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unidade VI
Diabetes Mellitus
unidade VI
Diabetes
UNIDADE VI - CUIDADOS E ORIENTAÇÕES ALIMENTARES: DIABETES MELLITUS
Objetivos específicos: 
 Apresentar o conceito, a classificação e o diagnóstico de Diabetes Mellitus, bem como os dados 
epidemiológicos da doença, a intervenção nutricional e o tratamento não medicamentoso para o diabetes 
dentro das perspectivas da Atenção Primária à Saúde (APS), apontando as atribuições da APS no manejo 
do paciente diabético.
Introdução
 Diabetes é uma doença grave e crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina 
suficiente, ou quando o corpo não pode usar efetivamente a insulina que produz. É um importante 
problema de saúde pública, que exige cuidados contínuos. A educação e o suporte para o autocuidado 
dos pacientes são essenciais para prevenir complicações agudas e reduzir o risco de complicações a longo 
prazo (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017; WHO, 2016).
 Tanto a incidência quanto a prevalência de diabetes têm aumentado progressivamente ao longo 
das últimas décadas (WHO, 2016). A estimativa para 2040 é de 642 milhões de adultos no mundo afetados 
pela doença (INTERNATIONAL DIABETES FEDERATION, 2015). No Brasil, em 2016, aproximadamente 8,9% 
da população apresentou diabetes (BRASIL, 2017). Além disso, em torno de 7% das gestações apresentam 
hiperglicemia gestacional, que está relacionada com aumento da morbidade e mortalidade perinatais. Em 
2015 foram a óbito 130.700 brasileiros acometidos pelo diabetes (OLIVEIRA; VENCIO, 2016; INTERNATIONAL 
DIABETES FEDERATION, 2015).
 O diabetes e suas complicações têm um importante impacto econômico para as pessoas com a 
doença e suas famílias, além dos sistemas de saúde e economias nacionais. As principais complicações 
incluem doenças cardiovasculares, insuficiência renal, amputação de membros inferiores e perda de visão 
(WHO, 2016). O Brasil gastou em 2015 aproximadamente US$ 22 bilhões de dólares em despesas de saúde 
relacionadas com diabetes, revelando-se o quinto país no ranking dos dez países com maiores despesas 
de saúde relacionadas com a doença no ano (BAHIA et al., 2011). 
 As origens do diabetes podem variar entre fatores genéticos, autoimunes e ambientais. A doença 
pode ser classificada nas seguintes categorias:
• Diabetes tipo 1: É caracterizada por deficiência de produção de insulina no organismo devido à 
destruição autoimune de células β do pâncreas, levando a deficiência absoluta de insulina. Pessoas 
com diabetes tipo 1 requerem a administração diária de insulina para regular a quantidade de glicose 
no sangue. O início da doença pode ser assintomático por um período, pois os sintomas se revelam 
a partir da destruição acima de 90% da capacidade de secreção das células β- pancreáticas (MAHAN; 
ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013; AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017; WHO, 2016). Pacientes 
com diabetes tipo 1 geralmente apresentam sintomas agudos de diabetes e níveis acentuadamente 
elevados de glicose no sangue. Aproximadamente um terço é diagnosticado com cetoacidose1 e 
1 A cetoacidose diabética acontece quando, na ausência de glicose, o corpo utiliza os estoques de gordura para gerar energia, formando as 
cetonas, que são substâncias ácidas que desequilibram o Ph sanguíneo, causando um desequilíbrio que pode levar ao coma e até à mor-
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com risco de vida (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2013). Os sintomas incluem urina e sede em 
excesso, fome constante, perda de peso, alterações de visão e fadiga (WHO, 2016). 
