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ROTEIRO SIST RESPIRATÓRIO

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ROTEIRO MORFOFUNCIONAL 3
IDENTIFICAR E DIFERENCIAR AS VIAS URINÁRIAS (IDENTIFICAR A LOCALIZAÇÃO E RELAÇÃO COM A LOJA RENAL, SEUS LIMITES E CONTEÚDO)
Os rins estão situados no retroperitônio, na chamada loja renal, que, além do rim, é composto pelo espaço perirrenal, contendo gorduras e as glândulas suprarrenais e delimitada pela fáscia renal (fáscia de Gerota), que é um denso envoltório de tecido conjuntivo elástico que envolve cada rim e a glândula suprarrenal a ele associada. Todo o retroperitônio é subdividido em fáscias, que limitam a disseminação de doenças, como inflamações, infecções, etc. Os rins produzem urina que é conduzida pelos ureteres até a bexiga urinária na pelve. 
As vias urinárias são compostas por dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra. 
Os ureteres são dois tubos musculares nos quais contrações peristálticas carregam a urina dos rins para a bexiga urinária. Medem de 25-30cm cada. Cada um desce de leve medialmente, anteriormente ao músculo psoas maior, e entra na cavidade pélvica onde se curva para se abrir na base da bexiga urinária. Cada ureter é circundado 1-2cm por um colar incompleto de músculo não estriado, que forma uma bainha. 
A bexiga urinária, quando vazia, localiza-se inteiramente na pelve menor, mas quando se distende, expande-se na cavidade abdominal. Apresenta um fundo, um colo, um ápice, uma face superior e duas faces inferolaterais.
DESCREVER OS REFERENCIAIS ÓSSEOS QUE PERMITEM SITUAR OS ÓRGÃOS QUE COMPÕEM AS VIAS URINÁRIAS
 
 
RECONHECER OS ELEMENTOS CONSTITUINTES DAS VIAS URINÁRIAS NOS EXAMES DE RADIOGRAFIA, UROGRAFIA EXCRETORA, TC E USG
COMPREENDER AS CARACTERÍSTICAS DA INFLAMAÇÃO CRONICA, MORFOLOGIA E PROCESSO INFLAMATÓRIO GRANULOMATOSO
	A inflamação crônica é a inflamação de duração prolongada (semanas ou meses) em que a inflamação, a lesão tecidual e as tentativas de reparo coexistem em variadas combinações. Ela sucede a inflamação aguda ou pode se iniciar insidiosamente, como uma resposta de baixo grau e latente, sem nenhuma manifestação prévia de uma reação aguda. 
	Pode surgir nas seguintes situações:
Infecções persistentes por microrganismos que são difíceis de eliminar. Esses organismos frequentemente estimulam uma reação imunológica chamada de hipersensibilidade do tipo tardia (HTT). 
Doenças de hipersensibilidade. A inflamação crônica desempenha papel relevante no grupo de doenças que são causadas pela ativação excessiva ou inapropriada do sistema imunológico. 
Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, tanto exógenos quanto endógenos. 
Ao contrário da inflamação aguda, que é marcada por alterações vasculares, edema e infiltração predominantemente neutrofílica, a morfologia da inflamação crônica é caracterizada por:
Infiltração com células mononucleares, que incluem macrófagos, linfócitos e plasmócitos. 
Destruição tecidual, induzida pelo agente agressor persistente ou pelas células inflamatórias.
Tentativas de reparo pela substituição do tecido danificado por tecido conjuntivo, realizadas pela proliferação de pequenos vasos sanguíneos (angiogênese) e, em particular, fibrose.
O processo inflamatório granulomatoso é uma forma de inflamação crônica caracterizada por coleções de macrófagos ativos, frequentemente com linfócitos T, e, algumas vezes, associada a necrose central. A formação de granulomas é uma tentativa celular de conter um agente agressor difícil de eliminar. Nessa tentativa, comumente existe intensa ativação dos linfócitos T levando a ativação dos macrófagos, que pode causar lesão aos tecidos normais. Os macrófagos ativos podem desenvolver um citoplasma abundante e começar a se parecer com células epiteliais, sendo chamados de células epitelioides. 
Existem dois tipos de granuloma, que diferem em suas patogêneses.
Os granulomas de corpos estranhos são formados por corpos estranhos relativamente inertes, na ausência de respostas imunológicas mediadas por células T. Formam-se em torno de locais que sejam grandes o suficiente para impedir a fagocitose por um único macrófago e não estimular nenhuma resposta inflamatória ou imunológica. As células epitelioides e as células gigantes são depositadas na superfície do corpo estranho. Ex: suturas.
Os granulomas imunes são causados por uma variedade de agentes capazes de induzir a resposta mediada por células T. Em tais respostas, os macrófagos ativam as células T para produzir citocinas, como a IL-2, a qual ativa outras células T, perpetuando a resposta, e a IFN-γ, que ativa os macrófagos.
ROTEIRO MORFOFUNCIONAL 4
IDENTIFICAR E DESCREVER OS PRINCIPAIS OSSOS QUE CONTÉM MEDULA ÓSSEA VERMELHA: COSTELAS, VÉRTEBRAS, EXTREMIDADES DOS OSSOS LONGOS (MMSS E MMII), ESTERNO E QUADRIL
As costelas são ossos alongados, comparáveis a arcos, que se estendem da coluna vertebral até o esterno, ao qual se unem através das cartilagens costais. No Homem, há doze de cada lado. As sete primeiras articulam-se na frente com o esterno por meio de cartilagem, que lhes é própria (costelas verdadeiras). Da oitava à décima costela elas se unem através de suas cartilagens a uma cartilagem comum, que se articula com o esterno (costelas falsas). A décima-primeira e a décima-segunda costela não se articulam com o esterno (costelas flutuantes).
São formadas por cabeças com duas faces articulares para o processo transverso, colo, tubérculo, ângulo costal, sulco da costela, face interna, face externa, margem superior, margem inferior, cartilagens costais.
A classificação pode ser feita da seguinte forma:
Verdadeiras ou esternais: são os sete primeiros pares. Ligam-se diretamente ao esterno através de suas cartilagens costais.
Falsas ou asternais: são os três pares seguintes. Suas cartilagens fundem-se na cartilagem costal da última costela verdadeira.
Flutuantes: são os dois últimos pares. Não possuem cartilagens. São livres.
 
