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DIREITO IMOBILIÁRIO

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Modelos Práticos 
Direito Imobiliário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
1. Modelo prático - Ação de Manutenção de Posse 
2. Modelo prático - Ação de Reintegração de Posse 
3. Modelo prático - Ação de Interdito Proibitório 
4. Modelo Prático - Embargos de terceiro 
5. Ação de usucapião extraordinária de 15 anos (Modelo 1) 
6. Ação de usucapião extraordinária de 15 anos (Modelo 2) 
7. Ação de usucapião extraordinária de 15 anos (Modelo 3) 
8. Ação de usucapião extraordinária de 10 anos (Modelo 1) 
9. Ação de usucapião extraordinária de 10 anos (Modelo 2) 
10. Ação de usucapião extraordinária de 10 anos (Modelo 3) 
11. Ação de usucapião ordinária de 10 anos 
12. Ação de usucapião especial ou constitucional de 5 anos 
13. Ação de usucapião extraordinária de imóvel urbano (15 anos) 
14. Ação de usucapião constitucional de imóvel urbano (5 anos - Modelo 1) 
15. Ação de usucapião constitucional de imóvel urbano (5 anos - Modelo 2) 
16. Ação de usucapião constitucional de imóvel urbano (5 Anos - Modelo 3) 
17. Ação de usucapião coletiva urbana (5 anos - Modelo 1) 
18. Ação de usucapião coletiva urbana (5 anos - Modelo 2) 
19. Ação de usucapião familiar (2 anos) 
20. Recurso de apelação em usucapião 
21. Modelo de ata notarial de usucapião extrajudicial 
22. Modelo prático de contestação em ação de usucapião 
23. Modelo Prático - Ação Reivindicatória 
24. Modelo prático - Ação de divisão 
25. Modelo prático de petição inicial - Ação Demarcatória 
26. Modelo prático de contestação em ação demarcatória 
27. Petição de ação de desapropriação 
28. Ação anulatória de desapropriação 
29. Modelo prático - Retificação de registro imobiliário 
30. Modelo de ação de cobrança de débitos condominiais - Procedimento comum 
31. Modelo de ação de extinção de condomínio 
32. Constituição de condomínio 
33. Contrato de comodato 
34. Empréstimo residencial - Prazo determinado 
35. Empréstimo de imóvel por prazo indeterminado 
36. Contrato vitalício de imóvel - Instrumento particular de comodato vitalício 
37. Contrato de comodato de imóvel rural 
 
 
 
38. Contrato de Comodato 
39. Contrato de mútuo financiamento habitacional 
40. Financiamento Habitacional - FGTS 
41. Contrato de alienação fiduciária de bem imóvel (Lei nº 9.514/97) 
42. Ação de rescisão de contrato cumulada com devolução de quantias pagas 
43. Ação de adjudicação compulsória 
44. Modelo da notificação ao vendedor para assinatura de escritura 
45. Ação de cobrança de comissão por vendas de imóveis 
46. Ação cominatória para fins de outorga de escritura pública de compra e venda 
de imóvel 
47. Ação de indenização ante ao atraso na entrega de imóvel adquirido de 
construtora 
48. Memorial de incorporação 
49. Contrato de Locação de Imóvel 
50. Locação de imóvel - Renúncia e impenhorabilidade 
51. Contrato de locação de imóvel para fim residencial 
52. Contrato de locação de imóvel residencial - Sem vínculo de emprego 
53. Contrato de locação comercial 
54. Contrato de locação comercial com fiador 
55. Instrumento particular de contrato de locação para temporada 
56. Contrato de locação de espaço em shopping center 
57. Locação de vaga em garagem 
58. Sublocação de imóvel 
59. Notificação de despejo de falta de pagamento 
60. Notificação pelo fiador informando sua exoneração 
61. Notificação exigindo novo fiador 
62. Ação de despejo c/c cobrança de alugueres e encargos de locação de despejo 
c/c cobrança de alugueres e encargos de locação 
63. Chamamento do devedor principal pelo fiador ao processo 
64. Ação de despejo - Denúncia vazia - Imóvel não residencial 
65. Ação de Cobrança de Aluguel em conformidade com a Lei nº 9.099/95 (Juizado 
Especial Cível). 
66. Ação de despejo por sublocação 
67. Ação de despejo requerido para a realização de reparos urgentes no imóvel 
68. Ação de despejo nas locações por temporada com pedido de liminar 
69. Ação renovatória de locação 
70. Ação de consignação em pagamento de aluguéis 
71. Ação revisional de aluguel 
72. Contestação à ação de despejo por falta de pagamento, sob alegação de 
existência de sociedade 
Mario
Caixa de texto
 
 
 
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 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
1. Modelo prático - Ação de Manutenção de Posse 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL 
DA COMARCA DE ________________ 
 
 
 
 
 
 
 
______________________, brasileiro, casado, agropecuarista, titular do CPF/MF nº 
______________________, e sua mulher d. ______________________, brasileira, 
do comércio, titular do CPF/MF nº ______________________, residentes e 
domiciliados na Chácara ______________________, município e comarca de 
______________________, endereço eletrônico ____________, por seus 
advogados e procuradores que esta subscrevem ut instrumentum de mand. j. – 
______________________, inscrito na OAB sob o nº _____ e 
______________________, inscrito na OAB sob o nº ____, com escritório 
profissional na rua ______________________, nº ____, centro em 
______________________, endereço eletrônico ____________, (onde receberão as 
intimações de estilo), vêm, venia petita e com o devido respeito perante V.Exa. 
propor competente 
AÇÃO DE MANUTENÇÃO DE POSSE 
em desfavor de 
______________________, brasileiro, estado civil e profissão ignorados, residente e 
domiciliado na rua ______________________, nº ____, em ___________; 
________________, brasileiro, estado civil e profissão ignorados, residente e 
domiciliado na rua ______________________, nº _____ em __________; 
_____________________, brasileiro, estado civil e profissão ignorados, residente e 
domiciliado na rua _____________________, nº _____ em __________; 
_____________________, brasileiro, estado civil e profissão ignorados, residente e 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
domiciliado na rua _____________________, nº _____ em __________; 
_____________________, brasileiro, estado civil e profissão ignorados, residente e 
domiciliado na rua _____________________, nº _____ em __________; 
_____________________, brasileiro, estado civil e profissão ignorados, residente e 
domiciliado no distrito de _____________________, município e comarca de 
_____________________, tudo pelas relevantes razões de direito, justiça e 
equidade que passam a expor e ponderar o quanto segue: 
 
I. DOS FATOS 
Os peticionários são senhores e legítimos possuidores de uma gleba de terras rurais 
constante de 2.062,00 hectares, situados no lugar denominado 
______________________, do município e comarca de ______________________, 
a qual foi adquirida por força de escritura de doação da Sra. 
______________________, que é mãe autor, cf. documento incluso, incluindo 
também uma parte recebida por herança do seu pai ______________________, cf. 
formal de partilha incluso e que está tudo devidamente matriculado no Cartório deRegistro de Imóveis de ______________________, sob o nº _________________, 
do livro 02, registros nºs 45 e 46, datados de _________________, originária da 
matrícula anterior de nº _________________, da mesma Circunscrição Imobiliária. 
A gleba pode ser descrita e individuada do seguinte modo: Inicia-se no marco MP-I, 
segue no rumo de 10º 58’SW, em linha reta numa distância de 3.850,00 metros, até 
encontrar o MP-II, divisando com terras do ______ e de ______ (atualmente); daí 
segue ao rumo de 84º 25’NW, numa distância de 1.918,00 metros até encontrar o 
MP-III, divisando com terras de sucessor de ______; daí segue ao rumo magnético 
de 01º 30’ NE, numa distância de 178,00 metros, até encontrar o MP-IV, divisando 
com terras de ______; daí segue no rumo de 77º 30’NW, numa distância 1.542,00 
metros, até alcançar a margem esquerda do Córrego ______; atravessando o 
Córrego ______ até a sua margem direita e daí seguindo o mesmo rumo em mais 
uma distância de 4.735,00 metros até alcançar o MP-V, sendo que entre o MP-IV e o 
MP-V, faz divisa com ______; do MP-V segue rumo de 39º 50’NW, numa distância 
de 200,00 metros, vai encontrar o MP-VI, ainda divisando com ______; daí segue o 
rumo de 59º 30’NE, numa distância de 1.537,00 metros, até encontrar o MP-VII, 
divisando com terras de ______; daí segue no rumo de 66º 20’ NE, numa distância 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
de 4.441,00 metros, até encontrar o MP-VIII, divisando com terras do espólio de 
______; daí segue o rumo de 56º 00’NE, numa distância de 356,00 metros até 
encontrar o MP-IX, cravado na margem direita do Córrego _________________, 
ainda divisando com terras do ____________; daí segue descendo o Córrego do 
______ abaixo até a sua confluência com o Córrego ______. Desta confluência sobe 
o córrego da Cachoeira acima, em vários rumos e distâncias até encontrar o MP-I, 
que está fincado na margem esquerda, sendo o ponto de partida deste roteiro. 
CONFRONTAÇÕES: Ao Norte com terras do _________________, Córrego ______ 
e Córrego ______; a Leste com terras do ______ e de ______ (atualmente); ao Sul 
com sucessor de ______ e ____________; a Oeste com terras de ____________ e 
____________. 
 