• Diabetes tipo 2: É caracterizada pelo uso ineficaz da insulina pelo corpo devido a uma deficiência 
relativa de secreção de insulina das células β frequentemente associada à resistência insulínica 
periférica. Não se sabe ao certo como esses defeitos ocorrem. A interação de fatores genéticos 
e ambientais está relacionada com o desenvolvimento da doença. Entre os fatores ambientais 
associados estão sedentarismo, dietas ricas em gorduras e envelhecimento (OLIVEIRA; VENCIO, 
2016). O diabetes tipo 2 corresponde por 90-95% de todos os tipos de diabetes e os sintomas 
podem ser semelhantes aos do diabetes tipo 1, mas são frequentemente menos intensos ou até 
mesmo ausentes. A doença pode não ser diagnosticada por muitos anos, até o aparecimento das 
complicações. Durante muito tempo, o diabetes tipo 2 foi visto apenas em adultos. Atualmente, 
no entanto, há aumento da incidência em jovens e crianças. O tratamento com insulina não é 
fundamental e depende de avaliação do controle metabólico individual (SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
DIABETES, 2016; WHO, 2016; AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017). 
Diagnóstico
 Os testes para diagnóstico de diabetes tipo 2 devem ser realizados de acordo com as diretrizes 
da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Diabetes e os 
médicos devem seguir os protocolos recomendados para diagnóstico (OLIVEIRA; VENCIO, 2016; WHO, 
2016; BRASIL, 2016). 
 São critérios de diagnóstico de diabetes (BRASIL, 2013):
1. ≥ 126mg/dL na glicemia de jejum; 
2. ≥ 200mg/dL na glicemia de 2h após ingerir 75g de glicose;
3. ≥ 200mg/dL de glicemia causal, além de polidipsia (sede excessiva), poliúria (micção 
excessiva) e perda ponderal de peso;
4. ≥ 6,5% de hemoglobina glicada (ligada à glicose), além da realização de uma segunda coleta.
 A cada dois adultos com diabetes, um deles não é diagnosticado (MAHAN; ESCOTT-STUMP; 
RAYMOND, 2013). O rastreamento de pré-diabetes e de diabetes devem ser considerados em adultos 
assintomáticos a partir dos 45 anos. Além disso, também devem ser rastreados adultos de qualquer 
idade com sobrepeso ou obesidade (IMC ≥ 25 kg / m2) e que tenham pelo menos um dos seguintes 
fatores de risco:
• sedentarismo;
• diabetes em familiares de primeiro grau;
• indivíduos com a tolerância a glicose diminuída e pré-diabetes;
• mulheres que tiveram diabetes gestacional;
• hipertensão arterial;
• HDL abaixo de 35mg/dL ou triglicerídeos acima de 240mg/dL;
• mulheres com ovário policístico;
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• Acantose nigricans (condição dermatológica 
caracterizada por espessamento, hiperpigmentação 
e acentuação das linhas da pele, gerando aspecto 
grosseiro e aveludado no local afetado); 
• histórico de doença cardiovascular;
• obesidade grave.
Pré-diabetes 
 O estágio de pré-diabetes é determinado pela glicemia de jejum alterada e pela tolerância à glicose 
diminuída. O pré-diabetes está associado à obesidade (especialmente obesidade abdominal ou visceral), 
dislipidemia com triglicerídeos elevados e/ou baixo colesterol HDL e hipertensão. Os pacientes com pré-
diabetes devem receber intervenção comportamental de estilo de vida intensivo para atingir e manter 7% 
de perda de peso corporal inicial e aumentar a atividade física moderada (pelo menos 150 min/semana) 
com o auxílio de um profissional capacitado (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017).
Diabetes tipo 1 versus Diabetes tipo 2
 Diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2 são doenças heterogêneas em que a apresentação clínica e a 
progressão da doença podem variar consideravelmente. A classificação é importante para determinar a 
terapia, mas alguns indivíduos podem não ser claramente classificados no momento do diagnóstico. Os 
paradigmas tradicionais do diabetes tipo 2 que ocorrem apenas em adultos e diabetes tipo 1 apenas em 
crianças não são mais precisos. As doenças atingem ambas faixas etárias. O aparecimento de diabetes 
tipo 1 pode ser mais variável em adultos, e podem não apresentar os sintomas clássicos observados em 
crianças (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017). 
