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A Importância do Lúdico na Educação Infantil
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A Importância do Lúdico na Educação Infantil
Brincar. Uma questão de hábito ou uma necessidade?
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogo.
Orientador: Prof.ª.Okçana Battini e Natália Gomes dos Santos
: 
RESUMO
 Este projeto tem como tema a Importância do Lúdico na Educação Infantil, à linha de pesquisa ressalta como os educadores estabelecem e conduzem tal metodologia com seus alunos, como ferramenta de ensino e aprimoramento da aprendizagem.
 É possível dizer que o lúdico é uma ferramenta pedagógica que os professores podem utilizar em sala de aula como técnicas metodológicas na aprendizagem, visto que através da ludicidade os alunos poderão aprender de forma mais prazerosa, concreta e, consequentemente mais significativa, culminando em uma educação de qualidade. Com o objetivo de compreender a importância do ensino lúdico e o uso das brincadeiras e jogos na aprendizagem infantil discutindo a aplicabilidade do lúdico no cotidiano escolar e as dificuldades de implantação. Brincando a criança se desenvolve melhorando suas habilidades motoras, sociais e intelectuais. Brincadeira proporciona prazer e faz com que a criança assimile melhor o conteúdo.
A aplicabilidade do ensino lúdico é lenta, pois falta didática especifica na formação dos professores e incentivos muitas vezes por parte da coordenação escolar. A falta de planejamento de um projeto organizado para aliar jogos e brincadeiras ao conteúdo teórico, pois sem este projeto cabe ao professor toda a carga de planejar atividades atrativas que facilitem o aprendizado dos conteúdos teóricos pelos alunos. Os jogos educativos mostram a importância do lúdico para o desenvolvimento infantil e contribui para a aquisição de conhecimento da criança.
Palavras-chave: Lúdico. Jogos. Brincadeiras. Aprendizagem infantil.
SUMÁRIO
1 Introdução....................................................................................................3
2 Revisão Bibliográfica ...................................04,05,06,07,08,09,10,11,12,13
3 Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino................................14
3.1 Tema e linha de pesquisa.......................................................................14
3.2 Justificativa..............................................................................................14
3.3 Problematização.......................................................................................14
3.4 Objetivos..................................................................................................14
3.5 Conteúdos...............................................................................................15
3.6 Processos de desenvolvimento................................................................15
3.7 Tempos para a realização do projeto.......................................................16
3.8 Recursos humanos e materiais.................................................................16
3.9 Avaliação...................................................................................................17
4. Considerações Finais............................................................................18,19
5. Referências............................................................................................20,21
INTRODUÇÃO
Ensinar é de fato uma tarefa que a cada dia exige mais atenção, pois é importante promover condições necessárias para o educando permanecer com o desejo, motivação, enfim que queira aprender.
O presente projeto abordará sobre a Importância do Lúdico da Educação Infantil, pois o lúdico faz com que a criança aprenda a conviver com o grupo e com ela mesma, reforçando as habilidades sociais, enfrentando os obstáculos, os ganhos e as perdas. Através das brincadeiras lúdicas a criança adquire uma boa saúde física, intelectual e emocional, fazendo com que se tornem adultos responsáveis e de boa conduta, pois se passa anos e ficam presentes na memória e nas lembranças, fazendo parte da história marcando as épocas da vida da criança.
Mas será que os educadores estão preparados para lidar com o ensino lúdico? É de responsabilidade de o professor proporcionar o lúdico no momento das aulas, para que os alunos aprendam de uma maneira mais prazerosa e que os resultados sejam de melhor qualidade.
A referente pesquisa trata-se do lúdico na aprendizagem de crianças da Educação Infantil e teve o objetivo de compreender o ensino lúdico e o uso de brincadeiras no processo da aprendizagem; abordou-se a importância do lúdico na aprendizagem e na formação do professor, no cotidiano escolar, nos pontos fortes e fracos da aplicabilidade do ensino lúdico e verificou-se como a ludicidade interfere na assimilação de conhecimentos do dia a dia e no contexto escolar.
A brincadeira lúdica nas escolas ainda não ocupa um lugar de destaque, mas é um importante meio de aprendizagem, uma vez que renomados autores, entre eles Haetinger, Vygotsky, Kishimoto e Piaget, comprovam que o lúdico é uma estratégia positiva para a aprendizagem infantil, pois enquanto a criança se desenvolve e se socializa, descobrindo, assim, seu papel na sociedade.