Referida gleba rural encontra-se na posse mansa e pacífica dos autores, por si e 
seus antecessores (accessio possessionis), há aproximadamente 30 anos, portanto, 
a longissimi temporis, sem contestação ou oposição, exercendo-a de modo 
ininterrupto e cum animus domini, portanto, com natureza ad interdicta. É também 
justa possessio, ancianíssima, inclusive por força da accessio possessionis, de boa 
fé, inclusive pelo título de sua aquisição. 
Os sinais visíveis do poder de fato que exerce sobre a referida propriedade se 
caracterizam pelo fato de tratar-se de propriedade rural toda cercada com 4 e 5 fios 
de arame, divisões internas de pastagens, casa de sede, quintal, pomar, currais, 
tronco, galpão para gado, mangueiro, formação de pastagens artificiais de braquiária 
em quase toda área, exceto as áreas de preservação ecológica permanente exigida 
por lei, estradas de penetração, criação de gado vacum em pecuária de médio porte, 
animais de custeio, aves, animais domésticos, inclusive manutenção de empregados 
com famílias. 
Dessa forma conta com toda uma infraestrutura de fazenda toda aproveitada 
racionalmente e produtiva, tudo feito com recursos próprios, além de vários 
investimentos com financiamentos bancários, em especial com o Banco do Brasil 
S/A, conforme certidões de registro e fotografias inclusas. 
Pois bem, estando no uso e gozo da plenitude da propriedade (jus possidendi) com 
domínio escorreito, bem como com posse efetivamente exteriorizada por sinais 
visíveis (jus possessionis), oponíveis erga omnes, teve a desagradável surpresa de 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
tomar conhecimento que no dia 02 de dezembro do exercício em curso, os 
requeridos em indisfarçável societas sceleris, ou sociedade criminosa, com uso de 
armas de fogo invadiram a propriedade na parte leste, tendo para isso, arrebentado 
o cadeado da porteira de entrada da fazenda que dá acesso para a estrada, 
instalando os ditos réus no imóvel retro referido, com barracos de lona, 
caminhoneta, iniciando uma medição, bem como, ato contínuo, iniciando a feitura de 
uma cerca, dentro das terras dos autores. 
Assim resta patente e indisfarçável a má-fé porque ostentam ameaças e nem sequer 
comunicaram com os empregados dos autores. 
Ali permanecem com o ânimo obdurado de manter a turbação perpetrada contra o 
direito de posse dos autores. 
Como não poderia deixar de ser e nem acontecer diferentemente de como acontece 
foi diligenciado uma representação criminal junto à autoridade policial de ________ 
que foi in loco e constatou a invasão em parte da propriedade dos requerentes, cf. 
documento incluso consistente em auto de constatação, fotografias e demais 
documentos. 
Como se trata de invasão absolutamente injustificada por parte dos requeridos, resta 
aos autores recorrer aos meios judiciais cabíveis, in casu com o interdictum 
retinendae possessionis para ver a ordem jurídica restaurada cf. os pedidos 
formulados in fine. 
 
II. DO DIREITO 
 
A pretensão ora formulada encontra espeque nas normas dos artigos 1.196 e 1.210 
do Código Civil, combinado com o art. 561 e demais disposições corolárias do 
Código de Processo Civil, que assim estão redigidos: 
Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício pleno, ou 
não, de algum dos poderes inerentes a propriedade. 
Art. 1.210. O possuidor tem direito de ser mantido em caso de turbação, restituído 
no de esbulho e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser 
molestado. 
 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
Na Lei Instrumental Civil, completam os dispositivos retromencionados, o art. 561 do 
Código de Processo Civil, quando estabelece os requisitos que são condições sine 
qua non, para o exercício da presente actio retinendae possessionis, os quais são: 
a) A posse do autor; 
b) A turbação; 
c) A data da turbação e, 
d) A continuação da posse embora turbada. 
Todos estão provados na sub specie iuris, portanto, a ação tem oportunidade e 
procede. Vejamos: 
 
Da posse dos autores 
Os autores têm a posse da propriedade, ora sub judice e descrita in causa petendi, 
porque sempre a exerceu em toda a sua plenitude cf. definição do art. 1.196 do 
Código Civil, cf. sinais visíveis da apreensão física da gleba, tudo conforme exposto 
com clareza e precisão in causa petendi, podendo-se dizer que a exerce referida 
posse a longissimi temporis et cum animus domini, valendo dizer, há quase 30 
(trinta) anos, por si e seus antecessores, sem contestação nem oposição e de modo 
ininterrupto. 
A propriedade sempre foi respeitada pelos vizinhos, porque é perfeitamente 
individuada e cercada com divisas definidas, tudo cf. provado por documentos, fotos, 
auto de constatação policial, enfim, um grande acervo de provas que acompanham a 
inicial, consequentemente merece proteção na forma prevista em lei e no direito. 
 
Da turbação 
Na medidaem que os intrusos e invasores ingressaram na propriedade violando as 
divisas, arrebentando cadeado da porteira de entrada e se instalando dentro da 
gleba dos autores, ocasião em que ato contínuo iniciou a feitura de uma cerca, 
picada, tirada de rumo e colocando barracos de lonas com homens armados, o que 
resta evidenciado sem sombra de dúvida a vis compulsiva no sentido de turbar ou 
esbulhar, praticando violência contra a posse dos autores, até porque, ali 
permanecem contra a vontade de quem de direito e com indisfarçável ameaça. 
 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
Da data da turbação 
Conforme já foi dito in causa petendi, a referida turbação se deu mais ou menos por 
volta do dia 02 de dezembro p.p., e tudo conforme demonstra as fotos tiradas do 
local com sinais de alterações recentes e provado com a diligência policial de 
constatação, documentos inclusos. 
O que se pode observar é que tudo ocorreu de modo recentíssimo, o que autoriza o 
exercício do procedimento especial da ação de manutenção de posse por serem 
fatos ocorridos há menos de ano e dia. 
 
Da continuação da posse 
Embora turbada a área ora sub judice, os requerentes continuam na posse da 
Fazenda, embora turbada pela associação criminosa, ou seja, por mais de 5 
pessoas, que estão localizados na parte leste da propriedade. 
Os autores continuam na posse da propriedade já descrita exceto no local onde 
instalaram os intrusos e requeridos. 
 
Outras razões de direito 
Pelos motivos retro descritos e com fundamento no adágio: Ex facto dabo tibi iuis, os 
autores têm o direito à proteção da justiça, porque a posse de que são titulares é ad 
interdicta. 
Por outro lado, não é dado a ninguém fazer justiça por suas próprias mãos como 
disse o romano Paulus in Digesto, L. 50, T. 17 fr. 176 do Reg. Juris, que: Non est 
singulis concedendum, quod per magistratum publice fieri possit, ne occasio sit 
majoris tumultus faciendi. 
O Conselheiro Lafayette com muita precisão disse que a detenção da coisa por um 
modo injusto sucumbe afinal, diante do direito. É o que ocorre in casu sub judice. 
Ad instar, o fato posse é protegido pelo direito material com a instrumentalização da 
lei processual, pois seus efeitos são justamente conforme as lições de Mourlon et 
Ripert citado por Mário Dias da Cruz apud Tito Lívio Pontes que: 
La posession considerada em si misma, es uno puro hecho (fato); uma persona 
goza de una cosa, pretende ser su proprietário o bien tener um derecho de 
servidumbre (servidão), usufructo o prenda sobre ella, actuando como si en realidad 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
asi fuera. Em todo ello solo vemos un hecho, nada jurídico. Pero, el hecho de la 
posession solo o reunido a otras circunstancias, produce consequencias juridicas de 
distinta indole. 
Por otra parte, importa no confundir esas consequencias, que pudieramos 
denominar jura posessionis, com el derecho de poseer (jus possiddendi). 
El derecho de la posesion resulta de la propriedad, es su primordial utilidad y solo 
corresponde al proprietario y a los que el lo tienen. Por contra, qualquier poseedor 
de hecho, podra reclamar las consequencias juricas de la posesion. 
 
