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Questões sobre Doutrina

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Prévia do material em texto

Questões sobre Doutrina 2 
 
Sumário 
 
Contra-Capa 
Opiniões 
Prefácio à Edição Anotada 
Introdução Histórica e Teológica à Edição Anotada 
Introdução à Edição Original 
Crenças Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia 
 
I. Questões Preliminares 
1. Doutrinas que Temos em Comum com Outros Cristãos 
2. A Bíblia, Única Regra de Fé e Prática 
3. A Relação dos Adventistas com as Posições do Passado 
 
II. Perguntas Sobre Cristo 
4. A Divindade e a Preexistência Eterna de Cristo 
5. A Divindade de Cristo e os Membros da Igreja 
6. A Encarnação e o "Filho do Homem" 
7. A Ressurreição Corpórea de Cristo 
8. Cristo e o Arcanjo Miguel 
 
III. Perguntas Sobre Ellen White 
9. A Relação Entre os Escritos de Ellen White e a Bíblia 
 
IV. Perguntas Sobre a Lei e o Legalismo 
10. Cristo: o Centro da Mensagem Adventista 
11. Base e Frutificação da Experiência Cristã 
12. Os Dez Mandamentos: a Norma Divina de Conduta 
13. Distinção Entre o Decálogo e a Lei Cerimonial 
14. O Relacionamento da Graça com a Lei e as Obras 
 
V. Perguntas Sobre o Sábado, o Domingo e o Sinal da Besta 
Questões sobre Doutrina 3 
 
15. O Fundamento da Observância Sabática 
16. O Sábado e a Lei Moral 
17. A Observância do Sábado: Um Critério Válido 
18. O Conceito Histórico do Sinal da Besta 
19. Quando se Receberá o Sinal da Besta? 
20. Quem Constitui a Igreja Remanescente? 
21. Quem Constitui Babilônia? 
 
VI. Perguntas Sobre Profecia 
22. Princípios Básicos de Interpretação Profética 
23. A Preeminência de Cristo em Daniel 8 e 9 
24. Problemas Concernentes a Daniel 8 
25. As Setenta Semanas de Daniel 9 e os 2.300 Dias de Daniel 
26. A Septuagésima Semana de Daniel 9 e a Teoria do Intervalo 
27. O Término dos 2.300 Dias-Anos em 1844 
28.Antíoco Epifânio e as Especificações Proféticas de Daniel 
 
VII. Perguntas Sobre Cristo e Seu Ministério no Santuário 
29. Um Conceito Mais Amplo a Respeito da Expiação 
30. Expiação Sacrifical Provida e Aplicada 
31. Salvação Prefigurada no Ritual do Santuário 
32.O Santuário Celestial: Conceito Figurado ou Literal? 
33. O Ministério de Cristo Como Sumo Sacerdote 
34. O Significado de Azazel 
35. O Procedimento com o Bode Emissário 
36. O Juízo Investigativo no Cenário do Conceito Arminiano 
 
VIII. Perguntas Sobre o Segundo Advento e o Milênio 
37. A Segunda Vinda de Cristo 
38. Vários Conceitos Sobre o Milênio 
39. A Compreensão Adventista do Milênio 
 
IX. Perguntas Sobre a Imortalidade 
40. Imortalidade Inata ou Condicional? 
41. O Estado do Homem na Morte 
42. O Castigo dos ímpios 
Questões sobre Doutrina 4 
 
43. O Rico e Lázaro 
44. Campeões da Imortalidade Condicional 
 
X. Perguntas Diversas 
45. O Propósito da Expressão "Evangelho Eterno" 
46. Satanás, Demônios e Anjos 
47. A Questão dos Alimentos Impuros 
48. Os Adventistas e o Programa das Missões Mundiais 
 
XI. Apêndices 
A. O Lugar de Cristo na Divindade 
B. A Natureza de Cristo Durante a Encarnação 
C. A Expiação 
 
Literatura Adventista 
 
Índice Geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questões sobre Doutrina 5 
 
 
 
Contra-capa 
 
 QUESTÕES SOBRE DOUTRINA é o produto de uma série 
de reuniões e diálogos entre alguns porta-vozes adventistas e uns 
poucos líderes protestantes. O livro foi escrito para apresentar uma 
visão mais clara sobre os ensinos adventistas para o mundo 
evangélico. Na época, muitos evangélicos consideravam a Igreja 
Adventista apenas uma seita. 
 
 O objetivo, em grande parte, foi alcançado. Walter Martin, um dos 
interlocutores, considerava um dos pontos altos de sua carreira o fato 
de ajudar o público evangélico a ver os adventistas com outros olhos. 
Além disso, a publicação do livro motivou a Igreja Adventista a refinar 
sua teologia em vários aspectos. 
 
 Ironicamente, porém, o livro que deveria aproximar a Igreja 
Adventista e a comunidade evangélica acabou gerando muitos 
debates dentro da própria igreja. O historiador George Knight o 
classificou como "o livro mais divisivo" na história do adventismo e um 
símbolo da tensão na teologia adventista. 
 
 Embora o livro tenha tido grande aceitação dentro e fora da igreja, 
nunca havia sido publicado em forma de livro no Brasil. Agora, com o 
lançamento desta edição anotada, o público de fala portuguesa tem a 
oportunidade de conhecer esta obra-prima da apologia adventista de 
forma mais acessível. 
 
 
 
 
 
 
 
Questões sobre Doutrina 6 
 
Opiniões 
"Há muitas coisas boas no livro que podem servir de ajuda real para 
muitos; e alguns podem pensar que rejeito tudo, quando a minha 
preocupação é somente com a seção sobre a expiação, que é totalmente 
inaceitável e deve ser revogada." 
M. L. Andreasen, "The Atonement", 4 de novembro de 1957 
 
"Meu desapontamento [...] foi muito grande quando descobri que 
não houve mudança essencial na posição histórica dos adventistas. [...] O 
volume não é um repúdio dos adventistas do sétimo dia a nenhum de 
seus pontos de vista anteriores, mas uma reafirmação deles." 
M. R. DeHaan, The King's Business, março de 1958 
 
"O ponto de especial interesse é o testemunho [de DeHaan] de que 
o livro não representa nenhuma mudança na doutrina adventista. [...] O 
que aparentemente confundiu alguns foi o fato de se evitar certa 
fraseologia adventista e de se usar a 'terminologia atualmente empregada 
nos círculos teológicos'. Ao longo dos anos, os adventistas desenvolve-
ram um vocabulário próprio que diz muito para eles, mas nem sempre 
comunica aos não-adventistas as ideias pretendidas. O livro busca 
apresentar da maneira mais clara possível a razão de nossa esperança, de 
modo que os sinceros investigadores não-adventistas possam entender." 
R. R. Figuhr, Pres. da Associação Geral, Review and Herald 
 24 de Abril de 1958 
 
"Questões Sobre Doutrina desencadeou uma mudança problemática 
na teologia adventista; uma mudança feita de tal modo que alienou 
teologicamente vários segmentos da igreja. A publicação do livro 
contribuiu mais do que qualquer outro evento na história adventista para 
criar o que parece ser uma guerra permanente entre grupos dentro da 
denominação." 
Questões sobre Doutrina 7 
 
George R. Knight, janeiro de 2003 
 
"A leitura da edição original de Questões Sobre Doutrina ajudou 
muitos evangélicos a superar sua postura tradicionalmente preconcei-
tuosa para com o adventismo e a compreender melhor as doutrinas 
adventistas. Mas, ao mesmo tempo, o livro acabou sendo alvo de sérias 
críticas, especialmente por parte de alguns adventistas com tendências 
perfeccionistas. A presente edição anotada ajudará o leitor a se 
familiarizar com o rico conteúdo da obra, bem como a entender os 
principais pontos em discussão." 
 
Alberto R.Timm, 
reitor do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questões sobre Doutrina 8 
 
Prefácio à Edição Anotada 
 
Questões Sobre Doutrina tem figurado no centro do diálogo 
adventista desde a década de 1950, provendo o cenário para uma 
contínua tensão teológica. Essa história será contada na introdução 
histórica e teológica. 
Enquanto isso, deve ser observado que a presente edição contém 
tanto uma introdução extensiva quanto anotações ampliadas. Não apenas 
o texto completo da edição original é reproduzido,mas muitas notas 
discutem declarações problemáticas feitas na primeira edição (em inglês) 
de Questions ou Doctrine. Outras notas atualizam a bibliografia ou 
provêem informações explicativas. Algumas são breves, enquanto outras 
ocupam muitas páginas. 
Um tratamento especialmente detalhado é fornecido tanto na 
introdução quanto nas notas da apresentação do livro a respeito de 
assuntos como a posição adventista sobre a Trindade, a expiação e a 
natureza humana de Cristo, uma vez que essas seções do livro têm sido 
vistas como problemáticas por alguns leitores. 
É minha esperança que um tratamento franco dos assuntos 
explosivos expostos pelo livro Questões Sobre Doutrina e as respostas 
providas por esta edição sejam esclarecedores para os adventistas e para 
a comunidade mais ampla de leitores. A análise histórico-teológica e as 
notas ajudarão a comunidade em geral a compreender mais plenamente 
as crenças adventistas e também a entender mais profundamente o 
debate que houve dentro da denominação depois da publicação do livro. 
Esses dois benefícios serão de igual valor para os que pertencem à 
comunidade adventista. 
E importante ressaltar que todas as notas de rodapé adicionadas 
ao texto na edição anotada foram impressas com um fundo cinza [nesta 
edição eletrônica, em amarelo]. As notas que não estão em caixa cinza 
[ou em amarelo] são da edição de 1957. 
Questões sobre Doutrina 9 
 
Como editor da edição anotada em inglês de Questões Sobre 
Doutrina, eu gostaria de expressar minha apreciação a Juhyeok (Julius) 
Nam e A. Leroy Moore pela sua brilhante pesquisa da história do livro; a 
A. L. Hudson pelas sérias reflexões que foram dadas ao tópico; a 
Gerhard Pfandl pelo auxílio na atualização das notas nas seções que 
lidam com interpretação profética; a W. Richard Lesher, Woodrow W. 
Whidden, Ronald Knott, Gerhard Pfandl e Juhyeok Nam pela crítica do 
manuscrito e pelas sugestões para a correção; a Bonnie Beres por digitar 
os manuscritos; e a Ronald Knott, da Editora da Universidade Andrews, 
por partilhar comigo o vislumbre de uma Biblioteca Clássica Adventista. 
Acredito que esta edição anotada de Questões Sobre Doutrina será 
uma bênção para os leitores na medida em que procurarem adquirir uma 
compreensão maior da teologia e da história adventista. 
George R. Knight 
Andrews University 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questões sobre Doutrina 10 
 
Introdução Histórica e Teológica 
à Edição Anotada 
 
Questões Sobre Doutrina pode ser facilmente qualificado como o 
livro que mais provocou divisão na história adventista do sétimo dia. 
Trata-se de um livro publicado para trazer paz entre o adventismo e o 
protestantismo conservador, mas sua publicação trouxe prolongada 
alienação e separação às facções adventistas que surgiram ao seu redor. 
 
PERSPECTIVA HISTÓRICA 
Questões Sobre Doutrina é o produto de uma série de reuniões 
mantidas entre alguns porta-vozes adventistas e uns poucos líderes 
protestantes em 1955 e 1956. As raízes dessas reuniões remontam à carta 
que T.E.Unruh (pres. da Associação Leste da Pensilvânia) escreveu ao 
Dr. Donald Grey Barnhouse (o editor da revista Eternity e um 
destacado líder da ala conservadora do protestantismo americano) 
elogiando-o pelos sermões sobre justificação pela fé baseados no livro de 
Romanos. 
Barnhouse replicou com assombro pelo fato de um ministro 
adventista cumprimentá-lo por sua pregação a respeito de justificação 
pela fé, "já que, em sua opinião, era fato bem conhecido que os 
adventistas do sétimo dia criam na justificação pelas obras. Ele afirmou 
ainda que desde a infância estava familiarizado com os adventistas e os 
seus ensinos, e que, em sua opinião, a visão deles a respeito da natureza 
e obra de Cristo era satânica e perigosa. Concluiu convidando esse 
estranho adventista a almoçar com ele".1 
Embora aquele compromisso para almoçar nunca tenha ocorrido, os 
dois homens se corresponderam até junho de 1950, quando Barnhouse 
publicou na Eternity uma crítica mordaz ao livro Steps to Christ 
(Caminho a Cristo), chamando Ellen White de fundadora de uma seita e 
denunciando o livro como sendo "falso em todas as suas partes". Unruh 
Questões sobre Doutrina 11 
 
havia lhe dado o livro como algo que eles poderiam debater. Mas, depois 
da crítica contundente de Barnhouse, Unruh escreveu que "não via 
nenhuma finalidade em continuar a correspondência".2 
Posteriormente, em 1954, Barnhouse comissionou um jovem 
erudito evangélico chamado Walter Martin para escrever um livro 
sobre os adventistas do sétimo dia. Martin trabalhava na equipe da 
revista Eternity como editor-conselheiro sobre cultos e já havia publica-
do o seu Jehovah of the Watchtower em 1953, e quase já havia completa-
do um manuscrito que mais tarde seria publicado como The Rise of the 
Cults.
3 
Na primavera de 1955, Martin, que havia lido a correspondência 
entre Unruh e Barnhouse, comunicou-se com Unruh e requisitou um 
"debate com pessoas representativas dos adventistas do sétimo dia". 
Diferentemente de muitos que naqueles dias escreviam contra os 
adventistas, Martin "declarou que queria acesso direto" a pessoas 
autorizadas e à literatura adventista, de maneira que "pudesse lidar com o 
adventismo de maneira honesta".4 
Unruh fez arranjos com alguns líderes na sede geral adventista em 
Washington, DC, para se encontrarem com Martin. Como resultado, as 
reuniões começaram em março de 1955 entre LeRoy E. Froom (líder da 
Associação Ministerial da Associação Geral de 1941 a 1950) e W. E. 
Read (um secretário de campo da Associação Geral) do lado adventista, 
e Martin e George R. Cannon (um professor de teologia do Colégio 
Missionário de Nyack, em Nova York). Posteriormente, Roy A. 
Anderson (que servia então como diretor da Associação Ministerial da 
Associação Geral) e Barnhouse se envolveram nos diálogos.5 
"A princípio", observa Barnhouse, "os dois grupos olhavam um 
para o outro com grande suspeita." Porém, Martin, que "havia lido uma 
vasta quantidade de literatura adventista", apresentou aos delegados 
adventistas uma série de 40 perguntas concernentes às suas posições 
teológicas.6 A medida que trabalhavam sobre as perguntas e os adventis-
Questões sobre Doutrina 12 
 
tas respondiam através de uma série de reuniões, os dois lados se 
sentiram mais confortáveis em relação um ao outro e começaram a 
desenvolver um genuíno respeito mútuo. 
Entre as principais preocupações de Martin estavam quatro itens 
vastamente sustentados em relação às crenças adventistas: "(1) que a 
expiação de Cristo não foi completada na cruz; (2) que a salvação é o 
resultado da graça em junção com as obras da lei; (3) que o Senhor Jesus 
Cristo era um ser criado, não existente por toda a eternidade; (4) e que, 
na encarnação, Ele participou da natureza humana caída e pecaminosa".7 
Evidentemente, havia outros assuntos, mas esses quatro eram cruciais, 
uma vez que os evangélicos não podiam considerar os adventistas 
verdadeiros cristãos a menos que fossem ortodoxos em relação a tais 
questões. 
Como resultado, os líderes adventistas se esforçaram tenazmente 
para explicar suas crenças sobre esses quatro pontos. Não tiveram muito 
problema para demonstrar que os adventistas crêem na salvação apenas 
pela graça e que a denominação chegou a crer tanto na Trindade quanto 
no fato de que Cristo fora um com Deus desde o começo da eternidade. 
Por outro lado, tiveram que tirar alguns livros de circulação, os quais 
reivindicavam que "a guarda do sábado era uma base para a salvação".8 
Igualmente, como as notas históricas no texto demonstram, eles não 
compreendiam plenamentea extensão do semi-arianismo (isto é, que 
Cristo não era plenamente Deus desde a eternidade) e do antitrinitaria-
nismo nos primórdios do adventismo. 
Os outros dois assuntos provaram ser mais problemáticos para os 
líderes adventistas. Uma expiação completada na cruz foi mais proble-
mática porque os adventistas tendiam a referir-se à expiação em termos 
de Dia Antitípico da Expiação, que acreditavam ter começado em 1844. 
Froom e seus colegas resolveram a confusão entre o uso evangélico da 
palavra "expiação" e a terminologia adventista ao falar de expiação 
"realizada" na cruz e a que estava então sendo "aplicada" no santuário 
Questões sobre Doutrina 13 
 
celestial. Assim, Cristo havia feito um sacrifício completo de expiação 
na cruz e estava pondo em atividade os frutos dessa expiação no Seu 
ministério celestial. Os delegados adventistas acreditavam estar seguros 
ao fazer aquele ajuste verbal porque Ellen White havia usado a palavra 
expiação de maneira similar.9 
O assunto mais problemático com o qual os adventistas tiveram que 
lidar foi a natureza humana de Cristo. Esse tópico foi problemático 
porque os evangélicos calvinistas com os quais estavam tratando criam 
que, se Cristo teve uma natureza pecaminosa, então necessariamente 
tinha de ser um pecador. E, se era um pecador, não poderia ser um 
salvador. 
Este foi um problema real para os delegados adventistas, uma vez 
que, em pesquisa recente entre vários líderes adventistas, o próprio 
Froom havia descoberto que "quase todos eles" achavam "que Cristo 
tivera a nossa natureza pecaminosa". Além disso, a edição de 1950 do 
livro Drama of the Ages, de W. H. Branson, ex-presidente da Associação 
Geral, afirmava claramente que na encarnação Cristo tomou "sobre Si a 
carne pecaminosa" e que Ele precisava ter aceitado a "natureza pecami-
nosa do homem". Branson havia "corrigido" aquelas afirmações na 
edição de 1953 do seu livro, mas elas e outras ainda estavam registra-
das.10 
Não vendo solução para o problema, parece que Froom e seus 
associados foram pouco transparentes quanto à posição da denominação 
sobre o tópico desde meados de 1890. De acordo com Barnhouse, os 
líderes adventistas haviam dito a ele e a Martin que "a maioria da 
denominação sempre sustentou" a natureza humana de Cristo "como 
sendo sem pecado, santa e perfeita, a despeito do fato de que alguns dos 
seus escritores ocasionalmente têm impresso material com pontos de 
vista contrários, inteiramente repugnantes à igreja de maneira geral. 
Também explicaram ao Dr. Martin que havia entre seus membros alguns 
Questões sobre Doutrina 14 
 
da 'extremidade lunática', assim como há pessoas irresponsáveis de visão 
extravagante em cada setor do cristianismo fundamentalista".11 
A interpretação mais positiva dessa explicação do parecer 
adventista sobre a natureza humana de Cristo é o fato de ser verdade que 
todos os adventistas sustentavam que Cristo era "sem pecado, santo e 
perfeito" no sentido de que nunca pecou. Mas essa interpretação positiva 
não chega a exaurir o significado da explicação dada a Martin. Afinal de 
contas, uma vez que nenhum adventista estava ensinando que Cristo 
havia pecado, aqueles "irresponsáveis" que foram classificados de 
"extremidade lunática" devem ter tido o que os delegados adventistas 
viram como uma perspectiva problemática sobre a natureza de Cristo em 
Sua humanidade. Froom e os seus associados estavam indubitavelmente 
se referindo ao tipo de natureza humana que Cristo tomou sobre Si na 
encarnação, que tinha sido, nas palavras de Branson (e muitos outros), 
"natureza pecaminosa". 
A desconfiança de que os delegados adventistas podem ter ocultado 
a verdade da posição tradicional adventista é aparentemente confirmada 
na seção do apêndice do livro Questões Sobre Doutrina sobre "A 
Natureza de Cristo Durante a Encarnação". No apêndice das citações de 
Ellen White, os autores do livro acrescentam um título afirmando que 
Cristo "Assumiu a Natureza Humana Sem Pecado". Esse título é 
problemático, pois implica que essa era a ideia de Ellen White, quando 
de fato ela foi bem enfática em declarar repetidamente que Cristo tomou 
a "nossa natureza pecaminosa" e que "tomou sobre Si a natureza humana 
caída e sofredora, degradada e contaminada pelo pecado".12 (Ver as 
anotações históricas ampliadas sobre esse tópico nas páginas 437-445 do 
livro impresso [Apêndice B, III], 277, 278 [Cap. 33, IX].) 
Durante as próprias conferências, Froom, ao escrever para o 
presidente da Associação Geral a respeito de suas respostas aos 
evangélicos, reconheceu que "algumas declarações são um pouco 
diferentes do que você possa antecipar". Ele continuou explicando que 
Questões sobre Doutrina 15 
 