 Embora, no início da doença, as dificuldades em distinguir o tipo de diabetes possam ocorrer em 
todos os grupos etários, o diagnóstico torna-se mais evidente ao longo do tempo. Tanto no tipo 1 quanto 
no tipo 2, vários fatores genéticos e ambientais podem resultar na perda progressiva da massa e/ou função 
das célulasβ, o que se manifesta clinicamente como hiperglicemia. Uma vez que a hiperglicemia ocorre, 
os pacientes com todas as formas de diabetes estão em risco de desenvolver as mesmas complicações, 
embora as taxas de progressão possam diferir (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017).
Diabetes mellitus gestacional (DMG)
 É uma condição temporária que ocorre na gravidez e traz risco a longo prazo da mulher desenvolver 
diabetes tipo 2. Diabetes gestacional é diagnosticado através de triagem pré-natal, no segundo ou 
terceiro trimestre da gestação, e está relacionada com a resistência à insulina e a diminuição da função 
das células β- pancreáticas. As mulheres com diabetes gestacional estão em maior risco de algumas 
complicações durante a gravidez e o parto, assim como os bebês. A complicação mais comum para os 
bebês é a macrossomia - estado em que há o crescimento exagerado do feto, levando a um feto grande em 
relação à idade gestacional. A macrossomia aumenta o risco de desenvolvimento da obesidade na infância 
e da síndrome metabólica na vida adulta (BOERSCHMANN et al., 2010; WHO, 2016; AMERICAN DIABETES 
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ASSOCIATION, 2017).
 Os fatores de risco incluem idade (quanto mais tarde for a gestação, em relação à idade reprodutiva 
da mulher, maior será o risco); excesso de peso; ganho excessivo de peso durante a gravidez; história 
familiar de diabetes; DMG durante gestação anterior; história de natimorto ou de criança com anormalidade 
congênita e excesso de glicose na urina durante a gravidez (ANNA et al., 2008; WHO, 2016; AMERICAN 
DIABETES ASSOCIATION, 2017). 
Outros tipos específicos de diabetes
 Outros exemplos de diabetes menos comuns são as síndromes monogênicas de diabetes, tais como 
diabetes neonatal e diabetes de início de maturidade do jovem (MODY), doenças do pâncreas exócrino 
(tais como fibrose cística) e diabetes induzido por produtos químicos, como com o uso de glicocorticóides, 
no tratamento de HIV/AIDS, ou após transplante de órgãos (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017).
Tratamento
 As decisões de tratamento devem ser oportunas e depender de diretrizes baseadas em evidências. 
Também é importante que sejam adotadas com a colaboração dos pacientes, de acordo com preferências 
individuais, prognósticos e comorbidades (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017).
Tratamento não medicamentoso
 A gestão bem sucedida do diabetes requer uma abordagem sistemática para apoiar os esforços de 
mudança de comportamento dos pacientes. O estilo de vida tem grande influência no tratamento e na 
prevenção do diabetes. Os pontos fundamentais para alteração do estilo de vida incluem (BRASIL, 2013; 
AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017):
• alimentação adequada;
• atividade física regular;
• cessação do tabagismo e redução no consumo de 
álcool;
• manutenção do peso adequado.
 O paciente deve receber orientações sobre a doença e as 
modificações de estilo de vida necessárias. Entre as estratégias 
estão a utilização da terapia cognitivo comportamental e 
a entrevista motivacional, pois estimulam a alteração de 
comportamento, a adesão ao tratamento e o autocuidado. Uma das maneiras de realizar o autocuidado, 
por exemplo, é o monitoramento da glicemia capilar (BRRASIL, 2013).