O direito de proteção na sua posse como ensinava o saudoso J.M. Azevedo 
Marques in A Ação Possessória, que o fundamento filosófico da posse é em resumo, 
o respeito à personalidade humana, aliado ao princípio social de que não se permite 
a ninguém fazer justiça com suas próprias mãos. Estando uma coisa sob a atuação 
material da pessoa, esta deve ser respeitada como personalidade racional, de modo 
a não poder uma outra pessoa, fora da justiça, obrigar aquela a abrir mão da coisa 
possuída. 
Daí a proteção provisória ao fato da posse, sem cogitar preliminarmente do direito 
em que ela se estriba.” 
 
Pelo simples fato de estar os autores, _______ e sua mulher na atuação material e 
apreensão física da gleba, segundo a teoria da aparência, tão brilhantemente 
ensinada pelo prof. Jorge Americano, devem permanecer até que pelo contencioso 
judicial seja provado que realmente lhes cabe o direito. 
A posse nas lições dos ingleses e americanos representa 9/10 (nove décimos) do 
direito de propriedade possession is nine tenths of the law 
Leopoldino do Amaral Meira comunga o mesmo pensamento, justificando que: 
1º. Quem obtém a posse é relevado de outra prova, L. 16, Dod. de Probation, L. 24, 
ff. de Reivindicat; 
2º. A favor do possuidor da cousa está toda a favorável presunção e não é obrigado 
a restituí-la enquanto o Autor não prova o seu domínio, L. 28, Cod. De Reivind. 
3º. Não é o possuidor obrigado, por via de regra, a mostrar o título de sua posse, L. 
11, Cod. De Petit Hoered.; 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
4º. Presume-se de boa-fé o possuidor enquanto se não prova o contrário, L. 18, ff. 
de Probat, L. 30 Cod. De Evict; e muito mais, 
5º. Quando possui por autoridade judicial, L. 11, ff. de Adquir. Vel amitt. Possess. e 
por isso, 
6º. Lucra os frutos percebidos antes da litiscontestação no juízo petitório, L. 35, ff. de 
Rer. Divis; 
7º. O possuidor pode defender a sua posse por autoridade própria, L. 1, Cod. Unde 
vi, e desforçar-se do espolio, L. 3 § 9, ff. de vi et vi armat.; 
8º. Em igual causa é melhor a condição do possuidor, L. 2 § 9, ff. Ut Possidet; 
9º. O possuidor presume-se senhor da coisa possuída, L. 8 § 1º, Cod. De Proescript 
tringita annor; 
10º. Em dúvida se deve julgar em favor do possuidor, L. 125 e 128 ff. de Reg. Jur. 
11º In pari causa turpitudinis dantis, et accipientis melior est conditio possidentis, L. 
148, ff. de Reg. Jur. L. 2, Cod. De Condict. Ob. Tur. Caus.; 
12º. No concurso de dois compradores prefere o primeiro na posse, ainda que o 
segundo da compra, L. 15 Cod. De Reivind. 
 
Os peticionários provaram quantum satis os pressupostos de ordem instrumental 
civil para obterem a providência liminar. Com farta documentação anexada com a 
petitio principii, demonstraram o fumus boni iuris e devido a violação manifesta da lei 
por parte dos réus que ingressaram na propriedade dos autores e estão impedindo o 
livre exercício da posse, ocorre o periculum in mora e o pedido tem inteira 
procedência, oportunidade e conteúdo. 
 
III. DO PEDIDO 
Ex positis, pede e requer à V.Exa. seja recebida a presente ação de manutenção de 
posse, processada na forma da lei, para deferir in limine litis et inaudita altera pars, 
mandado de manutenção de posse em favor dos autores, contra os requeridos, para 
mantê-los na posse da propriedade descrita in causa petendi e segundo o mapa 
incluso, evacuando os inclusos da gleba, com a remoção de seus pertences e a 
destruição do início de edificações de cercas e barracos ali instalados. Inclusive com 
ordem de evacuar os requeridos e seus prepostos que lá forem encontrados. 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
Requer, outrossim que os requeridos e seus prepostossejam intimados de 
cessarem quaisquer atos turbativos in futurum sob pena de incorrerem em pena ou 
preceito cominatório imposto por este Juízo, consistente em multa diária que for 
fixado por V. Exa. sugerindo R$ 500,00 (quinhentos reais) diários, se voltarem a 
invadir a gleba, além de incorrerem em crime de desobediência de ordem judicial. 
Protesta ainda pelos dispositivos de uso de força policial se necessário. 
Caso este juízo entenda necessário que seja realizada justificação prévia, ouvindo-
se as testemunhas cujo rol segue incluso. 
Em seguida, pede e requer a V.Exa. a citação de ___________________, 
___________________, ___________________, ___________________, 
________ e ___________________, todos já qualificados in principio e suas 
respectivas mulheres se casados forem, para responder nos termos da presente 
ação de manutenção de posse, contestá-la se quiserem dentro do prazo legal de 15 
(quinze) dias, para finalmente ser julgada procedente para conceder definitivamente 
a manutenção na posse dos autores sobre a referida gleba em favor dos autores, 
bem como ainda condená-los nas custas, honorários advocatícios e demais 
cominações de direito, inclusive as perdas e danos que se apurar em liquidação de 
sentença. 
Requer todas as provas em direito admitidas, tais como depoimentos pessoais, 
testemunhas, documentos, exame pericial e etc. 
Requer nos termos do art. 554 do Código de Processo Civil, se necessário, proceder 
a metamorfose do interdito por ocasião da sentença. 
Requer os benefícios do artigo 212 do Código de Processo Civil, para evitar a 
periclitação de direitos. 
Termos em que, D e A esta com os documentos inclusos, dando à causa o valor de 
R$ ___________ (_____________), para efeitos fiscais e de alçada. 
 
P. Deferimento. 
Local e data. 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
2. Modelo prático - Ação de Reintegração de Posse 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ CÍVEL DA 
COMARCA DE __________ 
 
 
 
 
 
 
 
___________________, brasileiro, separado, pecuarista, titular do CPF/MF nº 
___________________, residente e domiciliado na rua ___________________, nº 
___, em ___________________, endereço eletrônico ____________, por seu 
advogado procurador que esta subscreve, ut instrumentum de mand. j. – 
___________________, inscrito na OAB sob o nº ____, com escritório profissional 
na rua ___________________, nº ___, centro, em ________ endereço eletrônico 
____________, (onde receberá as intimações de estilo), vem, venia permissa, com o 
devido respeito perante V.Exa. para propor competente 
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE, 
em desfavor de: 
1) ___________________, brasileiro, viúvo, pecuarista, titular do RG nº ________ e 
CPF/MF nº ___________________, residente e domiciliado na Fazenda 
___________________, município de ________; 2) ___________________, 
brasileiro, separado, agricultor, titular do RG nº ________ e CPF/MF nº 
___________________, residente e domiciliado na Fazenda 
___________________, do município e comarca de ________; 3) 
___________________, brasileiro, solteiro, lavrador, residente e domiciliado na 
Fazenda ________ do município e comarca de ________ e, finalmente; 4) 
___________________, brasileiro, estado civil ignorado, titular do RG nº 
___________________, residente e domiciliado na cidade de 
___________________, Comarca de ___________________, podendo ser 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
encontrado na área da fazenda, tudo pelos relevantes motivos e razões de direito 
que passa a expor e ponderar conforme segue ut infra: 
 
I – DOS FATOS 
O peticionário, conforme provam os inclusos documentos, é real possuidor de uma 
gleba de terras rurais, com denominação especial de Fazenda 
________________________, situada no município e comarca de ___________, 
constante de 18.923,81 hectares, que tem as seguintes características e 
confrontações, a saber: 
Do marco MP.1, ao rumo de 13º 25’ NE, a uma distância de 3.988,00 metros, divisa 
com terras da Fazenda ________ atual ___________________, até o MP.2. Daí 
segue ao rumo de 89º 45’NE a uma distância de 11.781,00 metros, divisa com terras 
da Fazenda ______________________, atual Fazenda ______________________, 
até o MP.3. Daí segue até o marco M.5, seguiu-se divisando com terras de 
______________________, atual Irmãos ___________ com M3. Em 20º 45’ SE e 
1.975,00 metros; M.4 em 12º 10’ SE e 520,00 metros, transpondo nesse 
alinhamento a estrada que demanda a ___________ e ______________________, 
até o marco M.5, cravado à beira da margem direita do Ribeirão 
______________________, seguindo daí em linha de levantamento do Ribeirão 
acima, por rumos e distâncias variáveis, sempre pela margem direita até o Marco 
M.6. Deste marco ao rumo de 33º 32’ SE, a uma distância de 8.380,00 metros, divisa 
com terras da Fazenda ______________________, até encontrar o Marco M.9 com 
M.7 em 72º 25’ SW e 5.350,00 metros e transpondo o ___________; M.8 em 36º 15’ 
NE a uma distância de 16.706,00, transpondo o córrego do ___________ Do marco 
M.9 ao rumo de 69º 25’NE, a uma distância de 7.231,00 metros, divisa terras da 
Fazenda ___________ atual ____________________, até chegar ao Marco MP.1, 
ponto de partida.” LIMITES E CONFRONTAÇÕES: Norte, com terras da Fazenda 
______________________, atual ___________ e terras da Fazenda ___________ 
atual Fazenda ______________________, bem como terras de ___________ atual 
___________ Ainda com a estrada que demanda de ___________ a ___________ 
Sul, com terras da Fazenda ___________ e com o Ribeirão ___________ Leste 
com terras da Fazenda ___________ e Ribeirão ___________ Oeste com terras da 
Fazenda ___________ 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
 