A criança como todo ser humano é um social e histórico que nasce com capacidades cognitivas, afetivas e sociais, possuem uma natureza singular, tem desejos de estarem próximas às pessoas e é apta para interagir e aprender com elas. Sua singularidade as caracteriza como um ser ativo e real, na qual amplia constantemente suas relações sociais, interações e formas de comunicação.
Nesse sentido o lúdico na Educação Infantil aponta o desafio de compreender a riqueza do mundo infantil. Isso requer a expansão sobre as concepções de criança, onde todas as entendam em suas originais, peculiares e múltiplas linguagens.
Com isso o educador que atua na área da Educação Infantil, deve ampliar sua identidade de cuidadores do desenvolvimento das mesmas, sabendo que desafio é grande, conhecendo e entendendo as crianças como seres únicos, que sentem, pensam, criam, imaginam o mundo de seu jeito próprio, que tem vontade de aprender e descobrir novidades, com uma grande capacidade de se comunicar, de indagar e de buscar compreender as coisas do mundo que as cercam.
Revisão Bibliográfica
2.1 O LÚDICO NO COTIDIANO ESCOLAR
A infância é uma das fases na qual a criança está começando a desenvolver suas habilidades e potencialidades. Portanto, torna-se importante proporcionar-lhes momentos prazerosos e educativos, envolvendo brincadeiras, jogos, brinquedos, contação de histórias, faz-de-conta, fazendo com que ela sinta-se livre para que possa usar a imaginação. 
O brincar se manifesta na vida humana desde o nascimento até a vida adulta. Jogar ou brincar são fundamentais na interação do homem com seu meio e com as demais pessoas que participam do mesmo. Desde o nascimento, com as primeiras interações com a mãe, a criança já manifesta a necessidade do brincar.
 De acordo com Vygotsky (2003) no o início do desenvolvimento infantil, o adulto aparece como o mediador entre a criança e o mundo a sua volta, ajudando-o a estabelecer relações e experiências afetivas, motoras e cognitivas. Essas relações se dão principalmente através do brincar, ato pelo qual a criança experiência situações lúdicas ainda não vividas por ela, desenvolvendo-se. 
O brincar favorece a imaginação, desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da criatividade e da concentração. É através das atividades lúdicas, dos jogos e brincadeiras que se dá o contato físico e significativo com outros colegas, desta forma é impossível pensar a aprendizagem social e afetiva sem esse convívio, essa interação com o outro, que torna a aprendizagem espontânea e propiciamomentos de significativas experiências de vida.
 Assim, torna-se importante pensar, como o Lúdico pode auxiliar na inclusão e aprendizagem dos alunos com Necessidades Educativas Especiais? Objetiva-se com este questionamento verificar a importância do lúdico na sala de aula, observar como o brincar auxilia no processo de inclusão e identificar jogos e brincadeiras que auxiliem no processo de inclusão e alfabetização.
O “brincar” ocupa um importante espaço na infância e no desenvolvimento infantil. São brincando que a criança conhece a si mesma, seus desejos, limitações e aprende a comunicar-se com o mundo. 
Desta forma, como pensar a escola e principalmente a escola inclusiva sem o “brincar”? Como inserir a criança nesse mundo escolar, diferente? O brincar possui a magia de tornar a escola um local onde o conhecimento pode ser adquirido de uma forma agradável e criativa e na qual as relações afetivas e sociais ajudam na construção da identidade, personalidade e a nos formarmos como cidadãos. Assim, cabe à escola facilitar a aprendizagem e a inclusão, utilizando atividades lúdicas que criem um ambiente alegre, afetivo e familiar no qual as relações humanas e a individualidade de cada um sejam respeitadas. Conforme Moreira e Guidetti:
(...) o lúdico tem o poder de incentivar tanto o progresso da personalidade integral quanto de cada uma das funções psicológicas, intelectuais e morais do educando. No mundo escolar tudo é novo e desafiador. Nesse ambiente totalmente desconhecido, o lúdico exerce o papel de mediador e facilitador da aprendizagem (...). (2005, pag. 221)
É também através do brincar que as crianças criam laços sociais com seus companheiros de jogo, resinificando o mundo a sua volta, criando regras, normas e aprendendo a viver e conviver socialmente, aprendendo a vivenciar limites. Essa relação expressa no brincar permite que a criança mostre seu mundo, seu modo de vida e ao mesmo tempo vivencie e conheça o mundo do outro, podendo resinificar suas experiências. Conforme Fortuna:
A brincadeira é uma atividade paradoxal: a uma só tempo conservadora e transformadora, assim como reforça relações, concepções de mundo, modos de conhecer e viver, também os cria e recria. Vem daí seu potencial revolucionário, mesmo quando se tenta confiná-la, ordená-la, dominá-la. Rebelde, ela resiste à didatização, mostrando-se tanto mais encantadora e encantada quanto mais livre e espontânea. (2008, pag. 465)