 Há quatro momentos críticos em que o autocuidado deve ser reavaliado pela equipe: 1) no 
diagnóstico; 2) anualmente para avaliação da educação, nutrição e necessidades emocionais; 3) quando 
surgem novos fatores de complicação (condições de saúde, limitações físicas, fatores emocionais ou 
necessidades básicas de vida); e 4) quando ocorrem alterações no tratamento (AMERICAN DIABETES 
ASSOCIATION, 2017).
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Recomendações nutricionais e alimentares
 Ainda conforme a American Diabetes Association (2017), os objetivos da terapia nutricional para 
adultos com diabetes são:
• promover e apoiar padrões saudáveis de alimentação, enfatizando uma variedade de alimentos 
in natura e minimamente processados, a fim de melhorar a saúde geral e, especificamente, para 
alcançar e manter metas de peso corporal, de glicemia, de pressão arterial e de perfil lipídico, e 
atrasar ou prevenir as complicações da diabetes;
• abordar as necessidades nutricionais individuais com base nas preferências pessoais e culturais, 
acesso a alimentos saudáveis, vontade e capacidade de fazer mudanças comportamentais e 
identificar barreiras à mudança;
• manter o prazer de comer dentro das possibilidades do paciente;
• fornecer ferramentas práticas para o desenvolvimento de hábitos alimentares saudáveis.
 A terapia nutricional tem um papel integral na gestão do diabetes, e cada paciente deve ser 
ativamente envolvido na autogestão e planejamento do tratamento, o que inclui o desenvolvimento 
colaborativo de uma alimentação individualizada. Todos os indivíduos com diabetes devem receber 
orientações individualizadas, preferencialmente fornecidas por um nutricionista (EVERT et al., 2013; 
INZUCCHI et al., 2015; AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017).
 É importante que cada membro da equipe de saúde saiba orientar sobre os princípios de terapia 
nutricional em todos os tipos de diabetes e seja favorável a sua implementação. A ênfase deve ser em 
padrões alimentares saudáveis, evitando o foco em nutrientes específicos. A dieta do Mediterrâneo e a 
Dieta Dash são exemplos de padrões alimentares saudáveis (EVERT et al., 2013; LEY et al., 2014; AMERICAN 
DIABETES ASSOCIATION, 2017).
Quadro 1 - Dieta do Mediterrâneo e Dieta DASH
Dieta do mediterrâneo Dieta Dash
Inclui ingestão elevada de cereais, alimentos de 
origem vegetal, frutas, frutos oleaginosos, frutos 
secos, legumes, hortaliças, azeite de oliva, consumo 
moderado de álcool e reduzida ingestão de gorduras 
saturadas.
 Prioriza o consumo de frutas, hortaliças, cereais 
integrais e laticínios com baixo teor de gordura. Inclui a 
ingestão de frango, peixe e oleaginosas, além de baixa 
ingestão de carne vermelha, doces e bebidas com 
açúcar.
Fonte: BRESSAN; VIDIGAL, 2014; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016.
Principais Orientações
Álcool
• Adultos com diabetes que bebem álcool devem fazê-lo com moderação (no máximo uma dose por 
dia para mulheres e não mais de duas doses por dia para homens). O consumo de álcool pode colocar 
pessoas com diabetes em maior risco de hipoglicemia (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017). A 
dose padrão possui entre 10 g a 12 g de álcool, correspondendo a uma lata de cerveja ou chope (330 
ml) ou uma taça de vinho (100 ml) ou uma bebida destilada (30 ml) (CISA, 2014).
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Cigarro
• O profissional de saúde deve aconselhar todos os pacientes a não usar cigarros e incluí-los em 
programas para cessação do tabagismo e outras formas de tratamento como um componente rotineiro 
do tratamento do diabetes (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017).