Os sinais característicos de posse ou apreensão física da propriedade 
consubstanciam-se na existência de casa de sede, pastagens, árvores frutíferas, 
pastagens artificiais, cercas de divisa, criação de gado, levantamento topográfico, 
estrada de penetração, manutenção de empregados e o reconhecimento das divisas 
pelos confrontantes. 
Trata-se de posse velha, justa e de boa-fé, portanto ad interdita, sem contestação ou 
oposição, exercida cum animus domini, cuja cadeia de transmissão (accessio 
possessionis) demanda de mais de uma década. 
Estando o peticionário na plenitude do exercício de sua posse, foi surpreendido pela 
invasão dos requeridos de forma violenta na gleba, estabelecendo em vários pontos 
da área com precários barracos de lona, cujo animus demonstrado foi o de praticar 
esbulho contra o direito de posse do ora requerente. 
Esclarece outrossim, que o ingresso dos requeridos na referida gleba se deu há 
menos de 30 (trinta) dias passados, portanto, justifica-se a natureza SUMÁRIA do 
presente remedium iuris da actio recuperandae possessionis. 
Os requeridos embora advertidos pelo requerente não manifestaram o ânimo de 
desocupar a propriedade, inclusive expulsando os empregados do autor e 
prosseguindo na ação ilícita de se instalarem ex abrupto de modo definitivo na 
referida propriedade,além do que estão realizando picadas e início de elaboração 
de cercas no interior da gleba. 
A invasão é recente e os pressupostos de ordem instrumental civil estão presentes 
para legitimar o interesse de agir na presente ação possessória, senão vejamos: 
 
Do Esbulho 
O esbulho na melhor expressão jurídica da palavra estriba no fato de alguém violar 
de modo violento ou clandestino a posse até então exercida por alguém sobre uma 
propriedade, in casu imóvel rural. 
Assim, no momento que invadiram a propriedade do autor e passaram impedir o real 
possuidor de exercer os seus direitos, cf. definição do art. 1.196 do Código Civil, o 
esbulho já é uma realidade suscetível de ser reparado pelo remedium iuris da actio 
spolii. 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
As circunstâncias e o modo de ocupação mostram sem sombra de dúvidas, que o 
animus dos requeridos é praticar esbulho possessório, inclusive, provado por atos 
materiais de instalar barracos de lona, fazer picadas e iniciar feitura de cercas. 
 
Data do Esbulho 
Conforme foi esclarecido ut retro, bem como consta de Boletim de Ocorrência 
policial, o esbulho foi praticado há menos de 30 (trinta) dias passados, portanto, 
podendo usar dos meios sumários para reparar a violação de direitos. 
 
A Posse do Autor 
O requerente tinha o poder de dispor fisicamente da área na sua extensão com o 
animus domini, porque esta estava submetida à sua única vontade ex vi do art. 
1.196 do Código Civil, quer pela efetiva ocupação, quer pelos sinais de 
exteriorização de seus atos de esbulho ali existentes e reconhecidos, inclusive pelos 
vizinhos. 
Por tais motivos conforme já foi dito: ex facto oritur jus, ou seja, sua posse é ad 
interdicta, sujeita à proteção da lei, visto que não é dado a ninguém fazer justiça com 
suas próprias mãos, como disse em tempos idos o Romanista – PAULUS - “in” 
Digesto, L. 50, T.17, fr. 176 de Reg. Juris, conforme segue transcrito: Non est 
singulis concedendum quod per magistratum publice fieri possit, ne occasio sit 
majoris tumultus faciendi. 
Igualmente, o Conselheiro Lafayette com muito acerto disse que: A posse adquirida 
de um modo injusto sucumbe afinal diante do direito. 
É o que ocorre na sub specie iuris et in casu, porque o pedido, ora formulado tem 
oportunidade e procede, porque dessa forma lhe assegura a ordem jurídica vigente. 
 
Da perda da posse 
A partir do momento em que os requeridos expulsaram os empregados da Fazenda 
sob ameaça de armas de fogo, o esbulho tornou-se consolidado ensejando a 
oportunidade da presente actio. 
Por tais motivos é a presente para pedir ao Poder Jurisdicional que digne conceder a 
prestação jurisdicional no sentido reintegrar o autor na posse da gleba descrita ut 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
retro, como é de direito. 
 
II – DO DIREITO 
 
A pretensão ora formulada encontra sustentáculo nas normas do art. 1.210 do 
Código Civil, que textualmente estabelece que: 
O possuidor tem o direito de ser mantido na posse em caso de turbação, restituído 
no de esbulho e segurado de violência iminente se tiver justo receio de ser 
molestado. 
 
O fato posse é protegido pelo direito material com a instrumentalização da Lei 
Processual, pois os seus efeitos são justamente conforme as lições de Mourlon et 
Ripert, citado por Mário Dias da Cruz apud Tito Lívio Pontes que: 
“La posession considerada em si misma, es un puro hecho (fato); una persona goza 
de una cosa, pretende ser su proprietário o bien tener un derecho de servidumbre 
(servidão), usufructo o prenda sobre ella, actuando como si en realidad asi fuera. Em 
todo ello solo vemos un hecho, nada juridico. Pero, el hecho de la posession solo o 
reunido a outras circunstancias, produce consequencias juridicas de distinta indole. 
Por outra parte, importa no confundir esas consequencias, que pudiermos 
denominar jura possessionis, como el derecho de poseer (jus possidendi). El 
derecho de la posession resulta de la propriedad, es su primordial utilidad y solo 
corresponde al proprietário y a los que el lo tienen. Por contra, qualquier poseedor 
de hecho, podera reclamar las consequencias juridicas de la posession.” 
 
Mutatis mutandi é o artigo 561 do Código de Processo Civil que impõe os 
pressupostos de ordem instrumental civil, já que estão plenamente demonstrados e 
justificados in causa petendi, exercidos e ocorridos sobre a res in iudicio deducta. 
O direito de proteção da posse, como ensinava J.M. Azevedo Marques in A Ação 
Possessória, que: 
O fundamento filosófico da posse, é em resumo, o respeito à personalidade humana, 
aliado ao princípio social que não permite a ninguém fazer justiça por suas próprias 
mãos. Estando uma coisa sob a atuação material da pessoa, esta deve ser 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
respeitada como personalidade racional, de modo não poder uma outra pessoa, fora 
da justiça, obrigar aquela abrir mão da coisa possuída. Daí a proteção provisória ao 
fato da posse sem cogitar preliminarmente do direito em que ela se estriba. 
 
Pelo simples fato de estar o autor na atuação material da gleba, pela teoria da 
aparência verberada pelo ilustre Prof. Jorge Americano, deve permanecer até que 
pelo contencioso judicial ficar provado e decidido a quem realmente cabe o direito. 
A posse do autor é ancianíssima ou a longissimi temporis, com filiação de mais de 
uma década, exercida de forma mansa e pacífica, até que foi violentada conforme 
ficou exposto in causa petendi. 
Assim, a presente ação tem inteiro cabimento e procede como foram demonstradas 
as condições da ação que são pressupostos de fundo de constituição e 
desenvolvimento válido do processo que são: o interesse de agir e a legitimatio ad 
causam. 
 
