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questões para estudar de parasito (1)

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RELAÇÃO PARASITO-HOSPEDEIRO: 
1) O que é parasitismo? 
R.: É toda relação ecológica, desenvolvida entre indivíduos de espécies diferentes, em que se 
observa, além de associação íntima e duradoura, uma dependência metabólica de grau variado 
de um ser em relação ao outro. 
 
2) Qual a origem do parasitismo? 
R.: Ocorreu quando na evolução de associações entre organismos, um organismo menor se 
sentiu beneficiado. Quer pela proteção, quer pela obtenção de alimentos. 
 
3) Quais os fatores intervenientes da distribuição geográfica das parasitoses? 
R.: Presença de hospedeiros suscetíveis; 
Migrações humanas; 
Densidade populacional; 
Condições ambientais favoráveis; 
Potencial vetorial elevado; 
Deficiência de princípios higiênicos; 
Baixas condições de vida; 
Ignorância. 
 
4) Explique a teoria das causas múltiplas que justificam a ocorrência das doenças. 
R.: Aceita-se que a ocorrência de doenças seja resultante de um desequilíbrio entre o 
hospedeiro e o parasito, ou seja, resultante de interações de causas múltiplas. Sendo elas 
causas inerentes ao parasito como: número de exemplares, tamanho, localização, virulência, 
metabolismo. E também causas inerentes ao hospedeiro como: idade, nutrição, nível de 
resposta imune, intercorrência de outras doenças, hábitos, uso de medicamentos. Além disso, 
são importantes também na associação causal, os fatores de risco como: condições ambientais 
favoráveis, movimentos migratórios, tempo, sexo, idade, grupo sanguíneo, dieta, entre outros. 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
1) Diferencie doença clínica de doença sub-clínica. 
R.: A doença clínica é caracterizada por os indivíduos infectados apresentarem sintomas 
clínicos. Já a doença sub-clínica, caracteriza-se por os indivíduos infectados não apresentarem 
sinais ou sintomas clínicos. 
 
2) Discuta a imunidade de rebanho. 
R.: A imunidade de rebanho age de forma a impedir a propagação de uma doença 
decrescendo a probabilidade de introdução e manutenção de um agente infeccioso, embora 
ainda existam indivíduos suscetíveis na população, ou seja, consiste em diminuir a população 
de indivíduos suscetíveis a determinado agente patogênico. 
 
3) Qual a importância epidemiológica da doença sub-clínica? 
R.: A importância epidemiológica da doença sub-clínica é o estudo da manutenção da doença. 
Uma vez que, a doença sub-clínica caracteriza-se por os indivíduos infectados não 
apresentarem sinais ou sintomas clínicos. Sendo assim, sem conhecimento de que possuem 
um agente patogênico, os pacientes que possuem a doença sub-clínica, podem ser possíveis 
transmissores da doença. 
 
4) Explique as taxas de morbidade e discuta a sua importância. 
R.: Incidência: número de casos novos (recentes) de uma doença que ocorreu em uma 
população em um período de tempo definido, dividido pelo número de pessoas da população 
naquele mesmo período. Importância: estimar o risco de uma pessoa adoecer. 
Prevalência: número de pessoas afetadas por uma determinada doença em uma população 
em um tempo específico, dividido pelo número de pessoas da população naquele mesmo 
período. Importância: avaliar as mudanças no perfil das doenças em populações que se 
encontram sob intervenção. 
 
5) Cite as situações em que a prevalência aumenta e em que a prevalência diminui. 
R.: Prevalência aumenta: doença de longa duração, casos novos de doença, aumento de 
sobrevida, imigração de pessoas doentes, melhoria da técnica do diagnóstico. 
Prevalência diminui: doença de curta duração, doenças que causam morte, terapêutica eficaz, 
emigração de pessoas doentes. 
 
DOENÇA DE CHAGAS: 
1) Descreva as morfologias do Trypanosoma cruzi. 
R.: Tripomastigota: alongado, possui flagelo livre (anterior), núcleo e cinetoplato (posterior); é 
a forma de infecção encontrada na corrente sanguínea como tripomastigota sanguíneo e 
também no final do trato digestivo como tripomastigota metacíclico. 
Amastigota: ovóides ou esféricos, possui flagelo interno, cinetoplasto e núcleo; encontrada 
nas células. 
Epimastigota: alongados, possui flagelo livre, núcleo e cinetoplasto; encontrada no trato 
digestivo dos insetos. 
 
