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Adenocarcinoma gástrico Patologia - 95% de todas as neoplasias gástricas malignas são adenocarcinomas. Outros 5 % incluem o carcinoma de células escamosas, o adenoacantoma, os tumores carcinoides, os tumores estromais gastrointestinais (GlSTsí) e o linfoma. - Classificação de Borrmann: Tipo 1: lesões polipoides ou fungiformes. Tipo 2: lesões ulceradas, rodeadas por bordas elevadas. Tipo3: lesões ulceradas com infiltrações na espessura da parede gástrica. Tipo 4: lesões difusamente infiltradas. Tipo 5: lesões que não se enquadram em nenhuma das outras categorias - Classificação de Lauren: Tipo intestinal Tipo difuso - Classificação segundo a OMS: Adenocarcinoma Papilar Tubular Mucinono Em anel de sinete Carcinoma de células adenoescamosas Carcinoma de células escamosas Carcinoma indiferenciado Carcinoma não classificado - Metaplasia intestinal, pode ser de três tipo: Tipo 1 (completa): caracteriza-se pela presença de células absortivas, células de Paneth e células caliciformes secretando sialoicunas. Tipos 2 e 3 (incompletos): caracterizam-se pela presença de células colunares e caliciformes secretando sialomucinas, sulfomucinas ou ambas. Avaliação pré-operatória Uma vez confirmado o diagnóstico de câncer gástrico, estudos adicionais devem incluir hemograma completo, bioquímica sanguínea devendo incluir os testes de função hepática, estudos de coagulação, radiografia de tórax e TC do abdome. Em mulheres, uma TC da pelve ou uma ultrassonografia pélvica também é recomendada. A TC do tórax pode ser necessária para os cânceres gástricos proximais. A TC pode detectar prontamente a presença de doença metastática visceral, assim como ascite maligna. Tratamento cirúrgico - Deve ser adaptado à extensão e localização da doença. - Por possuírem uma extensa disseminação intramural, é necessária uma margem de dessecação de 6cm livre de doença microscópica. Tumores da cárdia e da parte proximal - Responsáveis por 35-50% dos adenocarcinomas - Raras ressecções curativas - A ressecção gástrica proximal resulta em maior morbidade e mortalidade comparada com a gastrectomia total ou distal. - A gastrectomia total deve ser considerada o procedimento de escolha para as lesões gástricas proximais. Tumores distais - Aproximadamente 35% de todos os canceres gástricos - Não há diferença na sobrevida de pacientes submetidos a gastrectomia subtotal e total, sendo assim, ambas podem ser realizadas. Tratamento paliativo - Necessário pois, 20-30% dos pacientes já apresentam doença em estágio IV - O objetivo é o tratamento dos sintomas com morbidade mínima. - É necessário um estadiamento para a escolha do melhor paliativo: Ressecção (contenção de sangramento) Cirurgia (desobstrução do canal gástrico, próteses) Radioterapia Terapia adjuvante - Quimioterapia e Radioterapia Estudo do Southvtrest Cancer Oncology Group (INT-OGMS). - Grupo 1: somente cirurgia, sobrevida de 27 meses. - Grupo 2: Cirurgia + Quimioterapia e Radioterapia, 36 meses. Estudo randomizado MRC britânico (MAGIC) - Grupo 1: somente cirurgia, sobrevida de 5 anos, ~23% - Grupo 2: cirurgia + quimioterapia e radioterapia, sobrevida de 5 anos, ~ 39% Tratado de cirurgia – SABISTAN Tratamento Terapia cirúrgica - Possível em apenas 25-30% dos casos - Única modalidade que isoladamente apresenta chance de cura Tumor distal - Realiza-se gastrectomia total ou subtotal, com ressecção dos linfonodos na porta hepática e na cabeça do pâncreas. Tumor proximal - Realiza-se gastrectomia total para obtenção de margem cirúrgica adequada. Pancreatomia distal e esplenectomia também podem ser realizadas. - Mesmo se a cura não for possível de ser atingida, a cirurgia pode ser realizada visando conter sangramentos e eliminar obstruções. Terapia clinica - O câncer gástrico é um dos poucos tumores gastrointestinais que é relativamente responsivo à quimioterapia. Após Gastrectomia Fluoropirimidina oral, 80 mg por dia, por 4 semanas seguida por 2 semanas sem, repetindo em ciclos de 6 semanas por 1 ano, começando 6 semanas após a cirurgia. Como estratégia adjuvante, melhora significativamente a sobrevida em 3 anos de 70% a 80%. Epirrubicina, Cisplatina e Fluorouracil, administrada antes e após a cirurgia, aumenta significativamente a sobrevida em 5 anos, de 23% a 36%, em pacientes com câncer gastroesofágico ressecável. Fluorouracil e Leucovorina + Radioterapia, demonstrou melhorar a sobrevida mediana de 27 para 36 meses, em comparação com a cirurgia isoladamente. Apenas quimioterapia????? - Combinação, que podem render taxas de resposta parciais de 35% a 50%. ECF (mais popular na Europa): Epirrubicina, 50 mg/m2 no dia 1 Cisplatina, 60 mg/m2 no dia 1 5-Fluorouracil, 200 mg/m2/dia em infusão contínua por meio de um instrumento de acesso venoso central administrado por o todo o tratamento, repetindo a cada 21 dias por um máximo de 8 ciclos. CF (infusão de): 5-Fluorouracil, 1.000 mg/m2/dia por 4 dias; Cisplatina, 75 a 100 mg/m2 no dia 1 a cada 4 semanas; DCF Docetaxel [Taxotere®],75 mg/m2 no dia 1; Cisplatina, 75 mg/m2 no dia 1; 5-Fluorouracil, 750 mg/m2/dia por 5 dias a cada 3 semanas Ou Capecitabina + Cisplatina Métodos gerais - Atenção para com a nutrição do paciente, (alimentação enteral jejunal ou nutrição parenteral total). - Correção das alterações metabólicas que surgem com os vômitos e/ou diarreia. - Tratamento de infecção por aspiração ou peritonite bacteriana espontânea.
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