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[MATERIAL COMPILADO] Direito Constitucional Controle de constitucionalidade 1 Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade

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14/03/2010 
MATERIAL COMPILADO 
Caio Marinho 
Direito Constitucional – Controle de Constitucionalidade 
Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade 
 
1 
 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS 
 
1)CONSTITUIÇÃO DE 1.824 
 
 -influência da CONSTITUIÇÃO FRANCESA. 
 
 -não tratava sobre controle de constitucionalidade, apenas previa que o legislativo deveria zelar 
pela guarda da constituição. 
 
 -justificativas históricas: 
 �o controle de constitucionalidade era algo recente. [Marbury x Madison (1.803)] 
 
 �noção da época era que cabia ao legislativo interpretar suas leis. 
 
 �existência do PODER MODERADOR. 
 
�a forma de governo adotada pela CONSTITUIÇÃO DE 1.824 era a MONARQUIA, o que justifica uma certa 
aversão à noção de controle. Por tal a razão, a possibilidade do judiciário reconhecer a invalidade de 
uma lei não era muito aceita. 
 
2)CONSTITUIÇÃO DE 1.891 
 
 -foi influenciada pela CONSTITUIÇÃO AMERICANA. 
 
 -a constituição em si não trata muito sobre o controle de constitucionalidade, apenas prevê que 
todos, e não somente o legislativo, devem zelar pela constituição. Mas é sob a sua égide que surge a 
possibilidade do CONTROLE DIFUSO. 
 
 -previsão do CONTROLE DIFUSO no ordenamento surge com a Lei 221 de 1.894. Esta lei foi 
responsável pela criação da JUSTIÇA FEDERAL e, em seu art. 13, § 10, dispunha que: “os juízes e tribunais 
apreciarão a validade das leis e regulamentos manifestamente incompatíveis com as leis e com a 
constituição”. 
 
 -nesse momento o Brasil teve CONTROLE DIFUSO POR LEI. 
 
3)CONSTITUIÇÃO DE 1.934 
 
14/03/2010 
MATERIAL COMPILADO 
Caio Marinho 
Direito Constitucional – Controle de Constitucionalidade 
Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade 
 
2 
 -foi influenciada pela CONSTITUIÇÃO ALEMÃ. 
 
 -novidades no âmbito do controle de constitucionalidade: 
 
 i)previsão de competência concorrente entre UNIÃO e ESTADO PARA A GUARDA DA CONSTITUIÇÃO. 
 
 ii)surgimento do CONTROLE CONCENTRADO pela ADI INTERVENTIVA. 
 
 �a possibilidade de INTERVENÇÃO como forma de assegurar a observância dos 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS estava condicionada ao seguinte procedimento: a lei que determinasse a 
intervenção, por provocação do Procurador Geral da República, deveria ser apreciada pelo Supremo. 
 
 �STF apreciava a constitucionalidade de uma lei por provocação do PGR. 
Somente se houvesse declaração de sua constitucionalidade é que seria possível a realização da 
intervenção. 
 
�atenção: o controle concentrado dessa época em muito se diferencia do controle atual. Somente a 
Lei interventiva é que poderia sofrer controle concentrado no STF. 
 
 iii)previsão da CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. [art. 169, Constituição de 1.934] 
 
 �a DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE somente poderia ser declarada pela 
manifestação da MAIORIA DA TOTALIDADE DOS MEMBROS DO TRIBUNAL. 
 
3)CONSTITUIÇÃO DE 1.937 
 
 -foi influenciada pela Constituição Polonesa. 
 
 -denominada de Constituição Polaca, foi marcada pelo período ditatorial, fato que justifica a 
supressão das idéias de controle. 
 
 -controle de constitucionalidade na CF/37: 
 
 i)FOI MANTIDA A CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. 
 
 ii)POSSIBILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, JUNTAMENTE COM A PARTICIPAÇÃO DO LEGISLATIVO, AFASTAR 
OS EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE realizada pelo JUDICIÁRIO. 
 
 �o PRESIDENTE DA REPÚBLICA, julgando que a LEI DECLARADA INCONSTITUCIONAL fosse 
NECESSÁRIA AO BEM ESTAR DO POVO ou ESSENCIAL PARA A PROMOÇÃO DO INTERESSE NACIONAL, poderia submeter ao 
14/03/2010 
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Caio Marinho 
Direito Constitucional – Controle de Constitucionalidade 
Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade 
 
3 
Parlamento a apreciação da questão. Havendo a ratificação do posicionamento adotado pelo 
Presidente (2/3 DOS MEMBROS DE CADA CASA) a lei continuaria produzindo efeitos. 
 
�trata-se de uma hipóteses em que a lei já declarada inconstitucional poderia continuar produzindo 
efeitos. Essa idéia é repetida no fenômeno da MODULAÇÃO DOS EFEITOS da DECLARAÇÃO DE 
INCONSTITUCIONALIDADE. [art. 27, Lei 9.868/99] 
 
4)CONSTITUIÇÃO DE 1.946 
 
 -o texto da Constituição de 1.946, em si, não trouxe novidades em matéria de controle de 
constitucionalidade. 
 
[EMENDA CONSTITUCIONAL 16 DE 1.965] � marco histórico importante. 
 
 �surge a previsão da REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE, com legitimidade ativa restrita ao 
PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA. Representa a ampliação do que pode ser OBJETO DO CONTROLE 
CONCENTRADO. 
Dúvida: a representação de inconstitucionalidade tem as mesmas características da ADI Genérica??? 
Questão do GEAGU 
 
[ATO INSTITUCIONAL N. 5, 1.9__] � marco histórico importante 
 
 -previsão de que os atos praticados de acordo com o AI-5 e os seus atos complementares não 
podiam ser objeto de apreciação judicial, ou seja, havia impossibilidade de controle de 
constitucionalidade para tais situações. [art. 11, AI-5] 
 
 -imunidade dos atos da ditadura frente ao controle de constitucionalidade. 
 
5)CONSTITUIÇÃO DE 1.967 e EC 69 
 
 -não inovaram em matéria de controle. 
 
6)CONSTITUIÇÃO DE 1.988 
 
 -inovações trazidas: 
 i)ampliação da legitimidade da ADI Genérica. 
 ii)previsão da ADI por omissão; 
 iii)previsão da ADPF; 
 iii)EC 3/__ criou a ADC e a ADPF; 
 
FUNDAMENTOS DO CONTROLE : 
14/03/2010 
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Caio Marinho 
Direito Constitucional – Controle de Constitucionalidade 
Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade 
 
4 
 
 �RIGIDEZ CONSTITUCIONAL 
 
 �SUPREMACIA DA CF 
 
�“A relação entre controle de constitucionalidade e constituição rígida é tamanho que onde inexistir o controle a Constituição 
será flexível, por mais que se autodenomine rígida” (Alexandre de Moraes) 
 
 -presunção relativa de constitucionalidade das leis e dos atos normativos. 
 �fundamento: 
 �elaborada pelos representantes do povo, em princípio observando a constituição; 
 �segurança jurídica. 
 
 �a declaração de inconstitucionalidade é a ultima ratio. 
 
 �dilema contramajoritário: norma criada pelo legislador (legitimado pelo voto popular) x inconstitucionalidade 
reconhecida pelo judiciário. 
 
�ELEMENTOS DA CONSTITUIÇÃO [classificação feita por JAS] 
 1)ELEMENTOS ORGÂNICOS: regulamentam a estrutura do Estado e do Poder. 
 �TITULO 3 – DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO. 
 �TÍTULO 4 – DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES. 
 �TÍTULO 5, CAP. II – DAS FORÇAS ARMADAS. 
 �TÍTULO 5, CAP. III – DA SEGURANÇA PÚBLICA. 
 
 2)ELEMENTOS LIMITATIVOS: regulamentam a atuação do poder estatal. 
 �TITULO 2 – DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS, exceto o cap. II (DOS DIREITOS SOCIAIS). 
 �TÍTULO 7 – DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA. 
 
 3)ELEMENTOS SÓCIO-IDEOLÓGICOS: identificam a ideologia adotada pelo constituinte. 
 �TITULO 2, CAP. II – DOS DIREITOS SOCIAIS 
 �TITULO 7 – DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA 
 �TITULO 8 – DA ORDEM SOCIAL 
 
 4)ELEMENTOS DE ESTABILIZAÇÃO CONSTITUCIONAL: asseguram a vigência das normas constitucionais em situações de 
conflito, garantem a defesa da constituição e das instituições democráticas. 
 �art. 102, II, a – STF como tribunal constitucional. 
 �arts. 34 a 36 – possibilidade de intervenção Federal e Estadual. 
 �TITULO 5 – DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUINÇÕES DEMOCRÁTICAS 
 
 5)ELEMENTOS FORMAIS DE APLICABILIDADE: estabelecem regras de aplicação da constituição.�PREÂMBULO. 
 �ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS – ADCT. 
14/03/2010 
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Caio Marinho 
Direito Constitucional – Controle de Constitucionalidade 
Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade 
 
5 
 �art. 5º, § 1º – aplicabilidade imediata das normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais. 
 
 -classificação da inconstitucionalidade: 
 CRITÉRIO: 
 1)INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL: [INCONSTITUCIONALIDADE NOMODINÂMICA] 
 2)INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL: [INCONSTITUCIONALIDADE NOMOESTÁTICO] 
 
1)INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL: [INCONSTITUCIONALIDADE NOMODINÂMICA] 
 a1)PROPRIAMENTE DITA: violação do PROCEDIMENTO LEGISLATIVO (desde iniciativa até publicação). 
 �é aquela que em que o ato normativo viola o procedimento estabelecido para sua criação 
 -subclassificação: 
 a)SUBJETIVA: viola às regras de iniciativa. 
 b)OBJETIVO: viola às regras o procedimento. 
 
 a2)INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL ORGÂNICA: violação de REGRA DE COMPETÊNCIA. 
 �norma do estado de SP regulamentando o interrogatório por videoconferência � STF entendeu que seria 
matéria de processo, nesse sentido, somente a União poderia legislar 
 
�VÍCIO DE INICIATIVA E AS EMENDAS CONSTITUCIONAIS: segundo o STF, o VÍCIO FORMAL (INICIATIVA REALIZADA POR ÓRGÃO NÃO COMPETENTE) 
não é superado pelo fato de a INICIATIVA LEGISLATIVA ostentar HIERARQUIA CONSTITUCIONAL. No caso analisado, 
uma EC, de iniciativa da assembléia legislativa, alterou o regime jurídico dos militares do estado de 
Rondônia, matéria de iniciativa do CHEFE DO PODER EXECUTIVO. 
Informativo n. 564 – STF 
ADI N. 3.930-RO 
RELATOR: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EMENDA CONSTITUCIONAL QUE DISPÕE SOBRE REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES 
MILITARES DO ESTADO DE RONDÔNIA. PROJETO ORIGINADO NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. VÍCIO 
RECONHECIDO. VIOLAÇÃO À RESERVA DE INICIATIVA DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 
I - À luz do princípio da simetria, a jurisprudência desta Suprema Corte é pacífica ao afirmar que, no tocante ao regime jurídico dos 
servidores militares estaduais, a iniciativa de lei é reservada ao Chefe do Poder Executivo local por força do artigo 61, § 1º, II, f, da 
Constituição. 
II – O vício formal não é superado pelo fato de a iniciativa legislativa ostentar hierarquia constitucional. 
III - Ação direta julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade do artigo 148-A da Constituição do Estado de Rondônia e do 
artigo 45 das Disposições Constitucionais Transitórias da Carta local, ambos acrescidos por meio da Emenda Constitucional 56, de 30 de 
maio de 2007. 
 
