Da Ordem Social do Ambiente

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

DA ORDEM SOCIAL
Professora Angélika Veríssimo
Meio Ambiente
Meio Ambiente
A primeira Constituição brasileira a positivar o meio ambiente foi a de 1988. 
Retrata-se como um documento essencialmente ambientalista, em razão das normas que descrevem ampla defesa do meio ambiente. 
- Regras explícitas de garantia do meio ambiente – art. 225, CF; art. 7º, XXII (meio ambiente do trabalho); art. 91, § 1º, III (preservação dos recursos naturais); art. 170, VI (combate ao impacto ambiental); art. 186, II (uso adequado dos recursos naturais); art. 200, VIII (colaboração na tutela do meio ambiente); art. 216, V (patrimônio nacional); art. 220, § 3º, II (repudia práticas nocivas ao meio ambiente); art. 231, § 1º (defesa das terras indígenas).
Meio Ambiente
Art. 225, CF - A Constituição dispõe que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Meio ambiente é um bem jurídico autônomo. 
O meio ambiente é um direito difuso (não é um direito subjetivo típico, divisível, particularizável, que pode ser usufruído individualmente). 
O direito ao meio ambiente inclui-se, pois, no rol dos direitos de 3ª geração/dimensão.
Meio Ambiente
 O Poder Público tem dever de prestá-lo; a coletividade tem o dever de defender e preservar o meio ambiente, formando grupos, associações de classe, agremiações.
Atinge quatro campos:
- campo natural ou físico – terra, água, ar atmosférico, flora e fauna;
- campo cultural – patrimônio genético, histórico, artístico, paisagístico, arqueológico e turístico;
- campo artificial – espaço urbano composto por edificações e equipamentos públicos;
- campo laboral – meio ambiente do trabalho, proteção da vida, da dignidade, contrário à periculosidade e à desarmonia.
1. Meio Ambiente
§ 1º, inc. I a VII, do art. 225, CF – encargos do Poder Público.
 Atenção para o poder de polícia e regulamentar do Executivo, para fins de efetividade do direito ambiental.
Inc. I – processos ecológicos essenciais – visam manter o clima, o ar, a água, a terra; processos de reciclagem (auto renovação do ecossistema); manejo ecológico das espécies – interação do homem com diferentes formas de vida animal e vegetal;
Inc. II – primeiro – biodiversidade; proteção das várias espécies; manutenção da integridade; segunda – poder de polícia em área de manipulação do material genético;
1. Meio Ambiente
Inc. III – atuação conjunta dos poderes;
Inc. IV- estudo do impacto ambiental para concessão de licenças; alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente por atividades humanas;
 O estudo prévio de impacto ambiental é exigido para a instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, a que se dará publicidade.
 Princípio da Precaução. Estabelece que havendo dúvida sobre possíveis danos ambientais advindos de determinada conduta deve-se agir em favor do meio ambiente.
 Princípio da Prevenção. Invocado quando o dano ambiental decorrente de determinada atividade é conhecido/comprovado, sendo passível de ser evitado.
1. Meio Ambiente
Inc. V – competência concorrente;
Inc. VI – educação informal. Não é ensino escolarizado, mas nada impede que as instituições trabalhem conscientização;
 Princípio da Educação Ambiental. A CF assegura a promoção da educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente.
Inc. VII – Lei nº 9.605/98, que tipifica crimes ambientais.
 § 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
1. Meio Ambiente
Princípio da Responsabilidade. O § 3º do art. 225 estabelece que as condutas consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente de reparar os danos causados.
Atenção! 
 A responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente é objetiva, ou seja, independe de dolo ou culpa. É suficiente, para a responsabilização do agente, que se demonstre o nexo causal entre o dano ao meio ambiente e a ação do responsável pelo dano. 
 A responsabilidade penal, porém, depende da comprovação de culpa, é subjetiva.
1. Meio Ambiente
São considerados patrimônio nacional: Floresta Amazônica Brasileira, Mata Atlântica, Serra do Mar, Pantanal Mato-Grossense, Zona Costeira. Enumeração exemplificativa - § 4º.
- § 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal.