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RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: Farmácia DISCIPLINA: Análise de Alimentos NOME DO ALUNO: R.A: POLO: DATA: 2 INTRODUÇÃO: Bromatologia é o estudo dos alimentos, onde se estuda componentes químicos estruturalmente definidos que compõem os alimentos, principalmente aqueles com ênfase presentes em grande quantidade, (chamadas componentes centésimas-presente concentração) dentre estes compostos químicos estão a água, carboidratos, lipídeos, proteínas e minerais. (ALBERTI, SOARES, 2023) Os alimentos são essenciais a sobrevivência de todo ser vivo, pois é através deles que obtemos todos os nutrientes necessários para a manutenção da vida. Porém não basta apenas consumir, devemos ter o máximo de cuidado para que estejamos ingerindo alimentos com o máximo de qualidade, sem presença de contaminantes, pois conforme sua origem, podendo ser animal, vegetal ou mineral, a forma de manuseio tanto no momento de colheita, abate ou envasamento, assim como os procedimentos de transporte até o consumidor, os alimentos sofrem diferentes intensidades de contaminações e alterações físicoquímicos. (BEZERRA, 2003). A coleta tem por finalidade obter amostras representativas da média do material e ser analisado. Deve ser realizada da forma mais cuidadosa possível para obter uma amostra que, mediante sua análise, indique com precisão a qualidade real do lote, transferência e propriedade, saída ou nas inspeções que porventura ocorram. Deve-se retirar numerosa quantidade de amostras parciais, colhidas em diferentes pontos e locais de interesse: campo, fabricação, depósito, transporte, sacaria, etc. Desta amostra às vezes volumosa, após homogeneizada, podem ser retiradas amostras parciais, antes que sejam enviadas ao laboratório. (RODRIGUES , 2010). Geralmente a umidade representa a água contida no alimento, que pode ser classificada em: umidade de superfície, que se refere à água livre ou presente na superfície externa do alimento, facilmente evaporada e umidade adsorvida, referente a água ligada, encontrada no interior do alimento, sem combinar-s e quimicamente com o mesmo. A umidade corresponde à perda em peso sofrida pelo produto quando aquecido, geralmente a 105°C, em condições nas quais a água è removida (SÃO PAULO, 1985). Resíduo por incineração ou cinzas é o nome dado ao resíduo obtido por aquecimento de um produto em temperatura próxima a (550 -570)°C. Geralmente 3 as cinzas são obtidas por ignição de quantidade conhecida da amostra. Muitas vezes, é vantajoso combinar a determinação direta de umidade e a determinação de cinzas, incinerando o resíduo obtido na determinação de umidade (IAL, 2008). A cinza é constituída principalmente de grandes quantidades de K, Na, Ca e Mg; pequenas quantidades de Al, Fe, Cu, Mn e Zn; e traços de Ar, I, F e outros elementos (CECCHI, 2003). Nesses termos, a quantidade de água livre que não se encontra comprometida com as moléculas constituintes do produto, está disponível para as reações físicas, químicas e biológicas (WELTI e VERGARA, 1997), tomando-se o principal responsável pela deterioração dos alimentos. A água ligada interage diretamente com as moléculas constituintes do alimento, não podendo ser removida ou utilizada para qualquer tipo de reação. No caso de um substrato que apresente baixa atividade de água, há interrupção do metabolismo dos microrganismos presentes, inibindo o seu desenvolvimento ou reprodução. O teste de Fehling foi desenvolvido pelo químico alemão Hermann von Fehling para diferenciar aldeídos de cetonas. Entretando acabou tornando-se um reagente geral para açúcares redutores, pois as cetoses sofrem rearranjo e também dão teste positivo (Figura 5). Por muito tempo foi utilizado para identificar a presença de