Gorduras
• Um plano alimentar enfatizando alimentos ricos em gorduras monoinsaturadas pode melhorar o 
metabolismo da glicose e diminuir risco de doenças cardiovasculares. Recomenda-se a ingestão 
de alimentos como peixes, nozes e sementes (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017). Assim, o 
profissional pode orientar a substituição de alimentos com maior teor de gordura trans ou saturada 
(industrializados) por alimentos com maior teor de gorduras mono e poliinsaturadas, encontradas no 
abacate, azeite de oliva e oleaginosas, além da seleção de fontes de proteínas mais magras e alternativas 
para a carne, como ovo, por exemplo (BRASIL,2013; EVERT et al., 2013).
Proteínas
• Em indivíduos com diabetes tipo 2, a proteína ingerida parece aumentar a resposta à insulina sem 
aumentar as concentrações plasmáticas de glicose. Portanto, fontesde carboidratos ricos em proteínas 
não devem ser usadas para tratar ou prevenir a hipoglicemia (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 
2017). 
• A recomendação proteica é a mesma recomendação para população em geral. A oferta principal 
deve ser de fonte de aminoácidos essenciais (aqueles que não são produzidos pelo organismo), como 
carnes magras (bovina, aves, peixes), leite, queijos e iogurtes de baixo teor de gordura e vegetais como 
leguminosas, cereais integrais e frutas oleaginosas (EVERT et al., 2013).
Carboidratos
• O consumo de bebidas açucaradas industrializadas e de outros produtos ultraprocessados com baixo 
teor de gordura ou que tenham quantidades elevadas de grãos refinados e açúcares adicionados 
deve ser fortemente desencorajado (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017; U.S. DEPARTMENT OF 
HEALTH AND HUMAN SERVICES; U.S. DEPARTMENT OF AGRICULTURE, 2015).
• Monitorar a ingestão de carboidratos, seja pela contagem de carboidratos2 ou pela estimativa baseada 
na experiência, continua sendo uma estratégia chave para se alcançar o controle glicêmico (EVERT et 
al., 2013).
• O profissional de saúde deve aconselhar a ingestão de carboidratos de grãos integrais, vegetais, 
frutas e produtos lácteos, com ênfase em alimentos com maior teor de fibras e menor carga glicêmica 
(AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017). Pessoas com diabetes devem consumir pelo menos a 
quantidade de fibra e grãos integrais recomendada para o público em geral (EVERT et al., 2013).
• Para pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2 que recebem programa de insulina flexível, a orientação sobre 
como usar a contagem de carboidratos e, em alguns casos, como estimar a gordura e proteína para 
determinar a dose de insulina pode melhorar o controle glicêmico (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 
2017).
• Para indivíduos cuja dosagem diária de insulina é fixa, ter um padrão consistente de ingestão de 
carboidratos em relação ao tempo e quantidade pode resultar em controle glicêmico melhorado e um 
risco reduzido de hipoglicemia (AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017).
• Uma abordagem simples e eficaz para o controle da glicemia e do peso é enfatizar o controle do 
tamanho de porções e escolhas alimentares saudáveis, principalmente para aqueles com diabetes 
tipo 2 que não estão usando insulina, para idosos e pessoas com pouca habilidade de autocuidado 
(AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017).
• A preferência por alimentos de baixo índice glicêmico, principalmente quando forem ingeridos 
2 Para obter informações mais detalhadas, acesse o Manual de contagem de carboidratos para pessoas com diabetes, da Sociedade Brasi-
leira de Diabetes, que encontra-se na área de material complementar do curso.
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sozinhos numa refeição, também é importante. Independentemente de o alimento conter baixo índice 
glicêmico, a quantidade ingerida deve ser moderada (BRASIL, 2013).
• As evidências sobre o índice glicêmico (IG) e a carga glicêmica (CG) em indivíduos com diabetes são 
complexas. Não existe consenso sobre a recomendação de índice glicêmico e carga glicêmica como 
estratégia primária para a elaboração do plano alimentar para pessoas com diabetes. Mais informações 
podem ser conferidas no quadro 2 (EVERT et al., 2013).
