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1 Sumário Introdução ................................................................................................................... 2 Elaboração do estagio ................................................................................................ 3 Nota fiscal.................................................................................................................... 6 GIA .............................................................................................................................. 6 Redf ............................................................................................................................. 7 Stda ............................................................................................................................. 8 Icms ............................................................................................................................. 8 Conclusões.................................................................................................................. 9 2 INTRODUÇÃO O objetivo do estágio foi colocar em prática a teoria aprendida na Faculdade, num Escritório de Contabilidade, supervisionado por um Profissional Habilitado – Contador, utilizando os Software para registrar, de forma técnica, as escriturações eletrônicas e o Documento de Acompanhamento da Nota Fiscal Eletrônica – DANFE, entendendo as aplicações das mais variadas legislações em questão. A princípio, observei que existem três opções de tributação no Brasil, - LUCRO REAL, LUCRO PRESUMIDO, SIMPLES NACIONAL e LUCO ARBITRADO. Cada uma delas, tem sua forma própria de calcular os impostos federais, estaduais e municipais. Optei para demonstrar o Lucro Presumido, haja visto, ser uma forma intermediaria e que abrange maior quantidade de impostos, destacando entre eles o Regulamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS/, sendo este, um imposto “Estadual”, incidente sobre toda mercadoria em circulação e alguns serviços determinados em legislações próprias, seja no Estado de São Paulo ou fora dele o SIMPLES NACIONAL, tendo como material de consulta a renomada revista IOB e “site” do Po sto Fiscal Eletrônico. Vale ressaltar que, mesmo sendo o Estado, administrador da arrecadação do ICMS, , com posterior distribuição das participações dos Municípios, suas alíquotas são diferenciadas, de acordo com a região do País – Norte, Nordeste, Centro Oeste, Sudeste e Sul. O Estado de São Paulo, foi pioneiro na instituição de um Decreto que determinou obrigação acessória definida como “diferencial de alíquotas”, onde, obriga o recolhimento do imposto pago a menor, quando da aquisição de mercadorias de outros Estados de alíquotas inferiores a 18%, que é a alíquota interna. Isso foi desenvolvido para coibir que as empresas adquirissem somente mercadorias de outros Estados com objetivo de um custo menor, popularmente conhecido também como “guerra fiscal”. Elaboração do Estagio As minhas funções desempenhadas nesse estágio, inicia-se com o recolhimento das notas fiscais ou DANFEs de entradas (compras) e saídas (vendas) 3 efetuadas pelas empresas, nos mais diversificados seguimentos de comercio, industria ou prestação de serviços. A “organização” dos documentos e do local de trabalho, é fundamental para o bom desempenho dos trabalhos, levando em consideração que a concentração também é primordial, evitando assim, lançamentos de registros de notas fiscais, principalmente de compras, na empresa divergente daquela que consta nos documentos. Os Sistemas desenvolvidos para facilitar a escrituração fiscal, são grandes aliados dos profissionais da área, eliminando quase que 100% de erros de lançamentos. Neste estágio, fiz uso dos programas E-FISCAL, desenvolvido pela empresa FOLHAMATIC/IOB SISTEMAS S/A., os quais trás ao usuário praticidade e segurança. Ao acessar este “módulo” é apresentando na tela para lançamentos das notas fiscais, devendo se atentar quando é notas de entradas ou saídas. O segundo passo, é alimentar o programa com as informações solicitadas nos campos específicos, sempre atento aos dados constantes no preenchimento das notas, se estão corretos, como: data de emissão, razão social, CNPJ, quantidade de produtos, valores unitários e total, destaque de ICMS com alíquota correta e se dá direito a se creditar de tal valor. A sequência aplicada na escrituração, primeiramente as notas de compras, começando pelo número da nota fiscal, CNPJ e, quando já existe