açúcar na urina, com a finalidade de diagnosticar Diabetes. (BARREIROS, 2012). Os lipídios são um grupo heterogêneo de compostos mais relacionados por suas propriedades físicas do que por suas propriedades químicas. Apresentam propriedades comuns: relativamente insolúveis na água e solúveis nos solventes não polares, tais como: o éter, o clorofórmio, os óleos, os esteróides e as ceras (Botham & Mayes, 2012). O índice de acidez do óleo é um fator qualitativo a ser considerado nos grãos de soja por influenciar no maior ou menor custo da industrialização desse produto. A acidez dos óleos é uma consequência da hidrólise enzimática que ocorre na semente ou no fruto em condições de alta umidade. No processo de refino, a acidez é reduzida implicando numa medida de controle de qualidade. (DOS SANTOS et al.,2017). As determinações feitas nas análises de óleos e gorduras são geralmente denominadas como índices, que são expressões de suas propriedades físicas e químicas nos quais são utilizados para avaliação e identificação do grau de 4 instauração da maioria dos óleos e gorduras, sendo o resultado baseado nas análises dos dados obtidos, não considerando as diferenças estruturais presentes nos ácidos graxos, como natureza, quantidade e posição das duplas ligações (FERREIRA, 2016). O índice de iodo de um óleo ou gordura é medido por seu grau de instauração e é expresso em números de centigramas de iodo absorvido por grama da amostra (% de iodo absorvido). Os ácidos graxos contendo ligações duplas carbono-carbono reagem com o iodo, portanto, quanto maior for o número de insaturações, maior será o índice de iodo (PASCUET, 2008; MELO, 2010). Os métodos mais utilizados para a determinação de nitrogênio total são: (a) o método Kjeldahl, que é essencialmente um procedimento de oxidação úmida e (b) o método de Dumas, que é basicamente uma técnica de oxidação seca (combustão) (Keeney & Bremner, 1967). O método Kjeldahl para determinação de nitrogênio Kjeldahl total (NKT) tem sido utilizado desde 1883 (Yasuhara & Nokihara, 2001). Apresenta como principal vantagem o uso de uma aparelhagem extremamente simples e pouco onerosa. De acordo com Bremner (1965) e Keeney & Bremner (1967), o método clássico Kjeldahl é satisfatório para a análise de Ntotal para a maioria dos compostos nitrogenados que ocorrem nos solos e plantas. Entretanto, não apresenta resultados satisfatórios quando estão presentes compostos com ligações N-N e N-O. Propriedades funcionais de proteínas são importantes no processamento e na formulação do produto, uma vez que afetam a aceitação do consumidor. Algumas delas atuam na capacidade de absorção de água e de óleo, na emulsificação, na capacidade de formação de espuma e de geleificação. Essas propriedades dependem de características físico-químicas das proteínas, incluindo fatores, tais como peso molecular, composição de aminoácidos, carga líquida e hidrofobicidade (RODRIGUES et al., 2012). Com base nessas propriedades, a proteína específica é selecionada para ser usada em um determinado alimento e dependerá de sua função exigida no produto final (CHEL-GUERREIRO et al., 2002) 5 Resultados e Discussão Nas aulas práticas de Análise de Alimentos ministradas em laboratório podemos estudar e analisar com clareza e riqueza de detalhes as ações e métodos, baseando se nisso determinamos os resultados e conclusões a seguir: Aula 1 - Roteiro 1 (Determinação de umidade, cinzas e atividade de água) OBJETIVO: determinação do teor de umidade e conteúdo de sólidos totais de alimentos. Para a realização desse experimento, seguimos rigorosamente os procedimentos conforme descritos no roteiro de aulas práticas. Resultados: Determinação do teor de umidade – Quantitativo. Tabela 1 - Peso das Amostras Cápsula Vazia 53,200Gramas Leite em pó integral 