III – DO PEDIDO 
Ex positis, pede e requer a V.Exa. seja recebida a presente ação de reintegração de 
posse, processada na forma da lei, digne in limine litis et inaudita altera pars, deferir 
o competente mandado de reintegração de posse do autor na referida gleba, 
evacuando os requeridos e seus prepostos que lá forem encontrados, inclusive, 
advertindo-os de não cometer novo esbulho, sob pena de incorrer em crime de 
desobediência de ordem judicial bem como ainda incorrerem em preceito 
cominatório a ser estabelecido por este juízo em dias-multas fixado no competente 
despacho liminar. 
Requer, outrossim, que este digno Juízo determine aos senhores Meirinhos, 
encarregados do cumprimento do mandado de reintegração e que descrevam no 
auto de reintegração, o atual estado da gleba a fim de perpetuar a memória da 
coisa, inclusive, remover os pertences e benfeitorias iniciadas pelos requeridos. 
Requer se necessário, a requisição de força policial para cumprimento do mandado. 
Outrossim, caso este Juízo entenda necessário, que seja procedida a justificação 
prévia, ouvindo-se as testemunhas cujo rol segue incluso. 
Em seguida, pede e requer a V.Exa. a citação dos requeridos – 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOOJJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
____________________, ____________________, _________ e 
____________________, já qualificados in principio, para responderem nos termos 
da presente ação de reintegração de posse, contestá-la se quiserem dentro do prazo 
legal, sob pena de revelia e confesso quanto a matéria de fato, para finalmente ser 
julgada procedente para conceder definitivamente a reintegração na posse do autor 
na referida gleba, bem como ainda, condenar os requeridos ao pagamento das 
custas processuais, honorários advocatícios, perdas e danos que se apurar em 
liquidação de sentença e demais cominações de direito. 
Requer todas as provas em direito admitidas, tais como depoimento pessoal, sob 
pena de confissão, testemunhas, documentos, exame pericial e diligências. 
 
Requer os benefícios do art. 212 do Código de Processo Civil, para evitar o fator 
demora e para que os senhores oficiais de justiça possam praticar diligências fora do 
expediente normal do Fórum. 
Termos em que, D. e A. esta com os documentos inclusos, dando à causa o valor de 
R$ 100.000,00 (cem mil reais), para efeitos fiscais e de alçada. 
P. Deferimento. 
Local e data. 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
3. Modelo prático - Ação de Interdito Proibitório 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE _______ 
 
 
 
 
 
 
 
 
___________________, brasileiro, casado, pecuarista, titular do CPF/MF nº 
________ e do RG nº ________ SSP, e sua mulher ___________________, 
brasileira, casada, do lar, portadora do RG nº ________ SSP, ambos, residentes e 
domiciliados na rua ____________________, nº __________________, em 
___________________, endereço eletrônico ____________, por seu advogado e 
procurador que esta subscreve – ut instrumentum de mand. j. – 
___________________, inscrito na OAB sob o nº ____, com escritório na rua 
___________________, nº ____, centro, em ________, endereço eletrônico 
____________, (onde receberá as intimações de estilo), vem, com o devido respeito 
perante V.Exa. propor competente 
AÇÃO DE INTERDITO PROIBITÓRIO 
em desfavor de 
___________________, brasileiro, estado civil ignorado, pecuarista, portador do 
CPF/MF nº ___________________, residente e domiciliado na rua 
___________________, nº ___________________, em ___________________, 
tudo pelas relevantes razões de direito que passa a expor e ponderar o quanto 
segue: 
 
I – DOS FATOS 
Conforme se infere dos inclusos documentos, os peticionários são senhores e 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
legítimos possuidores de uma gleba de terras rurais constante de 
aproximadamente 1.250,00 hectares, denominada Fazenda 
____________________, situada no município e comarca de 
____________________, adquirida por força da escritura pública de compra e 
venda, lavrada no livro nº 353, fls. 22 em data de 15/08/85, que foi devidamente 
matriculada sob o nº R1/ 76.550, livro nº 02, ficha 01, em data de 15.08.85, com 
as seguintes características e confrontações: 
Do marco MP-1, ao rumo de 13º 25’NE, a uma distância de 521,00 metros, divisa 
com terras da Fazenda ______________________, atual ____________________, 
até o M.2. Daí, ao rumo de 89º 45’NE, a uma distância de 1.212,00 metros, divisa 
com terras da Fazenda ______________________, atual Fazenda 
______________________, até o M.3. Daí, até o marco M.5, seguiu-se divisando 
com terras de ____________________, com o M.3 em 20º 45’SE e 210,00 metros; 
M.4 em 12º 10 SE e 50,00 metros, transpondo nesse alinhamento a estada que 
demanda de _________ a ____________________, até o M. 5, cravado à beira da 
margem direita do Ribeirão ____________________, seguindo daí em linha de 
levantamento do Ribeirão acima, por rumos e distâncias variáveis, sempre pela 
margem direita até o marco M.6. Deste marco ao rumo de 33º 32’ SE a uma 
distância de 760,00 metros, divisas com terras da Fazenda 
____________________, até encontrar o marco M.9 com o M.7 em 72º 25’ SW e r. 
50,00 metros, transpondo o Ribeirão _______; M.8 em 36º 15’NW e 1.412,00 metros 
transpondo o Córrego _______. Do marco M.9 ao rumo de 69º 25’NE, a uma 
distância de 1.321,00 metros, divisa com terras da Fazenda 
______________________, atual _________ até chegar ao marco MP.1, ponto de 
partida. 
LIMITES E CONFRONTAÇÕES: Ao Norte, com terras da Fazenda 
______________________, atual ____________________, terras da Fazenda 
______________________, atual Itaú e terras de __________ bem com a Estrada 
que demanda de _______ a _______. Ao Sul, com terras da Fazenda Ribeirão 
_______ e Ribeirão _______. A Leste, com terras da Fazenda _________ e 
Ribeirão _______. Ao Oeste, com terras da Fazenda Ribeirão _______. 
Os autores exercem posse mansa e pacífica, por si e seus antecessores desde os 
tempos imemoriais, valendo dizer, a longissimi temporis, sem contestação nem 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
oposição, de modo contínuo e efetivo, onde inseriram relevantes benfeitorias, tais 
como: casa de sede de material, casa de empregados, currais, mangueiro, brete, 
galpão, pocilga, quintal, pomar, roças, quase toda gleba formada em pastagens 
artificiais, estradas de penetração, cercas de divisas com 4 (quatro) fios de arame 
liso, além de divisões internas. 
Como se tudo isso não bastasse, mantém ali os autores, criação de gado vacum em 
grande número, aproximadamente, 1.000 (mil) cabeças, além de animais de custeio 
e prepostos (trabalhadores rurais) encarregados de zelar por tudo. 
Ressalte-se que o ____________, ora requerente é responsável pela formação de 
invernadas na parte conhecida com a denominação especial de Fazenda 
__________. 
Pois bem. Os requerentes estavam gozando os seus direitos de propriedade e 
posse na referida gleba, quando aproximadamente há uns 25 (vinte e cinco) dias 
tiveram a sua área invadida pelo requerido __________________, na parte 
denominada de __________________, empregando para isso, alguns jagunços 
armados, onde iniciaram picadas e colocação de estacamento sob a alegação de 
que ali lhe pertencia. 
No entanto, os peticionários usando das prerrogativas do art. 1.210, § 1º, do Código 
Civil Brasileiro rechaçaram a invasão, expulsando o requerido e seus capangas com 
os meios próprios, no tempo e modo devidos, sem, contudo, extrapolar os limites da 
necessidade da legítima defesa da propriedade. 
O requerido embora abandonasse o imóvel em questão, saiu prometendo que 
voltaria a invadir na forma de revanche. 
Por tais motivos, com base no que dispõe a artigo suso mencionado (caput, parte 
final) do Código Civil Brasileiro, resta recorrer ao Estado-Juiz para pedir lhes seja 
deferido o interdito proibitório ou preceito cominatório contra o ora requerido, para 
não voltar a invadir a área em questão, sob pena de incorrer em multa diária ou 
preceito que fixar este juízo, além de incorrer em crime de desobediência, como é de 
direito. 
 
II – DO DIREITO 
A pretensão ora formulada encontra fundamento no que dispõe o art. 1.210MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
(última parte) do Código Civil Brasileiro, o qual está assim redigido: 
Art. 1.210. O possuidor tem direito de ser mantido na posse em caso de turbação, 
restituído no de esbulho e segurado de violência iminente, se tiver justo receito de 
ser molestado. 
 
Mutatis mutandi, o art. 567 do CPC em vigor, igualmente dispõe: 
Art. 567. O possuidor direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na 
posse poderá requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, 
mediante mandado proibitório em que se comine ao réu determinada pena 
pecuniária caso transgrida o preceito. 
 
Os documentos acostados na presente petitio principii, provam quantum satis, as 
condições da ação e os pressupostos de ordem instrumental civil para o 
desenvolvimento válido da causa, a saber: 
 
A Posse dos Autores 
Provada está a posse pela existência da ocupação material conforme definido no art. 
1.196 do Código Civil, porque os autores têm de fato o exercício pleno dos poderes 
inerentes ao domínio, ou seja, exercem a apreensão física da propriedade por 
tempos imemoriais, exteriorizando a apreensão física da propriedade pelos sinais 
visíveis de posse. 
Os sinais de apreensão física da gleba são visíveis, portanto suficientes para 
exteriorizar o exercício dos poderes de fato em virtude das relevantes benfeitorias já 
referidas in causa petendi. 
 