O ato de brincar conduz a imaginação, a fantasia, criatividade, criticidade e a uma porção de vantagens que ajudam a modelar nossas vidas como saber que as crianças não aprendem apenas quando os adultos têm a intenção de ensinar. De acordo com Fortuna, “como brincar associa pensamento e ação, é comunicação e expressão, transforma e se transforma continuamente, é um meio de aprender a viver e de proclamar a vida” (2008, p. 465). 
A utilização de estratégias educativas criativas na abordagem dos conteúdos estimula a fantasia, ou seja, a arte que possibilita o êxtase, a superação de limites, momentos de prazer e felicidade. 
As ações do educador junto à criança devem buscar através de alternativas metodológicas lúdicas sua ampla participação e envolvimento no processo educativo gerando questionamentos, inquietações, descobertas, explorando suas potencialidades e seu desenvolvimento pessoal e social na prática de atividades de seu cotidiano que representam a busca de uma aprendizagem significativa e de qualidade. 
Mais do que uma conquista cognitiva, o brincar, envolve emoções e afetividade entre as pessoas, conforme Winiccott:
É no brincar, e somente no brincar, que o indivíduo, a criança ou adulto pode ser criativo e usar sua personalidade integral: e é somente sendo criativo que o indivíduo descobre o eu. (WINICCOTT, 1975)
A criança desde muito pequena é impulsionada pela vontade, nunca para, está o tempo todo brincando, agindo, transformando. O ato de brincar fortalece a vontade, e são as brincadeiras saudáveis que nos capacitam, quando adultos para uma atuação positiva no mundo, como explica Fortuna,
No mundo do faz-de-conta outro senso de realidade é experimentado, impulsionando a confiança na possibilidade de transformação da realidade marcada por novo imaginário, novos princípios e novos valores gerados na solidariedade, ousadia e autonomia que as atividades lúdicas podem contemplar. (FORTUNA, 2008, pág. 461)
É brincando que a criança descobre o mundo, vivencia o meio e a brincadeira é encarada muitas vezes como a linguagem da criança. A escola hoje em dia se concentra na aprendizagem precoce de conteúdos curriculares, seja na compreensão da matemática, no treino para a escrita, nas sequências lógicas, do pensamento, esquecendo-se que as crianças são indivíduos racionais, que tem sentimentos e que agem, bem como, que o lúdico pode auxiliar de forma significativa na aprendizagem desses mesmos conteúdos, os quais, normalmente são trabalhados de forma tradicional, em sala de aula, com os alunos enfileirados copiando o que a professora ou professor escreve no quadro. 
Embora brincar seja um comportamento espontâneo da criança, o adulto deve criar momentos que estimulem à brincadeira e esse papel também é da escola, haja vista todas as pesquisas que mostram o potencial do lúdico no que tange a aprendizagem e desenvolvimento da criança. Conforme Oliveira (2006), para Piaget o jogo está intimamente ligado ao desenvolvimento da criança, é através do jogo que a criança se apropria da realidade a sua volta.
Além disso, observamos que o papel ativo da criança nas brincadeiras proporciona um leque de encontro com a alegria, a solidariedade, a união, a criação, a satisfação e também a frustração. O brincar não só proporciona momentos que agradam a criança, pois existem conflitos entre elas e decepções por não conseguirem realizar o que desejavam, porém esses momentos são logo substituídos por outras ações lúdicas que tentam superar a anterior, pois o prazer da brincadeira acaba sendo maior. 
Conforme Fortuna (2000), as crianças ao brincar interagem com a realidade, com elas mesmas e, ao mesmo tempo levantam hipóteses de renovar e modificar as regras das brincadeiras. Isso pode acontecer em grupo ou sozinha, pois o brincar não quer dizer necessariamente com o outro. 
Nas diversas formas de brincar que a criança encontra para expressar os seus saberes, sejam eles adquiridos na interação com o adulto ou entre as próprias crianças, é que a cultura infantil se constitui.
As diferentes formas de viver na sociedade possibilitam vários conhecimentos culturais, pois estes são múltiplos e passam a ser inseridos no cotidiano de cada um de forma a adaptar-se em cada meio social. A criança não fica imune ao que a rodeia, e a partir do brincar, que se inserem características individuais, ou seja, seu jeito particular de atuar nas brincadeiras, com suas preferências, escolhas, decisões e as diversas possibilidades de brincar que encontra na interação com o outro, “na brincadeira somos exatamente quem somos e, ao mesmo tempo, todas as possibilidades de ser estão nela contidas. Ao brincar exercemos o direito à diferença e a sermos aceitos mesmo diferentes ou aceitos por isso mesmo” (FORTUNA, 2008, pág. 465).
 Ao brincar a criança coloca em prática as vivências de seu cotidiano como também tem contato com outras informações através da relação com o outro, dando um sentido próprio que seja interessante para ela, produzindo desta forma uma cultura infantil. O brincar sendo constituído espontaneamente ou com regras deve constituir as características de liberdade, prazer e diversão, onde a criança possa adentrar nas brincadeiras de forma participativa usufruindo de novas vivências e experiências.
