Buscar

Cólera e Aspergilose Aviária

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Cólera Aviária 
Pasteurella Multocida 
Doença contagiosa, septicêmica. Ocorrem surtos de 
alta morbidade e mortalidade. Também ocorre casos 
crônicos sem sintomas. *Também causa septicemia 
hemorrágica em bovinos, pneumonia enzoótica e 
rinite atrófica em suínos. 
Microbiologia: Gram negativa, cocobacilar, não 
móvel, sensível à penicilina. 
Epidemiologia: doença de distribuição mundial. 
Os perus são mais susceptíveis, principalmente 
entre 16 e 40 semanas de idade. A maior mortalidade 
ocorre no período de produção das aves. A C.A 
ocorre com maior frequência durante as estações com 
temperaturas mais baixas. 
Patogênese: A Pasteurella Multocida habita as 
vias aéreas (inferior) de animais saudáveis e pode 
ser mantida na região da orofaringe sem causar 
doenças em hospedeiros imunocompetentes por longos 
períodos. Por outro lado, o desequilíbrio da 
relação entre hospedeiro e bactéria pode levar ao 
desenvolvimento da Cólera Aviária. Falhas de manejo 
como alimentação deficiente, sobrecarga fisiológica 
e infestação parasitária pode levar ao aparecimento 
da CA. 
As cepas de P. Multocida se multiplicam nos órgãos 
atingidos e causam lesões localizadas de necrose. A 
persistência da bactéria no local de infecção, 
assim como a migração para outros sítios, depende 
das características do tecido e da resposta imune 
do hospedeiro. A presença de estruturas como a 
cápsula e o lipopolissacarídeo (LPS) confere 
resistência bacteriana ao sistema imune da ave. 
Sinais clínicos: Anorexia, cianose, estertores, 
descargas nasais e diarreia aquosa ou verde-
mucoide. 
• Hiperaguda: encontradas mortas antes de 
aparecerem os primeiros sinais. 
• Aguda: descarga de muco pelo bico, tosse e 
diarreia. 
• Crônica: barbelas edemaciadas. 
*Em casos agudos deve ser diferenciada de casos 
suspeitos de envenenamento, Influenza Aviária e 
Doença de Newcastle. 
Diagnóstico: histórico clínico e sintomatologia, 
isolamento do agente (coleta de fígado, medula 
óssea, sangue, fragmentos de cérebro). 
Controle: Vacinação, medidas de biosseguridade, 
controle de roedores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aspergilose 
Aspergillus flavus e Aspergillus fumigatus 
Enfermidade fúngica, infecciosa, localizada ou 
disseminada. Papel importante em doenças 
respiratórias. 
 
Microbiologia: Ubiquitário (se adapta a qualquer 
meio) no solo, vegetais em decomposição e grãos de 
alimentos. Resistente a condições ambientais. 
Epidemiologia: Todas aves, jovens (até 10 dias forma 
aguda e 3 a 4 semanas forma crônica). Mais comum em 
criações em confinamento, sob estresse e disseminação 
mundial. 
Patogênese: a apresentação da forma clínica da 
aspergilose é respiratória, sendo a fonte infectante os 
conídios de Aspergillus, que penetram por via aérea. Aves 
imunodeprimidas, manejo inadequado favorecem a 
contaminação pelo Aspergillus. 
A infecção geralmente é dividida em sistêmica ou 
localizada. O início, na maioria dos casos é localizado, 
como no trato respiratório inferior e mais tarde avança 
para outros sistemas. A siringe (faringe inferior 
existente na extremidade inferior da traqueia da maior 
parte das aves), os sacos aéreos torácicos caudais e os 
sacos aéreos abdominais constituem os locais mais 
comumente afetados. É bom salientar que a própria 
anatomia do trato respiratório das aves (“siringe 
estreita´´) predispõe ao bloqueio de certos debris. A 
pele, músculos, trato gastrintestinal, fígado, rins, 
olhos e cérebro também podem ser acometidos. 
Sinais clínicos: 
Forma aguda: surtos severos em aves jovens, de alta 
morbidade e mortalidade, podendo chegar a 50%. Apresenta 
rápida progressão geralmente culminando com morte súbita. 
Forma crônica: aves adultas, sendo sua incidência não 
significativa, mas causadora de perdas econômicas. Forma 
clássica da enfermidade apresentando um curso clínico 
mais prolongado, de semanas a meses, sendo induzida por 
condições de imunossupressão do indivíduo. 
Sonolência e inapetência, dispneia e depressão. Paresia 
posterior e fraqueza podem estar presentes. Dispneia ou 
alteração vocal pode constituir os primeiros sinais de 
infecções siringeanas ou traqueais, além de que muitos 
podem morrer. 
Inicia no TRI e pode avançar para outros sistemas. Em 
infecções recentes, as lesões surgirão como pequenos 
nódulos caseosos esbranquiçados nos pulmões ou nos sacos 
aéreos torácicos e abdominais e ocasionalmente em outros 
órgãos. Entretanto além de afetar o sistema pulmonar, a 
aspergilose também pode causar dermatite, osteomicose, 
oftalmite e encefalite. 
Diagnóstico: difícil por demorar para aparecer os 
primeiros sinais. Geralmente o diagnóstico vem pós-morte. 
Meio de cultura ou histopatológico. 
Controle: utilização de cama de procedência conhecida, 
desinfecção adequada de equipamentos de toda cadeia 
aviária (desde incubatório até o campo).

Continue navegando