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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGICAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA Relatório de Laboratório de Física I Lei de Hooke Discentes: Gabriel Nasario Souza Domingos da Silva Barros filho Daniel Rothmund Alves Debora Silva Tavares Fernandes Vieira da SIlva Professor: PATRESIO ALEXANDRO M. DO NASCIMENTO SÃO CRISTOVÃO – SE 2018 Introdução A Lei de Hooke é uma lei de física que está relacionada à elasticidade de corpos e também serve para calcular a deformação causada pela força que é exercida sobre um corpo, sendo que tal força é igual ao deslocamento da massa partindo do seu ponto de equilíbrio multiplicada pela constante da mola ou de tal corpo que virá à sofrer tal deformação. F=K.Δl (1) Notando que segundo o Sistema Internacional: •F está em newtons •K está em newton/metro (onde k é a constante elástica da mola, que depende do material que a compõe e a sua geometria) •Δl está em metros Na Lei de Hooke existe grande variedade de forças interagindo, e tal caracterização é um trabalho de caráter experimental. Entre essas forças que se interagem as forças “mais notáveis” são as forças elásticas, ou seja, forças que são exercidas por sistemas elásticos quando sofrem deformação. Devido a tal motivo, é interessante ter uma ideia do comportamento mecânico presente nos sistemas elásticos. Os corpos perfeitamente rígidos são desconhecidos, visto que em todos os experimentos realizados até hoje sofrem deformação quando submetidos à ação de forças, entendendo-se por deformação de um corpo (alteração na forma e/ou dimensões do corpo). Objetivos Geral: Calcular a constante K das molas. Específicos: Verificar se as molas obedecem à lei de Hooke; Descobrir o significado físico da constante K; Construir gráficos que auxiliem na obtenção de K. Materiais e métodos Materiais 2 molas helicoidais Régua milimétrica Suporte universal Suporte para pesos Corpos de pesos iguais(10g) Planilha do Excel SciDAVis (Programa para construção dos gráficos) Métodos Foram medidas as molas em seus estados iniciais (consideramos a mola junto com o suporte como referencial), logo em seguida foram adicionados corpos com massas iguais, adicionando um de cada vez, da menor para a maior quantidade de massa. Para cada massa adicionada, foram medidas as elongações de cada mola, e por último, verificamos se houve deformação permanente em cada uma das molas. Resultados As tabelas e os gráficos a seguir disponibilizam os resultados conseguidos durante o experimento: Resultados Comparação com o gráfico. Sabe-se que: F=K.Δx (1) Logo para encontrar a constante K usa-se: K= F/ Δx Para mola 1 Temos, através da formula (1) que: K= 0,0784 Discussão: Podemos observar que o valor obtido é bastante aproximado do valor registrado no gráfico, o que serve para confirmar que de fato, a constante K corresponde a inclinação da reta correspondente à aproximação linear que o software usou para calcular tal valor. Resultados Para a primeira mola 0,12 0,5 0,5 1,4 MÉDIA(m) DESVIO PADRÃO σb(m) 0,04 0,5 0,5 1,2 0,06 0,5 0,5 1,0 0,07 0,1 0,3 0,2 0,09 0,5 0,5 1,0 0,15 0,5 0,5 1,4 0,2 MADIDA 2MADIDA 1 PESO(N)MASSA (KG) PRIMEIRA MOLA σa(m) σc(m) Δx(m) σΔx(m)X0 = 16,3 cm MASSA 5 22,1 MADIDA 3 22,322,5 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,098 0,196 0,294 0,392 0,49 MASSA 1 MASSA 2 MASSA 3 MASSA 4 17,2 18,5 19,6 20,9 17,3 22,3 17,5 18,5 18,6 19,4 21,2 19,5 20,7 18,5 19,5 20,9 17,3 25,6 25,6 0,1 0,03 SEGUNDA MOLA MASSA (KG) PESO(N) MÉDIA(m) DESVIO PADRÃO σa(m) σb(m) σc(m) Δx(m) σΔx(m) MADIDA 1 