informações no cadastro previamente feito daquele CNPJ o programa já transfere automaticamente as informações aos campos específicos, se não houver registro no cadastro, terá que alimentar o cadastro do “fornecedor” com as informações como: CNPJ, Razão social, logradouro, cidade, estado e Inscrição Estadual. Em seguida é feita a digitação referente às informações do produto destacado no documento: Código Fiscal de Operação – CFOP, o qual defini o tipo de operação constante naquele documento – entrada ou saída, do estado ou fora do estado e etc., valor da nota fiscal, descrição do produto. No cadastro de mercadoria é lançado os produtos referente à nota fiscal discriminando a quantidade, valor unitário, unidade, nomenclatura código de mercadoria do sistema harmonioso – NCM/SH, esse código é a identificação do produto aplicado pelo fabricante, é encontrado na Tabela do Imposto de Produtos Industrializado – TIPI. 4 Quando a empresa compra mercadoria, com o ICMS por Substituição Tributária, a mesma poderá vende-la na mesma forma tributária, ou seja, o ICMS já foi recolhido. A empresa optante pelo Lucro Presumido, obrigatoriamente apura-se o ICMS na periodicidade mensal, na forma de Débito e Crédito, sendo o imposto devido recolhido em Guia de Apuração de Receitas Estaduais – GARE, ou quando o valor apontado for “crédito”, o mesmo poderá ser transferido para o período seguinte. A escrituração fiscal, das notas fiscais de vendas/saídas, tem as informações extraídas na nota fiscal de saída modelo D-1 (venda de mercadoria à consumidor) e modelo 1 (venda de mercadoria a consumidor e para Pessoa Jurídica na forma de “talão”) e também Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica- DANFE, sendo este ultimo, gerado o arquivo denominado “XML”, que contém todas as informações necessárias e obrigatórias do Documento Fiscal, devendo permanecer à disposição do Fisco por período mínimo de 5 anos da data da emissão. Devido agenda de obrigações, que deve ser cumprida para pagamento dos impostos apurados, a escrituração fiscal é feita nos primeiros dias do mês subseqüente à emissão das notas fiscais, com tempo hábil para apresentação das Guias a serem recolhidas pelas empresas contribuintes. Após efetuado a Escrituração Fiscal, apurado os impostos devido em relação aos fatos geradores, fica a empresa obrigada a cumprir as “obrigações acessórias” Na escrituração fiscal, é obrigatório o destacamento dos impostos incidentes sobre a operação, tanto nas compras/entradas ou nas vendas/saídas, obedecendo códigos nominais de Códigos Fiscais de Operações – CFOP, com incidência ou não de ICMS, IPI, ISS, conforme o produto envolvido. No emaranhado das legislações, observei que esses registros devem ser fundamentados/respaldados em Leisatuais, para que o emitente ou destinatário não seja autuado por descumprimento ou inobservância da Lei. Quando da detecção de algum “erro”, passível de correção, usa-se a “carta de correção eletrônica – Cce”, observando o prazo para tal aplicação. Desde a emissão da nota fiscal, de diversos “modelos e séries”, até o destino final da mercadoria ou serviço, existem várias obrigações pelas partes envolvidas na transação, uma delas é informar mensalmente o Estado, através de “Softwares” desenvolvidos pela Secretaria da Fazenda Estadual - SEFAZ, o valor do imposto devido sobre essa operação, através da Guia de Informação e Apuração – 5 GIA (obrigação principal), tendo prazos definidos para o cumprimento da informação pelo emitente, passível de multa pela inobservância do prazo ou incorreções nas informações (obrigação acessória). Também foi implantado pelo programa Nota Fiscal Paulista, recebendo esse nome em virtude de ter sido o estado de São Paulo o “projeto piloto” para o desenvolvimento do aplicativo Registro Eletrônico de Dados Fiscais – REDF. Esse aplicativo somente é obrigado quando da venda para consumidor final, onde se emite o Cupom Fiscal dá ao consumidor o direito de se creditar “parcialmente” do ICMS embutido no valor da mercadoria adquirida, restituindo futuramente em diversas formas. Não existindo outra forma, se não, através desse aplicativo, o Estado fica sabendo quem são as partes envolvidas nessa transação, através da Inscrição Estadual e Cadastro de Pessoa Física - CPF Por muitos anos foi praticado o recolhimento, em duplicidade, conhecido como “efeito cascata”. Exemplificando para melhor entendimento, o ICMS era pago pelo fabricante do produto, que vendia para o atacadista que também recolhia, que vendia para o varejista, também