2) Explique o ciclo reprodutivo do Trypanosoma cruzi. 
R.: Há multiplicação de formas epimastigotas no intestino do inseto; na ampola retal, os 
parasitos transformam-se em tripomastigotas metacíclicos que são eliminados com as fezes; 
ao penetrar no hospedeiro vertebrado, os flagelos invadem células, onde, sob forma de 
amastigota, voltam a multiplicar-se. Assim, passam para o sangue como tripomastigota e, 
disseminam-se pelo organismo, atacando músculos e outros tecidos. O ciclo se fecha quando o 
paciente é sugado por outro triatomíneo e as formas sanguíneas chegam ao intestino do 
inseto. 
 
3) Discuta a história natural da doença de chagas. 
R.: Através do gráfico de parasitemia x tempo, é possível perceber a história natural da doença 
de chagas: Percebe-se que no início da fase aguda da doença (0 a 10 dias) há um grande 
número de parasitas na corrente sanguínea do infectado (presença de anticorpos 
inespecíficos); ao passar dos meses, a carga parasitaria ainda alta, sofre um decréscimo 
quando comparada aos dias iniciais da doença (início do aparecimento dos anticorpos 
específico IgM seguido de IgG). Nesta fase da doença, o diagnóstico pode ser feito através do 
exame parasitológico direto (exame de sangue). A fase aguda pode ser assintomática (mais 
freqüente) ou sintomática (febre, edema localizado, inflamação dos gânglios, hematomegalia, 
esplenomegalia. Sendo que a forma aguda mais grave, pode acarretar também, em um 
aumento da área cardíaca e insuficiência circulatória, ocasionando alterações no coração). É 
visto também, que com o passar dos anos caracterizando a fase crônica da doença, há uma 
baixa carga parasitária na corrente sanguínea, decorrente da ação do sistema imunológico. 
Podendo então, o diagnóstico ser feito através de exame imunológico. A fase crônica pode ser 
assintomática (mais freqüente) ou sintomática (podem causar alterações cardíaca e/ou 
digestiva). 
 
4) Descreva a profilaxia da doença de chagas. 
R.: Combate ao barbeiro; 
Controle de doadores de sangue; 
Melhoria das habitações rurais. 
 
LEISHMANIOSE: 
1) Descreva as morfologias da Leishmaniose. 
R.: Promastigota: alongados, possui flagelo livre, cinetoplasto e núcleo; reproduz no trato 
digestivo dos insetos. 
Amastigota: ovóides ou esféricos, possui flagelo interno, cinetoplasto e núcleo; reproduz nas 
células de defesa do sistema mononuclear fagocitário do hospedeiro vertebrado. 
 
2) Diferencie a profilaxia da Leishmaniose Tegumentar e Viceral. 
R.: Leishmaniose Tegumentar: utilização de repelentes, construção de casas a uma distância 
mínima de 500m da mata. 
Leishmaniose Viceral: eliminação dos cães infectados, estruturação ambiental, detetização. 
 
3) Descrever as formas clínicas das Leishmanioses. 
R.: Leishmaniose Tegumentar: As principais formas clínicas observadas nos pacientes com LTA 
variam de uma lesão auto-resolutiva a lesões desfigurantes e, estão associadas ao estado 
imune do hospedeiro. Elas podem ser lesões cutâneas (lesões indolores, únicas ou múltiplas); 
lesões muco cutâneas (lesões mucosas agressivas que afetam as regiões nasofaringes) e lesões 
difusas (lesões nodulares não ulceradas – curso crônico e progressivo por toda a vida do 
paciente, não respondendo aos tratamentos convencionais). 
Leishmaniose Viceral: É uma doença de formas clínicas diversas: Febre irregular; aumento do 
volume abdominal (alterações esplênicas e hepáticas); emagrecimento; tosse seca; anemia; 
estado de debilidade progressivo; óbito (se não for submetido ao tratamento específico). 
 