A Ameaça de Turbação 
Está caracterizada pela invasão ocorrida e malograda, conforme ficou explicado e 
esclarecido pela res in iudicium deducta, inclusive, a qual foi repelida por desforço 
próprio. 
 
Data dos Fatos 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
A ameaça de turbação e o justo receio de iminente molestação da posse dos 
autores está provado porque já foi manifestada em fatos concretos, porque ocorreu 
há 25 (vinte e cinco) dias passados, portanto, menos de ano e dia, suscetível de se 
processar o presente pedido de proteção possessória pelo rito especial conforme 
estabelecidos no art. 567 e seguintes, do Código de Processo Civil em vigor. 
 
Consequência 
A ameaça perpetrada na propriedade do autor de forma inusitada, causou 
intranquilidade e insegurança aos requerentes, os quais se sentem no direito de 
pedir a prestação jurisdicional em forma de embargos à primeira ou interdito 
proibitório, porque são realmente possuidores na justa expressão jurídica da palavra. 
Vejamos o Direito Pretoriano: 
O interdito proibitório tem por objeto a defesa preventiva da posse, pelo que para 
seu exercício, não necessita ter ainda havido violação. A finalidade do interdito é 
justamente obstar que a violação se verifique. RT 209/406. 
Como ação preventiva, o interdito proibitório não parte de um fato consumado, 
turbação ou esbulho, mas da previsão fundada de que um outro possa ocorrer a 
qualquer momento, daí, porque, indispensável se dê ao autor a oportunidade de 
provar o alegado. Ac. unân. da 1ª Câm. do TJ MG de 3.882, na apel. nº 58.707, rel. 
des. Monteiro de Barros. Jurispr. Mineira vol. 88/121. 
A decisão concessiva da liminar em interdito proibitório, pode ser sucinta, limitando-
se a indicar ter sido feita a prova dos requisitos para a concessão da proteção 
possessória. Ac. unân. da T. Cível do TJ MS, de 20/02/84, no agr. 679/83, rel. des. 
Leão Neto do Carmo. ADCOAS, 1.984, nº 97.825. 
O íntimo convencimento do Magistrado, para o deferimento liminar da medida 
prevista no artigo 932 do CPC, deve Ter por base não só a prova da posse por parte 
do autor, como também a do justo receito de vê-la ofendida. Ac. unân. da 1ª Câm. 
Do TJ SC, de 20.05.82, no agr. Nº 2.073, rel. des. Napoleão Xavier do Amarante. 
Jurispr. Catarinense, vol. 37/347. 
 
Na communis opinium doctoris, o fundamento filosófico da proteção possessória, 
como prelecionou o preclaro J.M. de Azevedo Marques, é em resumo: o respeito à 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
personalidade humana, aliado ao princípio social que não se permite a ninguém 
fazer justiça com as próprias mãos. 
Manoel Martins Pacheco Prates, na sua monografia intitulada Teoria Elementar da 
Posse- ed. de 1926, pág. 127 preleciona que: Interdicto prohibitório – Código Civil, 
art. 501. Pertence à espécie dos interditos retinendae possessionis. 
Tem por fim evitar a turbação ou mesmo esbulho na posse. Se o receio é fundado, o 
possuidor pede ao juiz segurança contra o ataque iminente. 
Concede o juiz a segurança impetrada, por via de mandado, no qual ordena ao 
indicado autor da ameaça que se abstenha de qualquer ato agressivo e comina-lhe 
pena, para o caso de transgressão do preceito cominado. 
Este interdito é, às vezes, denominado de ação de preceito cominatório proveniente 
da sanção que o acompanha ou consta do mandado. C.C. art. 501 (este artigo foi 
substituído pelo art. 1.210, última parte, do Código Civil em vigor). 
 
Quanto aos elementos de provas bem certo é que seguem inclusos, além da 
escritura pública de compra e venda do referido imóvel, devidamente registrada no 
CRI do Termo, seguem também a cópia do Boletim de Ocorrência policial, mapa da 
propriedade, memorial descritivo, contratos de empreitada das benfeitorias, recibos, 
notas fiscais, autorização de desmate pelo Ibama, cédulas rurais de financiamentos 
bancários, inscrição de produtor agropecuarista, fotografias do local da invasão, 
declarações dos vizinhos, enfim, um acervo relevante de documentos 
comprobatórios do fato da posse. 
A iminência da violação ou turbação restou provada, quer pela juntada do B.O., quer 
pelas fotografias do local, atestadas pelas declarações dos vizinhos, bem como 
pelos sinais de estaqueamentos e picadas. 
Por isso, a ação tem conteúdo, oportunidade e procedência. 
 
Do Requerimento 
Ex positis, pede e requer a V.Exa. seja recebida a presente Ação de Interdito 
Proibitório, processada na forma da lei, digne deferir in limine litis et inaudita altera 
pars a expedição de competente mandado proibitório em desfavor do réu para que 
não moleste a posse dos autores na gleba descrita in causa petendi, sob pena de 
 
 
 
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incorrer na multa diária que for fixada por este juízo, sugerindo desde já, R$ 
_________ (___________) por dia, além de incorrer em crime de desobediência de 
ordem judicial. 
Em seguida, pede e requer a V. Exa. seja determinada a citação do requerido – 
___________________, já qualificado in principio, bem como de sua mulher, se 
casado for, para responder nos termos da presente ação, contestá-la se quiser, 
dentro do prazo legal, sob pena de revelia e confesso quanto a matéria de fato, para 
finalmente ser julgada procedente, para fixar definitivamente o preceito cominatório 
em caso de efetivação do esbulho ou turbação na gleba em epígrafe, bem como 
ainda, condená-lo ao pagamento das custas, honorários advocatícios e demais 
cominações de direito, inclusive, nas perdas e danos que se apurar em liquidação de 
sentença,por ser de direito e de justiça. 
Requer desde já, se for o caso e este Juízo entenda necessário, seja procedida a 
justificação prévia, cujo rol de testemunhas segue ut infra. 
Requer também que se no curso da lide for invadida a área, seja feita a 
metamorfose do interdito ex vi do art. 554 do Código de Processo Civil, 
transformando-o em manutenção ou reintegração de posse caso seja efetivada a 
turbação ou o esbulho. 
Requer todas as provas em direito admitidas, tais como depoimento pessoal, sob 
pena de confesso, testemunhas, documentos, exame pericial de vistoria e etc. 
 
Rol de testemunhas: 
1. _________________, brasileiro, casado, pecuarista, portador do RG nº ______ 
SSP e CPF nº _________________, residente e domiciliado na rua Ourinhos, 26 
em _________/___. 
2. __________________, brasileira, casada, pecuarista, portador do RG nº ____ 
SSP/___, residente e domiciliada na rua ________________, nº ___ em 
________. 
3. _____, brasileiro, solteiro, trabalhador rural, portador do RG nº ______ SSP, 
residente e domiciliado na Fazenda _________________, município de 
________. 
Requer os benefícios do art. 212 do CPC para evitar a periclitação de direitos. 
 
 
 
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Termos em que, D e A esta com os documentos inclusos, dando à causa o valor de 
R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), para efeitos fiscais e de alçada. 
P. Deferimento. 
 
Local e data. 
 
Advogado - OAB 
 
 
 
 
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4. Modelo Prático - Embargos de terceiro 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE 
____________ 
 
 
 
 
 
_________ e sua mulher _________, brasileiros, casados, ele pecuarista, portador 
do RG nº _________ SSP e CPF/MF nº _________, ela do lar, portadora do RG nº 
_________ SSP e CPF nº _________, residentes e domiciliados na rua _________, 
nº _________ em _________, por seu advogado e procurador que esta subscreve, 
ut instrumentum de mand. j. – _________, inscrito na OAB sob o nº _________, com 
escritório profissional na rua _________, Nº __, bairro _________ em _________ 
(onde receberá as intimações de estilo), vem, com o devido respeito e acatamento 
perante V.Exa. propor competente 
AÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO, 
em desfavor de 
_________ e sua mulher _________, brasileiros, casados, proprietários, residentes 
e domiciliados em _________ – endereço cf. consta da inicial do processo principal, 
autos de AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE, feito nº _________, que os 
embargados promovem contra as pessoas de: _________, _________, _________, 
_________, _________ e _________, qualificados nos documentos inclusos, 
inclusive os seus respectivos cônjuges (mulheres), tudo pelo que passam a expor e 
ponderar o quanto segue: 
Causa Petendi 
O peticionário por aquisição regular é senhor e legítimo possuidor de uma área de 
terras rurais, constante de 1.089 hectares, denominada Fazenda _______, situada 
no Município e comarca de ___________ e que tem as seguintes características e 
confrontações: 
O MP1 na margem do córrego da _________, daí segue rumo de 5º00’ SE, na 
distância de 2.300 metros até encontrar o MP2; daí segue rumo magnético de 
 