obrigado a recolher o mesmo imposto, até chegar no consumidor final. Com o advento da aplicação da Substituição Tributária , ficou resumido a obrigação do recolhimento somente pelo fabricante, o qual, aplica sobre o valor do produto ou serviço o Índice de Valor Agregado - IVA. Esse procedimento, teve como objetivo, a redução da sonegação fiscal e melhor fiscalização sobre o ICMS, pois, o Fisco fiscalizará somente o primeiro emitente do documento fiscal. Nota Fiscal A Nota Fiscal, é um documento emitido obrigatoriamente pelo emitente, para acobertar o transito da mercadoria. A sua emissão é o único documento hábil considerado para “fato gerador do imposto”. Quando do flagrante por autoridade competente de mercadoria desacompanhada desse documento, poderá ser caracterizado como “mercadoria de procedência duvidosa”, tomando as demais providencias que o caso requer. O documento fiscal, também é usado de forma “não fiscal”, tais como: para provar a posse Legal de determinada mercadoria para uma seguradora, em casos 6 de furtos ou roubos, venda ou transferência de posse, ou respaldar o adquirente, tempo da garantia, na aquisição da mercadoria. GIA Como destacado resumidamente anteriormente, a GIA é uma ferramenta de grande importância para o Fisco. Através dela o Estado fiscalizará as operações, nas mais diversas transações, se o que foi aplicado e apurado sobre as transações comerciais no mês, estão corretas, conforme determina os Decretos, Leis, Leis Complementares, Instrução Normativas, Atos Declaratórios e outras normas, pois, é uma das “declarações” que o contribuinte informa, declara e confessa os débitos apurados. O programa da GIA está disponível na internet para download gratuitamente, deve-se instalar desde a primeira versão e atualizar as demais para que não gere inconsistência (erro). Os dados para alimentar o programa da Gia, são extraídos da escrituração fiscal, após os lançamentos de entradas e saídas, sendo esta obrigação apenas das empresas optantes pela forma de tributação do Lucro Presumido. Neste sistema é informado o valor destacado do ICMS sobre as compras e sobre as vendas, após essas informações, o programa apurará o valor devido para pagamento ou se obter saldo credor será transportado para o mês seguinte. Tendo apontado pelo programa da Gia, valor à pagar, o mesmo emitirá um GARE com os dados da empresa, vencimento e valor , tendo também o código de barras para facilitar o recolhimento na agencias bancárias, casas lotéricas ou até mesmo através d a internet. Em seguida, fica o contribuinte obrigado a transmitir, por meio de um programa próprio, denominado NOVA GIA, todas as informações escrituradas referente a apuração do ICMS para a Secretaria da Fazenda – SEFAZ, armazenadas em um arquivo, que após a validação é transmitido via internet e gerado um protocolo de comprovante do cumprimento dessa obrigação, observando sempre o prazo. Quando detectado divergência, após a transmissão, cabe recurso de retificação de GIA, para sanar o lapso (erro), porém, deve-se recolher um valor aos cofres do Estado. 7 3- REDF O Registro Eletrônico de Documentos Fiscais – REDF, é um registro com informações das notas fiscais de vendas ao consumidor. Fazendo uma melhor explanação desta obrigação acessória, conclui que o governo paulista implantou a nota fiscal paulista, incentivando para que os consumidores solicitem a nota fiscal ou cupom fiscal no ato da compra, em contra partida além de prêmios também terão créditos parcial de ICMS sobre as compras, os quais poderão ser deduzidos, entre outros, no pagamento do IPVA. Desta forma, a arrecadação deste tributo será maior para os cofres públicos. O arquivo REDF, através de programa próprio, desenvolvido pelo SEFAZ, deverá ser transmitido eletronicamente, dentro do prazo determinado na agenda de obrigações tributária estadual, de acordo com o ultimo dígito da inscrição no CNPJ. Observa –se que é uma obrigação estadual, porém usa-se o número do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica –CNPJ e não o número da Inscrição Estadual. 