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CONTRATOS COMUTATIVOS E ALEATÓRIOS APS

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Contratos comutativos e aleatórios
É denominado contratos comutativos e aleatórios a subdivisão de contratos bilaterais e onerosos. Lembrando que em geral, todo contrato oneroso é, também, bilateral.
Contratos comutativos
Comutativos são aqueles em as prestações são conhecidas de antemão por ambas as partes, ou seja, prestações certas e determinadas. As partes podem ver previamente as vantagens e custos decorrentes da celebração do contrato.
Ao que se refere comutatividade está presente a de equivalência das prestações, pois as partes, via de regra, nos contratos onerosos se sujeitam ao sacrifício se em troca recebem uma vantagem equivalente.
Todavia, pode haver equivalência subjetiva, existente apenas no espírito dos contraentes, e não necessariamente na realidade, visto que cada qual é juiz de suas vantagens e interesses. Assim, por exemplo, a compra e venda, o vendedor sabe que irá receber o preço que atende aos seus interesses, e o comprador, que lhe será transferida a propriedade do bem que desejava adquirir.
Contratos aleatórios por natureza
Já no que diz respeito aos contratos aleatórios são os que pelo menos um dos contratantes não podem antever a vantagem que receberá, em troca da prestação fornecida. Versa sobre a existência ou quantidade da coisa. Quando um dos contratantes toma a si o risco em torno da existência da prestação, o preço é ajustado por inteiro ainda que não venha nada a se produzir. Como exemplo Caio Mário cita: “Quem compra de um pescador, por preço certo, o que este retira, assumindo o risco não ser apanhado nenhum peixe. Neste caso, o objeto do contrato não são os peixes, mas o próprio lanço de rede (iactus retis) ”. 
São exemplos de contratos aleatórios os jogos, apostas e seguros.
O contrato de seguro é comutativo ao segurado já que este o celebra para se resguardar de qualquer risco, no entanto, para a seguradora é aleatório, já que o pagamento ou não da indenização depende de um evento incerto.
Contratos acidentalmente aleatórios
São contratos tipicamente comutativos, como a compra e venda, que, em razão de certas circunstâncias, tornam-se aleatórios.
Os contratos acidentalmente aleatórios dividem-se em duas espécies: Venda de coisas futuras e venda de coisas existentes mas expostas a risco. 
Os que têm por objeto coisas futuras, o risco refere-se a própria existência da coisa e à sua quantidade.
O artigo 458 do Código Civil trata do risco respeitante da própria existência da coisa, tem se a hipótese de venda de esperança (emptio spei), isto é, a probabilidade de as coisas não existirem.
Já o artigo 459 do mesmo código trata do emptio reisperatae ou venda da coisa esperada,ou seja, se uma das partes assumir o risco respectivo, celebrando um contrato em que a álea versa sobre a quantidade, o preço é devido mesmo que a coisa não produza quantidade esperada, porém não será pago se nada for produzido, o contrato estará sem objetivo.
Desde que sujeitas a riscos, o contrato aleatório pode versar sobre coisas futuras ou incertas.
Em qualquer caso, se a frustração do resultado provier de culpa, o adquirente não deve o preço.
Alega Caio Mario: “Se é certo que em todo contrato há um risco, pode-se contudo dizer que no contrato aleatório este é da sua essência pois que o ganho ou a perda consequente está na dependência de uma acontecimento incerto para ambos os contratantes. O risco de perder ou de ganhar pode ser de perder ou de ganhar pode ser de um ou de ambos; mas a incerteza do evento tem de ser dos contratantes, sob pena de não subsistir a obrigação.” 
A distinção entre contratos comutativos e aleatórios é de extrema importância, vendo que estão submetidos a regimes legais diversos.
O Código Civil restringe ao campo de contratos comutativos a evicção. O artigo 441 trata dos vícios redibitórios, que são exclusivos os contratos comutativos.
Vícios redibitórios segundo Maria Helena Diniz:
“Os vícios redibitórios são falhas ou defeitos ocultos existentes na coisa alienada, objeto de contratos comutativos, não comuns às congêneres, que a tornam imprópria ao uso a que se destina ou lhe diminuem sensivelmente o valor, de tal modo que o ato negocial não se realizaria se esses defeitos fossem conhecidos.” 
O Código Civil nos seus artigos 458 a 461 criou um regime especial para os contratos aleatórios, apenas os contratos comutativos são passíveis de revogação por lesão.
Com efeito, a possibilidade de oferecimento de aditamento suficiente, prevista no artigo 157 do novo Código Civil, reforça a ideia de que a lesão só ocorre em contratos comutativos, em que a contraprestação é dar e não fazer, e não nos aleatórios, pois nestes as prestações envolvem risco e, por sua própria natureza, não precisam ser equilibradas.
	
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.civilize-se.com/2013/09/classificacao-dos-contratos-no-direito-civil.html#.WBjGAPkrK00
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10720770/artigo-157-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://pt.wikipedia.org/wiki/V%C3%ADcio_redibit%C3%B3rio
GONÇALVES,Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 12 ed. Vol. 3
PEREIRA,Caio Mário da Silva. Instituições do direito civil. 18ed. Vol. 3

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