2)INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL: [INCONSTITUCIONALIDADE NOMOESTÁTICO] - conteúdo da norma viola a Constituição. 
 
�há doutrinador que identifica uma outra inconstitucionalidade dentro da insconstitucionalidade material – 
INCONSTITUCIONALIDADE MATERIA FINALÍSTICA: hipótese de inconstitucionalidade por desvio de finalidade da lei (criação de uma 
lei para atender o interesse de um particular). 
 
 CRITÉRIO: 
 1)INCONSTITUCIONALIDADE TOTAL: toda a norma é declarada inconstitucional. 
 -regra: uma inconstitucionalidade formal leva à inconstitucionalidade total. 
 -exceção: [hipótese que a inconstitucionalidade será formal, mas não total] 
14/03/2010 
MATERIAL COMPILADO 
Caio Marinho 
Direito Constitucional – Controle de Constitucionalidade 
Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade 
 
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 �lei que trata de lei complementar e lei ordinária. 
 -ex.: inconstitucionalidade do prazo de 10 anos da prescrição no âmbito da 
seguridade social. 
 
 2)INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL: parte da norma é declarada inconstitucional. 
 �no ordenamento nacional é admitido o PRINCÍPIO DA PARCELARIDADE. 
 �ex.: Estatuto da OAB – a palavra desacato foi declarado inconstitucional. 
 
 CRITÉRIO: 
 1)INCONSTITUCIONALIDADE DIRETA: a violação à constituição é direta. 
 �viola dispositivo explícito da Constituição 
 
 2)INCONSTITUCIONALIDADE INDIRETA, REFLEXA OU OBLÍQUA: a violação à constituição é 
reflexa. [ex.: atinge primeiro a lei, e em segundo momento a constituição] 
 �não permite o controle concentrado de constitucionalidade. 
 
 -sistemas de controle de constitucionalidade: 
 a)POLÍTICO – controle é feito por órgão que não o poder judiciário. 
 b)JURÍDICO 
 
 -momento do controle: 
 a)PREVENTIVO 
 b)REPRESSIVO 
 
�PREVENTIVO� impede o ato de ingressar no ordenamento jurídico. 
 �ocorre no caso de projeto de lei ou projeto de emenda constitucional. 
 
 TIPICAMENTE: PODER LEGISLATIVO e PODER EXECUTIVO. 
 
 �PODER LEGISLATIVO: CCJ [possibilidade de recurso para que o plenário analise o projeto arquivado pela 
CCJ (1/10 dos integrantes)]. 
 PLENÁRIO. 
 
 �PODER EXECUTIVO: VETO JURÍDICO. 
 
 ATIPICAMENTE: PODER JUDICIÁRIO. 
 
 �PODER JUDICIÁRIO: MS de parlamentar para garantir que não participe de um processo 
legislativo que contrarie o texto constitucional. 
 -requisitos: 
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MATERIAL COMPILADO 
Caio Marinho 
Direito Constitucional – Controle de Constitucionalidade 
Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade 
 
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 i)VIOLAÇÃO DE DISPOSIÇÃO CONSTITUCIONAL: processo legislativo observa CF e 
regimento interno. Apenas a violação à CF permite controle de constitucionalidade (PEC violar cláusula 
pétrea). 
 -violação a Regimento interno: questão interna corporis. 
 
 ii)PROVOCAÇÃO POR QUEM TEM LEGITIMIDADE 
 �Legitimidade ad causam: provocação somente pode advir de membro do Poder 
Legislativo (direito líquido e certo de não participar de um processo legislativo viciado, seja formal ou material). 
 
�os três poderes têm o dever de zelar pela constituição. 
 
 �QUAL INSTRUMENTO? MANDADO DE SEGURANÇA. 
 �QUAL ÓRGÃO JULGADOR? STF. 
 �QUAL FINALIDADE? PARALISAR O PROCESSO LEGISLATIVO. 
 �QUAL AUTORIDADE COATORA? A CASA EM QUE PERTENCE O PARLAMENTAR. 
 �A PARTIR DE QUE INSTANTE? PROF. ANDREY ENTENDE QUE DEVE SER A PARTIR DO MOMENTO QUE O 
PROJETO É COLOCADO PARA VOTAÇÃO. (ANTES – NÃO) 
 
�VALE NO ÂMBITO ESTADUAL E MUNICIPAL? SIM, princípio da simetria. 
 
�REPRESSIVO, SUPERVENIENTE OU SUCESSIVO� 
 
 TIPICAMENTE: PODER JUDICIÁRIO (regra) 
 ATIPICAMENTE: PODER EXECUTIVO e PODER LEGISLATIVO 
 -Controle repressivo apenas excepcionalmente é feito pelos Poderes Executivo e Legislativo. 
 
 PODER LEGISLATIVO: [art. 49, V, CF] 
 i)SUSTAR OS ATOS QUE EXORBITEM O PODER REGULAMENTAR 
 ii)LEI DELEGADA QUE EXORBITE A DELEGAÇÃO 
 iii)MP REJEITADA POR FALTA DE PRESSUPOSTOS 
 
�VETO LEGISLATIVO: denominação utilizada para a hipótese do art. 49, V, CF. 
 
 PODER EXECUTIVO: por meio do REPÚDIO. 
 �o CHEFE DO EXECUTIVO não somente pode, mas deve [art. 23, I, CF] deixar de cumprir 
ato que repute inconstitucional, conforme decidiu o STF na Adin 221/93. Para tanto, deve tomar as 
providências legais. 
 -somente chefe do Executivo. 
 -não pode existir decisão judicial sobre o tema. 
 
14/03/2010 
MATERIAL COMPILADO 
Caio Marinho 
Direito Constitucional – Controle de Constitucionalidade 
Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade 
 
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CONTROLE REPRESSIVO JUDICIAL OU JURISDICIONAL controle feito, segundo mecanismos próprios, pelo 
Poder Judiciário. 
 
 -sistemas de controle repressivo judicial no direito comparado: 
 a)DIFUSO, ABERTO OU AMERICANO – qualquer órgão do poder judiciário pode realizar. 
 
 b)CONCENTRADO, RESERVADO OU AUSTRÍACO – o exercício desse controle está centralizado em 
umúnico órgão do poder judiciário. 
 
�VIA DE EXCEÇÃO OU CONTROLE DIFUSO� 
 
1)HISTÓRICO: 
 
 [1.803] – MARBURY x MADISON 
 �contextualização do caso: 
 1)JOHN ADAMS (PARTIDO FEDERALISTA – ATUAL PARTIDO DEMOCRATA) era Presidente dos EUA e tinha JOHN MARSHALL 
como Secretário de Estado. 
 2)Partido Federalista perde as eleições para THOMAS JEFFERSON (PARTIDO REPUBLICANO). 
 3)Antes de sair do cargo, JOHN ADAMS aprova lei criando cargos de juízes e nomeando seus 
correligionários. O Secretário de Estado (JOHN MARSHALL) fica encarregado de entregar as nomeações, mas não consegue entregar 
todas. 
 �dentre as nomeações não entregues está a de WILLIAN MARBURY (NOMEADO JUIZ DE PAZ EM WASH, 
COLUMBIA). 
 �antes do término do mandato JOHN MARSHALL é nomeado como Ministro da Suprema 
Corte. 
 4)THOMAS JEFFERSON assume a Presidência, nomeia JAMES MADISON como Secretário de Estado. 
 �em relação às nomeações que ainda não tinham sido entregues ele decide nomear 
correligionários do seu partido, e não os do Partido Federalista. 
 5)WILLIAN MARBURY entra com um WRIT OF MANDAMUS (similar ao nosso MS) contra o Secretário do 
Estado que, por determinação de uma lei infraconstitucional, tinha foro por prerrogativa na Suprema Corte. [1.801] 
 �o processo acaba indo para JOHN MARSHALL (ANTIGO SECRETÁRIO DO ESTADO QUE NÃO TINHA ENTREGUE TODAS AS 
NOMEAÇÕES). 
 6)THOMAS JEFFERSON faz pressão política sobre Marshall. 
 �o processo fica parado por 3 anos. 
 7)Julgamento do processo: [1.803] 
 �JOHN MARSHALL, buscando justificar a não obrigação da nomeação pelo novo governo, 
reconhece que WILLIAN MARBURY tem direito à nomeação, mas falta-lhe direito de ação nesse caso. 
 �fundamento: a lei que cria foro por prerrogativa para as ações contra Secretário de Estado 
perante a Suprema Corte era infraconstitucional e, nesse caso, somente a constituição poderia dispor sobre tal competência. 
 �não concede o direito à nomeação em decorrência da ausência de direito de 
ação com o fundamento de que a lei que atribui competência originária perante a Suprema Corte seria inconstitucional. 
 
 [1.857] – DRED SCOTT x STANFORD [JULGAMENTO IMPORTANTE PARA MATÉRIA DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE E DE DIREITOS FUNDAMENTAIS] 
14/03/2010 
MATERIAL COMPILADO 
Caio Marinho 
Direito Constitucional – Controle de Constitucionalidade 
Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade 
 
9 
 �contextualização do caso: DRED SCOTT, escravo que morava em um Estado que permitia a escravidão, 
mudou-se para um território federal que vedava a existência de escravidão. Ao voltar a morar em um Estado escravocrata é 
vendido para STANFORD. Scott entra com ação alegando que pelo fato de ter morado em um território federal que proibia a 
escravidão ele teria deixado de ser escravo, não podendo ser vendido para STANFORD. 
 �para solução da questão a Suprema Corte analisou a constitucionalidade da lei federal que vedava 
a escravidão. O entendimento, à época foi pela inconstitucionalidade desse ato normativo em decorrência da violação do 
direito de propriedade, previsto constitucionalmente. 
 �essa foi uma das piores decisões da Suprema Corte, além de dar prioridade ao direito de 
propriedade, entende o escravo como uma coisa. 
 �essa foi a segunda lei federal declarada inconstitucional pela Suprema Corte. 
 