 
 
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73º30’SE, na distância de 4.060 metros, até encontrar o MP3; daí segue ao rumo 
magnético de 8º30’ NE e na distância de 500 metros, até encontrar o MP4; daí 
segue ao rumo de 83º00’NE e na distância de 200 metros até encontrar o MP5, 
cravado na ponta da cabeceira do _________, lado esquerdo; daí segue pelo curso 
deste até a confluência com o Córrego da _________, onde está cravado o MP6 e 
daí, pelo veio do Córrego ______ até encontrar o MP1, onde iniciou este roteiro. 
O imóvel está consolidado em poder dos embargantes sob duplo aspecto, a saber: 
No tocante ao domínio, os embargantes estão estribados na escritura pública de 
cessão de direitos hereditários lavrada em 11 de fevereiro de 1992, no Cartório do 2º 
Ofício de ____________, livro 89 fls. 154 vº e 156, figurando como credor do espólio 
de ___________. 
Relativamente à posse, o seu exercício é pleno, sempre foi de forma mansa e 
pacífica, sem contestação e nem oposição, possuindo como seu, cum animus 
domini, por si e seus antecessores a longissimi temporis, conforme prova a inclusa 
escritura de cessão de direitos possessórios do antecessor. 
Para caracterizar a posse basta verificar que a mesma consiste na apreensão física 
da área susomencionada, bastando dizer a este honrado juiz, que a referida gleba 
conta com as seguintes benfeitorias: uma casa de sede de alvenaria, duas casas de 
madeira, mangueiro, cercas de divisa, divisões internas, quintal, curral, tronco, 
formação de pastagens artificiais consistente em quase toda área, ou seja, 
aproximadamente 800 hectares em braquiária, além de contar com água encanada, 
criação de gado vacum animais de custeio, aves e empregados a serviço constante 
da fazenda, além de estradas de penetração e outras benfeitorias de somenos 
importância. 
Trata-se de uma propriedade com infraestrutura relevante, pelo que prova quantum 
satis, o exercício de sua posse efetiva, justa e ad interdicta ex vi legis do que está 
definido no artigo 1.196 do Código Civil Brasileiro em vigor. 
Estando todos esses anos por si e seus antecessores na exploração regular da 
propriedade, para sua surpresa, foi interpelado hoje, dia _________, pelo oficial de 
justiça deste Juízo de nome ________, que lhe entregou uma cópia de mandado de 
reintegração de posse expedido contra ________ e outros, datado de 13 de julho do 
exercício em curso, como oriundo do processo nº 203/87 da escrivaninha local, 
dando apenas horas para que o peticionário desocupasse o imóvel sob pena de não 
 
 
 
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fazendo, ser retirado ex abrupto et a manu militari de sua propriedade, já que o 
referido meirinho se fazia acompanhar de nada menos de 4 (quatro) policiais 
militares armados, além de outros elementos desconhecidos. 
Ao receber a contrafé, pode o ora embargante constatar que não é parte na lide, ou 
seja, não é réu do referido processo e nem conhece as pessoas ali mencionadas, 
nem muito menos nunca adquiriu terras ou direito das mesmas, não tendo, portanto, 
razão plausível de direito para ser evacuado da área por força de tal mandado. 
As características do caso são de esbulho judicial, porque a relação processual não 
pode atingir terceiro – extraneus processus. 
Dessa forma, para evitar a violência arbitrária de que está sendo vítima o ora 
embargante, só resta recorrer aos meios judiciais para pedir seja mantido em sua 
posse e propriedade via dos presentes embargos de terceiro, já que todos os 
pressupostos de ordem instrumental civil estão presentes para este desiderato. 
Fundamentos de Direito 
A pretensão ora formulada encontra fundamento nas normas do art. 674 e seguintes 
do Código de Processo Civil, quetem a seguinte redação: 
Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de 
constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com 
o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de 
embargos de terceiro. 
§ 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou 
possuidor. 
§ 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos: 
I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua 
meação, ressalvado o disposto no art. 843; 
II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a 
ineficácia da alienação realizada em fraude à execução; 
III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da 
personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte; 
IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito 
real de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos 
expropriatórios respectivos. 
 
 
 
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Vejamos o Direito Pretoriano: 
O possuidor direto pode opor embargos de terceiro. RJTJESP 113/425. 
São admissíveis em tese os embargos de terceiro em ação possessória RF – 
264/295. 
Basta simples ameaça de turbação ou esbulho, para que sejam cabíveis os 
embargos. STJ RT. 659/184, ITA 98/96, 104/19. 
Na sub specie iuris, todos os pressupostos de ordem instrumental civil estão 
presentes para o uso do presente remedium iuris, a saber: 
Os Autores não são Parte na Lide 
O casal, ora embargantes, não consta do mandado apresentado pelo Oficial de 
Justiça, nem nunca foram citados para qualquer lide possessória, de modo que está 
claro e cristalino as suas qualidades de terceiros, no entanto, estão sendo atingidos 
pela reintegração de posse, que lhes foi exibido. Dessa forma os autores são, na 
realidade, tertius em face da lide, ou seja, extraneus processus. 
O Esbulho Judicial Iminente 
Com a notificação realizada pelo Senhor Meirinho para que o varão, ora peticionário, 
desocupasse o imóvel, entregando-lhe a contrafé que segue inclusa, ficou 
devidamente comprovado por atos materiais o esbulho iminente, inclusive, cf. já foi 
dito, a manu militari. 
Os efeitos de qualquer processo se restringem tão somente entre as partes 
litigantes, de modo que o fato de atingir os embargantes na sua posse constitui sem 
sombra de dúvidas, uma violência contra o seu direito. 
A Posse dos Embargantes 
A posse dos embargantes remonta de vários anos, ou seja, por si e seus 
antecessores conforme está provado, inclusive por atos públicos, bem como pelo 
fato de ter as relevantes benfeitorias já descritas in Causa Petendi, para demonstrar 
a apreensão física da gleba e a sua utilização econômica, sem contestação e nem 
oposição por parte de quem quer que seja. 
Os peticionários demonstram a prima facie, todas as condições da ação e os 
pressupostos de constituição e desenvolvimento válido do processo, visto que lhes 
ocorre o interesse de agir e a legitimatio ad causam. 
 
 
 
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Ensina o festejado Liebman que os embargos de terceiro é uma ação proposta por 
terceiro em defesa de seus bens em execuções alheias. 
Nesta mesma linha de raciocínio Pereira e Souza já ensinava que: terceiro é pessoa 
diferente daquelas que têm a contenda entre si. 
Pontes de Miranda afirmou entre outras possibilidades de embargar de terceiro, o 
fato da pessoa ter sofrido prejuízo em seu direito, portanto, não somente quando 
ocorra turbação ou esbulho, mas na iminência de sê-lo. 
O direito não protege quem dorme (dormientibus non succurrit jus), ou seja, os 
peticionários vêm a juízo defender a posse de seus bens que se encontram na 
iminência de serem violentados por ato de execução liminar, portanto, a ação tem 
inteira procedência, bem como urgência de manter o status quo ante da propriedade 
até que se decida a quem cabe o direito. 
Do Requerimento 
Ex positis, pede e requer a V.Exa., sejam recebidos os presentes embargos de 
terceiro, distribuídos por dependência e autuado em apenso, processado na forma 
da lei, com a suspensão liminar do processo possessório (Reintegração de Posse, 
feito nº ____) bem como seus efeitos contra os ora peticionários mantendo-os na 
posse da gleba descrita na inicial. 
Requerem seja notificado o Senhor Oficial de Justiça encarregado do cumprimento 
do mandado de reintegração de posse, para que suspenda efetivação da referida 
reintegração. 
Caso V.Exa. entenda necessário que seja realizada uma audiência de justificação 
prévia para liminar, ouvindo-se as testemunhas in fine arroladas. 
Em seguida, pede e requer sejam citados os embargados _____ e sua mulher, já 
qualificados in principio, para responderem nos termos da presente ação de 
embargos de terceiro, contestá-la se quiserem, dentro do prazo legal, para 
finalmente ser julgado procedente, a fim de manter os embargantes na posse da 
propriedade descrita in Causa Petendi e ainda, condenar os embargados nas 
custas, honorários advocatícios e demais cominações de direito. 
Requer desde já todas as provas em direito admitidas, tais como depoimento 
pessoal, testemunhas, documentos, exame pericial e etc. 
Rol de Testemunhas: 
 
 
 