Quadro 2 - Índice glicêmico e carga glicêmica
Índice Glicêmico Carga glicêmica
O que é?
É o efeito que uma quantidade de 
carboidrato de um alimento tem na 
glicemia.
É o produto do índice glicêmico (IG) 
e da quantidade de carboidrato na 
porção de alimento comparado com 
o alimento padrão. Mede o impacto 
glicêmico da dieta.
Importância
Aqueles alimentos com alto IG pro-
vocam maior liberação de insulina, 
promovendo uma menor saciedade, 
favorecendo um maior consumo, 
maior resistência à insulina e o de-
senvolvimento de obesidade.
É o maior preditor do aumento da 
glicemia após a refeição. Alguns fa-
tores interferem na resposta glicêmi-
ca como a procedência do alimento, 
o cultivo, o processamento, consis-
tência, a quantidade de fibras.
Identificação
Alimentos de baixo IG (menor ou 
igual a 55%), alimentos de médio IG 
(entre 56 a 69%) e alimentos de alto 
IG (maior ou igual a 70%).
Baixa CG (menor ou igual a 10g), 
média CG (entre 11 a 19g) e alta CG 
(maior ou igual a 20g).
Fonte: SILVA, F. M. et al. (2009).
Quadro 3 - Alimentos de alto e baixo índice glicêmico
Alimentos de baixo 
índice glicêmico
Alimentos de médio 
índice glicêmico
Alimentos de alto 
índice glicêmico
Feijões, lentilhas, ervilhas, cevada, 
aveia, quinoa, pão de centeio, arroz 
parboilizado, maçã, pera laranja, 
ameixa, pêssego, damasco, cereja.
Arroz, aveia, banana, cereais, ervilhas, 
feijões, inhame, macarrão, massas, 
milho, pão integral de centeio, suco 
de laranja, uvas.
Batatas, biscoitos, doces, mel, 
melado, pão branco de trigo, 
refrigerante, passas, xarope de bordo 
e de milho, açúcar, rapadura.
Fonte: MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND (2013) e SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (2016).
Quadro 4 - Variantes no efeito da glicemia
Alimento Efeito maior na glicemia Efeito menor na glicemia
Fruta Suco Utilizar a fruta com bagaço
Fruta Consumida mais madura Consumida menos madura
Vegetais Preparados cozidos Preparados crus
Carboidratos Ingerido sozinho
Ingerido com acompanhamento de 
outros alimentos fontes de proteínas, 
gordura e/ou fibras.
Fonte: BRASIL (2013).
Adoçantes artificiais
• O uso de adoçantes artificiais tem o potencial de reduzir a ingestão de calorias e carboidratos desde 
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que não sejam compensados pela ingestão de calorias adicionais de outras fontes de alimentos. Os 
adoçantes são geralmente seguros de usar dentro dos níveis de ingestão diária aceitáveis, facilitam 
a flexibilidade do plano alimentar, mas não são fundamentais durante o tratamento (SOCIEDADE 
BRASILEIRA DE DIABETES, 2016; AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017).
• Alimentos diet, light ou zero podem ser utilizados, contanto que não sejam de forma exclusiva. Os 
rótulos dos alimentos devem ser avaliados criticamente, pois esses alimentos podem conter altos teores 
de sódio, valor calórico elevado, além de gorduras trans ou saturadas. É importante considerar também 
o poder aquisitivo e as preferências individuais do paciente (BRASIL, 2013; SOCIEDADE BRASILEIRA DE 
DIABETES, 2016).
• Embora tenham menor valor calórico em relação aos alimentos convencionais, os alimentos light 
podem conter açúcar (BRASIL, 2013; SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2016). 
• Eventualmente, e em pequenas quantidades, a frutose, o mel e o açúcar mascavo podem ser 
consumidos, porém não são recomendados para uso contínuo. 
Manejo da hipoglicemia e da cetoacidose diabética
 A hipoglicemia e a cetoacidose diabética são as duas principais complicações agudas do diabetes. 