�pontos em comum das 2 decisões: 
 �foram decisões tomadas em casos concretos. 
 �entendimento de que a lei que viola a constituição é não pode produzir efeitos. 
 
 �BRASIL: Constituição de 1.891. 
 �influência da constituição americana. 
 
2)CARACTERÍSTICAS DESTE CONTROLE: 
 
 a)CONCRETO; 
 �o Poder Judiciário analisa um caso em concreto, o fundamento da análise é que será a análise de 
inconstitucionalidade. 
 -PEDIDO: bem da vida. 
 -CAUSA DE PEDIR (fundamento): inconstitucionalidade. 
 
 b)QUALQUER JUIZ, DE QUALQUER GRAU (difuso); 
 
�controle concreto e difuso não significam a mesma coisa: 
 -concreto é oposto de abstrato; difuso é oposto de concentrado 
 -controle concentrado: pode ser abstrado ou concreto. 
 -controle difuso: será controle concreto. 
 
 c)QUESTÃO INCIDENTAL 
 �não pode ser jamais o pedido principal. 
 
 d)QUESTÃO PREJUDICIAL 
 �prejudica, influencia o resultado da ação principal. 
 
3)OBJETO: NORMAS FEDERAIS, ESTADUAIS e MUNICIPAIS. 
 -possibilidade de controle de norma municipal frente à CF. [fato que não ocorre no controle concentrado] 
 
14/03/2010 
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Caio Marinho 
Direito Constitucional – Controle de Constitucionalidade 
Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade 
 
10 
�PODE SER PLEITEADA EM AÇÃO CIVIL PÚBLICA? Sim, desde que a inconstitucionalidade seja discutida como causa de pedir. A 
vedação para que a inconstitucionalidade esteja no pedido se fundamento na supressão da competência do STF. [Reclamação 
1733] 
 -ex.: MP entra com ação civil pública para anular licitação baseada em lei municipal que viola o art. 37 da CF. 
 
4)LEGITIMIDADE: 
 
 a)AS PARTES DO PROCESSO; 
 
 b)REPRESENTANTE DO MP ATUANTE NO PROCESSO; 
 
 �questão na prova objetiva do MPRS questionou quanto à possibilidade do MP, como custos legis, arguir o 
incidente de inconstitucionalidade. A questão, que deveria ser apontada como incorreta, afirmava que o MP não poderia 
proceder de tal maneira, que somente as partes poderiam suscitar a inconstitucionalidade. 
 
 c)JUIZ – [DE OFÍCIO] 
 
5)COMPETÊNCIA: qualquer juiz pode fazê-lo. 
 
�COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE CONTAS 
Súmula 347 STF 
O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público 
 
�CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO�. [art. 97, CF] - a DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE realizada no 
ÂMBITO DOS TRIBUNAIS somente ser efetivada pela MAIORIA ABSOLUTA dos MEMBROS DO TRIBUNAL OU DOS MEMBROS DO 
RESPECTIVO ÓRGÃO ESPECIAL. 
 
CF 
Art. 97. SOMENTE PELO VOTO DA MAIORIA ABSOLUTA DE SEUS MEMBROS OU DOS MEMBROS DO RESPECTIVO ÓRGÃO ESPECIAL, PODERÃO 
OS TRIBUNAIS DECLARAR A INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU ATO NORMATIVO DO PODER PÚBLICO. 
 
 -os Tribunais (TJ, TRF, STJ, STF) somente podem declarar a inconstitucionalidade se observarem a 
chamada CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. Trata-se de um PROCEDIMENTO ESPECIAL exigido 
constitucionalmente para a declaração de inconstitucionalidade por qualquer tribunal do país. 
 
 -exige-se MAIORIA ABSOLUTA (MAIORIA DOS COMPONENTES, E NÃO DOS PRESENTES). 
 �maioria absoluta do Tribunal ou do órgão especial. 
 
�o quorum exigido para aprovação de SÚMULA VINCULANTE (2/3) é maior que o quórum de DECLARAÇÃO DE 
INCONSTITUCIONALIDADE (MAIORIA ABSOLUTA DOS COMPONENTES). 
 
 -observações importantes sobre a cláusula de reserva de plenário: 
14/03/2010 
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Caio Marinho 
Direito Constitucional – Controle de Constitucionalidade 
Teoria Geral do Controle de Constitucionalidade 
 
11 
 a)VALE TANTO PARA O CONTROLE DIFUSO QUANTO CONCENTRADO; 
 
 b)SOMENTE DEVE SER APLICADA EM CASO DE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. 
 
 -finalidade da cláusula de reserva de plenário: FORTALECER PRESUNÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE. 
 
�a exigência do atendimento da CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO para a DECLARAÇÃO DA 
INCONSTITUCIONALIDADE nos tribunais ratifica a PRESUNÇÃO DE CONSTITUCIONALIDADE DAS NORMAS. [O RECONHECIMENTO DA 
CONSTITUCIONALIDADE PODE SER REALIZADO PELO PRÓPRIO ÓRGÃO FRACIONÁRIO] 
 
 -vício decorrente da violação da cláusula de reserva de plenário: NULIDADE ABSOLUTA. 
 
 -procedimento para a aplicação da reserva de plenário:será necessário instalar o chamado 
“INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE NOS TRIBUNAIS”, disciplinado nos arts. 480 a 482 do CPC . 
 
 �1º PASSO: alegada a INCONSTITUCIONALIDADE o RELATOR submeterá a questão à TURMA ou 
CÂMARA, DEVENDO SER OUVIDO O MP. 
CPC 
Art. 480. Argüida a inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do poder público, o relator, ouvido o Ministério Público, submeterá a 
questão à turma ou câmara, a que tocar o conhecimento do processo. 
 
 -entendendo pela CONSTITUCIONALIDADE o processo TEM SEGUIMENTO NO ÓRGÃO EM QUE SE 
ENCONTRA. 
 
 �2º PASSO: ÓRGÃO FRACIONÁRIO entende pela inconstitucionalidade � lavra acórdão neste 
sentido, encaminhando ao ÓRGÃO COMPETENTE (ACÓRDÃO DE ENCAMINHAMENTO). 
CPC 
Art. 481. SE A ALEGAÇÃO FOR REJEITADA, PROSSEGUIRÁ O JULGAMENTO; SE FOR ACOLHIDA, SERÁ LAVRADO O ACÓRDÃO, A FIM DE SER 
SUBMETIDA A QUESTÃO AO TRIBUNAL PLENO. 
 
 -SE JÁ HOUVE PRONUNCIAMENTO DO PLENÁRIO SOBRE A MATÉRIA não será necessário o 
encaminhamento, sendo possível que o ÓRGÃO FRACIONÁRIO se manifeste. 
CPC 
Art. 481. 
Parágrafo único. OS ÓRGÃOS FRACIONÁRIOS DOS TRIBUNAIS NÃO SUBMETERÃO AO PLENÁRIO, OU AO ÓRGÃO ESPECIAL, A ARGÜIÇÃO 
DE INCONSTITUCIONALIDADE, QUANDO JÁ HOUVER PRONUNCIAMENTO DESTES OU DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL SOBRE A 
QUESTÃO. (Incluído pela Lei nº 9.756, de 17.12.1998) 
 
�QUESTÃO JÁ APRECIADA PELO TRIBUNAL E A DISPENSA DO ATENDIMENTO DA CLAUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO - já houve 
questionamento em concurso (MAGISTRATURA FEDERAL) quanto à constitucionalidade da exceção trazida pela 
legislação infração constitucional (ART. 481, PARÁGRAFO ÚNICO, CPC) da reserva de plenário. 
 -não há inconstitucionalidade na exceção trazida pelo dispositivo. A INTERPRETAÇÃO TELEOLÓGICA E 
SISTEMÁTICA do ART. 97 DA CF não chocam com a regra trazida pelo CPC, que não infirma a presunção de 
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constitucionalidade. Se já houve manifestação do plenário sobre a matéria, desnecessário seria exigir 
novo julgamento. 
 
questão de concurso: [Ministério Público Estadual – RS – XLV Concurso] uma das alternativas, apontada pelo gabarito como 
incorreta afirmava que: o Juiz de Direito pode declarar a inconstitucionalidade de lei, mas o órgão fracionário não pode. Em regra 
é o plenário/órgão especial, por maioria absoluta, que deve se manifestar quanto a inconstitucionalidade da norma, mas se já 
houve manifestação anterior, será possível que o órgão fracionário declare a inconstitucionalidade, esse o equívoco da 
alternativa. 
Informativo n. 407 – STJ 
INCONSTITUCIONALIDADE. ÓRGÃO FRACIONÁRIO. 
A Corte Especial conheceu do agravo regimental para dar provimento ao recurso do Ministério Público, anular o acórdão recorrido e 
determinar seja observado o procedimento previsto nos arts. 480 e 482 do CPC. Na espécie, a declaração de inconstitucionalidade 
exercida por meio difuso pelos tribunais deve seguir o procedimento disposto nos mencionados artigos, em respeito ao princípio da 
reserva de plenário, sendo autorizada somente ao órgão especial ou plenário a emissão do juízo de incompatibilidade do preceito 
normativo com a Constituição Federal, ficando os órgãos fracionários dispensados dessa obrigação apenas se a respeito da questão 
constitucional já houver pronunciamento do órgão competente do Tribunal ou do Supremo Tribunal Federal. O princípio da reserva de 
plenário, que atua como verdadeira condição de eficácia jurídica da própria declaração de inconstitucionalidade dos atos do Poder 
Público, deve ser observado não apenas quando o órgão fracionário reconhece expressamente a inconstitucionalidade da norma. 
Segundo reiterado entendimento do STF, reputa-se declaratório de inconstitucionalidade o acórdão que, embora sem o explicitar, 
afasta a incidência da norma ordinária pertencente à lide para decidi-la sob critérios diversos extraídos da Constituição. A apreciação 
da inconstitucionalidade sem a adoção do incidente nos tribunais não conjura a competência do STJ, que deve apreciar o caso à luz 
da violação dos arts. 480 e 482 do CPC. Raciocínio inverso conspiraria contra o princípio da efetividade, porquanto o recurso seria 
enviado ao STF, que o devolveria para o STJ, decidindo à luz da Súmula Vinculante n. 10-STF, divagando, desnecessariamente, a 
prestação jurisdicional. A ratio essendi do disposto no parágrafo único do art. 481 do CPC conspira em prol da apreciação imediata do 
referido error in procedendo. AgRg no REsp 899.302-SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 16/9/2009. 
 