suas respostas precisavam ser consideradas no contexto daqueles com 
quem estavam lidando. "Se você conhecesse as raízes, as atitudes e o 
contexto de tudo isso, compreenderia a razão pela qual afirmamos essas 
coisas da forma como fizemos."13 
A partir dessas palavras, fica evidente que Froom e seus associados 
reconheceram que precisavam usar um vocabulário que fosse compre-
endido pelos evangélicos e que os adventistas estavam lidando com 
alguns líderes fundamentalistas claramente preconceituosos e agressivos. 
Isso era certamente verdadeiro em relação a Barnhouse, que foi descrito 
como "impiedoso com outros pontos de vista, incluindo [...] aqueles que 
não partilhavam a sua concepção pré-milenista [dispensacionalista] da 
segunda vinda".14 Outros autores o descreveram como "inflamado", 
"destemido e brusco", e alguém disposto a criticar "livremente".15 
Com esses fatos em mente, não é difícil ver por que os delegados 
adventistas ajustaram a sua linguagem sobre a expiação. Afinal de 
contas, o ajuste permitiu-lhes manter suas crenças teológicas sustentadas 
durante tanto tempo e, ao mesmo tempo, expressar suas ideias de 
maneira que se adequassem ao vocabulário e ao entendimento dos 
evangélicos. 
Por outro lado, é muito mais difícil justificar a apresentação e a 
manipulação de dados dos delegados adventistas sobre a natureza 
humana de Cristo. Se a questão de uma mudança na teologia adventista 
sobre a expiação pode ser vista como semântica, o assunto da mudança 
de posição sobre a natureza humana de Cristo era de índole substancial. 
Quer Froom e seus colegas estivessem ou não dispostos a admitir, o 
ponto de vista sobre a natureza humana de Cristo que expuseram foi uma 
genuína revisão da posição sustentada pela maioria da denominação 
antes da publicação do livro Questions on Doctrine (Questões Sobre 
Doutrina). 
De qualquer forma, Froom, Read e Anderson conduziram as coisas 
de maneira a convencer Barnhouse e Martin de que os adventistas eram 
Questões sobre Doutrina 16 
 
realmente ortodoxos quanto aos assuntos essenciais com os quais 
estavam preocupados. Assim, Barnhouse pôde escrever no verão de 1956 
que, "em certos casos, a posição dos adventistas parece para alguns de 
nós uma nova posição. Para eles, parece ser meramente a opinião do 
grupo majoritário da liderança sensata que está determinada a frear 
qualquer membro que procure sustentar posições divergentes daquela 
relativa à liderança responsável da denominação".16 
Barnhouse publicou os resultados das reuniões entre adventistas e 
evangélicos na revista Eternity em setembro de 1956, em um artigo 
intitulado "Are Seventh-day Adventists Christians?". Ao falar dessa 
posição revisada do adventismo, ele escreveu: "Gostaria de dizer que nos 
deleitamos em fazer justiça a um grupo muito caluniado de crentes 
sinceros, e em nossa mente e coração tirá-los do grupo dos que são 
completamente heréticos, comoas testemunhas de Jeová, os mórmons e 
os cientistas cristãos, reconhecendo-os como irmãos redimidos e 
membros do corpo de Cristo." O preço por essa tomada de posição 
custou caro para os delegados evangélicos. Unruh observa que a revista 
"Eternity perdeu um quarto dos seus assinantes em protesto, e a venda 
dos livros de Martin caiu vertiginosamente".17 
Enquanto isso, a revista Time de dezembro de 1956 noticiou as 
conferências como um tempo de cura entre a ala fundamentalista do 
movimento evangélico e os adventistas. Também indicava que os 
adventistas haviam "anunciado que publicariam - provavelmente na 
primavera seguinte - uma nova e definitiva declaração de sua fé".18 Esse 
livro, que não apareceu antes do outono de 1957, seria intitulado: 
Seventh-day Adventists Answer Questions on Doctrine: An Explanation 
of Certain Major Aspects of Seventh-day Adventist Belief. 
Do lado adventista, o presidente da Associação Geral, ao se reportar 
ao público adventista, considerando os diálogos e os artigos publicados 
na revista Eternity, escreveu que "foi muito tranquilizante notar que 
nenhuma objeção ou questão de qualquer importância foi levantada por 
Questões sobre Doutrina 17 
 
aqueles de nosso meio que leram as respostas" dadas aos delegados 
evangélicos. "Ao contrário, um coro geral de aprovação e profunda 
apreciação foi o resultado. Essas respostas permitiram que nossos 
amigos cristãos pudessem compreender claramente e diretamente de nós, 
e não de nossos oponentes, o que cremos e ensinamos."19 
Mas isso não significa que todos no acampamento adventista 
estivessem felizes. Isso foi especialmente verdade em relação a alguns 
que não "leram as respostas". Entre os que se tornaram desgostosos, o 
principal foi M. L. Andreasen, recém-aposentado e que havia sido o 
mais influente teólogo e autor teológico da denominação nos últimos 
anos da década de 1930 e durante a década de 1940. Ele foi deixado fora 
do processo tanto na formulação das respostas quanto na crítica delas, 
embora fosse visto geralmente como uma autoridade em vários dos 
pontos discutidos. 
O descontentamento de Andreasen começou a aparecer com a 
edição da revista Eternity em setembro de 1956. Nela, aqueles que 
adotavam a posição dele sobre a natureza pecaminosa de Cristo foram 
classificados como pertencendo à "extremidade lunática" do adventismo. 
Esse ardente descontentamento irrompeu abertamente quando Froom 
publicou um artigo sobre a expiação na revista Ministry, em fevereiro de 
1957. Especialmente ofensivo para Andreasen foi uma sentença se 
referindo à morte de Cristo em favor de cada pecador, que dizia: "Esse é 
o tremendo escopo do ato sacrifical da cruz - uma expiação completa, 
perfeita e final pelos pecados do homem."20 O que Froom queria dizer 
com essa sentença era que o sacrifício na cruz foi pleno e completo (em 
termos de aspecto sacrifical da expiação) pelo pecado. 
Mas esta não foi a maneira como Andreasen o leu em 15 de 
fevereiro, quando interpretou mal e equivocadamente citou as palavras 
de Froom. Andreasen repetidamente citou Froom como dizendo que "o 
ato sacrifical na cruz (é) uma expiação completa, perfeita e final pelos 
pecados do homem".21 Mas a interpretação feita por Andreasen da 
Questões sobre Doutrina 18 
 
sentença de Froom mudou o seu significado. A palavra "é" não consta na 
sentença original de Froom. Em vez disso, ele pôs um travessão após a 
palavra "cruz", com as palavras seguintes funcionando como uma frase 
explanatória para as várias palavras que estavam antes. Assim, o 
significado de Froom era que a cruz foi um sacrifício completo (ou o 
aspecto sacrifical da expiação). Mas Andreasen, ao citar Froom, 
removeu o travessão e acrescentou a palavra "é" entre parênteses. Com 
esse pequeno retoque, ele mudou o significado pretendido por Froom de 
um sacrifício completo (ou aspecto sacrifical da expiação) na cruz para 
uma expiação completa na cruz. Evidentemente, essa interpretação 
colocava Froom e seus associados em desarmonia com o adventismo 
tradicional, que frequentemente usara a expiação para se referir 
exclusivamente ao ministério celestial de Cristo voltado para o dia da 
expiação. 
Que Froom não estava abandonando a compreensão tradicional 
adventista está claro pelo contexto da declaração controvertida. Dois 
parágrafos antes, ele havia escrito que "o termo 'expiação', que estamos 
considerando, obviamente tem um significado muito mais amplo do que 
normalmente é concebido. A despeito da crença de multidões nas igrejas 
[evangélicas] a nosso respeito, a expiação não é, por um lado, limitada 
apenas à morte sacrifical de Cristo na cruz. Por outro lado, não está 
confinada ao ministério de nosso Sumo Sacerdote celestial no santuário 
de cima, no dia antitípico da expiação - ou hora do juízo de Deus - como 
alguns de nossos antepassados [adventistas] a princípio pensavam e 
escreveram erroneamente. Em vez disso, como comprovado pelo 
Espírito de Profecia, ela claramente envolve ambos — um aspecto sendo 
incompleto sem o outro, e cada um sendo o complemento indispensável 
do outro".22 
O contexto seguindo a declaração controvertida é igualmente claro. 
Assim, a sentença que segue a declaração de Froom, de que o ato 
sacrifical de Cristo foi completo e final, afirma "que [o ato sacrifical na 
Questões sobre Doutrina 19 
 
cruz] não é tudo, nem é o suficiente. O ato completo da expiação na cruz 
é sem valor para qualquer pessoa, a menos que, e até que, seja aplicado 
por Cristo, nosso Sumo Sacerdote, e apropriado pelo recipiente 
individual". Dessa maneira, Froom não estava substituindo a expiação na 
cruz pela expiação no santuário celestial, mas estava se referindo ao que 
ele e Andreasen consistentemente aludiam como "expiação provida" na 
cruz e "expiação aplicada" no ministério celestial de Cristo durante o dia 
antitípico da expiação.23 Concluindo, pode ser dito que, embora seja 
verdade que Froom acreditava que a morte de Cristo na cruz foi 
completa como um sacrifício de expiação, ele não sustentava que ela 
representasse uma expiação completa. 
Nessa posição, Froom e seus delegados associados estavam em boa 
companhia. Afinal de contas, Ellen White retratou o Pai como prostrado 
perante a cruz "em reconhecimento de sua perfeição. 'Basta', Ele disse, 'a 
expiação está completa' ". Mais uma vez ela havia escrito que, quando 
Cristo "ofereceu-Se na cruz, uma expiação perfeita foi realizada pelos 
pecados do povo".24 Naturalmente, ela também usou a palavra 
"expiação" ao lidar com a obra celestial de Cristo na era presente. 
Além disso, é interessante notar que Andreasen havia reivindicado 
em 1948 que "Cristo finalizou a Sua obra como vítima e sacrifício na 
cruz". E mais: ele nunca restringiu o significado da expiação ao 
ministério celestial de Cristo. Com percepção, ele notou que "a expiação 
não é um evento único, mas um processo, que se estende através dos 
séculos, o qual não será terminado até que não mais exista o tempo". De 
fato, o próprio Andreasen considerava a cruz como a conclusão do que 
chamou de a "segunda fase" na "obra expiatória de Cristo".25 Assim, em 
essência, Andreasen e Ellen White estavam em harmonia com Froom de 
que uma obra fora completada na cruz e que havia necessidade de haver 
um ministério celestial para aplicar inteiramente os benefícios daquela 
obra completa de sacrifício, embora eles às vezes usassem palavras 
diferentes para expressar a sua compreensão. 
Questões sobre Doutrina 20 
 