MALÁRIA: 
1) Descreva o ciclo biológico do agente causador da malária. 
R.: O ciclo biológico da malária passa por 2 hospedeiros (invertebrado – fêmea do mosquito 
anopheles e vertebrado). No trato digestivo da fêmea do mosquito anopheles, omacrogametócito se transforma em macrogameta e o microgametócito, se transforma em 8 
microgametas. No estômago ocorre então a fusão deles, originando o zigoto ou oocineto. Este 
zigoto perfura a parede do estômago e, se instala no corpo do inseto em uma região banhada 
por sangue, como oocisto. O oocisto então, se transforma em esporozoítos e migram para a 
glândula salivar. No momento da hematofagia, a fêmea do mosquito anopheles inocula 
esporozoítos na pele do hospedeiro vertebrado. Estes esporozoítos caem na corrente 
sanguínea e se dirigem para os hepatócitos onde, se transformam em criptozoítos, esquizontes 
e em seguida, merozoítos (que podem se transformar em hipnozoítos – Plasmodium vivax 
e/ou Plasmodium ovale – sendo responsáveis pelas recaídas tardias da doença). Esses 
merozoítos caem na corrente sanguínea, penetram nas hemácias e iniciam a fase sanguínea. 
Ao final dessa fase, formam-se gametócitos que quando ingeridos pela fêmea do mosquito 
anopheles, vão dar início ao ciclo sexuado. 
 
2) Descreva a profilaxia da Malária. 
R.: Medidas individuais: evitar o contato com o mosquito (uso de repelentes, mosquiteiro, 
telas nas janelas, não sair no crepúsculo); quimioprofilaxia (medicamento para visitantes na ida 
e no retorno de locais endêmicos). 
Medidas coletivas: controle de vetores adultos (inseticidas), combate as larvas, saneamento 
básico (evitar criadouros), melhoria das condições de vida (informação, educação e 
comunicação). 
 
3) Descreva a patogenia da Malária. 
R.: A malária pode ocorrer por mais de um tipo de parasito: 
- Plasmodium falciparum: ocasiona febre terçã maligna (36h às 48h) – forma grave; 
- Plasmodium vivax: ocasiona febre terçã benigna (48h); 
- Plasmodium ovale: ocasiona febre terçã benigna (48h) – limitada ao continente africano; 
- Plasmodium malariae: ocasiona febre quartã (72h). 
 
De forma geral, as manifestações clínicas e patológicas são: 
- anemia em grau variado (pelo rompimento dos eritrócitos parasitados); 
- aumento da temperatura (em função do alto envolvimento do sistema imunológico, 
produção de citocinas, no momento do rompimento das hemácias); 
- sequestro de hemácias parasitadas na rede capilar (Plasmodium falciparum); 
- lesões capilares por deposição de imunocomplexos (Plasmodium malariae). 
 
Malária não complicada: 
- anemia em grau variado; 
- síndrome de esplenomegalia. 
 
Malária complicada: 
- insuficiência renal; 
- edema pulmonar agudo; 
- comprometimento da função hepática, dentre outros. 
 
4) Descreva a imunidade adquirida da Malária. 
R.: É um tipo de imunidade gerada após ter contatos prévios com o parasito. Por exemplo: os 
sintomas clínicos podem ser menos pronunciados; recém-nascidos podem ser protegidos por 
anticorpos advindos da mãe. Uma curiosidade, é que na época da gestação, mesmo se a 
mulher tiver certa resistência, ela pode ser também suscetível à malária, pois, torna-se 
imunossuprimida pela gestação. 
 
TOXOPLASMOSE: 
1) Descreva o ciclo biológico do Toxoplasma gondii. 
R.: O gato é o hospedeiro definitivo porque, no seu intestino desenvolve-se a fase sexuada do 
parasito e a produção de oocistos. Estes vão contaminar o meio ambiente (solo, pastagens, 
água) ao serem eliminados com as fezes dos felídeos. Os roedores e outros pequenos animais 
são hospedeiros intermediários por, se infectarem com os oocistos e desenvolverem 
pseudocistos ou cistos em seus tecidos; capazes de infectar novos gatos e outros carnívoros 
quando alimentado por eles. Muitos animais domésticos ou silvestres adquirem igualmente a 
infecção através das pastagens ou do feno poluído, comportando-se também como 
hospedeiros intermediários. O homem infecta-se ao comer carne mal cozida desses 
hospedeiros ou quando ocasionalmente, ingere cistos eliminados pelos gatos. A transmissão 
congênita ocorre entre animais e na espécie humana. 
 