4- STDA Apesar de ser uma obrigação acessória anual que dever ser cumprida pelas empresas optantes pela tributação do Simples Nacional, é bom destacar em virtude do envolvimento do ICMS, pois, essa declaração discrimina minuciosamente todas as operações interestaduais – compras e vendas, que envolvam a lei da Substituição Tributária e Diferencial de alíquotas. Quando da entrega da Declaração de Substituição Tributária e Diferencial de Alíquotas – STDA, a empresa, através do seu representante Legal, geralmente sócio-empresário ou titular empresário signatário da Declaração Cadastral – DECA, confessa que aquelas informações são verídicas, assumindo o débito apurado, quando não pago poderá ser cobrado pelos meios administrativo ou judicial. Com o desenvolvimento tecnológico na área de informática, essa “declaração” também é feita através de Software para transmissão das informações para a Secretaria da Fazenda Tributária do Estado, e como todas as obrigações, 8 esta também é passível de cobrança de multa por entrega em atraso ou entrega com incorreções. Destaca-se que a Guia usada para qualquer tipo de ICMS apurado é a Guia de Recolhimento Estadual – GARE. 5-ICMS Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Serviços, este imposto é de competência dos Estados e do Distrito Federal, o contribuinte é qualquer pessoa física ou jurídica, que realize, com habitualidadeou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. Tem incidência sobre circulação de mercadorias e serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios, sobre as entradas de mercadorias importadas do exterior, ainda que quando se tratar de bem destinado a “consumo” ou “Ativo Permanente” do estabelecimento. O ICMS, como explicado anteriormente, tem suas alíquotas diferenciadas, de acordo com a região do País, a maior alíquota de 18% aplicada em transação de mercadoria, é pratica no Estado de São Paulo. Maior fonte de recursos financeiros para os Governos Estaduais vem do ICMS, mesmo repassando uma “fatia” para os Municípios. A Legislação do ICMS é bem complexa e extensa, e em alguns casos pode atribuir ao contribuinte do imposto a Substituição Tributária, que em outras palavras, é a responsabilidade pelo pagamento do imposto não pelo emitente e sim pelo destinatário, tornando-se contribuinte substituto. A responsabilidade pelo recolhimento poderá ser atribuída em relação ao imposto, sejam antecedentes, concomitantes ou subseqüentes, inclusive ao valor decorrente da diferença entre alíquotas internas e interestaduais nas operações e prestações que se destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto. É assegurado ao contribuinte substituído o direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador 9 presumido, que não se realizar, isso acontece quando o ICMS é recolhido na “fonte”, porém a mercadoria é devolvida por um motivo justificado. O ICMS tem diversas formas de apurar, regime não cumulativo, substituição tributária, redução na base de cálculo, sendo este um benefício criado para beneficiar a industria tornando –a competitiva com o mercado internacional, principalmente compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores. Quando o Governo aplica uma medida “temporária” sobre algum produto, isso nos leva a crer que é para “balancear” o mercado consumidor em relação às importações. Temos exemplo da Zona Franca de Manaus, a qual se beneficia da isenção do ICMS, entre outros. Isso é aplicado com objetivo de melhorar o desenvolvimento daquela região distante dos grandes centros comerciais. Conclusões: Este trabalho foi tomado como base os procedimentos adotados nas entradas e saídas de notas fiscais, tendo conhecimento nas elaborações de lançamentos fiscais e, adquirindo conhecimento nas Leis específicas para cada tipo de operações. As obrigações acessórias tem como objetivo, fornecer aos órgãos fiscalizadores, através do REDF, GIA e a STDA, as apurações dos impostos devidos ou direitos a restituições, relativos aos atos praticados pelas partes envolvidas nas transações de mercadorias ou serviços em conformidades da Legislação. Entendo ainda que, sendo cumprido essas obrigações acessórias, o Governo terá mais facilidade de acompanhar o contribuinte nas suas obrigações tributárias, pois, todas as “Declarações” transmitidas via internet para a Secretaria da Fazenda – SEFAZ, além de apontar os valores devidos de impostos, também são usados para apoiar a Fiscalização no acompanhamento de sonegação fiscal. Através dos sistemas desenvolvidos, facilitam o cruzamento de informações de emissão de documentos fiscais e registro dos mesmos pelos remetentes e destinatários. Também se baseiam para efetuarem as cobranças dos impostos não recolhidos. Considero o setor fiscal um departamento que possibilita uma visão global da empresa, trabalhando em sintonia com todos os outros departamentos, contribuindo 10 para os profissionais desta área a diversificação de conhecimentos e aprimorando na formação do profissional.