Mas esse não era o ponto de vista de Andreasen apresentado em sua 
reação ao livro Questions on Doctrine. De sua perspectiva, os delegados 
haviam traído o adventismohistórico. Começando com uma monografia 
que escreveu em 15 de fevereiro de 1957, ele persistiria martelando o 
assunto de traição até o seu leito de morte. 
Havia uma boa razão pela qual Andreasen estava especialmente 
interessado no ensino de uma expiação completada na cruz. Ele havia 
exposto essa razão em vários de seus antigos escritos. Essencial para a 
teologia de Andreasen era uma compreensão das três fases da expiação. 
A primeira fase se relacionava com Cristo vivendo uma vida 
perfeitamente sem pecado. A segunda fase foi a Sua morte na cruz. 
Essas duas fases na obra de expiação foram importantes, mas para 
Andreasen a terceira fase era absolutamente essencial. "Na terceira fase", 
ele escreveu, "Cristo demonstra que o homem pode fazer o que Ele fez, 
com o mesmo auxílio que Ele teve. Esta fase inclui a Sua sessão à mão 
direita de Deus, o Seu ministério sumo sacerdotal, a exibição final de 
Seus santos em sua última luta contra Satanás e a sua gloriosa vitória. 
[...] 
"A terceira fase está agora em processo no santuário de cima e na 
igreja na Terra. Durante Sua obra e vida na Terra, Cristo subjugou o 
poder do pecado. Por Sua morte, destruiu o pecado e Satanás. Agora está 
eliminando e destruindo o pecado em Seus santos na Terra. Isso é parte 
da purificação do verdadeiro santuário."26 
É o que Andreasen chama de a terceira fase da expiação que se 
tornou o ponto focal de sua teologia. Utilizando o conceito vastamente 
sustentado de que Cristo possuía uma natureza pecaminosa exatamente 
como a de Adão depois da queda (isto é, uma natureza pecaminosa com 
tendências para o pecado), Andreasen formulou a sua interpretação da 
teologia da "última geração", com Cristo sendo um exemplo do que 
poderia ser realizado na vida de Seus seguidores. Essa teologia é bem 
claramente delineada no capítulo intitulado "A Última Geração", do livro 
Questões sobre Doutrina 21 
 
The Sanctuary Service (1937,1947 (em português, O Ritual do 
Santuário, 1983]). Esse livro afirma especificamente que Satanás não foi 
derrotado na cruz, mas seria derrotado pela última geração em sua 
demonstração de que uma geração inteira de pessoas poderia viver uma 
vida impecavelmente perfeita. Possuindo a natureza humana com todos 
os seus problemas, Cristo provou que isso poderia ser feito. A última 
geração teria condições de viver a mesma vida impecavelmente perfeita 
que Ele viveu com o mesmo auxílio que Ele tivera. Assim, por meio 
deles, Deus "derrota Satanás e ganha o pleito". "No remanescente 
encontrará Satanás sua derrota". "Na última geração, Deus será 
reivindicado." Nessas circunstâncias, Cristo poderá vir novamente.27 
Com essa teologia em mente, é fácil compreender a razão pela qual 
Andreasen ficou perturbado com a ideia de uma expiação completada na 
cruz e o ensino de que Cristo não era exatamente como os outros seres 
humanos em Sua natureza humana.28 Uma expiação completada teria 
depreciado a sua interpretação da teologia adventista. Aí está o motivo 
de sua reação apaixonada contra os delegados evangélicos e a posição de 
Froom, que ele via como uma traição da teologia adventista em troca de 
um reconhecimento evangélico. Tal preço era muito alto, pois 
representava, aos olhos de Andreasen, nada menos do que apostasia. 
 As apreensões de Andreasen em relação à concepção da expiação 
sustentada pelos delegados durante as conferências evangélicas logo se 
tornaram fixadas no projeto do livro Questions on Doctrine, no qual as 
respostas apresentadas pelos adventistas seriam impressas. Em 11 de 
março de 1957, ele escreveu para R. R. Figuhr, presidente da Associação 
Geral, reivindicando que, "se o livro for publicado, haverá repercussões 
até os confins da Terra, porque os fundamentos [da teologia adventista] 
estão sendo removidos".29 Em 21 de junho, escreveu para Figuhr 
novamente, observando que, "se os líderes tolerarem as ações desses 
homens, se tiverem permissão para atuar como autores ou aprovarem a 
publicação do livro, devo protestar, e me sentirei justificado pela voz e 
Questões sobre Doutrina 22 
 
pela pena a revelar essa conspiração contra Deus e o Seu povo. [...] Está 
em suas mãos dividir a denominação ou curá-la".30 
Duas semanas mais tarde, escreveu de novo, afirmando que achou 
"difícil se concentrar enquanto Roma está queimando, ou melhor, 
enquanto o inimigo está destruindo os fundamentos sobre os quais 
estivemos construindo todos esses anos. A própria essência de nossa 
mensagem, de que no santuário do Céu está ocorrendo agora mesmo 
uma obra de juízo e de expiação, está sendo descartada. Retire essa 
mensagem, e estará tirando o próprio adventismo. [...] Para mim, irmão 
Figuhr, essa é a maior apostasia que esta denominação já enfrentou, e ela 
certamente dividirá o povo. Não é apenas um ou dois homens que estão 
advogando essa monstruosa proposição, mas um 'grupo' de homens da 
Associação Geral, mais um número de 'estudantes da Bíblia' com quem 
estão se reunindo".31 
No outro lado do muro adventista que se erguia, a revista Ministry 
de abril de 1957 alardeou o reconhecimento evangélico como um 
positivo e "emocionante capítulo na história do adventismo".32 Dois 
meses depois, a revista Ministry estava "feliz em anunciar que [...] o 
livro Questions on Doctrine (Questões Sobre Doutrina) está prestes a ser 
lançado". Foi afirmado que nenhum livro publicado na história da 
denominação "obteve maior escrutínio do que este. [...] O manuscrito, 
depois de ter sido cuidadosamente estudado aqui [na sede da Associação 
Geral] por um grande grupo, foi enviado para a nossa liderança de todas 
as Divisões do mundo. Além disso, foi para os professores de Bíblia de 
nossas faculdades e editores de nossos maiores periódicos. As cópias 
também foram enviadas para os nossos líderes de Uniões e Associações 
locais da América do Norte".33 Ao todo, o manuscrito foi enviado para 
cerca de 250 eruditos e líderes de igreja. Uma pessoa significativa dei-
xada fora do processo parece ter sido Andreasen — a autoridade da 
denominação sobre expiação nos anos de 1940. Esse tratamento 
Questões sobre Doutrina 23 
 
certamente deve ter adicionado combustível aos seus sentimentos de que 
uma conspiração havia sido engendrada. 
Em 12 de setembro de 1957, Andreasen novamente escreveu a 
Figuhr, dessa vez com um ultimato de que ele estaria indo a público na 
primeira semana de outubro com as suas inquietações, "a menos que eu 
receba o seu pronunciamento de que irá considerar a questão antes ou 
durante o Concílio Outonal". Ele temia que o presidente da Associação 
Geral ainda não tivesse "considerado a seriedade do assunto". O dia 15 
de outubro viu a circulação da "Review and Protest" de Andreasen, na 
qual ele apresentou suas preocupações.34 
Enquanto isso, o livro Questions on Doctrine foi lançado pela 
denominação no fim de outubro ou início de novembro, com a modesta 
tiragem de cinco mil exemplares. Surpreendentemente, Andreasen foi 
bem favorável à maior parte do conteúdo do livro. Em 4 de novembro, 
ele escreveu para Figuhr que "há muitas coisas boas no livro que podem 
ser de real auxílio para muitos; e alguns podem pensar que repudio todo 
o volume, quando a minha preocupação é apenas em relação à seção 
sobre a expiação, que é completamente inaceitável e deve ser 
revogada".35 
A campanha de Andreasen para recolher o livro Questions on 
Doctrine foi contínua até dezembro. "Estou angustiado de coração, 
profundamente magoado", escreveu ao presidente da denominação, 
"quanto à obra que os seus conselheiros recomendaram. A unidade da 
denominação está sendo rompida, e o livro Questions on Doctrine ainda 
está circulando e sendo recomendado. Ele deve ser prontamente 
repudiadoe retirado de circulação, caso a situação deva ser salva."36 
Mas Figuhr estava tomando justamente a atitude oposta. Em 6 de 
novembro, ele escreveu para todos os presidentes de Uniões da América 
do Norte, apelando por pedidos coletivos cujo montante estaria entre 100 
mil e 200 mil exemplares, de maneira que o livro Questions on Doctrine 
pudesse ser vendido mais barato e tivesse uma circulação extremamente 
Questões sobre Doutrina 24 
 