2) Diferencie as formas infectantes do Toxoplasma gondii. 
R.: Taquizoíto: encontrado na fase aguda da doença; de rápida reprodução (endogenia); por 
ainda não haver ação imunitária, forma-se livre no organismo e não possui capa cística. 
Bradizoíto: encontrado na fase crônica da doença; de reprodução lenta (endogenia); por esta 
fase apresentar ação imunitária, localizam-se dentro dos cistos teciduais (diminuição da carga 
parasitária). 
Oocisto: é a forma de resistência; produzidos nas células intestinais de felídeos e eliminados 
imaturos com as fezes. 
 
3) Cite as medidas profiláticas da Toxoplasmose. 
R.: Higiene pessoal, proteção de alimentos e tratamento de água; 
Ferver a água; 
Verificar parasitismo em cães e gatos para tratá-los; 
Tratamento precoce dos doentes; 
Diagnosticar a fonte de infecção; 
Incineração de fezes dos gatos; 
Acompanhamento das gestantes; 
Não ingerir nenhum tipo de alimento de origem animal cru ou mal cozido; 
Ter cuidado com alimentos crus; 
Controle dos insetos. 
 
4) Descreva a patogenia da Toxoplasmose. 
R.: Depende da cepa do parasito, da resistência do individuo, do modo pelo qual se infecta. 
*Transmissão congênita: 
1º trimestre: aborto; 
2º trimestre: aborto ou nascimento prematuro; 
3º trimestre: sintomas variados (síndrome de Sabin, calcificações cerebrais, perturbações 
neurológicas). 
*Pós-natal: problemas ganglionares ou febris aguda; ocular; cutânea; cérebro-espinhal; 
generalizado. 
 
5) Descreva as formas de transmissão do Toxoplasma gondii. 
R.: A transmissão do Toxoplasma gondii pode se dar por: 
- Ingestão de oocistos; (encontrada nas fezes dos felídeos) 
- Ingestão de cistos; (pode ser encontrado na carne crua e/ou mal cozida) 
- Congênita (maior risco se a gestante estiver na fase aguda da doença). 
 
AMEBÍASE: 
1) Discuta a epidemiologia da Amebíase. 
R.: Incidência maior em regiões tropicais e subtropicais; 
Patogenicidade variável de acordo com as regiões; 
Transmissão oral; 
Mais freqüentes em adultos; 
Cistos viáveis (abrigo da luz e umidade); 
Portadores assintomáticos (principais responsáveis pela contaminação de alimentos e 
disseminação de cistos); 
Região amazônica com maior prevalência e gravidade. 
 
2) Descreva a profilaxia da Amebíase. 
R.: Engenharia e educação sanitária; 
Exame freqüente dos manipuladores de alimento; 
Tratamento dos portadores assintomáticos e sintomáticos; 
Lavar bem e tratar os alimentos crus. 
 
3) Por que a Amebíase é a segunda causa de morte entre as doenças parasitárias? 
R.: Porque algumas cepas da Entamoeba histolytica causam disenterias, levando a forte 
desidratação e consequentemente à morte. Em crianças e pessoas já debilitadas, pode ocorrer 
de forma mais grave. Podendo tomar como exemplo, uma ocorrência mais abrangente, os 
países da África. 
 
GIARDÍASE: 
1) Discuta a patogenia da Giardíase. 
R.: De forma geral, as manifestações clínicas e patológicas são: 
- Edema de mucosa e contração do músculo liso (aumenta a motilidade do intestino); 
- Má absorção de alimentos: “atapetamento” da mucosa por grande número de trofozoítos 
(interfere na absorção de gordura e vitaminas lipossolúveis); 
- Diferentes cepas (podem interferir no transporte de fluidos e eletrólitos) . 
 