5,003 Gramas Cápsula c/ leite em pó integral (Seco) 57,803 Gramas % U= (53,200 + 5,003) – 57,803 x 100 – 0,427 x 100 = 8,48% 5,003 5,003 Determinação de ter de cinza – Quantitativa Tabela 2 - Peso das amostras Cadinho Vazio 44,800 Gramas Leite em pó integral 3,003 Gramas Cápsula c/ leite em pó integral(Seco) 44,830 Gramas % Cinza= (44,800 + 3,003) – 44,830 x 100 – 2,973 x 100 = 99,00% 3,003 3,003 Atividade de água (Aa ou Aw) – Qualitativa 6 Realizamos um experimento demonstrativo que se compara com a atividade de água de alimentos e com sais essa aula teve como objetivo a observação da atividade de água entre 7 a 15 dias. Tabela 3 - Atividade de água SAL UR% Aa KOH 8,23 0,08 NaCL 75,7 0,76 KCL 84,34 0,84 Conclusão Concluímos que a composição aproximada dos alimentos em termos de teor de umidade e cinzas pode ser determinada usando os métodos e procedimentos aqui descritos. Em outras palavras, distingue entre orgânico e inorgânico, volátil e água. Esses procedimentos permitem monitorar (conformidade legal e segurança alimentar) como detecção de impurezas e contaminação dos alimentos, armazenamento adequado, prazo de validade, informações nutricionais, atividade de água e outros usos semelhantes, podendo também contribuir com subsídios contra epidemias. A atividade de água está relacionada principalmente com a conservação e vida de prateleira dos alimentos, podendo ser utilizada como parâmetro de controle de qualidade para mostrar o valor da disponibilidade de água disponível em produtos alimentícios para participar de reações de degradação oxidativa, enzimática e microbiológica. Esses fatores são a qualidade organoléptica (oxidação lipídica/rancidez) ou a qualidade higiênica dos alimentos. Aula 2 – Roteiro 1 (Reação de Fehling, refratometria, reação de Maillard e caramelização) OBJETIVO: identificar açúcares redutores através de reação de oxidorredução. Para a realização desse experimento, seguimos rigorosamente os procedimentos conforme descritos no roteiro de aulas práticas. 7 Figura 1 - Resultado do Teste de Fehling Ao final do experimento, pode-se visualizar a diferenciação de diferentes amostras de carboidratos. Os monossacarídeos podem reduzir Cu+2 a Cu+1 no teste de Fehling. Também é notado que as moléculas de dissacarídeos e polissacarídeos não têm atividade redutora porque seus grupos funcionais são retirados de ligações glicosídicas. Portanto, os polissacarídeos (por exemplo, amido) devem ser hidrolisados para obter um efeito positivo (formação de um complexo vermelho). Os reagentes de Fehling são eficazes para testes qualitativos e determinação da função do órgão. presentes nas moléculas de carboidratos. Refratometria: índice de refração é a relação entre a velocidade da radiação eletromagnética no vácuo e em determinado meio, a diferença entre a velocidade da radiação no vácuo e no ar é muito pequena, e podemos considerar o valor no ar. A refração dependerá de cada substância e da concentração de sólidos da substância. Para a realização desse experimento, seguimos rigorosamente os procedimentos conforme descritos no roteiro de aulas práticas. Resultado: 8 A maioria dos alimentos que comemos todos os dias contém açúcar. O teor de açúcar das bebidas é um dos mais importantes parâmetros de controle de qualidade, processamento e nutrição. Em um experimento prático, foi verificado o teor de açúcar de várias amostras (mel, suco artificial de morango, 4% de sacarose, 4% de glicose). Obteve os seguintes valores: Mel (40), Suco Artificial de Morango (11), 4% Sacarose (7), 4% Glicose (5) Reação de Maillard: também conhecida como escurecimento não enzimático, é o resultado da reação entre os aminoácidos e os açúcares redutores, com a alteração de cor, odor e sabor dos alimentos. OBJETIVO: verificar a reação de Maillard