ampla. Em 27 de dezembro, estava feliz em informar à liderança que 
haviam encomendado uma segunda impressão de 50 mil exemplares, 
mas essa logo subiu para 100 mil.37 O livro estaria circulando 
agressivamente, tanto entre os adventistas quanto entre os pastores e 
líderes de outras denominações. Por volta de 1965, milhares de 
exemplares haviam sido postos em seminários, universidades, colégios e 
bibliotecas públicas. Perto de 1970, Froom estimou que a circulação total 
havia excedido 138 mil exemplares. Nessa ocasião, o livro tinha 
alcançado uma circulação mundial.38 
Enquanto isso, no fim de 1957, a batalha entre Andreasen e a 
liderança denominacional sobre o livro Questions on Doctrine começou 
a aumentar progressivamente. Em 16 de dezembro, Figuhr escreveu-lhe 
afirmando que era extremamente difícil entender o seu propósito na sua 
contínua agitação contra o livro. Havendo suprido a Andreasen com uma 
bateria de citações de Ellen White sobre o tópico da expiação realizada e 
aplicada, o principal administrador da denominação ainda fez um outro 
apelo: "Lamento profundamente, irmão Andreasen, que o senhor afirme 
tão incorretamente o que o livro ensina. O senhor realmente leu o livro 
com seriedade? Ele não diz, como o senhor insiste em afirmar, que 'a 
expiação foi realizada apenas na cruz'. Isso não é correto. Para fazê-lo 
dizer isso, alguém deve torcer as coisas gravemente. Ele não ensina que 
na cruz a parte sacrifical da expiação foi inteiramente realizada. Porém, 
que há muito mais na expiação do que o oferecimento do perfeito 
sacrifício, é vastamente claro a partir das Escrituras e do Espírito de 
Profecia. Isso o livro estabelece nitidamente."39 
Mas, para Andreasen, não havia como enxergar esse ponto ou voltar 
atrás. "Choro por meu povo", escreveu em 9 de março de 1958. "Essa é a 
apostasia predita há muito tempo. [...] Tenho avaliado o preço que terei 
que pagar ao continuar minha oposição; mas estou tentando salvar minha 
amada denominação de cometer suicídio. Devo ser verdadeiro para com 
Questões sobre Doutrina 25 
 
o meu Deus, da forma como vejo as coisas, e devo ser fiel aos homens 
que confiam em mim."40 
Andreasen publicaria nove artigos de ampla circulação, intitulados 
"The Atonement" [A Expiação], no fim de 1957 e início de 1958. Essa 
série foi seguida, em 1959, por seis "Letters to the Churches" [Cartas às 
Igrejas], que seriam publicadas mais tarde como um livreto de 100 
páginas com o mesmo título. As cartas focalizariam tanto o problema da 
expiação quanto a questão da natureza humana de Cristo. Andreasen 
continuou a se entristecer à medida que via "sendo destruídos" o que 
considerava os "pilares da fundação" da teologia adventista.41 
Enquanto os adventistas estavam lutando entre si sobre temas 
levantados pelo livro Questions on Doctrine, Martin e outros continua-
vam a escrever sobre o adventismo de maneira favorável. Por volta de 
1960, Martin estava pronto para publicar a sua resposta ao livro 
adventista. Naquele ano, a Zondervan lançou o livro The Truth About 
Seventh-day Adventism. Barnhouse preparou um prefácio para o livro no 
qual escreveu: "Como resultado de nossos estudos do adventismo do 
sétimo dia, Walter Martin e eu chegamos à conclusão de que os 
adventistas do sétimo dia são um grupo verdadeiramente cristão, em vez 
de uma seita anticristã. Quando publicamos nossa conclusão na revista 
Eternity (setembro de 1956), fomos recebidos com uma tempestade de 
protestos por pessoas que não tiveram a nossa oportunidade de con-
siderar as evidências. 
"Seja compreendido que fizemos apenas uma reivindicação; isto é, 
que aqueles adventistas do sétimo dia que seguem ao Senhor de maneira 
idêntica à de seus líderes que interpretaram para nós a posição 
doutrinária de sua igreja devem ser considerados verdadeiros membros 
do corpo de Cristo!"42 
Os outros, incluindo Andreasen e os seus seguidores, foram ainda 
considerados sectários devido às suas crenças absurdas. O livro, então, 
continuava a esboçar em alguns detalhes a compreensão de Martin e 
Questões sobre Doutrina 26 
 
Barnhouse sobre o adventismo, como explicado a eles no volume 
Questões Sobre Doutrina e nas conferências evangélicas. 
H. W. Lowe, líder do Grupo de Estudo Bíblico e de Pesquisa da 
Associação Geral, respondeu ao livro de Martin através de uma 
declaração ["A Statement"] encontrada no próprio livro. "Apreciamos 
profundamente a atitude bondosamente cristã demonstrada através deste 
livro", Lowe escreveu, "mesmo naquelas áreas onde ele está em 
assinalado desacordo conosco."43 
Evidentemente, Lowe não estava completamente feliz com o 
tratamento da doutrina adventista no volume de Martin. "Há lugares [...] 
neste livro", escreveu, "onde acreditamos que o autor tenha criticado 
erroneamente alguns aspectos do início de nossa história e nossos 
ensinos teológicos contemporâneos."44 
Como resultado, a revista Ministry publicou uma série de artigos 
entre junho de 1960 e julho de 1961 sobre os pontos divergentes - 
incluindo a lei, o juízo pré-advento, o sábado, a imortalidade 
condicional, o papel de Ellen White, as três mensagens angélicas de 
Apocalipse 14 e a natureza do ser humano. Aqueles 15 artigos logo 
foram publicados sob o título de Doctrinal Discussions e constituíram 
uma resposta direta ao livro de Martin.45 
Nesse ínterim, nem todos na ala protestante conservadora estavam 
felizes com Questions on Doctrine e com o livro de Martin. Norman F. 
Douty, no seu Another Look at Sevetith-day Adventism (1962), 
sustentava que Martin e Barnhouse haviam sido muito generosos e que o 
adventismo tinha se afastado dos ensinos da Palavra de Deus como man-
tido pelo cristianismo histórico. De forma similar, Herbert S. Bird via a 
denominação, na sua Theology of Seventh-day Adventism, como uma 
"séria corrupção do evangelho".46 
Se houve divisões sobre o adventismo entre os protestantes 
conservadores, houve problemas ainda mais sérios entre os próprios 
adventistas. Durante 1961, Andreasen continuou seus protestos. Como 
Questões sobre Doutrina 27 
 
resultado, em 6 de abril daquele ano, a Associação Geral em seu concílio 
da primavera votou suspender sua credencial ministerial. Andreasen 
responderia a essa ação em 19 de janeiro de 1962 em uma carta circular 
intitulada "Shooting the Watchdog".47 
Porém, a batalha entre Andreasen e a denominação estava quase 
terminada. Ele passaria para o repouso em 19 de fevereiro de 1962. Três 
dias antes desse evento, Figuhr e R.R.Bietz (presidente da União do 
Pacífico) visitaram Andreasen e sua esposa no Sanatório e Hospital de 
Glendale. Nesse encontro, Andreasen fez as pazes com a igreja. Ao fazê-
lo, de acordo com os relatos, expressou o seu remorso pela confusão que 
havia causado na denominação, afirmou que pelos últimos dois anos 
havia instruído seus seguidores a parar de duplicar suas cartas e 
panfletos, e contou a Figuhr e a Bietz que, no futuro, suas declarações 
"quanto às suas convicções seriam direcionadas apenas para os oficiais 
da Associação Geral ou outros membros da sua comissão".48 
Poucos dias depois da morte do esposo, a Sra. Andreasen escreveu 
para Figuhr acerca da alegria no coração domarido devido àquela 
reconciliação. "Estou tão agradecida pela sua conversa com meu querido 
esposo", escreveu ela, "e [que] tudo tenha sido acertado e esclarecido 
antes que ele morresse. Ele disse que não poderia morrer até que isso 
fosse esclarecido. Passou muitas noites expressando a dor de seu 
coração. Pobre amor, estou tão alegre que ele tenha morrido feliz. [...] 
Muito obrigada pela sua bondosa carta. Eu a guardarei e a 
entesourarei."49 
Em 1° de março, a Comissão da Associação Geral revogou a ação 
de anos atrás na qual havia suspendido a credencial de Andreasen. Em 
dezembro daquele ano, a Sra. Andreasen escreveu para W. P. Bradley, 
na sede da Associação Geral, dizendo que "estava muito feliz por obter a 
credencial de M. L. Sei que ela não tem nenhum significado especial 
agora que ele se foi, mas sei com certeza que ele esperava que eu a 
conseguisse e ficaria bem contente com a devolução dela".50 
Questões sobre Doutrina 28 
 
Embora a paz tenha sido estabelecida entre Andreasen e a liderança 
da igreja, ela não aconteceu entre a liderança e aqueles que haviam 
seguido Andreasen em sua reação ao livro Questions on Doctrine. Em 
2003, quando foi publicada a edição anotada em inglês, o adventismo 
estava se aproximando de meio século de divisão em torno da crise sobre 
o livro. 
Contemplando o passado, alguém pode apenas especular sobre o 
diferente curso da história, se Andreasen tivesse sido consultado sobre a 
redação da posição adventista sobre a expiação, se Froom e seus 
associados não tivessem sido divisivos na sua manipulação das questões 
relacionadas à natureza humana de Cristo, se tanto Froom quanto 
Andreasen tivessem personalidades mais brandas. 
Mas os "se"s não são a essência da história. O relato histórico nesse 
caso é que cada lado contribuiu para a desarmonia que surgiu no 
adventismo em relação ao livro Questions on Doctrine. E, além das 
fileiras dos adventistas, a linguagem repetidamente agressiva do sempre 
combativo Barnhouse indubitavelmente fez muito para criar divisão. 
Logo depois da publicação do livro, por exemplo, ele escreveu que o 
livro Questions on Doctrine "é uma declaração definitiva que poda os 
escritos dos adventistas que têm sido independentes e contraditórios para 
com a sua liderança reconhecida".51 Essa é apenas uma das muitas 
declarações feitas por Barnhouse sugerindo que ele procurou ativamente 
criar distância entre os seguidores de Andreasen e a "liderança sensata 
que está determinada a deter qualquer membro que procure sustentar 
posições divergentes daquela relativa à liderança responsável da 
denominação".52 Dado o fato de que ninguém gosta de ser podado ou 
estar em oposição àqueles que são sensatos, é evidente que o próprio 
Barnhouse contribuiu muito para exacerbar as dificuldades internas entre 
os adventistas. 
 