2) Discuta a epidemiologia da Giardíase. 
R.: - Alta prevalência em crianças, regiões tropicais e subtropicais, baixo nível econômico; 
- “Diarreia dos viajantes”; 
- Ambientes coletivos; 
- Infecção: se da por ingestão de cistos através da água e/ou alimentos contaminados. 
 
3) Descreva as profilaxias da Giardíase. 
R.: Saneamento básico; 
Cuidado com os alimentos; 
Controle dos insetos; 
Exame frequente dos manipuladores de alimentos; 
Detectar a fonte de infecção; 
Tratamento dos doentes; 
Tratamento da água. 
 
TRICHOMONAS VAGINALIS: 
1) Descreva as profilaxias da Tricomoníase. 
R.: Uso de preservativo; 
Tratamento dos positivos, com ou sem sintomas; 
Acompanhamento pré-natal; 
Educação sanitária em larga escala; 
Cuidados com assentos de vasos sanitários, compartilhamentode peças íntimas, artigos de 
toalete, instrumentos ginecológicos contaminados. 
 
FASCIOLA HEPÁTICA: 
1) Descreva o ciclo biológico da Fasciola Hepática. 
R.: Os ovos não embrionados advindo das fezes de ovinos e bovinos ao entrar em contato com 
a água, libera os miracídeos que são então atraídos pelo muco produzido por moluscos. Dessa 
forma, quando o miracídeo penetra na parte mole do caramujo Lymnaea, ele perde a sua 
estrutura ciliada e o conteúdo das glândulas. Ao sair do caramujo a cercaria encista-se, perde a 
cauda e é então chamada de metacercária. O homem infecta-se ao ingerir algo (água, 
verduras, etc) com metacercárias. Estas, desencistam-se no intestino delgado, perfuram a 
parede do mesmo e caem na cavidade peritoneal. Em seguida, perfuram a cápsula hepática e 
começam a migrar pelo parênquima hepático (forma imatura) e nos ductos biliares (forma 
adulta). 
 
2) Porque a Fasciola é considerada uma zoonose? 
R.: Porque há uma alta prevalência em animais e alguma incidência nos homens; a carga 
parasitária no animal é muito maior do que no homem e, além disso, em proporção, o parasito 
produz mais ovos nos animais do que no homem. 
 
3) Descreva a patogenia da Fasciola. 
R.: *Nos animais, pode ocorrer processo inflamatório crônico do fígado e ductos biliares, 
hepatite traumática, hemorragias, perda de peso, redução da produção de leite e morte. A 
infecção em fêmeas grávidas pode ser transmitida para o feto. 
*Já no homem, podem ocorrer lesões provocadas pela migração de formas imaturas do 
parasito no parênquima hepático causando, fibrose, hemorragias, dentre outros. E também 
lesões ocasionadas pelo parasito na forma adulta nos canais biliares provocando ulcerações, 
irritação, necrose, fibrose, alteração do fluxo biliar, dentre outros. 
*De uma maneira geral, os sinais e sintomas dependem da fase, da duração da infecção e do 
número de parasitos podendo ocorrer: 
- Na fase aguda: dor abdominal, febre, vômito, diarreia, má digestão e absorção, 
hepatomegalia, urticária, dentre outros. 
- Na fase crônica: sintomas relacionados à obstrução biliar intermitente e inflamação. 
 
4) Descreva a epidemiologia da Fasciola. 
R.: - Criação extensiva de bovinos e ovinos em áreas úmidas e alagadiças; 
- Longevidade dos ovos nos pastos durante os meses frios; 
- Presença do parasito em animais; 
- Hábitos alimentares inadequados em regiões positivas; 
- Casos humanos acompanham a distribuição da doença animal; 
- Disseminação da doença através do comercio de animais; 
- Deslocamento dos rebanhos entre os pastos secos e os pastos úmidos; 
- Alto potencial biótico do molusco; 
- Longevidade da metacercária na vegetação aquática; 
- Presença de outros reservatórios possíveis; 
- Plantação de agrião em áreas parasitadas. 
 
5) Discuta a profilaxia da Fasciola. 
R.: Evitar a disseminação; 
Controle dos níveis de água; 
Drenagem de pastagens úmidas ou alagadiças; 
Controle biológico com moluscos; 
Tratamento em massa dos animais; 
Cuidados com o cultivo do agrião; 
Não consumir agriões de áreas de altas prevalências; 
Cuidados com a água e alimentos; 
Isolamento dos pastos úmidos. 
 