MADIDA 2 MADIDA 3 0,5 0,5 0,1 MASSA 2 0,02 0,196 26,1 26,3 26,2 26,2 0,1 0,06 0,5 0,5 0,6 MASSA 1 0,01 0,098 25,6 25,7 MASSA 3 0,03 0,294 26,5 26,5 26,7 26,5 0,1 0,08 27,2 27,1 27,2 0,1 0,04 0,5 0,5 0,7 0,5 0,5 0,4 X0= 25,5cm MASSA 5 0,05 0,490 27,4 27,6 27,6 27,6 0,1 0,08 0,5 0,5 0,3 MASSA 4 0,04 0,392 27,2 Desvio padrão Utilizamos a equação (2) para a obtenção do desvio padrão das medidas: 𝜎 = √ ∑ (𝑥𝑖−𝑥)2 𝑛 𝑖=1 𝑛−1 (2) Massa 1: 𝜎 = √ (17,2−17,3)2+(17,5−17,3)2+(17,3−17,3)2 2 = 0,2 De maneira análoga, obtivemos: 0,07 para a massa 2; 0,1 para a massa 3; 0,3 para a massa 4; 0,2 para a massa 5. Incerteza do Tipo A Utilizamos a equação (3) para o cálculo da incerteza do tipo A 𝜎𝐴 = 𝜎 √𝑛 (3) Massa 1: 𝜎𝐴 = 0,2 √3 = 0,09 De forma análoga: 0,04 para a massa 2; 0,06 para a massa 3; 0,15 para a massa 4; 0,12 para a massa 5. Incerteza do tipo B A incerteza do tipo B é a incerteza instrumental, que é igual a 0,5mm. Incerteza do tipo C Utilizamos a equação (4) para obter a incerteza do tipo C, 𝜎𝐶 = √𝜎𝐴 2 + 𝜎𝐵 2 (4) Massa 1: 𝜎𝐶 = √0,092 + 0,52 = 0,5080354 De maneira análoga: 𝜎𝐶 = 0,50159744 para a massa 2; 𝜎𝐶 = 0,50358713 para a massa 3; 𝜎𝐶 = 0,52201532 para a massa 4; 𝜎𝐶 = 0,51419840 para a massa 5. Resultados Para a segunda mola Através da formula (1), K=0,196 N/m Discussão: De maneira análoga à primeira mola, obtivemos um valor para K, e é semelhante ao valor encontrado na linearização do gráfico da segunda mola. Desvio padrão Utilizamos a equação (2) para a obtenção do desvio padrão das medidas: 𝜎 = √ ∑ (𝑥𝑖−𝑥)2 𝑛 𝑖=1 𝑛−1 (2) Massa 1: 𝜎 = √ (25,6−25,6)2+(25,7−25,6)2+(25,6−25,6)2 2 = 0,1 De maneira análoga, obtivemos: 0,1 para a massa 2; 0,1 para a massa 3; 0,1 para a massa 4; 0,1 para a massa 5. Incerteza do Tipo A Utilizamos a equação (3) para o cálculo da incerteza do tipo A 𝜎𝐴 = 𝜎 √𝑛 (3) Massa 1: 𝜎𝐴 = 0,1 √3 = 0,03 De forma análoga: 0,06 para a massa 2; 0,08 para a massa 3; 0,04 para a massa 4; 0,08 para a massa 5. Incerteza do tipo B A incerteza do tipo B é a incerteza instrumental, que é igual a 0,5mm. Incerteza do tipo C Utilizamos a equação (4) para obter a incerteza do tipo C, 𝜎𝐶 = √𝜎𝐴 2 + 𝜎𝐵 2 (4) Massa 1: 𝜎𝐶 = √0,032 + 0,52 = 0,5 De maneira análoga: 𝜎𝐶 = 0,5 para a massa 2; 𝜎𝐶 = 0,5para a massa 3; 𝜎𝐶 = 0,5 para a massa 4; 𝜎𝐶 = 0,5 para a massa 5. Discussão: É valido observar que os valores de 𝜎𝐶 não são exatamente os mesmos, porem são todos muito próximos de 0,5, que é bem próximo também da incerteza instrumental. Resultados σΔx(m) Para primeira mola Desvio padrão Utilizamos a equação (2) para a obtenção do desvio padrão das medidas: 𝜎 = √ ∑ (𝑥𝑖−𝑥)2 𝑛 𝑖=1 𝑛−1 (2) 𝜎 = √ (4,9−5)2+(5−5)2+(5−5)2 2 = 0,6 Incerteza do Tipo A Utilizamos a equação (3) para o cálculo da incerteza do tipo A 𝜎𝐴 = 𝜎 √𝑛 (3) 𝜎𝐴= 0,6 √3 = 0,03 Incerteza do tipo B A incerteza do tipo B é a incerteza instrumental, que é igual a 0,5mm. Incerteza do tipo C Utilizamos a equação (4) para obter a incerteza do tipo C, 𝜎𝐶 = √𝜎𝐴 2 + 𝜎𝐵 2 (4) 𝜎𝐶 = √0,032 + 0,52 = 0,506548 Resultados σΔx(m) Para segunda mola Desvio padrão Utilizamos a equação (2) para a obtenção do desvio padrão das medidas: 𝜎 = √ ∑ (𝑥𝑖−𝑥)2 𝑛 𝑖=1 𝑛−1 (2) 𝜎 = √ (1,8−1,9)2+(1,9−1,9)2+(2−1,9)2 2 = 0,1 Incerteza do Tipo A Utilizamos a equação (3) para o cálculo da incerteza do tipo A 𝜎𝐴 = 𝜎 √𝑛 (3) 𝜎𝐴 = 0,1 √3 = 0,6 Incerteza do tipo B A incerteza do tipo B é a incerteza instrumental, que é igual a 0,5mm. Incerteza do tipo C Utilizamos a equação (4) para obter a incerteza do tipo C, 𝜎𝐶 = √𝜎𝐴 2 + 𝜎𝐵 2 (4) 𝜎𝐶 = √0,062 + 0,12 = 0,1 Discussão 1. A partir dos dados obtidos, construa um gráfico da força peso em função da elongação para cada uma das molas avaliadas. Utilize g = 9,8 m/s2 para a aceleração da gravidade. Qual é o comportamento do gráfico? 