 
Questões sobre Doutrina 29 
 
PERSPECTIVA TEOLÓGICA 
Uma das declarações mais surpreendentes de M.L.Andreasen em 
sua batalha prolongada com a denominação sobre o livro Questions on 
Doctrine é que "há muitas coisas boas no livro que podem ser de real 
auxílio para muitos". Ele continuou a dizer que não repudiava todo o 
volume. Sua única preocupação era quanto "à seção sobre a expiação, 
que é completamente inaceitável e deve ser revogada".53 
Em outras palavras, Andreasen achou que quase todo o livro 
Questions on Doctrine reflete a teologia tradicional adventista. Assim, o 
livro inteiro não era problemático, mas apenas aquelas seções que 
lidavam com a expiação e o assunto da natureza humana de Cristo. 
O elogio de Andreasen à maior parte do conteúdo do livro pode 
chocar alguns que estão familiarizados apenas com o seu contínuo 
conflito com a Associação Geral quanto à sua publicação. A verdade é 
que ele reconheceu o volume como sendo geralmente uma reafirmação 
proveitosa da compreensão histórico-teológica da denominação. Dessa 
forma, ele estava longe de ser uma traição total. 
Aquela compreensão é reforçada tanto por ex-adventistas quanto 
por aqueles líderes protestantes que ainda estavam agressivamente 
atacando a denominação. Um ex-adventista escreveu para a Kings 
Business em abril de 1957 que "o recente artigo na revista Eternity foi 
desagradável para nós. [...] Eles ainda imprimem [na Review and 
Herald] as próprias coisas que a Eternity diz que agora negam".54 
Ainda mais incisivas foram as reivindicações de E.B.Jones, um ex-
missionário adventista que teve "os fatos em primeira mão" quanto "à 
natureza herética, profundamente enraizada e inalterável do adventismo 
do sétimo dia". Jones teve um ministério intitulado Guardiões da Fé, que 
tinha a seguinte descrição: "Especializado na Distribuição de Publica-
ções Autorizadas, Biblicamente Sadias, Expondo os Ensinos Enganosos 
e Métodos de Propaganda Sutis do Adventismo do Sétimo Dia".55 
Questões sobre Doutrina 30 
 
Na opinião de Jones, Martin e Barnhouse tinham sido "completa-
mente enganados" pelos líderes adventistas. O fato real, ele declarou em 
dezembro de 1957, é que "o sistema de religião adventista do sétimo dia 
de maneira alguma foi alterado". O adventismo "não [era] uma 
denominação genuinamente evangélica"; ao contrário, era "uma contra-
fação engenhosamente camuflada".56 
Falando especificamente do livro Questions on Doctrine, Jones 
escreveu que "neste livro aparentemente inocente em exame superficial 
que está reivindicando revelar 'a verdadeira natureza evangélica das 
crenças e dos ensinos adventistas' - aqui, nesta mais recente manobra 
astutamente planejada da seita, obviamente divisada por devotos es-
quematizadores para enganar os não iniciados e facilmente extraviar as 
pessoas para dentro de sua armadilha caçadora de almas - descobrimos 
que o adventismo do sétimo dia é precisamente aquilo que desde o 
princípio temos sustentado que seja: FALSO! 
"Julgamos que ele ainda é diametralmente oposto às verdades vitais 
do genuíno movimento evangélico. De forma alguma é diferente daquele 
que sempre foi. A despeito de todas as reivindicações contrárias, o 
adventismo do sétimo dia é exatamente tão conflitante em relação à 
Bíblia e tão envenenador de almas agora como sempre foi no passado – 
na verdade, ainda mais enganoso e perigoso. [...] E a sua desesperada 
tentativa atual de 720 páginas de 'esclarecer' as suas doutrinas apenas 
confirma ainda mais a acusação factual e solidamente fundamentada de 
que o credo do adventismo é composto de 'uma chocadeira de erros e 
heresias' ".57 
E quais eram as "doutrinas pervertedoras das Escrituras ainda 
completamente inalteradas" esboçadas no livro Questions on Doctrine 
que perturbavam tanto esse ex-missionário adventista? Nada menos do 
que a evidente declaração do volume sobre o ministério de Cristo no 
santuário celestial, o Juízo Investigativo, a importância contemporânea 
da lei e do sábado, a interpretação adventista do inferno e do sono da 
Questões sobre Doutrina 31 
 
morte, a inspiração de Ellen White ("a fundadora do movimento 
mentalmente enferma e sem escolaridade"), e as suas exposições 
claramente apresentadas sobre o Selo de Deus e a marca da besta.58 
Assim, a crítica perceptiva de Jones ao livro Questions on Doctrine 
demonstra que, longe de ser uma capitulação teológica para os 
evangélicos, o livro foi uma reafirmação eficaz da teologia tradicional 
adventista, ainda que alguns ensinos tenham sido expressos de forma 
diferente da maneira como eram feitos no passado. 
Esta verdade não foi vista apenas pelos ex-adventistas. Ela também 
foi observada por muitos inimigos fundamentalistas da denominação, 
tais como Louis B. Talbot e M. R. DeHaan. 
DeHaan publicouuma crítica do livro Questions on Doctrine em 
março de 1958. Escreveu que havia esperado ansiosamente a publicação 
do livro, porque lhe tinha sido assegurado firme e repetidamente que "ele 
seria uma reviravolta na posição adventista do sétimo dia e um repúdio 
de muitas de suas doutrinas censuráveis". DeHaan continuou a falar de 
seu desapontamento quando descobriu que não tinha ocorrido "nenhuma 
mudança essencial na posição histórica dos adventistas. [...] O livro não 
é um repúdio aos adventistas do sétimo dia a nenhum de seus pontos de 
vista anteriores, mas uma reafirmação deles. [...] Não há nenhum 
lampejo de que eles tenham tido qualquer intenção de retratar, modificar, 
mudar ou repudiar qualquer de suas antigas doutrinas, as quais os 
evangélicos sempre consideraram não escriturísticas, falsas e desonrosas 
a Deus. É o mesmo erro em uma nova terminologia".59 
Embora DeHaan esteja essencialmente correto em sua avaliação, 
uma leitura cuidadosa revelará uma mudança teológica - a que se refere à 
natureza humana de Cristo. Mas essa mudança está amplamente 
escondida no Apêndice das citações de Ellen White e não teria estado 
evidente especialmente para um leitor evangélico. 
Por outro lado, tanto Jones quanto DeHaan perceberam o que havia 
passado despercebido para Andreasen - que a assim chamada mudança 
Questões sobre Doutrina 32 
 
na doutrina da expiação tinha ocorrido na terminologia e não na 
substância. 
Mas em uma coisa Andreasen, DeHaan e Jones concordavam. É 
que o livro Questions on Doctrine foi basicamente uma reafirmação 
corajosa e perceptiva da teologia tradicional adventista. Evidentemente, 
para Andreasen isso foi bom, enquanto para DeHaan e Jones a 
continuidade foi um desastre. 
De sua parte, os autores do livro achavam-se bem cientes do fato de 
que estavam fazendo uma reafirmação das crenças tradicionais 
adventistas. Escreveram em sua introdução que "as respostas constantes 
neste volume podem ser consideradas como representando com exatidão 
a fé e a crença da Igreja Adventista do Sétimo Dia".60 
Estamos agora a ponto de chegar à primeira conclusão teológica 
sobre o livro Questions on Doctrine: Que o livro é quase inteiramente 
constituído de claras reafirmações da teologia tradicional adventista. 
Essas reafirmações foram redigidas de tal maneira que o livro per-
manece fiel às crenças adventistas e, ao mesmo tempo, fala em uma 
linguagem que os de fora do adventismo possam compreender mais 
facilmente. A única exceção a essa generalização tem que ver com a 
natureza humana de Cristo, na qual a forma de explicá-la representa uma 
mudança substancial na compreensão adventista. Por outro lado, a 
suposta mudança de posição sobre a expiação foi reconhecida por todos 
os principais envolvidos, exceto Andreasen, como sendo uma questão de 
redação (ver as declarações extensas sobre a expiação na parte histórica 
desta introdução). E, como ficará claro, o próprio Andreasen havia usado 
terminologia similar à do livro Questions on Doctrine ao discutir os 
vários aspectos da expiação. 
Deve ser observado que os autores de Questões Sobre Doutrina 
estavam bem cientes da necessidade de fazer ajustes na terminologia se 
quisessem se comunicar genuinamente com os parceiros evangélicos. 
Assim, na introdução do livro, eles escreveram que seu "alvo era 
Questões sobre Doutrina 33 
 
apresentar nossas crenças básicas na terminologia corrente nos círculos 
teológicos".61 Em outras palavras, sabiam que não estavam escrevendo 
essencialmente para adventistas e, por isso, teriam que apresentar as 
doutrinas adventistas em um vocabulário e com definições facilmente 
compreensíveis aos evangélicos para os quais estavam escrevendo. 
A melhor maneira de captar o fato de que Questões Sobre Doutrina 
é tradicional em sua apresentação da doutrina adventista é ler o livro. Ele 
está longe de ser uma capitulação aos evangélicos para ganhar seu 
reconhecimento. Representa uma total rejeição da compreensão 
dispensacionalista de Barnhouse e Martin acerca da segunda vinda e do 
concerto, enquanto é uma corajosa declaração da posição adventista 
sobre tópicos controvertidos, como o sábado, a marca da besta, Daniel 8, 
o Juízo Investigativo, o Estado dos Mortos, o Inferno, Babilônia, o 
Remanescente e outros assuntos que eram ofensivos à comunidade 
evangélica. 
O presidente da Associação Geral estava correto quando observou 
que, embora Questões Sobre Doutrina utilizasse em certos tópicos uma 
linguagem familiar aos evangélicos, "não há nenhuma tentativa de 
encobrir nossos ensinos ou comprometê-los".62 O tratamento franco de 
assuntos controvertidos é ainda mais notável quando consideramos que o 
livro havia sido escrito para o benefício de alguns indivíduos bastante 
preconceituosos, a fim de demonstrar que a denominação era realmente 
um corpo cristão, em vez de uma seita. 
Esse mesmo padrão não comprometedor em favor das doutrinas 
distintivas do adventismo é encontrado nos artigos da revista Ministry de 
1960-1961, respondendo ao livro The Truth About Seventh-day 
Adventism, de Martin, e que foram publicados como Debates 
Doutrinários. Parece que a última coisa na mente daqueles que conduzi-
ram a publicação do livro Questões Sobre Doutrina era trair os principais 
ensinos da denominação adventista do sétimo dia. Em vez disso, 
propuseram-se a explicar o adventismo e chegar à unidade com os 
Questões sobre Doutrina 34 
 