ESQUISTOSSOMOSE: 
1) Porque falta oxigênio nas extremidades do corpo na Esquistossomose? 
R.: A inflamação causada pela resposta imunológica é chamada de granuloma. Quando ocorre 
granuloma no pulmão, pode haver o comprometimento das vias de circulação do sangue 
coração-pulmão (já que os ovos ficam depositados nas artérias obstruindo os vasos) , dessa 
maneira, a pequena circulação fica comprometida, diminuindo o fluxo de sangue, e também o 
transporte de oxigênio. 
 
2) Descreva a profilaxia da Esquistossomose. 
R.: Tratamento dos doentes; 
Saneamento básico; 
Educação sanitária; 
Engenharia sanitária e agrícola; 
Combate ao caramujo transmissor. 
 
3) Descreva o ciclo biológico da Esquistossomose. 
R.: Eliminação de ovos maduros (contento miracídeos) pelo humano parasitado; os ovos 
entram em contato com a água e liberam miracídeos (ciliados) que é então “atraído” pelo 
caramujo. Assim, penetra na parte mole do molusco, transformando-se em saco germinativo 
(perde a sua capacidade de locomoção), transformam-se em cercárias que são liberadas na 
água (em grande quantidade; elas possuem capacidade de sobrevivência + ou – 8h). Ao 
penetrar na pele do hospedeiro, pelos seus movimentos vibratórios, as cercarias passam a se 
chamar esquistossomo que, caem na corrente sanguínea e migram pelo organismo do 
paciente até alcançar o fígado. Neste órgão, ocorre o amadurecimento sexual dos machos; já 
as fêmeas atingem o amadurecimento sexual no canal ginecóforo do macho. 50% dos ovos 
liberados pelas fêmeas são eliminados através das fezes e os outros 50% permanecem 
incrustados no organismo causando a doença (podem ficar presos na mucosa e formar 
granulomas intestinais ou voltar pela corrente sanguínea e ficar presos no tecido hepático, 
onde formarão granulomas hepáticos). 
 
4) Descreva os mecanismos imunológicos da Esquistossomose. 
R.: Durante as etapas do ciclo evolutivo da Esquistossomose, o parasito passa por significativas 
alterações que servem como “escape” contra o sistema imunológico do hospedeiro. Cada 
etapa desse processo resulta na ativação de complexos mecanismos imunológicos: 
- Imunidade concomitante: imunidade que atua contra as formas iniciais. Atua principalmente 
na pele e nos pulmões; 
- Imunopatogenia: reação inflamatória gerada em torno dos ovos vivos; 
- Imunodepressão: respostas humorais e celulares diminuídas (maior suscetibilidade a viroses 
e bacterioses); 
- Imunocomplexos: anticorpo + antígeno + sistema complemento, causam reações 
inflamatórias podendo acarretar vários sintomas. 
 
5) Discuta a patogenia da Esquistossomose. 
R.: A patogenia da Esquistossomose depende do tipo de reações locais e gerais ocorridos na 
fase de invasão, das mudanças pelo amadurecimento do verme, pela oviposição, bem como a 
maneira como o indivíduo reage à presença dos ovos. 
*Fase aguda: 
-cercárias: dermatite cercariana (sensação de comichão, edema, etc) ; 
-esquistossômulos: febre; eosinofilia; esplenomegalia; vermes adultos: os vivos causam ação 
espoliativa, e os mortos, podem causar lesões no fígado. 
 
*Fase crônica: 
-forma intestinal: maioria benigna, no entando, podem apresentar variações clínicas; 
-casos crônicos graves: prisão de ventre; diarréria; dor abdominal; formação de numerosos 
granulomas; perda de peso; 
-forma hepática: no início, o fígado fica com volume aumentado e doloroso à palpação; 
hipertensão portal; granulomas; 
-forma esplênica: esplenomegalia devido à congestão do ramo esplênico. 
Outras consequências: interrupção da circulação sanguínea para o fígado; hemorragias; 
circulação colateral provoca o aumento do baço; varizes esofagianas; ascite (barriga d'água). 
 