 �3º PASSO: TRIBUNAL PLENO ou ÓRGÃO ESPECIAL analisará a questão (LAVRA UM SEGUNDO ACÓRDÃO). 
 �neste momento, podem ser admitida a intervenção [art. 482, §§, CPC]: 
 a)MP E PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO RESPONSÁVEIS PELA EDIÇÃO DO ATO; 
CPC 
Art. 482. REMETIDA A CÓPIA DO ACÓRDÃO A TODOS OS JUÍZES, o PRESIDENTE DO TRIBUNAL DESIGNARÁ A SESSÃO DE JULGAMENTO. 
§ 1o O MINISTÉRIO PÚBLICO e AS PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO RESPONSÁVEIS PELA EDIÇÃO DO ATO QUESTIONADO, SE ASSIM 
O REQUEREREM, PODERÃO MANIFESTAR-SE NO INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE, OBSERVADOS OS PRAZOS E CONDIÇÕES FIXADOS 
NO REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL. (Incluído pela Lei nº 9.868, de 10.11.1999) 
 
 b)LEGITIMADOS PARA ADIN [art. 103, CF] 
CPC 
Art. 482. REMETIDA A CÓPIA DO ACÓRDÃO A TODOS OS JUÍZES, o PRESIDENTE DO TRIBUNAL DESIGNARÁ A SESSÃO DE JULGAMENTO. 
§ 2o OS TITULARES DO DIREITO DE PROPOSITURA REFERIDOS NO ART. 103 DA CONSTITUIÇÃO PODERÃO MANIFESTAR-SE, POR ESCRITO, SOBRE 
A QUESTÃO CONSTITUCIONAL OBJETO DE APRECIAÇÃO PELO ÓRGÃO ESPECIAL OU PELO PLENO DO TRIBUNAL, NO PRAZO FIXADO EM 
REGIMENTO, SENDO-LHES ASSEGURADO O DIREITO DE APRESENTAR MEMORIAIS OU DE PEDIR A JUNTADA DE DOCUMENTOS. (Incluído pela 
Lei nº 9.868, de 10.11.1999) 
 
 c)AMICUS CURIAE. 
CPC 
Art. 482. REMETIDA A CÓPIA DO ACÓRDÃO A TODOS OS JUÍZES, o PRESIDENTE DO TRIBUNAL DESIGNARÁ A SESSÃO DE JULGAMENTO. 
§ 3o O RELATOR, CONSIDERANDO A RELEVÂNCIA DA MATÉRIA e A REPRESENTATIVIDADE DOS POSTULANTES, PODERÁ ADMITIR, POR 
DESPACHO IRRECORRÍVEL, A MANIFESTAÇÃO DE OUTROS ÓRGÃOS OU ENTIDADES. (Incluído pela Lei nº 9.868, de 10.11.1999) 
 
 �4º PASSO: os autos VOLTAM AO ÓRGÃO FRACIONÁRIO, que irá aplicar a DECISÃO DO PLENÁRIO ao 
caso concreto, lavrando-se um TERCEIRO ACÓRDÃO. 
 
�NATUREZA DA DECISÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE PELO TRIBUNAL: DECISÃO SUBJETIVAMENTE COMPLEXA. 
 
 -no JULGAMENTO do INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE NOS TRIBUNAIS há três acórdãos: 
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 a)ACÓRDÃO DE ENCAMINHAMENTO; 
 b)ACÓRDÃO DO ÓRGÃO ESPECIAL; 
 c)ACÓRDÃO DA TURMA. 
 
�somente contra o ÚLTIMO ACÓRDÃO, DECISÃO DA TURMA APLICANDO O ENTENDIMENTO FIRMADO PELO PLENÁRIO OU 
ÓRGÃO ESPECIAL, é que caberá RECURSO. 
 
 �a decisão que enseja a interposição de RECURSO ORDINÁRIO ou EXTRAORDINÁRIO não é a DO PLENÁRIO, 
QUE RESOLVE O INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE, mas a do ÓRGÃO (CÂMARAS, GRUPOS OU TURMAS) QUE COMPLETA O 
JULGAMENTO DO FEITO. [SÚMULA 513 STF] 
 
SÚMULA 513 STF 
A decisão que enseja a interposição de recurso ordinário ou extraordinário não é a do plenário, que resolve o incidente de 
inconstitucionalidade, mas a do órgão (Câmaras, Grupos ou Turmas) que completa o julgamento do feito. 
 
�importante apontar que no STF esse procedimento é diferente: TURMA afeta ao plenário, mas não volta 
para a turma decidir. O próprio plenário já aplica o julgamento. [art. 177, RISTF]RISTF 
Art. 177. O PLENÁRIO JULGARÁ A PREJUDICIAL DE INCONSTITUCIONALIDADE E AS DEMAIS QUESTÕES DA CAUSA 
 
 
- Decisão plenária do STF em controle difuso ou concentrado (vide RE 227018/RS) 
 
�CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO E A SÚMULA VINCULANTE N. 10 
 
Súmula vinculante n. 10 – STF 
Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare 
expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte 
 
�OBSERVÂNCIA DA CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO EM RELAÇÃO À ANÁLISE DA RECEPÇÃO DE NORMAS - entende-se 
que na análise quanto à RECEPÇÃO DE NORMAS (SITUAÇÃO DIFERENTE DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE) não é necessário 
atender ao PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO. 
 
�CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO E TURMAS RECURSAIS - TURMA RECURSAL, por não ser tribunal, não precisa 
atender ao PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO. 
 
6)EFEITOS: deve-se analisar em dois momentos: 
 
 �É DECISÃO DECLARATÓRIA: reconhece a inconstitucionalidade da norma desde o seu nascimento 
(ex tunc) e vale apenas para as partes (inter partes) 
 
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 �EFICÁCIA TEMPORAL o STF já modulou efeitos (PRO FUTURO) no controle difuso. No RE 197.917 foi 
decidido que o Município de Mira Estrela somente deveria se adaptar à decisão (abaixar de 11 para 9 
vereadores) na próxima eleição (que ocorreria sete meses depois da decisão) . 
 �modulação dos efeitos no controle difuso é excepcional. 
 
 �EFICÁCIA PESSOAL INTER PARTES. 
 �mesmo que o STF tenha decidido, se for em controle difuso, valerá apenas para as partes, em princípio. 
 -Se o STF quiser dar efeito para todos, deve editar súmula vinculante (art. 103-A), desde que haja reiteradas 
decisões. 
 
 -mecanismo para ampliar a eficácia pessoal: possibilidade do Senado suspender a 
aplicação da norma. [art. 52, X, CF] 
 -procedimento: 
 �norma declarada inconstitucional em direito difuso; 
 �Presidente do STF remete ofício ao Presidente do Senado (RI do Senado amplia) 
 �o PGR ou mesmo a CCJ podem fazer essa comunicação. 
 �Senado poderá sustar, no todo ou em parte, sustar a execução do ato declarado 
inconstitucional. 
 
 �características deste ato: 
 1)é veiculado por RESOLUÇÃO; 
 2)é faculdade do Senado e não tem prazo; 
 3)não revoga o ato, mas apenas suspende a execução do ato; 
 4)produz efeitos ex nunc e erga omnes. 
 -entendimento majoritário é no sentido de que somente produzirá efeito erga omnes 
após a suspensão do ato. [há divergência: Gilmar Mendes entende que seria ex tunc] 
 �cuidado: Decreto federal n. 2346/97 afirma que a eficácia ex tunc (art. 1º, §2º). 
[decreto só tem validade para o âmbito federal]. 
 5)se STF declarou toda a lei inconstitucional, Senado não pode suspender parte apenas; 
 -não é possível o Senado alterar a decisão do STF. 
 
 6)não admite retratação; 
 -é um ato político que não admite retratação. 
 7) a competência do Senado envolve leis federais, estaduais e municipais. 
 -o Senado atua como órgão nacional, ainda que a norma seja estadual ou 
municipal a competência continua sendo daquela casa legislativa. 
 
 8)somente se aplica no controle difuso. 
 
�EFEITOS DA SUSTAÇÃO DO ATO PELO SENADO (ART. 52, X, CF): EX NUNC OU EX TUNC? a doutrina defende que os efeitos da 
resolução do Senado que susta os efeitos do ato declarado inconstitucional em controle difuso é EX 
NUNC. Mas, na ESFERA FEDERAL, o ART. 1º, § 2º, DECRETO 2.346/97 afirma que a eficácia EX TUNC. 
Decreto 2.346/97 
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Art. 1º As decisões do Supremo Tribunal Federal que fixem, de forma inequívoca e definitiva, interpretação do texto constitucional 
deverão ser uniformemente observadas pela Administração Pública Federal direta e indireta, obedecidos aos procedimentos 
estabelecidos neste Decreto. 
§ 1º Transitada em julgado decisão do Supremo Tribunal Federal que declare a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, em ação 
direta, a decisão, dotada de eficácia ex tunc, produzirá efeitos desde a entrada em vigor da norma declarada inconstitucional, salvo 
se o ato praticado com base na lei ou ato normativo inconstitucional não mais for suscetível de revisão administrativa ou judicial. 
§ 2º O disposto no parágrafo anterior aplica-se, igualmente, à lei ou ao ato normativo que tenha sua inconstitucionalidade proferida, 
incidentalmente, pelo Supremo Tribunal Federal, após a suspensão de sua execução pelo Senado Federal. 
 
 
�ABSTRATIVIZAÇÃO DO CONTROLE DIFUSO [Reclamação 4335 - referente ao HC 82959: mudar função do inciso X do artigo 52] 
 a) Senado Federal daria publicidade à suspensão da execução 
 b) a própria decisão do Supremo conteria força normativa bastante para suspender a execução da lei declarada 
inconstitucional 
 
 -é o que se está chamando de “ABSTRATIVIZAÇÃO DO CONTROLE DIFUSO”: aproximação do controle difuso e do 
controle concentrado. 
 
