Aula 10 06 11

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 5º período
Aula 10 – 06/11/14
Vimos as teorias glicostática e termostática. Nas aves, dou preferência a uma ração mais grosseira, que vai ficar retida na moela. Quanto mais tempo houver alimento na moela, vou ter o proventrículo que está antes da moela, produzindo ácido clorídrico e pepsinogênio. Em galinhas poedeiras uso prioritariamente em galinhas poedeiras. Um ovo leva 24h para ser feito, onde 20h é feita a casca. Boa parte do ovo é feita durante a noite, onde a galinha não come. Uma galinha poedeira tem que ter 16h de luz para produzir hormônios do seu ciclo estral. A casca do ovo tem por volta de 4g, e 3,5g geralmente é de cálcio. Ao longo da noite ela não come, se eu não der comida, vai ter retirada de cálcio dos ossos longos. Se eu sei que partículas grandes ficam retidas na moela, eu dou um calcário de maior granulometria, ele vai ficar retido na moela. A retenção é interessante, pois vai produzir ácido clorídrico, que vai dissociar o cálcio em íons, vão entrar no intestino delgado e são absorvidos. Toda galinha de produção de ovos se faz a inserção do calcário na ração. 
Teoria aminostática
Se um monogástrico come para satisfazer sua exigência energética, eu tenho que embutir nessas calorias que ele ingere todos os nutrientes que ele precisa. Se eu não tiver essa relação energia-nutriente, quando ela para de comer ela fica deficiente em nutrientes. Em experimentação, fez dois grupos de frangos. Em um grupo, deu a ração normal. Outro grupo, se dividiu a ração: colocou sorgo grão inteiro (volumoso = fonte de energia), e ração concentrada (fonte dos demais nutrientes). O ganho de peso desse último grupo foi menor, esses frangos comiam o concentrado e não comia sorgo, que é a fonte de energia. A partir da metade do experimento, ela começou a comer mais sorgo e menos concentrado. Houve um desequilíbrio energia – aminoácido.
O sexo do animal tem importância muito grande, pois o comportamento em termos de nutrição é diferente. Nas aves, na segunda semana de vida começa a diferenciar o peso entre machos e fêmeas. Essa diferença só aumenta ao longo da vida do animal. Com 42 dias de idade, há uma diferença de quase 300g entre macho e fêmea. Na segunda semana o consumo de ração do macho já aumenta em relação ao consumo da fêmea. A fêmea vai ganhar menos peso que o macho. A partir de um momento, o ganho de peso vai ser o somatório de massa magra + massa gorda. A partir do momento que o animal ganha menos peso, começa a aparecer mais massa gorda do que magra. Quando comparo macho e fêmea, a deposição de massa gorda em fêmeas é maior que no macho. Para depositar 1g de proteína, eu gasto um x de energia. Para depositar 1g de gordura, gasta-se 2,5x de energia. Com isso, a conversão alimentar do macho é melhor que a da fêmea. 
Em experimentos, a ração ingerida entre macho e fêmea durante os primeiros 21 dias, não é tão diferente, mas o peso é bem diferente. Conversão alimentar = kg de ração ingerida / kg de peso ganho. No macho, a conversão alimentar foi de 1,38 na fêmea foi 1,48. O macho precisou comer 1,38kg de ração para ganhar 1kg, enquanto a fêmea precisou comer 1,48kg. 
Ao fim de 42 dias, a diferença na ração ingerida já é um pouco maior. De peso vivo, o macho pesou aproximadamente 150g mais que a fêmea. 
Se a conversão da fêmea é pior, a conversão no macho é mais barata que na fêmea. No caso da ave, a gordura é a nível de cavidade abdominal, não vai ser vendida, vai sair junto com as vísceras. Se faz a sexagem dos pintinhos quando são nascidos, é feita pela asa da ave. O macho é de empenamento tardio, enquanto a fêmea é de empenamento precoce. O pintinho quando nasce tem penugem, mas quando se abre a asa se vê pena. A asa tem duas camadas de penas. Quando eu abro a asa do macho, eu vejo as duas camadas de penas sobrepostas, têm a mesma altura. Já na fêmea, essas camadas não são juntinhas, uma camada é mais curta. Os machos são criados até 42-44 dias de idade, ele vai dar mais coxa, mais massa de peito. O macho vai para fazer cortes = peito, coxa e sobrecoxa. A fêmea é abatida mais cedo, ainda em uma idade que ela está depositando menos gordura. Se faz o griller (galeto), uma carcaça de 1kg, aproximadamente. 
É comum criar separados macho e fêmea também na suinocultura. No macho vou ter mais lombo. Na fêmea, carcaça menor com menor idade. 
(PROVA): Eu dou para meu cão uma ração seca. Se eu comprar uma ração úmida, que tenha 25% de umidade, eu não posso continuar dando X de ração. Eu tenho que refazer a conta. Se ele comia 400g de uma ração que tinha 10% de umidade, ele comia 360g de matéria seca, essa ração tem 40g de água. Agora na ração com 25% de umidade, eu tenho que continuar dando para ele 360g de matéria seca. Vou ter que dar mais ração para o meu animal. 
Uma ração farelada, eu corro o risco de segregação da ração, partículas pesadas vão para o fundo do cocho. Sempre vamos encontrar uma desuniformidade da ração. Contudo, há uma livre escolha por parte do animal. Se a galinha estiver deficiente em cálcio, ela vai procurar esse nutriente, pode ingerir até na cama, fezes de outras aves. 
Ração extrusada: por exemplo ração de peixe. A ração de superfície (para aqueles peixes que comem na superfície), muitas vezes ficam 8h na superfície. Geralmente na ração extrusada há bolhas de ar no seu interior. A ração de cão é extrusada. A ração peletizada é somente prensada, eu consigo quebrar facilmente um pelet prensado, já o pelet extrusado é muito duro. O óleo e vitaminas geralmente são adicionados por fora do pelet, depois que o pelet já foi formado. 
Em experimentos, aves comem menos ração peletizada, e comem mais rápido, gastam menos tempo para comer. Isso é interessante como na quantidade de comedouros.
Água quente para monogástrico não funciona. Quanto mais quente a água, menos a ingestão de ração. Geralmente o animal bebe de 2-3X o que come. Quanto mais seco é o alimento, mais água ele tem que beber. Maior demanda de água em atividade física, lactação, etc. 
Origem da água corporal: in natura (aquela que bebemos); ingerida como integrante dos alimentos; reações de oxidações nos tecidos;