TENÍASE: 
1) Descreva a morfologia das diferenças da teníase. 
R.: Taenia solium: Possui comprimento de 1,5 a 8 metros, 700 a 900 proglotes, rostro 
presente, presença de acúleos, expulsam 3 a 6 proglotes por dia. 
Taenia saginata: Possui comprimento de 4 a 12 metros, 1000 a 2000 proglotes, rostro ausente, 
ausência de acúleos, expulsam 8 a 9 proglotes por dia. 
As duas possuem em comum as ventosas e podem viver até 25 ou 30 anos. 
 
2) Como se da o diagnóstico da Taenia solium e da Taenia saginata? 
R.: Como os ovos da Taenia saginata e da Taenia solium são morfologicamente idênticas, o 
diagnóstico diferencial se da a partir da observação das proglotes grávidas eliminadas nas 
fezes. Trata-se de uma análise morfológica das suas ramificações uterinas. 
 
3) Discuta a profilaxia da Teníase. 
R.: Não ingerir carne crua ou mal cozida; 
Educação sanitária; 
Inspeção de carnes em matadouros e frigoríficos; 
Melhoria e saneamento básico; 
Exames diagnósticos e tratamento dos doentes. 
 
4) Explique o ciclo biológico da Teníase. 
R.: Os ovos são eliminados juntamentecom as fezes contaminando a água e alimentos. O 
hospedeiro ingere esses ovos que passam pelo sistema digestivo e se rompem liberando 
cisticerco no intestino delgado. A larva perfura a parede intestinal e cai na corrente sanguínea 
podendo se alojar em qualquer lugar. O cisticerco presente no intestino se desenvolve a verme 
adulto e libera proglotes grávidas nas fezes reiniciando o ciclo. 
 
ASCARIDÍASE OU ASCARIOSE (Ascaris lumbricóides): 
1) Discuta a profilaxia da Ascaridíase. 
R.: Higiene pessoal; 
Lavar corretamente as verduras; 
Proteger alimentos contra moscas e poeiras; 
Saneamento básico; 
Educação sanitária; 
Tratamento dos doentes; 
Construção de fossas sépticas. 
 
TRICORÍASE (Trichuris trichiura): 
1) Discuta a profilaxia da Tricoríase. 
R.: Higiene pessoal; 
Lavar corretamente as verduras; 
Proteger alimentos contra moscas e poeiras; 
Saneamento básico; 
Educação sanitária; 
Tratamento dos doentes; 
Construção de fossas sépticas. 
 
PS.: Ciclo Biológico Monoxênico: ovos ingeridos pelo homem; eclosão estimulada pelo suco 
gástrico; penetração das larvas na parede do intestino. 
 
ENTEROBÍASE (Enterobius vermiculares – Oxiúros): 
1) Porque o Oxiúros é comum em países temperados e desenvolvidos? 
R.: Fácil dispersão dos ovos; 
Ovos não necessitam do meio externo para desenvolvimento; 
Comportamento das pessoas (pela correria do dia-a-dia ocorre a falta do banho ou diminuição 
do mesmo); 
Fêmea coloca os ovos na região peri-anal. 
 
2) Discuta a profilaxia da Enterobíase. 
R.: Tratamento de pessoas infectadas; 
Corte de unhas; 
Banho pela manhã (ao se levantar). 
 
ESTRONGILOIDÍASE, ESTRONGILOIDOSE OU ANGUILULOSE (Strongyloides stercoralis): 
1) Discuta a profilaxia da Estrongiloidíase. 
R.: Lavagem dos alimentos; 
Utilização de calçados; 
Educação sanitária; 
Engenharia sanitária; 
Melhoria da alimentação. 
 
ANCILOSTOMÍASE = NECATORÍASE OU NECATOROSE – AMARELÃO: 
1) Discuta a profilaxia da Ancilostomíase. 
R.: Tratamento em massa da população; 
Saneamento básico; 
Utilização de calçados; 
Educação sanitária. 
 