 -afirmam que houve mutação constitucional no art. 52, X, CF. 
 �mutação constitucional: reforma do texto da Constituição sem expressa modificação do texto. 
 
 -transcendência dos motivos determinantes no controle difuso. 
 
 -fundamentos para a posição: 
 a)força normativa da CF; 
 b)princípio da supremacia da CF e sua aplicação a todos os destinatários de maneira uniforme; 
 c)STF como guardião da CF e intérprete máximo 
 d) separação de poderes 
 
�CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE� - também chamado de controle via de ação. 
 -é aquele concentrado em um único órgão. [no caso, o STF] 
 
1)HISTÓRICO: 
 -CONSTITUIÇÃO AUSTRÍACA DE 1920: Tribunal para julgamento de causas constitucionais. 
 
 -BRASIL: �[CONSTITUIÇÃO DE 1.934] previu-se a representação interventiva. 
 -hipótese de controle concentrado, mas concreto. 
 �[EC 16/65] previu-se a representação de inconstitucionalidade pelo PGR. 
 -hipótese de controle concentrado e abstrato. 
 
2)CARACTERÍSTICAS DO CONTROLE CONCENTRADO: 
 
 a)CONCENTRADO: em um só órgão 
 
 b)ABSTRATO: lei em tese X CF. 
 
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 -aprecia Lei em tese. [não há caso concreto] 
 �visa afastar a presunção relativa de constitucionalidade. 
 
 -exceções: [hipótese de controle concentrado, mas concreto] 
 �ADI INTERVENTIVA 
 �ADPF 
 
 c)PEDIDO PRINCIPAL: pedido é a declaração de inconstitucionalidade da norma. 
 d)PROCESSO OBJETIVO: defesa ordem jurídica. [especialmente a defesa da superioridade da constituição] 
 -as características do processo objetivo são diferentes das características de um processo 
subjetivo; o controle de constitucionalidade abstrato não se enquadra nas categorias tradicionais do 
processo civil. 
 �conseqüências: 
 i)TEM A FINALIDADE DE DEFENDER O TEXTO CONSTITUCIONAL 
 
 ii)SÓ HÁ PARTES EM SENTIDO FORMAL (e não em sentido material) 
 -o objetivo é garantir a rigidez do ordenamento jurídico e a supremacia da constituição. 
 -não cabe intervenção de terceiro. [art. 7º, caput¸ Lei 9.868/99] 
 
Lei 9.868/99 
Art. 7º Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de inconstitucionalidade.iii)NÃO É POSSÍVEL DESISTÊNCIA [Art. 5º Lei 9.868/99] 
 
Lei 9.868/99 
Art. 5º PROPOSTA A AÇÃO DIRETA, NÃO SE ADMITIRÁ DESISTÊNCIA. 
 
�O processo de controle normativo abstrato rege-se pelo princípio da indisponibilidade. A questão pertinente à controvérsia 
constitucional reveste-se de tamanha magnitude, que, uma vez instaurada a fiscalização concentrada de constitucionalidade, 
torna-se inviável a extinção desse processo objetivo pela só e unilateral manifestação de vontade do autor. (...) Tenho para mim 
que as mesmas razões que afastam a possibilidade da desistência em ação direta justificam a vedação a que o autor, uma vez 
formulado o pedido de medida liminar, venha a reconsiderar a postulação deduzida initio litis.” (ADI 892-MC, voto do Min. Celso 
de Mello, julgamento em 27-10-94, DJ de 7-11-97) 
 
 iv)NÃO HÁ LIDE - não há conflito de interesse com uma pretensão resistida. 
 -o que se busca é a preservação da ordem jurídica, por isso não haveria pretensão resistida. 
 
�por ser uma análise do direito de forma abstrata não haverá suspeição ou impedimento de Ministro do STF. 
 
 v)NÃO HÁ AÇÃO RESCISÓRIA 
 
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17 
�AÇÃO RESCISÓRIA E CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE - o ART. 28 DA LEI 9.828/99 veda a utilização de AÇÃO 
RESCISÓRIA NO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE CONCENTRADO. Nesse caso, o único meio existente para a 
impugnação da DECISÃO JUDICIAL serão os EMBARGOS DECLARATÓRIOS. 
 
 -a LEI PROCESSUAL determina que julgado que contrarie “LITERAL DISPOSIÇÃO DE LEI” pode ser 
desconstituído através de AÇÃO RESCISÓRIA. O entendimento jurisprudencial sumulado pelo STF é no 
sentido de que não cabe AÇÃO RESCISÓRIA por OFENSA A LITERAL DISPOSITIVO DE LEI quando a decisão 
rescindenda se tiver baseado em TEXTO LEGAL DE INTERPRETAÇÃO CONTROVERTIDA NOS TRIBUNAIS. Ou seja, vedada 
está a utilização da ação rescisória quando seu fundamento for a violação de lei com interpretação 
controvertida nos tribunais. 
 
 -é necessário notar que a jurisprudência avançou ainda mais sobre tal discussão de modo a 
fazer uma ressalva sobre o disposto na SÚMULA 343 DO STF. Entendem os tribunais que quando a matéria 
envolvida no julgado tiver ÍNDOLE CONSTITUCIONAL, ainda que existente interpretação controvertida nos 
tribunais, HAVENDO POSICIONAMENTO DO SUPREMO, será possível a utilização da AÇÃO RESCISÓRIA. O fundamento 
para tal interpretação decorreria do fato de caber ao STF dizer a última palavra sobre a interpretação 
constitucional, por isso ser possível infirmar a segurança jurídica decorrente da coisa julgada frente à 
preservação da supremacia das determinações constitucionais. 
 
�um juízo acerca da CONFORMIDADE DA LEI COM A CONSTITUIÇÃO é um JUÍZO SOBRE A VALIDADE DA LEI; já uma 
decisão que seja CONTRA A LEI ou LHE NEGUE VIGÊNCIA supõe LEI VÁLIDA. Como dito, a lei pode ter MAIS DE UMA 
INTERPRETAÇÃO, mas ela não pode ser VÁLIDA ou INVÁLIDA a depender de quem a aplica. Por isso, SE A LEI É 
CONFORME A CONSTITUIÇÃO e O ACÓRDÃO DEIXA DE APLICÁ-LA POR INCONSTITUCIONALIDADE, o julgado sujeita-se à AR 
ainda que na época os tribunais divergissem a respeito (OCORRENDO A FLEXIBILIZAÇÃO DA SÚMULA 343 STF). [TRECHO DE DECISÃO VEICULADA NO 
INFORMATIVO N. 414 – STJ] 
 
 vi)A CAUSA DE PEDIR É ABERTA 
 -há limitação ao pedido (princípio do pedido), mas não à causa de pedir (causa de pedir é 
aberta). 
 
 �CAUSA DE PEDIR É ABERTA: a análise da constitucionalidade da norma impugnada não se 
limitará aos fundamentos apresentados. A verificação se dará frente a todo o bloco de constitucionalidade. 
 
�ADIN impugnando lei x com base no art. 150, inc. I (princípio da legalidade). O STF pode declará-la inconstitucional com base 
no art. 150, inc. IV (princípio do não confisco) ou em qualquer outro dispositivo do bloco de constitucionalidade. 
 
�como visa expurgar a norma do ordenamento jurídico � aplica-se a todos. 
 
3)OBJETO DO CONTROLE CONCENTRADO: [art. 102, I,a, CF] 
CF 
Art. 102. 
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18 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de LEI OU ATO NORMATIVO FEDERAL OU ESTADUAL e a ação declaratória de 
constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) 
 
 -podem ser objeto de controle na ADI: 
 a)LEI FEDERAL OU ESTADUAL. 
 b)ATO NORMATIVO FEDERAL OU ESTADUAL; 
***atenção*** LEI MUNICIPAL não pode ser objeto de controle concentrado por ADI. O 
controle de constitucionalidade de lei municipal poderá ser realizado no controle difuso ou 
por ADPF. 
-na ADC, somente lei federal e o ato normativo federal poderão ser objeto de controle; lei 
estadual ou ato normativo estadual não. 
 
�somente poderá ser objeto do controle lei ou ato que tenha indiscutível caráter normativo, não é necessário que a norma 
impugnada seja lei formal, o é essencial, isso sim, é que ela seja norma primária e lei em sentido material. 
 -ato normativo primário – norma que possui seu fundamento de validade diretamente na constituição. [pode ser objeto 
de controle]. 
 -ato normativo secundário – norma que possui seu fundamento de validade em uma norma primária. [não pode ser 
objeto de controle, seria caso de vício de ilegalidade e não de inconstitucionalidade]. 
 -lei material – norma cujo o conteúdo visa uma conduta geral e abstrata, independente da forma pela qual tenha sido 
veiculada. [pode ser objeto de controle]. 
 -lei formal – é a norma votada pelo Poder Legislativo nos termos da constituição, não importando seu conteúdo; são as 
espécies normativas do art. 59, CF. [poderá ou não ser objeto de controle, dependerá do caso concreto, se não for abstrata, 
genérica e impessoal não será possível o controle (ex.: lei que cria uma autarquia)] 
 
�o CONTROLE CONCENTRADO DE CONSTITUCIONALIDADE somente pode incidir sobre atos do Poder Público 
revestidos de suficiente densidade normativa. A noção de ATO NORMATIVO, para efeito de FISCALIZAÇÃO 
ABSTRATA, pressupõe, além da autonomia jurídica da deliberação estatal, a constatação de seu 
coeficiente de generalidade abstrata, bem assim de sua impessoalidade. Esses elementos - ABSTRAÇÃO, 
GENERALIDADE, AUTONOMIA e IMPESSOALIDADE - qualificam-se como REQUISITOS ESSENCIAIS que conferem, ao ato 
estatal, a necessária aptidão para atuar, no plano do direito positivo, como norma revestida de 
eficácia subordinante de comportamentos estatais ou determinante de condutas individuais. 
 
 -a jurisprudência do STF tem ressaltado que atos estatais de efeitos concretos não se expõem, 
em sede de ação direta, à fiscalização concentrada de constitucionalidade. A ausência do necessário 
coeficiente de generalidade abstrata impede, desse modo, a instauração do processo objetivo de 
controle normativo abstrato. 
 
