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1 DETERMINAÇÃO DA ACIDEZ DO ÓLEO DE FRITURA (TITULAÇÃO- BASE) *Heloíse do N. de Lima * h.e.l.o.i.s.e@hotmail.com 1Curso Técnico de Açúcar e Álcool, Instituto Federal de Alagoas, Campus Penedo; Rod. Engº Joaquim Gonçalves S/N,. Palavras-chave: Titulação ácido-base, índice de acidez, ácidos graxos, hidrolise INTRODUÇÃO O índice de acidez (quantidade de mg de hidróxido de sódio necessária para neutralizar os ácidos graxos livres presentes em 1g de gordura) fornece dados precisos a respeito da conservação de um alimento. Se há um elevado nível de acidez o óleo ou gordura está sofrendo quebras em sua cadeia lipídica, liberando seus constituintes principais (ácidos graxos). Isso torna o cálculo do índice de acidez muito importante, pois é de extrema importância na avaliação do estado de deterioração de alimentos que tenha lipídios na sua composição. A titulação ácido-base é uma das técnicas usadas para a identificação do índice de acidez, processo onde um ácido e uma base reagem até um ponto de equivalência. MATERIAIS E MÉTODOS A Tabela 1 apresenta as vidrarias, acessórios e reagentes utilizados neste experimento. Tabela 1. Vidraria, acessórios e reagentes. Inicialmente ambientamos a bureta lavando com uma solução de NaOH à 0,01 mol/L e a zeramos, em seguida completamos até o menisco. Pesamos aproximadamente 2g de óleo em 3 erlenmeyer de 50 mL usando uma balança analítica e com o auxílio de um conta gotas. Fizemos o mesmo procedimento com o óleo novo. Adicionamos 10 mL de uma solução de álcool etílico: éter etílico (1:1). Depois adicionamos 3 gotas do indicador fenolftaleína 1% às amostras e realizamos as titulações. Utilizamos os índices obtidos para calcular e comparar o índice de acidez entre as amostras analisadas usando as seguinte formula: 𝐼𝐴(%) = 𝑉 ∗ 𝑁 ∗ 0,282 𝑚 ∗ 100 Sendo: IA% = teor de índice de acidez (%). V = volume em mL da solução de NaOH gasto na titulação. N = normalidade de NaOH. m = massa da amostra. 0,282 = miliequivalente grama do ácido oleico. Solução etanol – éter (1:1) Balança analítica Garras Suporte Universal 6 Erlenmeyer 50 mL Fenolftaleína 1% Amostras de óleo Bureta 25 mL 2 Pipetas pasteur 3 mL Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Alagoas Médio Integrado - Açúcar e Álcool Campus Penedo 2 A tabela a seguir auxiliou na determinação do volume gasto na titulação e no índice de acidez, em relação ao tipo de óleo analisado. Tabela 2. Volumes gastos durante a titulação Titulação móleo (g) VNaOH (mL) Novo Velho Novo Velho 1 2,034 2,016 3,50 5,60 2 2,037 2,038 3,80 5,20 3 2,011 2,038 3,65 5,04 Média 2,027 2,030 3,65 5,28 RESULTADOS E DISCUSSÕES Após a resolução dos cálculos encontramos o teor do índice de acidez das amostras avaliadas, mostrado na tabela abaixo. Tabela 3. Teor do índice de acidez A fritura proporciona mudanças químicas e físicas ao óleo. Ele entra em maior contato com o ar e a água, dando início ao processo de degradação. Quando exposto ao ar e as partículas de restos de alimentos em decomposição o óleo é oxidado e em contato com a água dos alimentos sofrendo hidrólise dos seus triglicerídeos. Pode ocorrer de duas formas: a contínua e a descontínua. Na continua a comida é frita em uma só etapa, onde o óleo é continuamente aquecido e há a formação de ácidos graxos livres, que diminuem o ponto de fumaça do óleo. Já a fritura descontínua, o óleo é aquecido e resfriado diversas vezes, e ocorrem reações de oxidação, hidrólise e polimerização (combinação de um grande número de moléculas), e tem o aumento do ponto de fumaça. A hidrólise é qualquer reação química que envolva a quebra de uma molécula por ação da molécula de água. Ela promove a formação de ácidos graxos, (como mostrado na imagem abaixo), que promovem um gosto e um aroma ruim. Em dezembro de 2003, a Anvisa participou na criação de normas que tratavam do descarte e do uso de óleos e gorduras utilizados para fritura, e uma das normas criadas foi a de que a quantidade de ácidos graxos livres não seja superior a 0,9%. CONCLUSÃO Com isso podemos concluir que as amostras utilizadas nesse procedimento, tanto a amostra de óleo novo quanto a de óleo usado se adequam aos parâmetros impostos pela ANVISA, em outubro de 2003, que determinam a quantidade máxima de ácidos graxos livres disponível em óleos e gorduras deve ser de 0,9%, enquanto as amostras apresentaram 0,5% (novo) e 0,73% (velho). REFERÊNCIAS [1] CLIMATOLOGIA GEOGRAFICA. As reações físico- químicas da fritura e a sua saúde. Disponível em: <https://climatologiageografica.com/as-reacoes-fisico- quimicas-da-fritura-e-sua-saude/>. Acesso em: 16 jan. 2018. [2] ANVISA. Informe técnico nº 11. Disponível em: <http://www.anvisa.gov.br/alimento/informes>. Acesso em: 16 jan. 2018. [3] FREIRE, Poliana Cristina M.; MANCINI-FILHO, Jorge; FERREIRA, Tânia Aparecida Pinto De Castro. Principais alterações físico-químicas em óleos e gorduras submetidos ao processo de fritura por imersão: regulamentação e efeitos na saúde. Revista de Nutrição, Campinas, v. 26, n. 3, mai./jun. 2013. SOUZA, Felipe Thiago Caldeira de. MODELO DE RELATORIO. Disponível em: <https://sites.google.com/site/felipetcsouza/modelos-de- trabalho-1> Amostra m média (g) VNaOHmédia (mL) IA(%) Óleo novo 2,027 3,65 0,5 Óleo usado 2,030 5,28 0,73 Figura 1 Hidrólise do triacilglicerol: (a) diacilglicerol e (b) ácido graxo.
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