2. A partir do gráfico, identifique a relação matemática existente entre a força F e a elongação sofrida pela mola. Pudemos observar uma relação de proporção direta, pois a medida que aumentamos a força, aumentamos a elongação da mola. 3. A relação matemática apontada na questão anterior é válida para qualquer elongação? Sim. 4. Podemos afirmar que as molas obedecem à Lei de Hooke? Por que? R: Sim, no nosso experimento, as molas voltaram a sua posição natural(relaxadas). 5. Determine o valor do coeficiente angular e linear da reta ajustada e, a partir dele, determine a constante elástica de cada mola; R: Mola 1: Coeficiente angular = 0,079 ± 0,0031 K = 0,079 Coeficiente linear= -1,26 ± 0,06 Mola 2: Coeficiente angular = 0,21 ± 0,0099 K=0,21 Coeficiente linear= -5,29 ± 0,26 6. Qual a relação entre a constante elástica das molas e o diâmetro das mesmas? R: Percebemos que a mola de maior diâmetro, possui um maior valor para a constante K em relação a mola de diâmetro menor, o que mostra que há uma relação diretamente proporcional entre o diâmetro e a constante K. 7. Diga qual é o significado físico da constante elástica de uma mola e o que ela indica; R: O significado físico da constante K depende do material, do diâmetro e da forma de cada mola, por exemplo, se k=0,49 N/cm, isto significa que uma força de 0,49 N provoca uma deformação de 0,49 cm nessa mola. 8. Enumere as dificuldades encontradas na execução do experimento e diga como estas dificuldades afetaram os dados obtidos; R: No experimento anterior, vimos que a régua é um instrumento de alta incerteza comparado ao paquímetro. A grande dificuldade foi obter medidas utilizando a régua, o que afeta diretamente nos resultados, pois além da incerteza conhecida do instrumento, deve-se levar em consideração a dificuldade dos medidores em obter os dados. 9. Existe diferença em começar a fazer o experimento em ordem crescente ou decrescente de massas? Sim. Começar com massas maiores deformará a mola de uma maneira mais brusca, que pode fazer com que ela não volte para a posição inicial. 10. Houve deformações permanentes na mola? Se houver deformação, calcule o percentual desta variação por incerteza relativa.] R: Não. 11. Imagine uma segunda mola idêntica a utilizada nesse experimento, e que seja posicionada paralelamente a primeira mola. Estabelece-se então uma associação em paralelo entre as molas, e uma constante elástica equivalente. Qual a relação matemática esperada por você existente entre as constantes elásticas das duas situações? R: Caso as molas estivessem dispostas e paralelo, teríamos: F= (𝑲𝟏 + 𝑲𝟐).Δl Conclusão Neste experimento, trabalhamos de forma estatística para determinar se as molas utilizadas para a sua realização, obedecem à lei de Hooke, medindo o comprimento inicial das molas e o comprimento com massas acopladas com um suporte, o que nos deu dados para concluir que as molas utilizadas no experimento de fato obedeciam à lei de Hooke. Bibliografia 1. FERENCE. M. JR., (Goldemberg, J.) et al, Curso de Física de Berkeley Volume 1 Mecânica, ed. MEC, 1973. 2. FERENCE, M. JR., (Gondemberg, J.) et al, Curso de Física: Mecânica, ed. Edgard Blücher Ltda.,1968. FEP0111 - Física I Relatório do Experimento 1 Sistema Massa - Mola Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa de 28 de dezembro de 2017. [1] Máximo, A. e Alvarenga, B. 1997. Curso de Física 1. São Paulo: Scipione.
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