�CONTROLE ABSTRATO DE MP QUE ABRE CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO 
 -discussão quanto a possibilidade de controle em relação às leis de efeito concreto [ex. MP que abre crédito 
extraordinário]. 
 -entendimento antigo do STF: as leis sobre matéria orçamentária têm natureza de lei em sentido formal, apenas. Não é 
possível controle de constitucionalidade abstrato nesses casos. 
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19 
 -novo entendimento do STF: [MUDANÇA DA JURISPRUDÊNCIA DO STF] reconhecimento, em algumas situações,da 
possibilidade de controle de constitucionalidade de leis de efeito concreto. 
 -objeto do controle abstrato: atos normativos dotados de um mínimo de generalidade e abstração [atos sem 
caráter de generalidade não podem ser objeto de controle abstrato]. [ato normativo material x ato normativo formal; ato 
normativo primário x ato normativo secundário]. 
 -atos editados na forma de lei: devem ter uma interpretação diferente. As LEIS FORMAIS assim o são ou em 
decorrência da vontade do legislador ou da vontade do próprio constituinte. Se a constituição submeteu a lei ao controle 
abstrato não seria admissível que o intérprete limitasse essa garantia constitucional. 
 -não haveria razão para se impedir o controle de leis formais. [é possível que existam (i)leis de efeito concreto 
elaborada de forma genérica e abstrata e (ii)lei de efeito concreto regulando um complexo mais ou menos amplo de situações. 
Medida Provisória e Abertura de Crédito Extraordinário - 1 
O Tribunal iniciou julgamento de ação direta proposta pelo Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB em que se pleiteia a 
declaração da inconstitucionalidade da Medida Provisória 405/2007, que abre crédito extraordinário, em favor da Justiça Eleitoral e de 
diversos órgãos do Poder Executivo. Preliminarmente, o Tribunal, por maioria, conheceu da ação, por entender estar-se diante de um 
tema ou de uma controvérsia constitucional suscitada em abstrato — independente do caráter geral ou específico, concreto ou 
abstrato de seu objeto — de inegável relevância jurídica e política, que deveria ser analisada a fundo. Asseverou-se que os atos do 
Poder Público sem caráter de generalidade não se prestam ao controle abstrato de normas, eis que a própria Constituição adotou 
como objeto desse processo os atos tipicamente normativos, ou seja, aqueles dotados de um mínimo de generalidade e abstração. 
Considerou-se, entretanto, que outra deveria ser a interpretação no caso de atos editados sob a forma de lei. Ressaltou-se que essas leis 
formais decorreriam ou da vontade do legislador ou do próprio constituinte, que exigiria que certos atos, mesmo que de efeito 
concreto, fossem editados sob a forma de lei. Assim, se a Constituição submeteu a lei ao processo de controle abstrato, meio próprio de 
inovação na ordem jurídica e instrumento adequado de concretização da ordem constitucional, não seria admissível que o intérprete 
debilitasse essa garantia constitucional, isentando um grande número de atos aprovados sob a forma de lei do controle abstrato de 
normas e, talvez, de qualquer forma de controle. Aduziu-se, ademais, não haver razões de índole lógica ou jurídica contra a aferição da 
legitimidade das leis formais no controle abstrato de normas, e que estudos e análises no plano da teoria do direito apontariam a 
possibilidade tanto de se formular uma lei de efeito concreto de forma genérica e abstrata quanto de se apresentar como lei de efeito 
concreto regulação abrangente de um complexo mais ou menos amplo de situações. Concluiu-se que, em razão disso, o Supremo não 
teria andado bem ao reputar as leis de efeito concreto como inidôneas para o controle abstrato de normas. Vencido, no ponto, o Min. 
Cezar Peluso que não conhecia da ação, por reputar não se tratar no caso de uma lei, sequer no aspecto formal. 
ADI 4048 MC/DF, rel. Min. Gilmar Mendes, 17.4.2008. (ADI-4048) 
 
�DECRETO COMO OBJETO DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
Informativo n. 515 – STF 
Criação de Cargos Públicos e Reserva de Lei Formal 
O Tribunal julgou procedentes pedidos formulados em três ações diretas de inconstitucionalidade conexas, ajuizadas pelo Procurador-
Geral da República e pelo Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB, para declarar, com efeitos ex tunc, a inconstitucionalidade 
dos artigos 5º, I, II, e III, e 7º, I e III, todos da Lei 1.124/2000, do Estado do Tocantins, bem assim, por derivação, de todos os decretos do 
Governador do referido Estado-membro que, com o propósito de regulamentar aquela norma, criaram milhares de cargos públicos, 
fixando-lhes atribuições e remunerações. Preliminarmente, o Tribunal acolheu a questão de ordem, suscitada pelo relator, no sentido de 
afastar a prejudicialidade da ação, ao fundamento de que a revogação da lei impugnada pela Lei estadual 1.950/2008, quando já em 
pauta as ações diretas, não subtrairia à Corte a competência para examinar a constitucionalidade da norma até então vigente e as 
suas conseqüências. No mérito, entendeu-se que a autorização conferida pelo art. 5º da lei em questão ao Chefe do Poder Executivo 
de criar, mediante decreto, os cargos, afronta a norma constitucional emergente da conjugação dos artigos 61, § 1º, II, a, e 84, VI, a, da 
CF. Asseverou-se que, nos termos do art. 61, § 1º, II, a, da CF, a criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração 
direta e autárquica ou aumento de sua remuneração constituem objeto próprio de lei de iniciativa reservada do Chefe do Poder 
Executivo. Ressaltou-se, também, que a regra constitucional superveniente inscrita no art. 84, VI, a, da CF, acrescida pela EC 32/2001, a 
qual autoriza o Chefe do Poder Executivo a dispor, mediante decreto, sobre organização e funcionamento da administração federal, 
não retroagiria para convalidar inconstitucionalidade, estando, ademais, sua incidência subordinada, de forma expressa, à condição 
de não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. Por fim, aduziu-se que, sendo inconstitucional a 
norma de lei que lhes daria fundamento de validez, inconstitucionais também seriam todos os decretos. Alguns precedentes citados: RE 
446076 AgR/MG (DJU de 24.3.2006); ADI 1590 MC/SP (DJU de 15.8.97); ADI 2155 MC/PR (DJU de 1º.6.2001); ADI 2950 AgR/RJ (DJU de 
9.2.2007); ADI 3614/PR (DJE de 23.11.2007). 
ADI 3232/TO, rel. Min. Cezar Peluso, 14.8.2008. (ADI-3232) 
ADI 3983/TO, rel. Min. Cezar Peluso, 14.8.2008. (ADI-3983) 
ADI 3990/TO, rel. Min. Cezar Peluso, 14.8.2008. (ADI-3990) 
 
ADI 3232 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. CONDIÇÃO. OBJETO. DECRETO QUE CRIA CARGOS PÚBLICOS REMUNERADOS E ESTABELECE 
AS RESPECTIVAS DENOMINAÇÕES, COMPETÊNCIAS E REMUNERAÇÕES. EXECUÇÃO DE LEI INCONSTITUCIONAL. CARÁTER RESIDUAL DE 
DECRETO AUTÔNOMO. POSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. PRECEDENTES. 
É admissível controle concentrado de constitucionalidade de decreto que, dando execução a lei inconstitucional, crie cargos públicos 
remunerados e estabeleça as respectivas denominações, competências, atribuições e remunerações. 
 
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[Magistratura Federal – TRF5 (2009)] alternativa apontada como incorreta: “Não se submete ao controle concentrado de 
constitucionalidade, conforme entendimento do STF, o decreto que, dando execução a lei inconstitucional, cria cargos públicos 
remunerados e estabelece as respectivas denominações, competências, atribuições e remunerações.” 
 
�situações que o STF já reconheceu a possibilidade do controle: 
 -parecer do AGU; -emenda constitucional; 
 -decreto autônomo; -medida provisória; 
 -resoluções de conselhos superiores; -acórdão do Tribunal de Contas; 
 -decreto que introduz tratado no direito brasileiro; -tratados internacionais 
 -resolução do TSE; -regimento interno de tribunal; 
 -edital de concurso; 
***atenção*** SÚMULA VINCULANTE não pode ser objeto de controle. O ordenamento 
estabelece um procedimento próprio para sua alteração, revisão e cancelamento. 
 
�CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE HORIZONTAL X CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE VERTICAL 
 -CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE HORIZONTAL – é o controle de constitucionalidade quetem como objeto uma 
emenda à constituição. É denominado horizontal uma vez que tanto o paradigma de controle como a norma impugnada 
encontram-se no texto constitucional. [*obs.: somente as normas constitucionais que tenham ingressado no ordenamento por 
obra do poder constituinte derivado poderão ser objeto de controle] 
 -CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE VERTICAL – é o controle de constitucionalidade que tem como objeto uma 
norma infraconstitucional. 
 
�HIERARQUIA ENTRE NORMAS CONSTITUCIONAIS ORIGINÁRIAS 
 Otto Bachof obra: “Normas constitucionais inconstitucionais” 
 -em obra da época da 2ª Guerra Mundial, o pensador alemão identificou a existência de 2 espécies de normas. 
As normas criadas pelo constituinte e as normas superiores e anteriores ao constituinte. As últimas são concebidas como valores 
que preexistem e condicionam as primeiras. Assim, norma produzida pelo constituinte que viole as normas tidas como superiores é 
norma inválida. Nesse sentido seria plenamente possível a existência de normas constitucionais inconstitucionais. [RECONHECE A EXISTÊNCIA 
DE HIERARQUIA ENTRE NORMAS CONSTITUCIONAIS ORIGINÁRIAS] 
 -justificativa histórica: o pensamento foi desenvolvido durante a 2ª Guerra Mundial. Para o pensador alemão, se 
não fossem concebidos alguns limites axiológicos ao Poder Constituinte as atrocidades como as produzidas pelo nazismo 
voltariam a acontecer. 
 -crítica: ao poder judiciário seria atribuído poderes quase absolutos. 
 -no Brasil: 
 -Maria Helena Diniz reconhece a possibilidade de existir normas constitucionais inconstitucionais. 
 -Posição do STF – não se admite controle de constitucionalidade de norma elaborada pelo poder constituinte 
originário. Somente as alterações produzidas pelo poder constituinte derivado poderão ser objeto de controle. 
 -justificativa: -princípio da unidade da constituição: a constituição é fruto de um antagonismo de 
idéias que consagra opções ideologias distintas. O princípio da unidade determina a interpretação sistemática afastando a 
análise isolada, ou “interpretação em tiras”. O intérprete deve conciliar as normas existentes; deve promover a uniformização do 
texto constitucional. O princípio da unidade afasta a tese de hierarquia entre normas constitucionais originárias. Não é possível 
utilizar uma parte da constituição para fundamentar a desconsideração de outra parte da constituição. A competência do STF 
para defender o texto constitucional tem origem no constituinte originário, não poderia o supremo considerar inconstitucional 
disposição também originada do constituinte inicial. [“não é possível utilizar uma parte da constituição como fundamento para 
destruir outra”]. 
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 -Jorge Miranda � o poder constituinte originário se sujeita a limites, mas o controle 
de constitucionalidade não é o instrumento adequado para a concretização desses limites. 
 
