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1 Retas Tangentes e Retas Normais: Vamos começar fazendo algumas considerações sobre retas no plano x× y, x eixo horizontal e y eixo vertical: • Em uma reta horizontal o x varia e o y �ca �xo, portanto a equação de uma reta horizontal é da forma: y = a onde a é uma constante real, (a ∈ R). • Em uma reta vertical o y varia e o x �ca �xo, portanto a equação de uma reta horizontal é da forma: x = b onde b é uma constante real, (b ∈ R). • A equação da reta que tem coe�ciente angular m ∈ R e passa pelo ponto P = (x0, y0) pode ser escrita por: y − y0 = m (x− x0) , onde m = tg (θ) e θ ∈ ] 0◦ , 180◦ [ é o angulo entre a reta e o eixo x. Observação: A equação y − y0 = m (x− x0) pode representar: ◦ Retas horizontais se m = 0 ou ◦ Retas inclinadas se m 6= 0, ◦ Mas como não existe tg (90◦), esta equação nunca representará uma reta vertical. Dada uma reta r, para saber se esta reta passa pelo ponto P = (x1, y1), basta substituir x por x1 e y por y1 na equação da reta e veri�car se a a�rmação é verdadeira ou falsa: ◦ Se a a�rmação for verdadeira a reta r passa pelo ponto P = (x1, y1), ◦ Se a a�rmação for falsa a reta r não passa pelo ponto P = (x1, y1). Exemplos: (a) A reta y − 3 = 5(x− 2) por P = (3, 8) pois: 8− 3 = 5(3− 2) é uma a�rmação verdadeira! (b) A reta y − 3 = 5(x− 2) não passa por P = (0, 0) pois: 0− 3 = 5(0− 2) é uma a�rmação falsa! Agora vamos apresentar a de�nição de reta tangente e reta normal ao grá�co de uma função que esteja de�nida e seja diferenciável em um intervalo da reta real. Retas Tangentes e Retas Normais: Seja f uma função de�nida e diferenciável no intervalo I ⊂ R e seja x0 no intervalo I, (x0 ∈ I), temos: Equação da reta tangente ao grá�co de f no ponto x0: y − f(x0) = f ′(x0)(x− x0) Equação da reta normal ao grá�co de f no ponto x0: y − f(x0) = − 1 f ′(x0) (x− x0) se f ′(x0) 6= 0 x = x0 se f ′(x0) = 0 Exemplos: 1. Determinar a reta tangente e a reta normal ao grá�co da função f dada por f(x) = 1 x no ponto P = ( 2, 1 2 ) . 2 Resolução: Primeiramente vamos observar que o ponto P = ( 2, 1 2 ) pertence ao grá�co da função pois: f(2) = 1 2 . Então x0 = 2 ⇒ y0 = f(x0) = f(2) = 1 2 E f(x) = 1 x ⇒ f(x) = x−1 ⇒ f ′(x) = −1x−2 = − 1 x2 ⇒ f ′(2) = − 1 4 Reta tangente: y−f(x0) = f ′(x0) (x−x0) ⇒︸ ︷︷ ︸ x0=2 y−f(2) = f ′(2) (x−2) ⇒︸ ︷︷ ︸ f(2)= 1 2 y− 1 2 = f ′(2) (x−2) ⇒︸ ︷︷ ︸ f ′(2)=− 1 4 y− 1 2 = − 1 4 (x−2) Simpli�cando: y − 1 2 = − 1 4 (x− 2) ⇒ y = 1 2 − 1 4 (x− 2) ⇒ y = 1 4 x− 1 2 − 1 2 ⇒ y = 1 4 x− 1 Reta tangente: y = 14 x− 1 Reta Normal: Como f ′(2) = − 1 4 6= 0 a reta normal é y − f(x0) = − 1 f ′(x0) (x− x0) y − f(x0) = − 1 f ′(x0) (x− x0) ⇒︸ ︷︷ ︸ x0=2 y − f(2) = − 1 f ′(2) (x− 2) ⇒︸ ︷︷ ︸ f(2)= 1 2 y − 1 2 = − 1 f ′(2) (x− 2) ⇒ ⇒︸ ︷︷ ︸ f ′(2)=− 1 4 y − 1 2 = − 1− 14 (x− 2) ⇒ y − 1 2 = 4(x− 2) ⇒ y = 1 2 + 4x− 8 ⇒ y = 4x− 15 2 Reta normal: y = 4x− 152 2. Determinar a reta tangente e a reta normal ao grá�co da função f dada por f(x) = √ x em x = 4. Resolução: f(x) = √ x = x 1 2 ⇒ f ′(x) = 1 2 x 1 2 −1 = 1 2 x− 1 2 = 1 2 1 x 1 2 = 1 2 1√ x = 1 2 √ x Assim: f(x) = √ x ⇒ f ′(x) = 1 2 √ x x0 = 4 ⇒ f(4) = √ 4 = 2 e f ′(4) = 1 2 √ 4 = 1 4 Reta tangente: y−f(x0) = f ′(x0) (x−x0) ⇒ y−f(4) = f ′(4) (x−4) ⇒ y−2 = 1 4 (x−4) ⇒ y = 1 4 x+1 Reta tangente: y = 14 x+ 1 Reta Normal: Como f ′(4) = 1 4 6= 0 a reta normal é y − f(x0) = − 1 f ′(x0) (x− x0) y − f(x0) = − 1 f ′(x0) (x− x0) ⇒ y − f(4) = − 1 f ′(4) (x− 4) ⇒ y − 2 = − 11 4 (x− 4) ⇒ ⇒ y = 2− 4 (x− 4) ⇒ y = −4x+ 18 Reta normal: y = −4x+ 18 3 3. Determinar a reta tangente e a reta normal ao grá�co da função f(x) = senx no ponto x = pi 2 . Resolução: f(x) = senx ⇒ f ′(x) = cosx e f ( pi 2 ) = sen ( pi 2 ) = 1 ⇒ f ′ ( pi 2 ) = cos ( pi 2 ) = 0 Reta tangente: y − f(x0) = f ′(x0) (x− x0) ⇒ y − f ( pi 2 ) = f ′ ( pi 2 ) ( x− pi 2 ) ⇒ y − 1 = 0 ⇒ y = 1 Reta tangente: y = 1 Reta Normal: Como f ′ ( pi 2 ) = 0 a reta normal é x = x0 Reta normal: x = pi2 4. Desa�o: Determinar a reta tangente e a reta normal ao grá�co de f(x) = x2 que passa pelo ponto P = (1, 0). Resolução: Primeiramente vamos observar que: O ponto P = (1, 0) não pertence ao grá�co da função f(x) = x2 pois f(1) = 1 6= 0. Portanto não temos o ponto de tangência, ou seja, não temos x0. O que vamos fazer? Vamos calcular todas as retas tangentes ao grá�co de f(x) = x2 (em x0) e depois forçar a reta a passar pelo ponto P = (1, 0), substituindo o x da reta por 1 e o y da reta por 0 e considerando a a�rmação verdadeira. Com esta a�rmação encontraremos x0. Após obter x0 voltamos e encontramos a reta tangente. Antes de começar, vamos apenas observar que o exercício pode ter uma, mais de uma, ou nenhuma solução! Ou seja, podemos encontrar um, mais de um, ou nenhum x0 e portanto uma, mais de uma reta ou nenhuma reta tangente ao grá�co de f(x) = x2 que passa por P = (1, 0). f(x) = x2 ⇒ f ′(x) = 2x e f(x0) = (x0)2 e f ′(x0) = 2(x0) Reta tangente: y − f(x0) = f ′(x0) (x− x0) ⇒ y − (x0)2 = 2(x0) (x− x0) Forçando o ponto P = (1, 0) a pertencer à reta: 0− (x0)2 = 2(x0) (1− x0) é verdadeiro. 0− (x0)2 = 2(x0) (1− x0) ⇒ −(x0)2 = 2(x0)− 2(x0)2 ⇒ 2(x0)2 − (x0)2 − 2(x0) = 0 ⇒ ⇒ (x0)2 − 2(x0) = 0 ⇒ (x0) ( (x0)− 2 ) = 0 ⇒ x0 = 0 ou x0 = 2 Encontramos dois valores para x0 portanto teremos duas retas tangentes! Agora, vamos voltar a reta tangente! Reta tangente: y − (x0)2 = 2(x0) (x− x0) y − (x0)2 = 2(x0) (x− x0) ⇒︸ ︷︷ ︸ x0=0 y − (0)2 = 2(0) (x− 0) ⇒ y = 0 y − (x0)2 = 2(x0) (x− x0) ⇒︸ ︷︷ ︸ x0=2 y − (2)2 = 2(2) (x− 2) ⇒ y − 4 = 4x− 8 ⇒ y = 4x− 4 Retas tangentes: y = 0 e y = 4x− 4
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