entre os aminoácidos e os monossacarídeos, e a alteração de cor e aroma das amostras. Para a realização desse experimento, seguimos rigorosamente os procedimentos conforme descritos no roteiro de aulas práticas. Figura 2 - Fonte Própria Resultado: Após análises observamos que as amostras contendo glicose eram invariantes. Em amostras contendo sacarose, um tom mais escuro. De acordo com a literatura, a taxa de resposta é Glicose vs frutose (frutose + glicose = sacarose). Como a reação com o grupo amino NH2 é dependente do grupo carbonila, a taxa de escurecimento está relacionada à quantidade da forma acíclica de cada açúcar em solução. 9 Caramelização: caramelo é um pigmento largamente utilizado na indústria de alimentos. Sua formação pode ser alterada pelo tipo de carboidrato usado e as condições do meio, como, por exemplo, pH. OBJETIVO: verificar a reação de caramelização em meio ácido e alcalino. Figura 3 - Fonte Própria Tabela 4 - Resultado da análise dos aromas desenvolvidos no experimento Aminoácidos Aroma Metionina Aroma de batata crua Leucina Aroma desagradável Fenilalanina Odor forte Asparagina Odor forte de amoníaco Conclusão: Observações experimentais concluem que a reação de Maillard o pH é diretamente afetado pela temperatura e umidade, e a glicose, um açúcar redutor, condensa com aminoácidos. A ação do calor e a presença da água aceleram a reação. A exposição a aminoácidos e solventes com temperatura resulta na formação de aromas devido às reações de Maillard. Cada aminoácido (metionina, leucina, fenilalanina e asparagina) forma um odor característico descrito na literatura. Aula 2 – Roteiro 2 (Extração de lipídios de amostras alimentícias e determinação do índice de acidez) 10 OBJETIVO: determinar o teor de lipídios em amostras alimentícias com o uso de extrator tipo Soxhlet ou extrator contínuo com o uso de solvente orgânico. Para a realização desse experimento, seguimos rigorosamente os procedimentos conforme descritos no roteiro de aulas práticas. Figura 4 - Fonte Própria Tabela 5 - Peso das amostras Amostra (Macarrão Instantâneo) 4,905 Balão vazio 125,800 Balão cheio 126,100 125,800 = 0,3 % Lip = M.Lipidio x 100 M.Amostra % Lip = 0,3 4,905 % Lip = 0,06 x 100 % Lip = 6,11% Conclusão É importante controlar a ingestão de nutrientes para que as pessoas mantenham níveis saudáveis de colesterol. Portanto, as informações sobre o teor de gordura nos rótulos dos alimentos embalados devem ser precisas e confiáveis. No experimento, foram obtidos os seguintes resultados para o teor total de lipídios da amostra (0,3 g) ou 6,11%. 11 Índice de acidez: o índice de acidez determina a quantidade de ácidos graxos livres presentes em óleos ou gorduras, resultantes da hidrólise dos triglicerídeos. OBJETIVO: determinar o índice de acidez de óleos. A seguir realizamos os procedimentos seguindo rigorosamente conforme descritos no roteiro de aulas práticas. Resultado: Conclusão: A quantidade de ácidos graxos livres indica o grau de deterioração dos alimentos, e o principal resultado desses ácidos graxos mais elevados é um produto mais ácido. Um alto índice de acidez indica que o óleo ou gordura está quebrando cadeias e liberando os principais ácidos graxos. Aula 3 - Roteiro 1(Determinação dos índices de iodo, e peróxidos de óleos e gorduras) 1 - Índice de iodo: o índice de iodo indica a quantidade de insaturações existentes nos ácidos graxos dos triacilgliceróis. Para isso, utilizamos a solução de Wijs, composta de ICl3, ácido acético glacial e tetracloreto de carbono. Nela, o iodo está presente sob a forma de ICl. 12 OBJETIVO: determinaros índices de iodo de óleos e de gorduras. Para a realização desse experimento, seguimos rigorosamente os procedimentos conforme descritos no roteiro de aulas práticas. Figura 5 - Fonte Própria Tabela 6 - Peso e volume final das amostras Amostra Peso Volume Final - Ponto de Viragem Óleo de Soja novo 0,246 g 21,4 ml Óleo de soja usado 0,259 g 21,9 ml Banha de porco 0,255 g 24,3 ml Azeite 0,256 g 21,1 ml Calculo: Tabela 7 - Cálculos Amostra – Oleo de Soja Novo Amostra - Óleo de Soja Usado I.I.