 NORMAS ANTERIORES À CF/88 (05.10.88) � não podem ser objeto de controle por ADI ou ADC. O 
conflito entre a CONSTITUIÇÃO e as NORMAS ANTERIORES À 05.10.88 não é solucionado pela INCONSTITUCIONALIDADE, 
mas pela RECEPÇÃO, OU NÃO, da REFERIDA NORMA. [*obs.: é possível a utilização do controle difuso e da ADPF]. 
 
CONTROLE CONCENTRADO POR ADI 
não é possível o controle  �é possível o controle 
CF/88 
05.10.88 
 
questão de concurso: [Ministério Público Estadual – RS – XLV Concurso] uma das alternativas, apontada pelo gabarito como 
incorreta afirmava que: uma lei anterior à promulgação da Constituição não pode ter sua inconstitucionalidade argüida via 
controle concentrado. Lei anterior não poderá ser objeto de ADI ou ADC, mas poderá ser atacada por ADPF, que também é 
manifestação do controle concentrado. 
 
 NORMAS REVOGADAS � não podem ser objeto de controle. 
 
 REVOGAÇÃO DA NORMA NO CURSO DA TRAMITAÇÃO DA AÇÃO � segundo o posicionamento do STF 
ocorre a PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO DA AÇÃO. 
 -ADI 1.244 – Min. Gilmar Mendes votou no sentido que a revogação não prejudicaria o prosseguimento 
da ação (PRINCÍPIO DA MÁXIMA EFETIVIDADE), um posicionamento diferente do que o STF vem adotando. A Min. Ellen Gracie pediu vista do 
processo e até o momento não houve decisão definitiva sobre o caso. 
 
 ALTERAÇÃO OU MODIFICAÇÃO DO PARÂMETRO DE CONTROLE � ocorre a PERDA DO OBJETO DA AÇÃO. 
 
4)COMPETÊNCIA: STF [art. 102, I, a, CF] 
 
controle concentrado que tenha como paradigma de confronto a Constituição Federal � STF [art. 102, I, a, CF] 
 
controle concentrado que tenha como paradigma de confronto a Constituição Estadual � TJ [art. 125, § 2º, CF] 
 
�RE, DECISÃO DO TJ EM CONTROLE CONCENTRADO ESTADUAL E A PERDA DO OBJETO: STF entende que a DECLARAÇÃO DE 
INCONSTITUCIONALIDADE proferida por TRIBUNAL ESTADUAL não acarreta PERDA DE OBJETO da ação ajuizada na 
SUPREMA CORTE, pendente ainda RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 
Informativo n. 558 - STF 
ADI N. 3.773-SP - RELATOR: MIN. MENEZES DIREITO 
Ação Direta de Inconstitucionalidade. Lei Estadual (SP) nº 12.227/06. Inconstitucionalidade formal. Vício de iniciativa. Art. 96, II, “b” e “d”, 
da Constituição Federal. 
1. A declaração de inconstitucionalidade proferida por Tribunal estadual não acarreta perda de objeto da ação ajuizada na Suprema 
Corte, pendente ainda recurso extraordinário. 
2. Vencido o Ministro Relator, que extinguia o processo sem julgamento do mérito, a maioria dos Julgadores rejeitou a preliminar de falta 
de interesse de agir por ausência de impugnação do art. 24, § 2º, item 6, da Constituição do Estado de São Paulo, com entendimento 
de que este dispositivo não serve de fundamento de validade à lei estadual impugnada. 
3. É pacífica a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal no sentido de que as leis que disponham sobre serventias judiciais e 
extrajudiciais são de iniciativa privativa dos Tribunais de Justiça, a teor do que dispõem as alíneas “b” e “d” do inciso II do art. 96 da 
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Constituição da República. Precedentes: ADI nº 1.935/RO, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 4/10/02; ADI nº 865/MA-MC, Relator o 
Ministro Celso de Mello, DJ de 8/4/94. 
4. Inconstitucionalidade formal da Lei Estadual (SP) nº 12.227/06, porque resultante de processo legislativo deflagrado pelo Governador 
do Estado. 
5. Ação direta que se julga procedente, com efeitos ex tunc. 
 
 
5)EFEITOS: 
 
 -regra: 
 a)ERGA OMNES 
 -processo objetivo [inexiste parte; análise do direito em abstrato]. 
 
 b)EX TUNC; 
 
 -princípio da nulidade do ato inconstitucional. 
 
 c)EFEITO VINCULANTE 
 -JUDICIÁRIO – vincula todos os órgãos do judiciário; 
 -EXECUTIVO - vincula a administração direta e indireta dos âmbitos federal, estadual 
e municipal. [art. 102. § 2º, CF; art. 28, § único, Lei 9.868/99] 
 -LEGISLATIVO – não vincula o legislativo. 
 �o Poder Legislativo não é atingido pela decisão sob pena de caracterização do fenômeno 
da “fossilização da constituição” (Rcl 2.617) 
 -*obs.: possibilidade de vinculação quanto à atuação atípica do legislativo. 
 
�no controle concentrado a decisão do STF é suficiente para retirada a norma do ordenamento jurídico. 
 �diferente do controle difuso que decisão tem mero caráter informativo � quem retira a norma do ordenamento é o 
senado (art. 52, X, CF). 
 
6)ESPÉCIES DE CONTROLE CONCENTRADO:: 
 a)ADIN GENÉRICA [art. 102, I, a, CF] 
 b)ADIN INTERVENTIVA [art. 36, III, CF] 
 c)ADIN POR OMISSÃO [art.103, § 2º, CF] 
 d)AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE [art. 102, I, a, CF] 
 e)ADPF [art.102, § 1º, CF] 
 
�sobre o controle concentrado, olhar as anotações do arquivo específico sobre ADI� 
 
 
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QUESTÕES RELACIONADAS AO TEMA 
 
[Magistratura Federal – TRF2 – XII Concurso (2009)] QUESTÃO 6 - Quanto ao processo legislativo e ao controle de constitucionalidade, assinale a opção correta. 
A) De acordo com a doutrina, a técnica da declaração de inconstitucionalidade por arrastamento pode ser aplicada tanto em processos distintos como no mesmo processo. 
B) De acordo com a doutrina, quando o projeto de lei for modificado em sua substância pela casa revisora, a emenda deve retornar para a análise da casa iniciadora, sob pena de configuração de vício 
formal subjetivo, passível de controle de constitucionalidade. 
C) O controle prévio ou preventivo de constitucionalidade realizado pelo Poder Legislativo incide sobre todos os projetos de atos normativos. 
D) No Brasil, o controle posterior ou repressivo de constitucionalidade é exercido com exclusividade pelo Poder Judiciário, tanto de forma difusa como concentrada. 
E) No tocante à legitimação dos partidos políticos para a representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo estadual ou federal, contestados em face da CF, o STF entende que a perda de 
representação do partido político no Congresso Nacional após o ajuizamento da ADI descaracteriza a legitimidade ativa para o prosseguimento da ação. 
6Alternativa a 
�ABRANGÊNCIA DA TÉCNICA DE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE POR ARRASTAMENTO: segundo o GABARITO do 
XII CONCURSO PARA A MAGISTRATURA FEDERAL DO TRF2, a doutrina entende que a DECLARAÇÃO DE 
INCONSTITUCIONALIDADE POR ARRASTAMENTO pode ser aplicada tanto em PROCESSOS DISTINTOS como no MESMO 
PROCESSO. 
 
 
[Procuradoria do BACEN (2009)] Acerca do controle de constitucionalidade no sistema constitucional brasileiro, assinale a opção correta. 
a) O ordenamento jurídico nacional admite o controle concentrado ou difuso de constitucionalidade de normas produzidas tanto pelo poder constituinte originário, quanto pelo derivado. 
b) É possível a declaração de inconstitucionalidade de norma editada antes da atual Constituição e que tenha desrespeitado, sob o ponto de vista formal, a Constituição em vigor na época de sua edição, 
ainda que referida lei seja materialmente compatível com a vigente CF. 
c) Segundo posicionamento atual do STF, não se revela viável o controle de constitucionalidade de normas orçamentárias, por serem estas normas de efeitos concretos. 
d) O STF reconhece a prefeito municipal legitimidade ativa para o ajuizamento de arguição de descumprimento de preceito fundamental, não obstante a ausência de sua legitimação para a ação direta de 
inconstitucionalidade. 
e) A decisão que concede medida cautelar em ação declaratória de constitucionalidade não se reveste da mesma eficácia contra todos nem de efeito vinculante que a decisão de mérito. 
Gabarito preliminar: alternativa b 
Crítica à redação da alternativa: o controle nesse caso não seria de constitucionalidade, mas de recepção, ou não, da referida norma, pela nova ordem constitucional. 
 
