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aula 6 cistos de desenvolvimento

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CISTOS NÃO 
ODONTOGÊNICOS 
 
Prof. Dr. Felipe R. Matos 
Universidade Federal de Sergipe 
Campus Lagarto 
Núcleo de Odontologia 
DEFINIÇÃO 
 Cisto é uma cavidade patológica 
revestida internamente por epitélio, 
contendo ou não alguma substância 
em seu interior. 
CISTO NASOLABIAL 
 Raro cisto de desenvolvimento que ocorre 
no lábio superior, lateralmente à linha média. 
PATOGÊNESE 
a) remanescentes epiteliais retidos ao longo 
da linha de fusão dos processos nasal lateral, 
nasal mediano e maxilar; 
b) epitélio do sulco nasolacrimal. 
ASPECTOS CLÍNICOS E 
RADIOGRÁFICOS 
- tumefação do lábio superior, lateral à 
linha média; 
- elevação da asa do nariz; 
- apagamento do sulco nasolabial; 
- obstrução nasal homolateral; 
- prevalência nas 4a e 5a décadas de vida; 
- predileção pelo gênero feminino em 3:1; 
- desvio da linha do assoalho nasal. 
ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS 
- revestimento interno por epitélio 
colunar pseudo-estratificado; 
- presença de células caliciformes e 
ciliadas; 
- áreas de epitélio cúbico ou escamoso; 
- cápsula de tecido conjuntivo fibroso; 
- presença de infiltrado inflamatório 
crônico na cápsula de lesões infectadas. 
CISTO DO DUCTO NASOPALATINO 
 Cisto de desenvolvimento não-
odontogênico localizado no conduto 
nasopalatino. 
PATOGÊNESE 
- remanescentes epiteilais do ducto 
nasopalatino na linha de fusão entre os 
palatos primário e secundário. 
ASPECTOS CLÍNICOS E 
RADIOGRÁFICOS 
- prevalência nas 4a e 6a décadas de vida; 
- predileção pelo gênero masculino; 
- tumefação da região anterior do palato; 
- drenagem de exudato serofibrinoso; 
- sintomatologia dolorosa ocasional; 
- área radiotransparente bem circunscrita 
na região apical dos incisivos centrais. 
ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS 
- revestimento interno por epitélio: 
a) escamoso estratificado; 
b) colunar pseudo-estratificado 
c) colunar simples; 
d) cúbico simples; 
- células caliciformes e ciliadas; 
- cápsula de tecido conjuntivo fibroso; 
- presença de nervos, artérias, veias e 
glândulas mucosas na cápsula; 
- presença de infiltrado inflamatório 
crônico na cápsula de lesões infectadas. 
CISTO PALATINO MEDIANO 
 Cisto de desenvolvimento não-
odontogênico localizado na linha média 
do palato duro, em região mais posterior. 
PATOGÊNESE 
- remanescentes epiteilais retidos na 
linha de fusão dos processos palatinos 
da maxila. 
ASPECTOS CLÍNICOS E 
RADIOGRÁFICOS 
- tumefação flutuante ou firme; 
- localização posterior à papila incisiva; 
- prevalência entre adultos jovens; 
- tamanho aproximado de 2,0 x 2,0 cm; 
- sintomatologia dolorosa ocasional; 
- área radiotransparente bem circunscrita 
na linha média do palato. 
ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS 
- revestimento interno por epitélio 
escamoso estratificado; 
- raramente epitélio pseudo-estratificado 
ciliado; 
- cápsula de tecido conjuntivo fibroso; 
- presença de infiltrado inflamatório 
crônico na cápsula conjuntiva. 
CISTO DO DUCTO TIREOGLOSSO 
 Cisto de desenvolvimento não-
odontogênico localizado na linha média do 
pescoço em posição supra ou infra-hióidea. 
PATOGÊNESE 
- remanescentes epiteilais do ducto 
tireoglosso embrionário, formado entre a base 
da língua e o lóbulo piramidal da tireóide. 
ASPECTOS CLÍNICOS 
- tumefação móvel, flutuante e indolor; 
- localização supra ou infra-hióidea; 
- prevalência nas duas primeiras décadas; 
- tamanho aproximado de 3,0 x 3,0 cm; 
- desenvolvimento de fístula cutânea nos 
cistos infectados. 
ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS 
- revestimento interno por epitélio: 
a) escamoso estratificado; 
b) colunar pseudo-estratificado; 
c) cúbico simples; 
- tecido tireoidiano ocasioanal na parede 
do cisto; 
- cápsula de tecido conjuntivo fibroso; 
- presença de infiltrado inflamatório 
crônico na cápsula de lesões infectadas. 
CISTO LINFOEPITELIAL ORAL 
 Cisto de desenvolvimento não-
odontogênico localizado no assoalho bucal, 
superfície ventral da língua ou palato mole. 
PATOGÊNESE 
- remanescentes do epitélio bucal primitivo 
invaginado para dentro do tecido linfóide 
bucal. 
ASPECTOS CLÍNICOS 
- tumefação móvel, flutuante e indolor; 
- prevalência entre adultos jovens; 
- tamanho pequeno de 1,0 a 1,5 cm; 
- lesão de coloração branca ou 
amarelada. 
ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS 
- revestimento interno por epitélio 
escamoso estratificado paraceratinizado; 
- cavidade cística preenchida por ceratina 
descamada; 
- tecido linfóide na parede do cisto, 
podendo circundar toda a lesão; 
- cápsula de tecido conjuntivo fibroso. 
CISTO EPIDERMÓIDE 
 Cisto derivado do infundíbulo do 
folículo piloso do epitélio cutâneo. 
PATOGÊNESE 
- implantação traumática do epitélio 
cutâneo na intimidade dos tecidos bucais; 
- distúrbios do desenvolvimento do tipo 
coristoplasias. 
ASPECTOS CLÍNICOS 
- massa tecidual de consistência 
borrachóide; 
- localização predominante no assoalho 
bucal; 
- prevalência entre adultos jovens; 
- tamanho variável com crescimento lento; 
- lesão de coloração branca ou amarelada. 
- Múltiplos: síndrome de Gardner  
osteomas, pólipos intestinais. 
ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS 
- revestimento interno por epitélio 
escamoso estratificado ortoceratinizado; 
- camada epitelial granulosa evidente; 
- cavidade cística preenchida por 
ortoceratina descamada; 
- cápsula de tecido conjuntivo fibroso; 
- presença de infiltrado inflamatório 
crônico mononuclear na cápsula cística. 
CISTOS DERMÓIDE E TERATÓIDE 
 Malformações císticas ou 
teratomatosas, geralmente de natureza 
congênita. 
PATOGÊNESE 
- permanência de células embrionárias 
ou blastômeros totipotentes junto aos 
tecidos bucais. 
ASPECTOS CLÍNICOS 
- massa tecidual de consistência 
borrachóide; 
- localização predominante na linha média 
do assoalho bucal; 
- prevalência entre adultos jovens; 
- tamanho variável com crescimento lento; 
- lesão de coloração branca ou amarelada. 
ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS 
- revestimento interno por epitélio escamoso 
estratificado ortoceratinizado; 
- cavidade cística preenchida por ceratina 
descamada; 
- presença de folículos pilosos, glândulas 
sebáceas e/ou sudoríparas na cápsula.; 
 Músculo liso, osso, cartilagem ou 
revestimento gastrintestinal somandos às 
estruturas acima caracterizam cisto teratóide.

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