Os 12 pares de costelas ficam unidos às vértebras torácicas através do corpo vertebral e do processo transverso. Neste dois pontos temos articulações sinoviais planas que permitem o deslizamento da cabeça (que se articula com o corpo) e do tubérculo (que se articula com o processo transverso) das costelas sobre as vértebras, permitindo a também expansão da caixa torácica durante a respiração (juntamente com as cartilagens costais).
Todas as vértebras apresentam 7 elementos básicos:
1. Corpo: É a maior parte da vértebra. É único e mediano e está voltado para frente é representado por um segmento cilindro, apresentando uma face superior e outra inferior. Função: Sustentação.
2. Processo Espinhoso: É a parte do arco ósseo que se situa medialmente e posteriormente.
Função: Movimentação.
3. Processo Transverso: São 2 prolongamentos laterais, direito e esquerdo, que se projetam transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo com a lâmina.
Função: Movimentação.
4. Processos Articulares: São em número de quatro, dois superiores e dois inferiores. São saliências que se destinam à articulação das vértebras entre si.
Função: Obstrução.
5. Lâminas: São duas lâminas, uma direita e outra esquerda, que ligam o processo espinhoso ao processo transverso. Função: Proteção.
6. Pedículos: São partes mais estreitadas, que ligam o processo transverso ao corpo vertebral. Função: Proteção.
7. Forame Vertebral: Situado posteriormente ao corpo e limitado lateral e posteriormente pelo arco ósseo. Função: Proteção.
 
O esterno é um osso chato, plano e ímpar. Determina o limite anterior da caixa torácica e é dividido em 3 partes: o manúbrio (sua parte superior), o corpo (sua maior parte) e o processo ou apêndice xifoide (parte inferior). O esterno protege o coração e os órgãos localizados no mediastino.
 
 
Os ossos do quadril, são:
IDENTIFICAR E DESCREVER AS PARTES COMPACTA E ESPONJOSA DOS OSSOS
	O estudo microscópico do tecido ósseo distingue a substância óssea compacta e a esponjosa. Na substância óssea
compacta, as lamínulas de tecido ósseo encontram-se fortemente unidas umas as outras pelas suas faces, sem que haja espaço livre interposto. Por esta razão, este tipo é mais denso e rijo. Na substância óssea esponjosa as lamínulas ósseas, mais irregulares em forma e tamanho, arranjam-se de forma a deixar entre si espaços ou lacunas que se comunicam umas com as outras e são preenchidas pela medula óssea. 
 
Nos ossos longos, as extremidades ou epífises são formadas por osso esponjoso com uma delgada camada superficial compacta. A diáfise (parte cilíndrica) é quase totalmente compacta, com pequena quantidade de osso esponjoso na sua parte profunda, delimitando o canal medular. Principalmente nos ossos longos, o osso compacto é chamado também de osso cortical.
 