evangélicos onde quer que isso fosse possível, sem comprometer as 
crenças distintivas da denominação. 
Naturalmente, Questões Sobre Doutrina não está livre de erros. Os 
autores às vezes forçam um pouco mais os fatos em tais questões como a 
compreensão histórica do adventismo em relação à Trindade, e mesmo 
apresentam seus dados de maneira a criar uma falsa impressão sobre a 
natureza humana de Cristo. Mas, tendo em vista o desejo de agradar e a 
importância das respostas, o livro todo é uma declaração notavelmente 
corajosa da compreensão doutrinária tradicional adventista. 
Um segundo ponto teológico importante a ser observado é que 
―Questões Sobre Doutrina‖ não foi escrito para ser uma declaração bem 
equilibrada da crença adventista. Ao contrário, o conteúdo foi 
desenvolvido para responder certas questões apresentadas por Martin e 
seus associados. Como resultado, os autores anunciaram em sua 
introdução que "isto não deve constituir nova declaração de fé, mas antes 
uma resposta a perguntas específicas concernentes à nossa fé".63 
Dessa forma, para que os leitores compreendam adequadamente 
as respostas às perguntas, é necessário que compreendam as perguntas, e, 
se quiserem entender adequadamente as perguntas, deverão possuir 
alguma ideia das crenças gerais evangélicas e especificamente da 
teologia dispensacionalista daqueles que indagaram. 
Martin, Barnhouse e seus associados pertenciam à ala conservadora 
do movimento evangélico norte-americano. Imprescindíveis para a 
ortodoxia evangélica eram a centralidade da Bíblia como a Palavra de 
Deus e como único padrão para a formação doutrinária, a crença na 
Trindade e na plena Divindade de Cristo, o fato de que a morte 
substituinte de Cristo na Cruz é a resposta para o problema do pecado e o 
fato de que a Salvação é resultado da graça de Deus aceita através da fé. 
Estas eram as crenças não negociáveis, conforme os evangélicos 
conservadores dos anos de 1950 viam as coisas. 
Questões sobre Doutrina 35 
 
Porém, mais especificamente, e igualmente importante para 
compreender muitas das questões formuladas por Barnhouse e Martin, é 
que eles pertenciam à ala calvinista/dispensacionalista do movimento 
evangélico.64O Dispensacionalismo deriva o seu nome do fato de que 
os seus proponentes dividem a história mundial em várias dispensações 
(normalmente sete) ou períodos de tempo, em cada uma das quais Deus 
supostamente lida de maneira diferente com a humanidade. Duas dessas 
dispensações correspondem à era da lei (de Moisés até a morte de Cristo) 
e à era da igreja, durante a qual a graça é essencial. Assim, há uma 
Dispensação da lei e uma Dispensação da graça. Esse esquema levou 
muitos dispensacionalistas a crer que a lei foi abolida na cruz. 
A era da igreja chegará ao fim, defendem os dispensacionalistas, 
quando Cristo retornar para começar a era milenial. O dispensacio-
nalismo difere do pré-milenismo clássico (a posição sustentada pelos 
adventistas) no que assegura que a segunda vinda de Cristo ocorrerá em 
dois estágios. O primeiro estágio será num arrebatamento secreto 
invisível dos verdadeiros crentes. Esse evento finalizará a era da igreja e 
o chamado grande "parêntese" profético. 
A teoria do parêntese sustenta que a era da igreja representa uma 
brecha de dois mil anos entre a sexagésima nona e a septuagésima 
semana de Daniel 9. A sexagésima nona semana terminou quando Cristo 
morreu na cruz. Nesse ponto, os dispensacionalistas argumentam, o 
cumprimento parou até o arrebatamento secreto, quando Cristo vier para 
os Seus santos e levá-los para o Céu. Então, seguirá a septuagésima 
semana ou o tempo da grande tribulação. Durante sete anos (a 
septuagésima semana de anos) de tribulação, o anticristo reinará e os 
judeus serão convertidos. A tribulação termina com a Batalha do 
Armagedom, inteiramente literal, e a vinda de Cristo com os Seus santos 
gentios. 
Nesse ponto da história, o anticristo e suas forças serão destruídos. 
Então, com a septuagésima semana de Daniel completada, o Messias 
Questões sobre Doutrina 36 
 
restaurará o trono de Davi e a era milenial começará. Escreve Timothy P. 
Weber: "Uma vez que todas as profecias antigas concernentes a Israel 
devem ser cumpridas literalmente, o milênio será um reino judaico, 
completado com um templo restaurado, sacrifícios diários de sangue, e 
um poderoso Rei Jesus reinando a partir de Jerusalém e exercendo a 
hegemonia judaica sobre o resto do mundo. Assim, todas as profecias 
originalmente prometidas para o primeiro advento de Cristo (antes que a 
rejeição de Israel tivesse forçado o seu adiamento) se cumprirão na 
segunda vinda."65 
Tendo em mente essa compreensão do movimento evangélico, é 
fácil ver a razão pela qual a Pergunta 2 lidava com a Bíblia como "a 
única regra infalível de fé e prática",66 as Perguntas 4 a 8 lidavam com 
Cristo e a Trindade, as Perguntas 10 a 14 com a Salvação e o Legalismo, 
e as Perguntas 29 a 36 tratavam do assunto da Expiação. As respostas 
tinham como alvo espectadores com interesses específicos. 
De igual modo, uma compreensão do Dispensacionalismo nos ajuda 
a desvendar as implicações daquelas seções que lidam com a Lei e a 
Graça, os princípios e as conclusões da interpretação profética adventista 
(Perguntas 22-28), e as interpretações adventistas do segundo advento e 
do milênio (Perguntas 37-39). Ainda mais especificamente, tais 
Perguntas como as de número 26 e 37, com suas referências à septuagé-
sima semana de Daniel 9 e a "Teoria do Intervalo", o Arrebatamento 
Secreto, a Tribulação e o Anticristo, obviamente têm como objetivo 
comparar a interpretação adventista com a do Dispensacionalismo. 
Há outras preocupações originando-se da orientação evangélica/ 
fundamentalista/ dispensacionalista de Barnhouse e Martin que podem 
não ser óbvias, tendo em vista a discussão acima. Uma delas era a 
questão de um profeta moderno. Aqueles que têm uma formação 
dispensacionalista geralmente sustentam que o dom de profecia finalizou 
com a morte dos últimos apóstolos. De fato, a definição fundamentalista 
de uma seita religiosa frequentemente inclui a reivindicação do dom de 
Questões sobre Doutrina 37 
 
profecia. Assim, escreve um erudito sobre o tópico, "uma 'seita' é um 
grupo que tem um 'profeta' fundador chamado por Deus para dar uma 
mensagem especial não encontrada na própria Bíblia, geralmente 
apocalíptica em natureza e esboçada em escritos 'inspirados' ".67 Com 
isso em mente, não é de se admirar que os fundamentalistas 
considerassem o adventismo como suspeito ou que os adventistas, de sua 
parte, tivessem um desejo de demonstrar que suas visões doutrinárias 
eram bíblicas e não baseadas nos escritos de Ellen White. 
Uma preocupação final que normalmente não aparece na discussão 
evangélica/ dispensacionalista é a natureza humana de Cristo. Como 
observamos acima, aqueles teólogos calvinistas com quem os adventistas 
estavam lidando nos diálogos evangélicos acreditavam que, se Cristo 
tivesse natureza pecaminosa, então necessariamente teria cometido 
pecado. E, evidentemente, se Ele era um pecador, não poderia ser um 
Salvador. Essa questão não apenas precisava ser respondida, mas 
também apresentava aos autores de Questões Sobre Doutrina seus 
maiores desafios sobre como lidar com as evidências. 
Em conclusão, podemos dizer que quase todo o livro Questões 
Sobre Doutrina foi uma clara e vigorosa reafirmação da teologia 
tradicional adventista, embora em alguns casos com nova terminologia. 
Mas também deve ser reiterado que as reafirmações não visavam tanto 
ser uma declaração equilibrada da teologia adventista como prover 
respostas às perguntas de um grupo particular de protestantes 
conservadores que tinham preocupações bem específicas sobre o 
adventismo. Ninguém pode ler o livro inteligentemente, no sentido mais 
pleno da palavra, sem compreender as preocupações que deram origem a 
perguntas específicas e a respostas igualmente específicas. 
Antes de terminar, é necessário mencionar uma singularidade 
metodológica encontrada no livro. Mais especificamente, nas perguntas 
12, 13 e 44 (sobre a perpetuidade da lei e a imortalidade condicional) 
encontramos os autores do livro Questões Sobre Doutrina amontoando 
Questões sobre Doutrina 38 
 
grande número de citações de outros cristãos que basicamente sustentam 
a interpretação adventista da lei e do estado dos mortos. Isso não foi feito 
para provar o ponto teológico, mas para indicar que outros cristãos 
haviam mantido essas posições através dos séculos. Ambos os lados no 
diálogo concordavam que esse ponto poderia ser demonstrado apenas a 
partir da Bíblia. A lógica é que, se aquelas pessoas bem-aceitas sustenta-
vam essas concepções e ainda eram consideradas ortodoxas, então não 
havia razão para que os adventistas também não pudessem ser considera-
dos ortodoxos, mesmo que os delegados evangélicos não aceitassem a 
sua posição. 
Os delegados adventistas durante os diálogos evangélicos de 1955-
1956 elaboraram o que consideravam ser respostas úteis às perguntas 
que tinham sido formuladas para eles. 
Finalmente, concluíram que as explanações que haviam sido 
proveitosas para os evangélicos seriam igualmente benéficas para os 
membros da Igreja Adventista. Como resultado, decidiram publicar o 
livro Questions on Doctrine. Notaram que, "conquanto o formato da obra 
[perguntas e respostas] seja algo incomum em nosso meio, confiamos 
que venha satisfazer uma necessidade definida".68 Essa mesma esperança 
proveu o motivo racional aos editores para publicarem esta edição 
anotada de uma obra clássica adventista. 
 
