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Cronoanálise - A Divisão de uma operação em elementos

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Artigos sobre Cronoanálise 
www.betagama.com.br 
A Divisão de uma operação em elementos 
 
 Cronometrar o ciclo completo de uma peça numa determinada operação 
não fornece subsídios para se fazer um bom trabalho de Cronoanálise. Dividir uma 
operação em elementos é fundamental, pois enriquece muito a análise a ser feita sobre a 
operação, permitindo um estudo mais aprofundado do método e consequentemente 
obtendo-se conhecimento suficiente para melhorá-lo. 
 
 Sendo mais específico, a divisão da operação em elementos: 
 
• Facilita a identificação de elementos estranhos e anormais. 
• Permite identificar elementos de espera e quantificá-los. 
• Torna possível visualizar e mensurar tempos de espera ou mesmo tempos 
de “hesitação” do operador, onde ele pode titubear, vacilar ou ficar 
indeciso, sendo, portanto, fatores de desperdício de tempo. 
• Permite identificar os elementos realmente necessários à operação. 
• Permite criar-se um gráfico de “paretto” para identificar quais elementos 
demandam mais tempo na operação. 
 
Assim, há muitos detalhes dentro do ciclo de uma peça que podem não ser 
identificados numa cronometragem apenas do ciclo completo. É muito comum 
encontrar operadores que hesitam ao realizar certos movimentos, como por exemplo, 
pegar uma arruela num pote cheio de arruelas. Não é necessário que o operador perca 
tempo olhando para o pote, desperdice tempo de esforço de concentração visual, 
escolhendo qual arruela pegar para depois olhar novamente para a máquina e alimentá-
la. O pote assim como as arruelas estarão sempre no mesmo lugar, as arruelas são todas 
iguais (ou deveriam ser), portanto não é preciso perder tempo “olhando” para elas. 
 
Também é comum a presença de elementos anormais que modificam a 
seqüência de movimentos de forma exagerada, como por exemplo, uma rebarba 
dificultando o encaixe da peça na ferramenta. E mesmo de elementos estranhos como o 
Artigos sobre Cronoanálise 
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operador deixar cair uma ferramenta ou um componente no chão. Vale lembrar que tudo 
isto deve ser analisado e não simplesmente descartado do tempo padrão, pois podem 
indicar oportunidades de melhoria. 
 
Para dividir uma operação em elementos é necessário formar um conceito de 
elemento. “Um elemento consiste de um ou mais movimentos que formam uma parte 
significativa de todo o ciclo”. Exemplo para um ciclo de uma operação de rebitagem: 
 
1. Pegar arruela com a mão direita e a rebite com a mão esquerda e colocar no 
dispositivo. 
2. Acionar bimanual. 
3. Rebitar. 
4. Pegar conjunto do dispositivo com a mão direita e dispor na esteira. 
 
Convém que estes elementos sejam compostos de movimentos homogêneos, 
periódicos, de curta duração, mas que possam ser cronometrados (superior a 4 
centésimos de minuto). É importantíssimo identificar pontos de separação claros entre 
os elementos, onde começa e onde termina cada elemento de forma exata, para uma 
marcação exata dos tempos. 
 
No exemplo acima, o elemento 1 poderia começar quando o operador finaliza o 
elemento 4, ou seja, quando o movimento dispor é terminado, ou ainda, quando a peça 
toca a esteira. 
 
Observe ainda que o elemento 1 poderia ser ainda divido em dois elementos, um 
para o movimento “pegar” e outro para o movimento “colocar”, isto pode depender da 
característica/complexidade do elemento ou se sua duração é cronometrável. 
 
Também é importante identificar alguns detalhes do movimento, como por 
exemplo, como as mãos e os pés são utilizados. Lembre-se: a divisão em elementos 
deve ter informações suficientes para reconstruir completamente o ciclo da peça. 
Artigos sobre Cronoanálise 
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No próximo artigo, falaremos sobre os conceitos de tempo na Cronoanálise. 
 
Nota de Autoria: 
Douglas Moura Miranda, graduado em Engenharia de Controle e Automação pela UNICAMP, Doutor em 
Engenharia de Produção pela UFMG. Especializado em métodos de melhoria de processos como: Lean 
Six Sigma, Cronoanálise, Logística e Pesquisa Operacional. 
douglasmiranda@gmail.com

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