 O lúdico traz consigo um grande leque de opções, que deve ser explorado pelo educador como caráter de jogo, fantasia, com o prazer de brincar, fator de interação, socializando os alunos, resgatando brincadeiras e garantindo à criança o direito à brincadeira e à infância. 
A brincadeira pode ser entendida como uma linguageminfantil onde a criança transforma e cria com os materiais que tem a sua disposição, atribuindo-lhe um novo significado. Interage com experiências já vividas e consequentemente adquirem outras. O brincar proporciona desafios que são confrontados, ampliando a sua imaginação. Conforme SOARES,
O jogo é um estímulo tanto para o desenvolvimento do intelecto da criança quanto para a sua relação interpessoal, fundamental para o processo de aprendizagem infantil. Assim sendo, quando jogam ou criam seus próprios jogos, as crianças terão uma compreensão maior de como o mundo funciona e de como poderão lidar com ele à sua maneira. (SOARES, pág. 3)
Assim a importância do brincar no processo de inclusão se dá a partir do momento que a criança ‘brincando’ consegue manifestar seus saberes e sentimentos através de diferentes linguagens, sendo compreendida e aceita pelos seus diferentes companheiros de brincar, que também terão uma linguagem própria em busca de aceitação. Desta forma,
[…] o jogo possui grande relevância em função de viabilizar condições para o aprendizado e entre estas se destaca um aspecto fundamental que é a socialização, onde através das quais os indivíduos constroem seu leque de conhecimentos medianizadas pelas relações que estabelecem com o meio. (SOARES, pág. 3)
Ao evidenciar atividades interativas e interessantes para as crianças, deixasse de lado atividades pouco criativas e maçantes que permeiam o ambiente escolar, deixando este espaço mais atrativo e agradável para que a criança sinta-se acolhida e queira fazer parte do mesmo. Assim o brincar assume o papel estimulador, promovendo o desenvolvimento de hipóteses, habilidades e interação social, sendo também uma possibilidade de superação das dificuldades de aprendizagem.
Segundo Vygotsky (2003), os fatores biológicos (funções psicológicas elementares) são predominantes sobre os sociais (funções psicológicas superiores, as quais diferenciam o homem de outros animais) no início do desenvolvimento humano. Assim a integração social torna-se fator fundamental para o desenvolvimento do pensamento. Considerando esta teoria, o jogo será o elemento socializador essencial para o desenvolvimento humano, onde a criança será introduzida no mundo adulto pelo jogo e sua imaginação, construindo e expandindo novas habilidades conceituais e novas experiências. Segundo SOUZA, “É através do lúdico que a criança consegue relacionar-se com seu próprio corpo, com o outro e com o mundo, onde o imaginário se transforma em real, provocando-lhe uma sensação de poder e domínio sobre o mundo” (1996, p. 341). 
Daí a importância do jogo na sala de aula, por promover a aprendizagem, seja ela formal ou informal, já que o jogo, o brincar e a brincadeira acontecem tanto dentro da sala de aula como em outros espaços como a rua, o parque, a casa, etc. Sendo a atividade lúdica tão importante nos diferentes espaços frequentados pela criança, como a rua, o parque, a casa, etc. “faz-se necessário redimensioná-la no processo educativo, para possibilitar à criança um espaço de aprendizagens significativo, atraente e o mais próximo possível de sua realidade” (Souza, 1996, p 339).
O lúdico na escola não pressupõe apenas objetivos cognitivos, mas uma série de capacidades e aptidões que conforme Haetinger são: “respeitar limites (...); socializar (...); criar e explorar a criatividade (...); interagir (...); aprender a pesquisar” (HAETINGER, 2009, p. 9). O lúdico deve valorizar todo o potencial da criança, ajudando-a a desenvolver-se afetivamente e cognitivamente, valorizando assim, o movimento, as relações, a solidariedade, a autogestão, emancipando-a como ser humano, pensante, dono de uma identidade única em constante relação com o outro, criando e transformando o mundo ao seu redor.
 O uso do lúdico em sala de aula deve ter por objetivo estimular o crescimento, o desenvolvimento cognitivo, afetivo e social e não apenas promover a competição entre os alunos levando-os a derrotas e vitórias, ou conforme Antunes, “todo jogo pode ser usado para muitas crianças, mas sobre a inteligência será sempre pessoal e impossível de ser generalizada.” (ANTUNES, 1998).
 Quando nos propomos a desenvolver atividades lúdicas, como o brincar, jogos, músicas, entre outros, precisamos ter objetivos claros de onde queremos chegar e que conteúdos e habilidades pretenderam desenvolver. Assim o planejamento é essencial, prevendo material, duração dos jogos e atividades, espaços necessários e estágios de desenvolvimento dos nossos alunos. O professor deve atuar como investigador, observando as reações, relações e descobertas de seus alunos durante a atividade lúdica. Conforme SOARES:
