injeção de anestésico no interior da lesão. BIÓPSIA Principais causas de falhas das biópsias Uso de anti-sépticos corantes; Informações deficientes; Troca de material pelo clínico ou pelo laboratório. EXAME DE CONGELAÇÃO EXAME DE CONGELAÇÃO Conceito = exame feito no trans- cirúrgico, por meio de congelamento do tecido. Finalidades Margem de segurança Benigna ou maligna BIÓPSIA POR CONGELAÇÃO PUNÇÃO ASPIRATIVA COM AGULHA FINA (PAAF) PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) Conceito: É a retirada de células por meio de uma agulha fina, a qual é introduzida no interior da lesão e com movimentos rápidos é feita a coleta do material. PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) Indicações • Diferenciar tumores benignos de malignos; • Glândulas salivares maiores; • Massas cervicais; • Tireóide e mama PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) Vantagens • Taxa de complicações extremamente baixa; • Excelente aceitação pelos pacientes; • Não produz cicatrizes;• Não necessita de anestesia; • Pode ser repetida. PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) Técnica: Material • Cito-aspirador; • Agulhas = 2cm, calibre 24; • Seringas: plásticas descartáveis de 10ml; • Lâminas para microscopia; • Fixação = álcool 95%. (PAAF) PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) Técnica • Preparo do paciente; • Antissepsia = álcool 70% • Coleta do material PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) Técnica • Curativo compressivo no local; • Dispersar o material em lâminas de microscopia; • Colocar na solução fixadora; • Encaminhar para o patologista. (PAAF) (PAAF) (PAAF) (PAAF) Coloração de Diff-Quick Papanicolaou Cell block = conteúdo da seringa; centrífuga; ágar; HE. Colorações (PAAF) Panóptico (Diff-Quik) Cell-block = HE Papanicolaou Diagnóstico T. de Warthin PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) Principais Falhas • Amostra insuficiente; • Agulha inserida tangencialmente à lesão; • Área central necrótica, hemorrágica ou cística; • Pequena lesão maligna adjacente a uma lesão benigna; • Lesões fibroelásticas pobres em células. (PAAF) EXAMES COMPLEMENTARES Conclusões Para solicitar exames complementares, as hipóteses diagnósticas devem ser bem orientadas; O conhecimento do mecanismo da metástase, nos faz desacreditar na disseminação de células cancerosas, a partir da biópsia; A biópsia é o principal meio de diagnóstico do câncer bucal.
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