	As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diáfise dos ossos longos são ocupados pela medula óssea. 
No recém-nascido, toda a medula óssea tem cor vermelha, devido ao alto teor de hemácias, e é ativa na produção de células do sangue (medula óssea hematógena). Pouco a pouco, com a idade, vai sendo infiltrada por tecido adiposo, com diminuição da atividade hematógena, sendo a medula vermelha no adulto observada apenas no esterno, nas vértebras, costelas e na díploe dos ossos do crânio; no adulto jovem, é vista nas epífises proximais do fêmur e do úmero. 
Histologicamente existem dois tipos de tecido ósseo: o imaturo ou primário; e o maduro, secundário ou lamelar. Os dois tipos contêm as mesmas células e os mesmos constituintes da matriz. O tecido primário é o que aparece primeiro, tanto no desenvolvimento embrionário como na reparação das fraturas, sendo temporário e substituído por tecido secundário. No tecido ósseo primário, as fibras colá- genas se dispõem irregularmente, sem orientação definida, porém no tecido ósseo secundário ou lamelar essas fibras se organizam em lamelas. 
DIFERENCIAR NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: A JANELA ÓSEA (MEDULA ÓSSEA E CORTICAL ÓSSEA) E IDENTIFICAR AS MESMAS NOS EXAMES RADIOLÓGICOS
REPARO TECIDUAL: ENTENDER OS MECANISMOS DE REGENERAÇÃO
	O reparo tecidual, algumas vezes chamado de cura, refere-se à restauração da arquitetura e função dos tecidos após lesão. A habilidade de reparar o dano causado por agressão tóxica e por inflamação é crítica para a sobrevivência de um organismo. Assim, a resposta inflamatória a microrganismos e tecidos lesados não apenas serve para eliminar esses riscos, como também coloca o processo de reparo em andamento.
	O reparo de tecidos lesados ocorre por meio de dois tipos de reação: regeneração através da proliferação de células residuais (não lesadas) e da maturação das células-tronco teciduais, e deposição de tecido conjuntivo para formar uma cicatriz. 
Regeneração: quando o tecido consegue substituir os componentes danificados e retornar essencialmente ao seu estado normal. Ocorre por meio da proliferação de células que sobrevivem a lesão e conservam a capacidade de se proliferar. 
Deposição do tecido conjuntivo (formação de cicatriz): quando os tecidos lesados não conseguem se restituir por completo, ou quando as estruturas de suporte tecidual estão severamente lesadas, ocorrendo o reparo pela disposição de tecido conjuntivo (fibroso), um processo que resulta na formação de cicatrizes.
A regeneração de células e de tecidos lesados envolve a proliferação celular, a qual é controlada por fatores de crescimento e pelo desenvolvimento de células maduras a partir de células-tronco. 
Vários tipos de células proliferam durante o reparo tecidual. Elas incluem o tecido lesado remanescente (que tenta restaurar a estrutura normal), as células endoteliais vasculares (para criar novos vasos que forneçam os nutrientes necessários ao processo de reparo) e os fibroblastos (a origem do tecido fibroso que forma a cicatriz para preencher os defeitos que não podem ser corrigidos por meio da regeneração). 
Os tecidos do corpo são divididos em três grupos:
Tecidos lábeis ou instáveis: dividem-se continuamente. Ex: epitélio do trato gastrointestinal.
Tecidos estáveis: as células têm apenas atividade proliferativa mínima em seu estado normal. Ex: células do fígado, rim, pâncreas. 
Tecidos permanentes: células diferenciadas e não proliferativas na vida pós-natal. Ex: neurônios e células do músculo cardíaco.
Se o reparo não puder ser alcançado somente pela regeneração, ocorre através da substituição das células lesadas por tecido conjuntivo, ou por meio de uma combinação da regeneração de algumas células residuais. Ao contrário da regeneração, que envolve a restituição dos componentes teciduais, a formação de cicatriz é uma resposta que “remenda”, ao invés de reparar o tecido. 
 
	A angiogênese é a formação de novos vasos sanguíneos, que fornece os nutrientes e o oxigênio necessários ao processo de reparo. 
A migração e a proliferação de fibroblastos, bem como a deposição de tecido conjuntivo frouxo, junto com os vasos e leucócitos entremeados, formam o tecido de granulação. Tem aparência macroscópica rósea, macia e granular, conforme visto sob a crosta de uma ferida cutânea. Sua aparência histológica é caracterizada pela proliferação de fibroblastos e capilares novos e delicados de paredes finas, em uma MEC frouxa, geralmente com a mistura de células inflamatórias, principalmente macrófagos. Progressivamente, o tecido de granulação invade o local da lesão; a quantidade de tecido de granulação que é formado depende do tamanho do déficit no tecido criado pela ferida e da intensidade da inflamação. 
	Os macrófagos desempenham papel crucial no reparo, ao eliminar os agentes agressores e o tecido morto, ao fornecer fatores de crescimento para a proliferação de varias células e ao secretar citocinas que estimulam a proliferação de fibroblastos e a síntese e deposição de tecido conjuntivo. Os macrófagos predominantes são do tipo M2.

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