Referências 
1. T.E.Unruh, "The Seventh-day Adventist Evangelical Conferences of 1955-
1956", Adventist Heritage, v.4, n°2, 1977, p. 35. 
2. Ibid., p. 36; Donald Grey Barnhouse, "Spiritual Discernment, or How to 
Read Religious Books", Eternity, junho de 1950, p. 9,42-44; ver também Juhyeok 
Nam,capítulo 2 de "Reactions to the Seventh-day Adventist Evangelical 
Conferences and Questions on Doctrine, 1955-1971" (dissertação de Ph.D, Andrews 
University, 2005). 
3. "Peace with the Adventists", Time, 31 de dezembro de 1956, p. 48-49; 
Donald Grey Barnhouse, "Are Seventh-day Adventists Christians? Another Look at 
Questões sobre Doutrina 39 
 
Seventh-day Adventism", Eternity, setembro de 1956, p. 6; Nam, capítulo 2 de 
"Reactions to the Seventh-day Adventist Evangelical Conferences and Questions on 
Doctrine, 1955-1971" (dissertação de Ph.D, Andrews University, 2005). 
4. Unruh, "Conferences of 1955-1956", p. 36, 37. 
5. Ibid. 
6. Barnhouse, "Are Seventh-day Adventists Christians?", p. 6. 
7. Walter R. Martin, "Seventh-day Adventism Today". Our Hope, novembro 
de 1956, p. 275. 
8. Barnhouse, "Are Seventh-day Adventists Christians?", p. 6. 
9. Ellen G. White, "Without Excuse", Review and Herald, 24 de setembro de 
1901, p. 615; Ellen G. White, "The Only True Mediator", Signs of the Times, 28 de 
junho de 1899, p. 1. Essas declarações também são encontradas em Questions on 
Doctrine (edição de 1957), p. 663. 
10. L.E.Froom para R.R.Figuhr, 10 de maio de 1955; W. H. Branson, Drama of 
the Ages (Nashville; Southern Publishing Associatíon, 1950), p. 81, 101. As seções 
corrigidas dizem: "nossa carne" e "agora é natureza real". Ver Drama of the Ages 
(Southern Publishing Association, 1953), p. 69, 89; ver também Nam, capítulo 2 de 
"Reactions to the Seventh-day Adventist Evangelical Conferences and Questions on 
Doctrine, 1955-1971" (dissertação de Ph.D., Andrews University, 2005). 
11. Barnhouse, "Are Seventh-day Adventists Christians?", p. 6. As palavras 
"extremidade lunática" e outras ideias nessa citação quase certamente vieram dos 
delegados adventistas. Unruh mais tarde escreveu que "em agosto de 1956, Russell 
Hitt, o editor-chete da revista Eternity, veio a Washington para revisar conosco o 
artigo longamente esperado de Barnhouse repudiando a sua antiga posição sobre o 
adventismo. Artigos em apoio do Dr. Martin, a serem publicados na revista Eternity, 
também foram revisados. Foi-nos dada permissão para citar ou, de outra forma, 
referir-nos a esses artigos" (Unruh, "Conferences of 1955-1956". p. 42). Além dessa 
declaração positiva de um dos participantes adventistas, em nenhum outro lugar 
encontramos os líderes adventistas argumentando que a linguagem não foi sua, 
embora Andreasen a houvesse reivindicado como sua em Letters to the Churches (p. 
15). 
12. Ver, por exemplo, Ellen G White. "The Importance of Obedience", Review 
and Herald, 15 de dezembro de 1896, p. 789; Ellen G.White,"Christs Humiliation", 
The Youths Instructor, 20 de dezembro de 1900, p. 394. Ambas as declarações são 
encontradas na nota ampliada da página 652 do livro Questions on Doctrine. O 
Instituto Bíblico de Pesquisa da Associação Geral procurou corrigir a injustiça do 
Questões sobre Doutrina 40 
 
enganoso título em 1972, ao mudá-lo de "Assumiu a Natureza Humana Sem Pecado" 
para "Ao Tomar a Natureza Humana Cristo Não Participou de seu Pecado nem 
Propensão Para o Mal". Essa mudança foi publicada como parte de um suplemento 
de 12 páginas na edição de fevereiro da revista Ministry. Em essência, o suplemento 
foi uma edição revisada e mais acurada do Apêndice B do livro Questions on 
Doctrine. Ele foi reproduzido nas páginas 453-467 [do livro, ou após Apêndice B]. 
13. L. E. Froom para R. R. Figuhr, 26 de abril de 1955. 
14. Oliver R. Barclay, citado em Timothy Dudley-Smith, John Stott: The 
Making of a Leader (Downers Grove: InterVarsity, 1999), p. 335. 
15. Walter A. Elwell, ed., Evangelical Dictionary of Theology (Grand Rapids: 
Baker, 1984), verbete "Barnhouse, Donald Grey", por W. C. Ringenberg; Daniel G. 
Reid, ed., Dictionary of Chiristianity in America (Downers Grove: InterVarsity, 
1990), verbete "Barnhouse, Donald Grey", por J. A Carpenter. 
16. Barnhouse, "Are Seventh-day Adventists Christians?", p. 7. 
17. Ibid., p. 45; Unruh, "Conferences of 1955-1956", p. 44. 
18. "Peace with the Adventists", Time, 31 de dezembro de 1956, p. 48. 49. 
19. R. R. Figuhr, "A Non-Adventist Examines Our Beliefs", Review and 
Herald, 13 de dezembro de 1956, p. 3. 
20. LeRoy Edwin Froom, "The Priestly Application of the Atoning Act", 
Ministry, fevereiro de 1957, p. 10. 
21. M. L. Andreasen,"The Atonement", documento mimeografado de 15 de 
fevereiro de 1957. Em "A Review and Protest", documento mimeografado de 15 de 
outubro de 1957, Andreasen faz suas acusações contra Froom de forma ainda mais 
explícita. 
22. Froom, "The Priestly Application", p. 9. 
23. Ibid., 10; Seventh-day Adventists Answer Questions on Doctrine 
(Washington, DC: Review and Herald, 1957), p. 349-355. Ver também as anotações 
ampliadas para esse capítulo. 
24. E. G. White, "Without Excuse", p. 615; E. G. White, "The Only True 
Mediator", p. 1. Essas declarações também são encontradas em Questions on 
Doctrine, p. 663. 
25. M. L. Andreasen, The Book of Hehrews (Washington, DC: Review and 
Herald, 1948), p. 53, 59; M. L. Andreasen, "The Atonement V", documento 
mimeografado de 2 de dezembro de 1957. 
26. Andreasen, Hebrews, p. 59, 60, cf. p. 58. 
Questões sobre Doutrina 41 
 
27. M.L.Andreasen, The Sanctuary Service, 2a ed. rev. (Washington, DC: 
Review and Herald, 1947), p. 299-321, ou O Ritual do Santuário, 3a ed. (Santo 
André: Casa Publicadora Brasileira, 1983), p. 253-257. Para uma crítica 
contextualizada da teologia de Andreasen e da crise sobre o livro Questions on 
Doctrine, ver George R. Knight, Em Busca de Indentidade: O Desenvolvimento das 
Doutrinas Adventistas do Sétimo Dia (Tatui: Casa Publicadora Brasileira, 2005), p. 
148-156, 170-178. 
28. Para uma crítica do assunto da natureza humana de Cristo, ver as anotações 
ampliadas das páginas 437-445 [após Apêndice B], 277, 278. 
29. M. L. Andreasen para R. R. Figuhr, 11 de março efe 1957. 
30. M. L. Andreasen para R. R. Figuhr, 21 de junho de 1957. 
31. M. L.Andreasen para R. R. Figuhr, 4 de julho de 1957. 
32. Louise C. Kleuser, "Adventism's New Milestone", Ministry, abril de 1957, 
p. 31. 
33. R. A. Anderson, "Seventh-day Adventists Answer Questions on Doctrine", 
Ministry, junho de 1957,p.24. 
34. M. L.Andreasen para R. R. Figuhr, 12 de setembro de 1957; M. L. 
Andreasen. "A Review and Protest", documento mimeografado de 15 de outubro de 
1957. 
35. M. L.Andreasen, "The Atonement", documento mimeografado de 4 de 
novembro de 1957; ver também R. R. Figuhr para M. L.Andreasen, 14 de novembro 
de 1957. 
36. M. L.Andreasen para R. R. Figuhr, 3 de dezembro de 1957. 
37. R. R. Figuhr para os presidentes de uniões, 6 de dezembro de 1957; R. R. 
Figuhr para os irmãos, 27 de dezembro de 1957; R. R. Figuhr. "The Pillars of Our 
Faith Unmoved". Review and Herald. 24 de abril de 1958, p. 6. 
38. LeRoy Edwin Froom. Movement of Destiny (Washington, DC: Review and 
Herald, 1971), p. 489,492. 
39. R. R. Figuhr para M. L.Andreasen, 16 de dezembro de 1957. 
40. M.L.Andreasen para R. R. Figuhr, 9 de março de 1958. 
41. M.L.Andreasen, Letters to the Churches (Baker: Hudson Printing, cerca de 
1959), p. 18. 
42. Donald Grey Barnhouse, "Foreword", em Walter R. Martin, The Truth 
About Seventh-day Adventism ((Irand Rapids: Zondervan, 1960), p. 7. 
43. H.W. Lowe,"A Statement", em Ibid., p. 15. 
44. Ibid. 
Questões sobre Doutrina 42 
 
45. Doctrinal Discussions: A Compilation of Articles Originally Appearing in 
The Ministry, June, 1960-July, 1961, em Answer to Walter R.Martin's Book The 
Truth About Seventh-day Adventism (Washington, DC: Review and Herald, [cerca 
de 1961]).

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