[Procuradoria do Estado de São Paulo (2009)] Por proposta de 19 Assembléias Legislativas Estaduais e após regular aprovação do Congresso Nacional, é promulgada pelas Mesas da Câmara e do Senado 
emenda constitucional extinguindo a ação declaratória de constitucionalidade, embora na mesma sessão legislativa projeto de lei, de idêntico conteúdo, tenha sido rejeitado pelo Senado Federal. A emenda 
em pauta deve ser considerada 
a)constitucional, sob o ângulo formal, mas inconstitucional sob o prisma material, por enfraquecer o princípio da supremacia da Constituição. 
b)constitucional, sob o ângulo material, mas inconstitucional sob o prisma formal, por não haver sido submetida à sanção ou veto do Presidente da República. 
c)constitucional, tanto sob o ângulo formal, quanto sob o ângulo material. 
d)inconstitucional, pois a matéria constante de propositura rejeitada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
e)inconstitucional, por vício de iniciativa. 
Alternativa c 
 
[Ministério Público Estadual – RS – XLV Concurso(ABRIL 2009)] 31. De acordo com a jurisdição constitucional praticada no Brasil, é correto afirmar que 
(A) uma lei anterior à promulgação da Constituição não pode ter sua inconstitucionalidade argüida via controle concentrado. 
(B) uma decisão que rejeita Ação direta de inconstitucionalidade tem efeito de declaração de constitucionalidade. 
(C) o Juiz de Direito pode declarar a inconstitucionalidade de lei, mas o órgão fracionário não pode. 
(D) a inconstitucionalidade de uma lei federal não pode ser declarada por Tribunal de Justiça. 
(E) de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o Pacto de San José da Costa Rica tem valor de norma constitucional, razão pela qual não mais se admite prisão de depositário infiel. 
Alternativa b 
 
[Ministério Público Estadual – RS – XLV Concurso(ABRIL 2009)] 32. Sobre o controle de constitucional idade nos Tribunais brasileiros, é INCORRETO afirmar que 
(A) o STF pode apreciar a inconstitucionalidade de uma lei já por ele declarada constitucional anteriormente. 
(B) não se admite desistência em sede de ação direta de inconstitucionalidade. 
(C) se passou a admitir, com a aprovação do Instituto do Amicus Curiae, intervenção de terceiros em ação direta de inconstitucionalidade. 
(D) não existe lide no processo de ação direta de inconstitucionalidade. 
(E) uma medida cautelar em sede de ação direta de inconstitucionalidade pode ter efeito ex tunc. 
Alternativa c 
 
[Ministério Público Estadual – RS – XLV Concurso (ABRIL 2009)] 33. Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo: 
( ) Se a lei Y é revogada pela lei X e esta (a lei X) for declarada inconstitucional, revigora-se a lei Y. 
Efeito repristinatório da declaração de inconstitucionalidade. 
( ) Se a lei Y, uma vez revigorada, também for inconstitucional, perderá automaticamente a sua validade. 
Efeito repristinatório indesejado não pode ser reconhecido de ofício. 
( ) Uma lei municipal pode ser declarada inconstitucional por intermédio da ação direta de inconstitucionalidade interventiva. 
(??) 
( ) O efeito ex nunc em sede de ação direta de inconstitucionalidade exige quorum de maioria absoluta. 
Exigência de maioria qualificada (2/3) 
( ) Cabe concessão de liminar em ação declaratória de constitucional idade (ADC). 
A liminar suspenderá o andamento dos processos pelo prazo de 180 dias. 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é 
(A) V - F - V - F - F. 
(B) F - F - F - V-V. 
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(C) V - F - F - F - V. 
(D) V-V-V-V-V. 
(E)F-F-F-F-F. 
Alternativa c 
 
[Ministério Público Estadual – RS – XLV Concurso (ABRIL 2009)] 35. Considere as afirmações abaixo: 
I - Enquanto as democracias européias adotaram, a partir do segundo pós-guerra, o controle concentrado de constitucional idade, paradoxalmente no Brasil essa modalidade de jurisdição constitucional 
somente foi instituída em 1965, já sob a égide do regime militar. 
II - A ação civil pública é instrumento idôneo de fiscalização incidental de constitucionalidade, pela via difusa, de leis municipais, estaduais e federais, desde que, nesse processo coletivo, a controvérsia 
constitucional, longe de identificar-se como objeto único da demanda, qualifique-secomo simples questão prejudicial, indispensável à resolução do litígio principal. 
III - A partir de 1937, com a Constituição "polaca" (Estado Novo), passou-se a exigir a remessa ao Senado da decisão do STF que declarava a inconstitucionalidade de uma lei. 
IV - Decisão que deixa de aplicar uma súmula vinculante é passível de Reclamação, mas somente depois de esgotados os recursos processuais disponíveis. 
V - O STF, que é composto por duas Turmas, ao contrário dos demais tribunais da República, não suscita incidente de inconstitucionalidade. 
Quais estão corretas? 
(A) Apenas II, III e V. 
(B) Apenas I, II e V. 
(C) Apenas II e V. 
(D) Apenas I, III e IV. 
(E) Apenas I e IV. 
Gabarito: Alternativa b 
crítica: o STF também não está dispensado de suscitar incidente de inconstitucionalidade. O item V está errado. 
 
[Ministério Público Estadual – RS – XLV Concurso (ABRIL 2009)] 38. Leia o exemplo abaixo. O Tribunal de Justiça de um Estado, apreciando mandado de segurança, decidiu que determinada aposentadoria 
fulcrada em lei estadual não poderia ter sido indeferida no plano administrativo - portanto, deveria ser concedida - porque a lei estadual que a vedava feria a Constituição Federal. Na ocasião do julgamento, 
o Ministério Público levantou preliminar requerendo a suspensão do julgamento para que fosse suscitado o respectivo incidente de inconstitucionalidade, forte no Regimento Interno do Tribunal. A tese do 
Ministério Público foi afastada por dois motivos: (i) porque não caberia ao Ministério Público fazer o pedido de suspensão do julgamento, tendo em vista que isso equivaleria a uma substituição da prerrogativa 
e/ou dever da parte recorrente (O Estado federado); e (ii) pelo argumento de que embora seja possível a uma Câmara levar ao Órgão Especial uma possível arguição de inconstitucionalidade de lei 
municipal ou mesmo estadual, frente à Constituição Estadual, o Órgão Especial não tem competência para decidir matéria de lei estadual que fira a Constituição Federal. 
Assinale a alternativa correta relativamente a essa decisão. 
(A) O Órgão fracionário do Tribunal decidiu de forma equivocada, porque a matéria, em sede de mandado de segurança, não poderia ter sido examinada, pois deveria ter sido arguida a 
inconstitucionalidade via controle concentrado junto ao órgão Especial do Tribunal. 
(B) Somente as partes podem suscitar a inconstitucionalidade. 
(C) É irrelevante qualquer discussão acerca da reserva de plenário, porque os Tribunais tem legitimidade para disporem da matéria, em seus regimentos internos. 
(D) A decisão do Órgão fracionário foi equivocada porque deveria ter suscitado o incidente de inconstitucionalidade, mesmo em se tratando de lei estadual colidente com a Constituição Federal. 
(E) A decisão do Órgão Fracionário foi correta. 
Alternativa d 
 
[AGU – Advogado da União (2009)] Acerca do controle de constitucionalidade no Brasil, julgue os itens que se seguem. 27 É possível a declaração de inconstitucionalidade de norma constitucional originária 
incompatível com os princípios constitucionais não escritos e os postulados da justiça, considerando-se a adoção, pelo sistema constitucional brasileiro, da teoria alemã das normas constitucionais 
inconstitucionais. 
27Assertiva e 
 
[AGU – Advogado da União (2009)] Acerca do controle de constitucionalidade no Brasil, julgue os itens que se seguem.28 É admissível o controle de constitucionalidade de emenda constitucional antes 
mesmo de ela ser votada, no caso de a proposta atentar contra cláusula pétrea, sendo o referido controle feito por meio de mandado de segurança, que deve ser impetrado exclusivamente por parlamentar 
federal. 
28Assertiva c 
 
[AGU – Advogado da União (2009)] Acerca do controle de constitucionalidade no Brasil, julgue os itens que se seguem.29 A declaração de inconstitucionalidade de uma norma pelo STF acarreta a 
repristinação da norma anterior que por ela havia sido revogada, efeito que pode ser afastado, total ou parcialmente, por decisão da maioria de 2/3 dos membros desse tribunal, em decorrência de razões de 
segurança jurídica ou de excepcional interesse social. 
29Assertiva c 
 
[AGU – Advogado da União (2009)] Acerca do controle de constitucionalidade no Brasil, julgue os itens que se seguem.30 De acordo com entendimento do STF, a decisão declaratória de inconstitucionalidade 
de determinada lei ou ato normativo não produzirá efeito vinculante em relação ao Poder Legislativo, sob pena de afronta à relação de equilíbrio entre o tribunal constitucional e o legislador. Com relação ao 
poder constituinte e ao controle de constitucionalidade de normas, julgue os itens seguintes. 
30Assertiva c 
 
[AGU – Advogado da União (2009)] 33 A decisão de mérito proferida pelo STF no âmbito de ação declaratória de constitucionalidade produz, em regra, efeitos ex nunc e vinculantes para todos os órgãos do 
Poder Executivo e demais órgãos do Poder Judiciário. 
33Assertiva e 
 
[AGU – Advogado da União (2009)] 35 Segundo entendimento do STF, é possível a utilização da técnica da modulação ou limitação temporal dos efeitos de decisão declaratória de inconstitucionalidade no 
âmbito do controle difuso de constitucionalidade. 
35Assertiva c 
 
[AGU – Advogado da União (2009)] 50 Quando o STF apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, compete ao Advogado-Geral da União exercer a função de curador especial 
do princípio da presunção de constitucionalidade da norma, razão pela qual não poderá, em hipótese alguma, manifestar-se pela inconstitucionalidade do ato impugnado. 
50Assertiva e 
 
[GEAGU – Simulado 2009] 5 A regra brasileira, ao se declarar a inconstitucionalidade de ato normativo, é a nulidade absoluta, que, no entanto, vem sendo mitigada pela jurisprudência e legislação pátria. 
Diferentemente acontece no Sistema Austríaco, que adotou a Teoria da Anulabilidade em relação aos atos normativos julgados como inconstitucionais, assim como no Sistema Espanhol. 
Assertiva c 
 
[GEAGU – Simulado 2009] 6 A Constituição de 1946 criou a Ação Direta de Inconstitucionalidade de competência originária do STF, sendo o único legitimado o Procurador-Geral da República. Contudo, não 
constitui a primeira forma de controle concentrado de constitucionalidade na história brasileira, visto que a Constituição de 1934 já dispunha sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade Interventiva. 
Assertiva e 
 
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Justificativa: A Constituição de 1.946 previu a Representação de inconstitucionalidade (hipótese de controle concentrado, mas concreto). A ADI 
somente foi prevista pela CF/88. 
 
[GEAGU – Simulado 2009] 7 Considera-se inconstitucionalidade nomoestática quando a lei ou ato normativo contiver algum vício em seu processo legislativo de formação, ou em razão de sua elaboração por 
autoridade incompetente. Já a inconstitucionalidade nomodinâmica constitui vício material, ou seja, em relação ao conteúdo do ato normativo. 
Assertiva e 
 
[GEAGU – Rodada 2009.02] 07. Mesmo sendo equivalente às emendas constitucionais, os tratados internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Caso do Congresso Nacional, em dois 
turnos de votação, por três quintos dos votos dos respectivos membros, poderão ser objeto de controle de constitucionalidade por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade. 
Assertiva c 
 
[GEAGU – Rodada 2009.02] 08. No caso de um partido político perder sua representação no Congresso Nacional após ter proposto uma ação direta de inconstitucionalidade, essa ação é considerada 
prejudicada, por perda superveniente de legitimidade ativa para a sua propositura.

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