A hipoglicemia é a redução da glicemia abaixo de 70 mg/dl. A glicemia de 70 mg/dl ou inferior deve ser 
tratada imediatamente. Os sintomas costumam aparecer quando a glicemia está entre 50 mg/dl a 60 mg/dl. 
 Assim que for observado um sinal de hipoglicemia, o problema deve ser tratado imediatamente 
com a ingestão de 10 g a 20 g de carboidrato simples, sendo repetido o procedimento em 15 minutos, 
caso necessário. Correspondem a 10 g de carboidrato simples:
• duas colheres de chá de açúcar,
• 100 ml de suco de fruta (meio copo de requeijão),
• duas balas.
 Caso o paciente precise da ajuda (por não conseguir engolir, por exemplo), deve-se colocar açúcar 
ou mel embaixo de sua língua, ou entre a bochecha e a gengiva. A seguir será necessário encaminhá-lo 
para um serviço de saúde. Se os sinais forem de hipoglicemia grave, o paciente deverá receber glicose 
endovenosa no serviço de saúde (BRASIL, 2013).
 Para evitar a ocorrência a hipoglicemia noturna (Somogyi), pode ser realizado um lanche composto 
de carboidratos, proteínas e gorduras antes de dormir (BRASIL, 2013).A hiperglicemia pode levar à cetoacidose diabética, quando há uma deficiência absoluta ou parcial 
de insulina, que pode levar o indivíduo ao coma. A cetoacidose atinge principalmente os pacientes 
diabéticos tipo 1, já que é resultante da falta de insulina suficiente para o uso da glicose. Na cetoacidose, 
é ideal a ingestão de 150 g a 200 g de carboidratos por dia, distribuídos em porções de 45 g a 50 g a cada 
três ou quatro horas, em conjunto com ajustes nos medicamentos (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 
2013).
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Quadro 5 - Diagnóstico, fatores de risco e sintomas da hipoglicemia e da cetoacidose
Complicação Diagnóstico Fatores de rico Sintomas
Hipoglicemia Glicemia menor que 70 mg/dl.
Idade avançada, 
ingestão de álcool em 
excesso,
insuficiência renal,
desnutrição, 
atrasar ou pular 
refeições, 
exercício vigoroso, 
erro na administração 
de insulina,
erro na administração 
de hipoglicemiante oral.
Fome,
tontura,
fraqueza,
dor de cabeça,
confusão mental,
coma, 
convulsão,
sudorese, 
taquicardia, 
apreensão,
tremor.
Cetoacidose
Glicemia maior que 250 
mg/dl, cetonemia e 
acidose metabólica.
Infecção, 
dificuldade em aderir ao 
tratamento,
mau controle glicêmico, 
utilização de 
hiperglicemiantes,
intercorrências graves 
como AVC, infarto 
agudo do miocardio ou 
trauma.
Polidipsia (sede 
excessiva), 
poliúria (urinar em 
excesso), 
incontinência urinária
hálito cetônico, 
fadiga, 
visão turva, 
náusea,
dor abdominal, 
vômito, 
desidratação, 
hiperventilação,
alterações do estado 
mental.
Fonte: BRASIL (2013); MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND (2013).
 Para evitar hipoglicemia e cetoacidose diabética é importante que o paciente aprenda a contar 
carboidratos ou use outra abordagem de planejamento de refeições para quantificar a ingestão de 
carboidratos. O objetivo de uma abordagem de planejamento de refeições é "combinar" a insulina das 
refeições com os carboidratos consumidos. Outra estratégia importante é não “pular” as refeições, a fim 
de reduzir o risco de hipoglicemia. A atividade física também pode resultar em baixa glicemia, mas é 
necessário avaliar o horário em que é realizada. Além disso, o paciente deve sempre carregar uma fonte 
de ação rápida de carboidrato (açúcar, bala, mel) para reduzir o risco de hipoglicemia (MAHAN; ESCOTT-
STUMP; RAYMOND, 2013).