LARVA MIGRANS (Bicho geográfico): 
 
EQUINOCOCOSE (Echinococcus granulosus): 
1) Discuta a epidemiologia da Equinococose. 
R.: Antroponose rural presente em todos os continentes; 
Maior prevalência em regiões de avinocultura com uso de cães no manejo; 
Hábito alimentar com úlceras de animais abatidos garante a manutenção da infecção caninca; 
No Brasil a infecção é mais prevalente na região sul. 
 
2) Descreva a profilaxia da Equinococose. 
R.: Não utilização de cães pastores e melhoria da criação de ovinos; 
Não alimentar cães com vísceras cruas de hospedeiros; 
Controle de matadouros; 
Controle de cães errantes; 
Educação sanitária. 
 
HEMINOLEPIASE (Hymenolepis nana - “Tênia anã”): 
1) Como se da a hiper-infecção da Heminolepiase? 
R.: O ciclo biológico da Heminolepiase é monóxeno e heteróxeno. O monóxeno é caracterizado 
pela ingestão acidental da larva pelo homem, dessa forma o parasito se desenvolve no 
organismo do homem acionando o sistema imunológico. Já o ciclo heteróxeno é caracterizado 
pela ingestão da larva pelo inseto (larva se desenvolve) e; em seguida acidentalmente, 
ingestão do inseto e do parasito desenvolvido pelo homem. Dessa forma, o sistema imune não 
é acionado e então tal ingestão pode levar a uma hiper-infecção já que o não acionamento do 
sistema imune ocasionará uma alta carga parasitária. 
 
ANOPLURA (Pediculose - Piolho): 
1) Descreva sobre o Pediculus capitis (piolho de cabeça). 
R.: Está relacionado ao comportamento das pessoas causando prurido, irritação, perda social. 
Forma de controle: Encontrado por catação, pente fino, uso de secador. O piolho se 
movimenta nas fibras do cabelo. Está associado à infância e a questões hormonais. Sendo 
importante a higiene do couro cabeludo. 
 
2) Descreva sobre o Pediculus humanus (piolho do corpo). 
R.: É mais freqüente na população adulta. Está associado à população marginalizada, a épocas 
de guerras, desestruturação social. Mais relacionadas às fibras do corpo. 
 
3) Descreva sobre o Pediculus púbis (piolho do púbis). 
R.: Vive nos pêlos da região pubiana. Em infestações maciças podem ser encontrados em pêlos 
axilares, sobrancelhas, barbas e até mesmo em cabelo da cabeça. Uma das melhores formas 
de controle é raspar o pelo pubiano. 
 
SIPONÁFEROS (Pulga): 
1) Descrever a Punga penetrans (bicho de pé). 
R.: Apenas a fêmea entra no corpo e dessa forma deposita os ovos. O macho apenas suga o 
sangue. Relacionado a locais de criação de porcos e animais silvestres. Tratamento: retirada do 
parasito. 
 
MIÍASE (Berme): 
1) Descreva sobre a Miíase. 
R.: Infecção por larvas de moscas em órgãos e tecidos do homem ou de animais vertebrados 
de onde elas se nutrem e desenvolvem como parasitos de tecido vivo ou morto de animais 
vivos. 
 
FILARIOSE (Elefantíase): 
1) Descreva o ciclo biológico da filariose. 
R.: A fêmea do Culex quinquefasciatus ao exercer o hematofagismo em pessoas parasitadas, 
ingere microfilárias que no estomago do mosquito, perdem a bainha, atravessam a parede do 
estômago do inseto, caem na cavidade geral e migram para o tórax, onde se alojam e 
transformam-se em larva (L1). Alguns dias após a resposta infectante, ocorre a primeira muda 
original a L2. Esta cresce muito e após alguns dias sofre a segunda muda transformando-se em 
larva infectante (L3). Esta migra pelo inseto até alcançar o aparelho bucal do inseto. Quando o 
inseto vetor fizer nova resposta sanguínea, as L3 irão migrar para pele do hospedeiro 
penetrando em seguida nos vasos linfáticos. Tornam-se vermes adultos até que as fêmeas 
grávidas produzam as primeiras microfilárias. 
 
ONCOCERCOSE (Onchocerca volvulus – Cegueira dos Rios): 
1) Descreva a patogenia do oncocercose. 
R.: Processo inflamatório por morte do verme; 
Migração de microfilárias pelo tecido conjuntivo; 
Lesões oculares

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