= (18-21,4) x 158,11 x 12,69 0, 246 I.I.= (-3,4) x158,11 x 12,69 0, 246 I.I.= (-3,4) x 2006,41 0, 246 I.I = 6,82 0, 246 I.I.= 27,73 I.I.= (18 - 21,9) x 158,11 x 12,69 0, 259 I.I.= (-3,9) x158,11 x 12,69 0, 259 I.I.= (-3,9) x 2006,41 0, 259 I.I.= 7,82 0, 259 I.I.= 30,21 13 Tabela 8 - Cálculos Amostra - Banha de Porco Amostra - Azeite I.I.= (18-24,3) x 158,11 x 12,69 0, 255 I.I.= (-6,3) x158,11 x 12,69 0, 255 I.I.= (-6,3) x 2006,41 0, 255 I.I.= 12,64 0, 255 I.I.= 49,57 I.I.= (18-21,1) x 158,11 x 12,69 0, 256 I.I.= (-3,1) x158,11 x 12,69 0, 256 I.I.= (-3,1) x 2006,41 0, 256 I.I. = 6,21 0, 256 I.I.= 24,29 O índice de iodo indica a quantidade insaturada de óleo e gordura, ou seja, maior o índice, maior o número de camadas duplas na existência. 2 – Índice de peróxidos: o índice de peróxidos determina o grau da rancificação oxidativa que ocorre nos óleos vegetais com altos teores de ácidos graxos insaturados. O índice de peróxidos é expresso em miliequivalentes de peróxidos/kg de amostra e é determinado submetendo-se o iodeto de potássio à ação oxidante dos peróxidos presentes no óleo em questão. O iodo formado é titulado como tiossulfato de sódio. Para a realização desse experimento, seguimos rigorosamente os procedimentos conforme descritos no roteiro de aulas práticas. Tabela 9 - Peso das amostras Amostra – Óleo de Soja Novo 5,144 g Amostra - Óleo de Soja Usado 5,100 g Cálculos: 14 Tabela 10 - Cálculos das amostras Óleo de Soja Novo Amostra - Óleo de Soja Usado I.P. = (0,5 - 1) x 0,1 x 0,1 x 1000 5,144 I.P. = (-0,5) x 0,1 x 0,1 x 1000 5,144 I.P. = (-0,05) x 0,1 x 100 5,144 I.P. = (-0,005) x 1000 5,144 I.P. = -5 5,144 IP = - 0,972 I.P. = (11 - 1) x 0,1 x 0,1 x 1000 5,100 I.P. = (10) x 0,1 x 0,1 x 1000 5,100 I.P. = (1) x 0,1 x 100 5,100 I.P. = (0,1) x 1000 5,100 I.P. = 100 5,100 IP = 19,60 Conclusão Ao determinar o índice de peróxido, são apresentadas substâncias de oxidação. Essas substâncias são produzidas como peróxidos ou outros produtos semelhantes causados pela oxidação da gordura. Portanto, esse índice é um indicador de oxidação lipídica e é sensível nos estágios iniciais da oxidação. Esse método é adequado para todo o óleo e gordura comum, incluindo manteiga artificial e creme de vegetais, mas qualquer alteração no programa de teste pode alterar os resultados da análise. A taxa de peróxido é determinada por titulação. Isso é realizado com base nas amostras do peróxido. Essas substâncias oxidam o iodeto de potássio em condições de teste. Observamos o valor da amostra do óleo novo (-0.972), é muito menor em comparado a amostra do óleo usado (19,60). Aula 3 – Roteiro 2 (Determinação de proteínas pelo método de Kjeldahl) 15 A determinação de protídeos baseia-se na determinação de nitrogênio, geralmente, feita pelo processo de digestão Kjeldahl. Este método se baseia em três etapas: digestão, destilação e titulação. Digestão – A matéria orgânica existente na amostra e decomposta com ácido sulfúrico e um catalisador, no qual o nitrogênio é transformado em sal amoniacal; Destilação – A amônia e liberada do sal amoniacal pela reação com o hidróxido, e recebida numa solução ácida de volume e de concentração conhecidos; Titulação – Determina-se a quantidade de nitrogênio presente na amostra titulando-se o excesso do ácido utilizado na destilação com o hidróxido. Para a realização desse experimento, seguimos rigorosamente os procedimentos conforme descritos no roteiro de aulas práticas. Tabela 11 - Valor de cada amostra Branco 