Controle de Peso
 O controle do peso corporal é fundamental para pessoas com sobrepeso e diabetes tipo 1 ou tipo 
2. Os programas de intervenção no estilo de vida devem ser intensivos e ter acompanhamento frequente 
para conseguir reduções significativas no excesso de peso corporal e melhorar os indicadores clínicos. 
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Diabetes
Há evidência forte e consistente de que a perda de peso pode atrasar a progressão do pré-diabetes para 
o diabetes tipo 2 e é benéfica para o tratamento do diabetes tipo 2 (UK PROSPECTIVE DIABETES STUDY 
GROUP, 1998; ZIEMER et al., 2003; AMERICAN DIABETES ASSOCIATION, 2017). Estudos mostraram que, 
em pacientes com excesso de peso com diabetes tipo 2, uma modesta perda de peso, definida como 
redução sustentada de 5% do peso corporal inicial, apresenta melhoras no controle glicêmico e reduz a 
necessidade de medicação hipoglicemiante (GOLDSTEIN, 1992; UK PROSPECTIVE DIABETES STUDY GROUP, 
1998; PASTORS et al., 2002).
O papel da Atenção Primária à Saúde (APS)
 O cuidado de pacientes com diabetes na atenção primária deve priorizar a educação, a 
conscientização e a promoção do autocuidado para o seguimento de um plano alimentar e demais aspectos 
de estilo de vida saudáveis. No caso de pacientes diabéticos tipo 1 ou tipo 2, logo após o diagnóstico, os 
familiares devem ser inseridos em ações de educação nutricional. Os pacientes em risco de desenvolver 
diabetes tipo 2, também devem ser inseridos em programas educativos para adquirir hábitos alimentares 
saudáveis, mudar de estilo de vida e obter redução moderada de peso (BRASIL, 2013). A utilização do 
Guia Alimentar para População Brasileira pode facilitar a abordagem durante o programa de educação 
nutricional. Vide recomendação do Guia Alimentar da População Brasileira (BRASIL, 2014a; BRASIL 2014b). 
 A prevenção, a detecção precoce, o tratamento e o acompanhamento e a promoção de ações em 
saúde são as principais funções da atenção primária no cuidado de pacientes com diabetes. Os profissionais 
da área de Saúde devem identificar os principais fatores de risco e seguir os protocolos específicos para 
rastreamento, diagnóstico, tratamento e, quando necessário, encaminhamento os pacientes para o 
especialista (BRASIL, 2013). 
unidade VI
Diabetes
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TelessaúdeRS-UFRGS 
Coordenação Geral
Marcelo Rodrigues Gonçalves
Roberto Nunes Umpierre
Coordenação da Teleducação
Roberto Nunes Umpierre 
Ana Paula Borngräber Corrêa
Conteudistas
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Angélica Dias Pinheiro
Raísa Vieira Homem
Verônica Lucas de Olivera Guattini
Ylana Elias Rodrigues
Revisores
Annia Rossini
Cynthia Goulart Molina-Bastos
Gabriela Monteiro Grendene
Gabriela Corrêa Souza
Rosely de Andrade Vargas
Sabrina Dalbosco Gadenz
Projeto Gráfico
Carolyne Cabral
Diagramação e Ilustração 
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Carolyne Vasques Cabral
Edição/Filmagem/Animação
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Divulgação
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Guilherme Fonseca Ribeiro 
Vitória Oliveira Pacheco
Design Instrucional
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Equipe de Teleducação
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Dúvidas e informações sobre o curso
Site: www.telessauders.ufrgs.br
E-mail: ead@telessauders.ufrgs.br 
Telefone: 51 33082098
Equipe Responsável
A Equipe de coordenação, suporte e acompanhamento do Curso é formada por integrantes 
do Núcleo de Telessaúde do Rio Grande do Sul (TelessaúdeRS-UFRGS).

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