…é preciso que o educador, além da prática tenha também uma base teórica para que possa se sustentar na aplicação do lúdico, pois na prática pedagógica é sempre importante utilizar um recurso didático com uma explicação científica comprovando sua eficácia empírica. (pág. 16)
A intervenção do educador também é de suma importância, onde o mesmo será o mediador, responsável em proporcionar desafios e estimular a reflexão, ajudando o aluno a expressar as suas ideias e estruturar novos conhecimentos, possibilitando ao aluno “descobrir, vivenciar, modificar e recriar regras” (HAETINGER, 2009, p. 8).
Sendo a ludicidade uma necessidade do ser humano, o professor não deve apenas entender a utilização do lúdico em sala de aula como mera diversão, mas como um facilitador da aprendizagem, do desenvolvimento pessoal, social e cultural, contribuindo assim, para a construção de conhecimentos, para a socialização, comunicação e expressão plena dos alunos.
[…] o jogo, compreendido sob a ótica do brinquedo e da criatividade, deverá encontrar maior espaço para ser entendido como importante instrumento no processo educacional, na medida em que os professores compreenderem melhor toda a sua capacidade potencial de contribuir para com o desenvolvimento da criança. (SOARES, p. 16)
O professor deve ter consciência de que os jogos auxiliam na educação integral do indivíduo, pois proporcionam além da investigação e problematização das práticas culturais do seu cotidiano, uma reflexão sócio histórica de sua cultura. O jogo pode trazer informações fundamentais a respeito da criança, suas formas de pensar e agir. Observando esses aspectos o professor terá subsídios para mediar às relações dessa criança com seus colegas, para ajudá-lo em seu desenvolvimento físico-motor, linguístico, cognitivo e moral.
3. Processo de Desenvolvimento do Projeto de Ensino
3.1 Tema e linha de pesquisa
Tema: Importância do Lúdico da Educação Infantil, linha de pesquisa Um desafio em sala de aula: como enfrentar a falta de desejo de aprender?
Alunos apáticos desmotivados fazem com que o professor repense seus métodos e que fique frustrado por não atingir seus objetivos, este projeto é de grande importância para que nós educadores possamos adquirir um conhecimento a respeito de tal temática.
3.2 Justificativa
O trabalho sobre o lúdico na Educação Infantil objetiva investigar como as atividades lúdicas contribuem para o desenvolvimento da aprendizagem. A atividade lúdica desenvolve na criança várias habilidades como a atenção, memorização, imaginação, enfim, todos os aspectos básicos para o processo da aprendizagem, que está em formação.
Sendo a educação infantil a base da formação sócio educacional de todo cidadão, o lúdico se constitui num recurso pedagógico eficaz que envolve o aluno nas atividades, permitindo a criança se desenvolver cognitivamente.
Valorizando o trabalho com jogos e brinquedos, os professores terão uma ferramenta indispensável para o trabalho cotidiano na aprendizagem de seus alunos.
3.3 Problematização
Sabendo-se da grande importância funcional do brinquedo ou da ludicidade na aquisição ou aprimoramento do desenvolvimento psicomotor das crianças, como brincadeiras saudáveis do dia a dia das mesmas, por que as brincadeiras não podem ser inseridas no contexto escolar de forma bem organizada para auxilia-las no processo ensino aprendizagem?Como está sendo desenvolvida a criatividade lúdica no processo ensino aprendizagem na escola?
3.4 Objetivos
- Desenvolver a socialização, a criatividade e o raciocínio.
- Conhecer regras e normas.
-Estimular o potencial lúdico das crianças.
3.5 Conteúdos
- Apresentação
- Canção e reflexão sobre a letra
- Exibição de filme 
-Opinião sobre manchete de jornal
-Redação
- Entrevista com Psicopedagoga 
3.6 Processos de desenvolvimento
O projeto será desenvolvido com uma turma de terceiro ano durante uma semana com duração de 4h para cada dia da semana. No primeiro dia a professora irá se apresentar e irá conversar e debater com os alunos a respeito do tema. 
-Através da canção Tempos Modernos trabalhar com os alunos perspectivas no futuro.
-Assistir ao filme “Escola do Rock” no qual se trata de um filme fantástico que mostra a importância dos diversos valores, a importância de acreditar nos sonhos que se almeja alcançar. Após realizar grupos para debaterem a respeito do filme.
- A professora irá trazer cópias de uma reportagem de jornal A gazeta sobre o assunto “O desejo de ensinar e a arte de aprender”, visando com que os alunos possam em grupo lerem a reportagem e assim realizar uma opinião e expor aos demais colegas.
-Cada aluno irá elaborar uma produção textual sobre “onde se esconde o seu desejo em aprender? Pois como diz Freire, os textos precisam ser um desafio para que os mesmos possam disso penetrar em sua compreensão”.
-A professora irá convidar um profissional da área para que o mesmo possa através de dialogo ser entrevistado pelos alunos a respeito do tema “A escola da Vida”.
3.7 Tempos para a realização do projeto
	