0,2ml Ovo 5,2ml Proteína de Soja 2,7ml Queijo Parmesão 2,7ml Tabela 12 - Cálculos das amostras Ovo Proteína de Soja %N = 5,0 x 0,02 x 1 x 14 x 100 = 0,05 %N = 2,8 Teor de Nitrogênio %N = 2,5 x 0,02 x 1 x 14 x 100 = 0,05 %N = 1,400 Teor de Nitrogênio %P = 2,8 x 6,25 = 17,50% Porcentagem do Teor de Proteína %P = 1,4 x 6,25 = 8,75% Porcentagem do Teor de Nitrogênio Queijo Parmesão %N = 2,5 x 0,02 x 1 x 14 x 100 = 0,05 16 %N = 1,400 Teor de Nitrogênio %P = 1,4 x 6,25 = 8,75% Porcentagem do Teor de Nitrogênio A proteína é importante para o crescimento, desenvolvimento e manutenção humano. Ao promover a imunidade e a prevenção de doenças, os suplementos adequados de aminoácidos são importantes para manter reservas proteicas no corpo. Neste experimento, observamos que os ovos são excelentes fontes de proteína, comparando-se à proteína de soja (8,75%) e ao queijo parmesão (8,75%), podemos afirmar que há o dobro da quantidade de proteínas no ovo (17,5%) Aula 4 – Roteiro 1 (Propriedades funcionais de proteínas) OBJETIVO: comparar o efeito de sais na C.R.A. de carnes. Para a realização desse experimento, seguimos rigorosamente os procedimentos conforme descritos no roteiro de aulas práticas. Figura 6 - Fonte Própria Amostra - Carne Moída Tabela 13 - Peso das amostras Amostra 1 – 100,400g Peso final da amostra 1 – 104,900g Carne moída com cloreto de sódio Amostra 2 – 100,390g Peso final da amostra 2 – 105,255g Carne moída com fosfato dissódico Amostra 3 – 100,110g Peso final da amostra 3 - 99,015g 17 Carne moída pura Quantidade de líquido extraído da amostra 1 – 23 mL Quantidade de líquido extraído da amostra 2 - 18,7mL Quantidade de líquido extraído da amostra 3 – 15,5mL Conclusão A água é o componente mais comum da carne e é um dos principais fatores responsáveis por suas características de suculência e maciez que podem afetar diretamente o resultado final e a percepção sensorial. Observamos que a amostra 1 com adição de cloreto de sódio resultou em carne mais firme e seca, pois mais água foi liberada no meio. Na Amostra 2, a adição de fosfato dissódico reteve a umidade e levemente a maciez da carne e a tornando a mais bonita do que na Amostra 1. A amostra 3, sem adição de ingredientes, reteve menos umidade da carne, tornando-a mais macia e com uma aparência mais bonita e avermelhada. 2 – Formação do coalho no leite. Efeito dos íons cálcio: o leite contém entre 3 - 4% de proteínas, a caseína corresponde a cerca de 85% destas, o restante é composto por lactoalbumina e lactoglobulina. A caseína pode ser obtida pela ação da renina ou pelo abaixamento do pH do leite até o PI da caseína. Sobram em solução as demais proteínas. A precipitação da caseína por renina está ligada à presença de íons cálcio e ao desdobramento da κ-caseína. OBJETIVO: observar a formação do coalho do leite e verificar o efeito dos íons cálcio em sua formação. Para a realização desse experimento, seguimos rigorosamente os procedimentos conforme descritos no roteiro de aulas práticas. 18 Figura 7 - Fonte Própria Observamos que no experimento de formação de coalho no leite, o coalho que apresentou maior viscosidade (maior firmeza) foi o que adicionou-se o cloreto de cálcio, devido a grande presença de íons cálcio que favorecem a coagulação do leite. Essa “perda” de cálcio é causada pelo aquecimento promovido pelo processo de pasteurização dediversos queijos e causa os problemas citados acima. O equilíbrio pode ser facilmente restaurado adicionando o mineral cloreto de cálcio na forma de uma solução de cloreto de cálcio a 40% m/m em um volume de 50-60 ml por 100 litros de leite. Portanto, a adição de cálcio na forma de cloreto de cálcio à solução deve ser feita no leite pasteurizado para obter um tempo de coagulação constante, resultando em uma boa massa sólida. O maior rendimento da coalhada é com a adição de cloreto de cálcio e apresenta textura firme e consistente. 