 MMaannuuaall PPrrááttiiccoo ddee DDIIRREEIITTOO IIMMOOBBIILLIIÁÁRRIIOO JJoonnaass RRiiccaarrddoo CCoorrrreeiiaa 
1. ______, brasileiro, casado, residente em ______; 
2. ______, brasileiro, viúvo, residente e domiciliado em ______; 
3. ______, brasileiro, viúvo, residente e domiciliado em ______; 
4. ______, brasileiro, casado, residente e domiciliado em ______, ao que todos 
comparecerão independentemente de intimação. 
Requer os benefícios do artigo 212 do Código de Processo Civil para evitar a 
periclitação de direitos. 
Termos em que, D e A esta com os documentos inclusos, dando à causa o valor de 
R$ 100.000,00 (cem mil reais), para efeitos fiscais e de alçada. 
P. Deferimento. 
Local e data. 
Advogado - OAB 
 
 
 
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5. Ação de usucapião extraordinária de 15 anos (Modelo 1) 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE _____________/____ 
 
 
 
 
 
_______________, brasileiro, casado, agropecuarista, titular do CPF/MF nº 
000.000.000-00, e sua mulher d. _____________, brasileira, empresária, titular do 
CPF/MF nº 000.000.000-00, residentes e domiciliados na Chácara ____________, 
município e comarca de ____________/UF, endereço eletrônico____________, por 
seus advogados e procuradores que esta subscrevem ut instrumentum de mand. j. – 
_________, inscrito na OAB/____ sob o nº 000 e _________, inscrito na OAB/____ 
sob o nº 000, com escritório profissional na rua ___________, nº ____, centro, em 
____________/UF, endereço eletrônico__________, (onde receberão as intimações 
de estilo), vêm, venia petita e com o devido respeito perante V. Exa. para propor 
competente 
 
AÇÃO DE USUCAPIÃO,em desfavor de 
 
__________________, brasileiro, estado civil e profissão ignorados, residente 
e domiciliado na rua __________________, Nº __ em __________/UF; tudo pelas 
relevantes razões de direito, justiça e equidade que passam a expor e ponderar o 
quanto segue: 
 
 
CAUSA PETENDI 
 
 
 
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Os peticionários são senhores e legítimos possuidores de uma gleba de terras 
rurais, constante de 2.062,00 hectares, situados no lugar denominado 
Fazenda___________, do município e comarca de __________/UF, adquirida por 
força de escritura de doação da Sra. _____________, que é mãe do varão, 
documento incluso, mais a parte recebida por herança de seu pai _____________, 
cf. formal de partilha incluso, estando tudo devidamente matriculado no Cartório de 
Registro de Imóveis de __________/UF sob o nº 345, do livro 02, registros nº 45 e 
46 de 22 de janeiro de ____, inerentes à matrícula anterior de nº 3.183 da mesma 
Circunscrição Imobiliária, inclusive, cadastrada no Incra sob o nº 00.00.000000-0-00 
com CCIR. 
 
A gleba pode ser descrita e individuada do seguinte modo: Inicia-se no marco 
MP-I, segue no rumo de 10º 58’SW, em linha reta numa distância de 3.850,00 
metros, até encontrar o MP-II, divisando com terras do Incra e de ___________ 
(atualmente); daí segue ao rumo de 84º 25’NW, numa distância de 1.918,00 metros 
até encontrar o MP-III, divisando com terras de sucessor de Líbano; daí segue ao 
rumo magnético de 01º 30’ NE, numa distância de 178,00 metros, até encontrar o 
MP-IV, divisando com terras de ___________; daí segue no rumo de 77º 30’NW, 
numa distância 1.542,00 metros, até alcançar a margem esquerda do Córrego 
___________; atravessando o Córrego ___________ até a sua margem direita e daí 
seguindo o mesmo rumo em mais uma distância de 4.735,00 metros até alcançar o 
MP-V, sendo que entre o MP-IV e o MP-V, faz divisa com ___________; do MP-V 
segue rumo de 39º 50’NW, numa distância de 200,00 metros, vai encontrar o MP-VI, 
ainda divisando com ___________; daí segue o rumo de 59º 30’NE, numa distância 
de 1.537,00 metros, até encontrar o MP-VII, divisando com terras de ___________; 
daí segue no rumo de 66º 20’ NE, numa distância de 4.441,00 metros, até encontrar 
o MP-VIII, divisando com terras do espólio de ___________; daí segue o rumo de 
56º 00’NE, numa distância de 356,00 metros até encontrar o MP-IX, cravado na 
margem direita do Córrego ___________, ainda divisando com terras do 
___________; daí segue descendo o Córrego do ___________ abaixo até a sua 
confluência com o Córrego ___________. Desta confluência, sobe o córrego da 
Cachoeira acima, em vários rumos e distâncias até encontrar o MP-I, que está 
 
 
 
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fincado na margem esquerda, sendo o ponto de partida deste roteiro.” 
CONFRONTAÇÕES: Ao Norte com terras do ___________, Córrego ___________ 
e Córrego ___________; a Leste com terras do Incra e de ___________ 
(atualmente); ao Sul com sucessor de Líbano e ___________; a Oeste com terras 
de ___________ e ___________.” 
 
Referida gleba rural encontra-se na posse mansa e pacífica dos autores, por 
si e seus antecessores (accessio possessionis) há aproximadamente 30 anos, 
portanto a longissimi temporis, ou por tempos imemoriais, sem contestação ou 
oposição, exercendo-a de modo ininterrupto e cum animus domini, portanto com 
natureza ad interdicta et ad usucapionem. 
 
É também justa, velha e de boa-fé, inclusive pelo título de sua aquisição. 
 
Os sinais visíveis do poder de fato que exercem sobre a referida propriedade, 
se caracterizam pelo fato de tratar-se de propriedade toda cercada com 4 e 5 fios de 
arame, divisões internas de pastagens, casa de sede, quintal, pomar, currais, tronco 
e galpão para gado, mangueiro, formação de pastagens artificiais de braquiária em 
quase toda área, exceto as áreas de preservação ecológica exigida por lei, estradas 
de penetração, criação de gado vacum em boa escala, animais de custeio, aves, 
animais domésticos, inclusive manutenção de empregados com famílias. 
 
Dessa forma conta com toda uma infraestrutura de fazenda, toda aproveitada 
racionalmente, tudo feito com recursos próprios, além de vários investimentos com 
financiamentos bancários, em especial com o Banco do Brasil S/A, conforme 
certidões de registro inclusas. 
 
Pois bem, referida propriedade foi adquirida de __________ e sua mulher 
______________ pelo requerente e seu pai no dia 30 de maio de 1973, conforme 
escritura pública de compra e venda lavrada nas notas do 1º Tabelionato de 
______________, livro 18, fls. 012, que foi ratificada pela escritura de rerratificação 
lavrada no mesmo Cartório livro 21 fls. 51 em data de 18.12.74, documentos 
 
 
 
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inclusos. 
 
__________ e sua mulher por sua vez, adquiriram as ditas terras de 
__________________, que por ocasião da lavratura da escritura pública, depois de 
desmembrar a área rural retro descrita, ainda restou um saldo de área no seu 
registro anterior suficiente para cobrir qualquer excesso existente no imóvel dos 
autores, conforme prova a certidão imobiliária inclusa e a referida filiação, que 
inclusive, encontra-se ainda em aberto. 
 
Depois, com a morte de seu progenitor, herdou dos 50% que lhe correspondia 
no imóvel, conforme formal de partilha incluso, tendo recebido a doação da parte 
que pertencia à sua mãe, _____________ por escritura de doação, ut retro referida, 
motivo porque passaram a exercer a propriedade e posse da gleba toda. 
 
Ocorre que embora tivessem adquirido a referida propriedade como se fosse 
de 520 alqueires, ou 1.258,40 hectares, na realidade, dentro dos limites consignados 
na escritura e pelos quais receberam a tradição com a posse definitiva, existia na 
realidade uma área de 2.062,00 hectares, dentro dos limites e confrontações ut retro 
referidos e conforme provam o mapa e o memorial inclusos, coadjuvados pelo 
exercício pleno do jus possidendi, como também da posse jus possessionis, 
oponíveis erga omnes. 
 
Decorreu o lapso temporal para gerar a prescrição aquisitiva do excesso de 
área existente nos limites da propriedade e, como o modo originário de aquisição é a 
usucapião deve ser declarado por este meio para serem averbados o excesso e os 
reais limites e confrontações da propriedade dos autores. 
 
Neste sentido são as lições de Narciso Orlandi Neto, Juiz do 2º Tribunal de 
Alçada Cível de São Paulo, na sua obra RETIFICAÇÃO DE REGISTRO DE 
IMÓVEIS, Editora Oliveira Mendes, 1997, às fls. 123 disse: 
 
Também quem adquire a propriedade pela conjugação da posse aos outros 
 
 
 
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requisitos da lei civil, deve buscar a declaração na via contenciosa da ação de 
usucapião. “Não pode o simples pedido de retificação por linhas transversas, 
transformar-se em forma aquisitiva da propriedade

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