	Seg.
4h/
	Ter
4h/
	Quar
4h/
	Quin
4h/
	Sex
4h/
	Apresentação
Canção e reflexão sobre a letra
	
 X
	
	
	
	
	Exibição de filme
	
	
 x
	
	
	
	Opinião sobre manchete de jornal
	
	
	
X
	
	
	Produção Textual
	
	
	
	 X
	
	Entrevista com Psicopedagoga 
	
	
	
	
	
 X
3.8 Recursos humanos e materiais
-Som 
-DVD
-Filme
-Jornal Cópias 
-Projetor de multimídia 
-Microfone 
-Profissional Psicopedagoga 
3.9 Avaliação
Será avaliado como foi a participação dos alunos diante das atividades propostas pelo projeto percebendo se o mesmo foi satisfatório e significativo para com a educação dos mesmos.
4. Considerações finais
Só tenho a agradecer a Unopar pela oportunidade de estudar nesta modalidade EAD, que foi significativa para o meu crescimento na minha futura profissão estou muito satisfeita por tudo e cada dia que passo mais eu penso no dia em que irei receber meu Diploma e me tornar PEDAGOGA.
REFERÊNCIAS
HAETINGER, Max; HAETINGER, Daniela. Jogos, Recreação e lazer. IESDE: São
Paulo, 2009.
OLIVEIRA, Eunice Eichelberger de. Piaget, Vygotsky e Winnicott: relação com
jogo infantil e sua aplicação na área da psicopedagogia. Disponível em:
http://www.abpp.com.br/artigos/61.htm. Acesso em: 14.05.2012.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
SOARES, Jiane Martins. A Importância do Lúdico na Alfabetização Infantil.
Disponível em: http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1869.
Acesso em: 14.05.2012.
SOUZA, Edson Roberto. O lúdico como possibilidade de inclusão no Ensino
Fundamental. Disponível em: http://www.periodicos.ufsc.br/index. php/motrivivencia/
article/view/5856. Universidade Federal de Santa Catarina. Revista de Educação
Física, Esporte e Lazer. Acesso em: 14/05/2012.
VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
WINNICOTT D. W. O Brincar e a Realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.

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