3 – Glúten: a formação do glúten por associação de proteínas, presentes na farinha, é indispensável ao crescimento de massas, e a desnaturação do mesmo permite a manutenção da estrutura de massas prontas em que o CO2, produzido por agentes químicos ou biológicos, o ar e o vapor de água foram os fatores de seu crescimento. A gelatinização do amido e a presença de gorduras colaboram para a estrutura e maciez das massas prontas. OBJETIVO: preparação do glúten e o estudo de suas propriedades. Para a realização desse experimento, seguimos rigorosamente os procedimentos conforme descritos no roteiro de aulas práticas. 19 Figura 8 - Fonte Própria Tabela 14 - Características físicas das amostras depois de assadas. ADITIVO VISCOSIDADE ELASTICIDADE ALTURA COR FERMENTO QUÍMICO Menor Menor Maior Bege Escuro FERMENTO BIOlÓGICO Maior Maior Menor Bege Claro SEM ADITIVO Maior Maior Menor Bege Claro A amostra 1 ficou com maior rendimento, corada, aerada e melhor textura. A amostra 2 com adição de bissulfito de sódio não cresceu, a massa ficou mais fina e não houve maciez ficando dura. A amostra sem aditivo não aumentaram de tamanho. Conclusão. O glúten é um composto protéico (gliadina e glutenina) que pode ser encontrado em diversos tipos de grãos, como trigo, cevada e centeio. Na presença de água e esforço mecânico, as duas proteínas se combinam e se hidratam para formar o glúten. O fermento faz a massa crescer criando bolhas de dióxido de carbono que ficam presas na rede elástica do glúten. 20 Referências ALBERTI, Thaís Regina; SOARES, Thaís Louise. LEVANTAMENTO DE ANÁLISE DE IOGURTE REALIZADO PELO LABORATÓRIO PARTICULAR EM ANDRADAS–MG. Revista Faculdades do Saber, v. 8, n. 16, p. 1690-1701, 2023. BARREIROS, André Luís Bacelar Silva; BARREIROS, Marizeth Libório. CARBOIDRATOS EXPERIMENTAL. 2012 BEZERRA, V. S. Tópicos em análise de alimentos. 2003. Botham, Kathleen M., Mayes, Peter A. Lípideos de Importância Fisiológica. Em Murray, Robert K., Bender, David A., Botham, Kathleen M., Kennelly, Peter J., Rodwell, Victor W., Weil, P. Anthony (dir.), Harper Bioquímica Ilustrada. 29 ed McGRAW-HILL INTERAMERICANA EDITORES, S.A., 2012, pp. 140 -151, ISBN : 978-0-07-176576-3. CECCHI, H. M. Fundamentos Teóricos e práticos em análise de alimento, 2ª ed. Campinas, 2003; CHEL-GUERRERO, L.; PÉREZ-FLORES, V.;BETANCUR-ANCONA, D.; DÁVILA- ORTIZ, G. Functional properties of flours and protein isolates from Phaseolus lunatus and Canavalia ensiformis seeds. Journal of Agricultural and Food Chemistry, Easton, v. 50, n.3, p.584-591, 2002. DOS SANTOS, Gleyson Moura et al. Determinação do índice de acidez em óleos de soja comercializados em supermercados varejistas. Revista Ciência e Saúde On-line, v. 2, n. 2, 2017. INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Normas analíticas do instituto Adolfo Lutz, 3ª ed. São Paulo, 1985. KEENEY D.R., BREMNER J.M. Use of the Coleman model 29 A analyser for total nitrogen analysis of soils. Soil Science, v.104 (5), p. 358-363, 1967. RODRIGUES, Ruben Cassel. Métodos de análises bromatológicas de alimentos: métodos físicos, químicos e bromatológicos. 2010. PASCUET, N.S.; TIGLEA, P; ZANEBON, O. Métodos físico-químicos para análise de alimentos- 4ª edição. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008. MELO, M.A.M.F. Avaliação das propriedades de óleos vegetais visando rodução de biodiesel. João Pessoa: Dissertação de mestrado de ciências exatas e da natureza UFP, 2010. YASUHARA T., NOKIHARA K. High-throughput analysis of total nitrogen content that replaces the classic Kjeldahl method. Journal of agricultural and food chemistry, v.49, p.4581-4583, 2001.
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