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Disciplina: Língua Portuguesa Instrumental Coordenadora: Professora Helena Feres Hawad Exercícios de revisão com vista à AP2 (A) Caro Aluno, Os exercícios a seguir visam a oferecer a você uma oportunidade de rever e fixar os conteúdos trabalhados no curso. Reserve tempo para eles, faça-os com empenho e atenção. Se desejar, pode consultar seu material didático. Não se contente em “responder mentalmente” às questões propostas. O trabalho de escrever é uma poderosa ferramenta de estudo: ajuda a organizar a compreensão e favorece a atividade da memória. Então, escreva todas as respostas de forma clara e completa, como se você estivesse fazendo uma prova. Após fazer os exercícios, compare suas respostas com as do gabarito fornecido. Tenha cuidado para não tentar iludir a si mesmo: não consulte o gabarito antes de ter se esforçado para fazer os exercícios do modo mais caprichado possível! Recorra aos tutores em caso de dúvidas. Bom estudo! O texto a seguir serve de base para as questões da 1 à 6. Pão: amor, tempo e leveduras Fazer pão é, sem dúvida, uma arte. Exige amor e tempo. O pão originou-se na antiga civilização egípcia, por acaso, como tantos outros inventos. A mistura de farinha e água era deixada ao sol até que se formassem bolhas e então assada entre pedras aquecidas. Os egípcios não sabiam, claro, que as bolhas decorriam do gás carbônico excretado pela levedura como produto final da metabolização do açúcar existente na farinha. Os judeus, na urgência da fuga do Egito, não puderam esperar as bolhas e levaram a mistura de farinha e água não levedada. Tal fato é relembrado até hoje na Páscoa judaica, quando é comido o chamado “pão ázimo”. Com o tempo, os egípcios aprenderam a guardar um pouco daquela massa com bolhas para juntá-la à nova mistura. Essa “tecnologia” revolucionou a arte de fazer pão. Na Europa, era costume a mãe oferecer um pouco de massa de pão em dote para a filha, com a ideia de que esta, no futuro, fizesse o mesmo com sua filha, e assim sempre se comesse um bom pão. Conta-se que os irmãos Fleischmann, austríacos, ao visitarem uma irmã nos Estados Unidos, em 1865, ficaram horrorizados com a qualidade do pão. Ao emigrarem definitivamente, dois anos depois, levaram no bolso um pouco do lêvedo usado na casa da mãe – e iniciaram a indústria de produção do lêvedo prensado ou desidratado que existe, hoje, no mundo inteiro. As mitocôndrias são compartimentos responsáveis por grande parte da produção de energia nas células. As leveduras são capazes de sobreviver com ou sem essas organelas: no primeiro caso, respiram; no segundo, fermentam. Para a fabricação de pão, as células de levedura são produzidas em baixa concentração de glicose e na presença de muito oxigênio (aeração intensa), para que desenvolvam totalmente suas mitocôndrias. Em tais células, a metabolização do açúcar existente na massa do pão vai até o resíduo final, o gás carbônico, que faz a massa crescer. A levedação do pão, portanto, não resulta de uma fermentação, e sim de um processo respiratório. A textura e o sabor do pão dependem de uma boa farinha. As melhores são as artesanais, em que os grãos são moídos entre pedras. Os moinhos modernos aquecem os grãos, o que prejudica a qualidade da farinha, já que o calor destrói as enzimas que convertem o amido em açúcares “metabolizáveis” pela levedura. Não se pode ter pressa ao fazer pão. Uma massa que cresce lentamente é mais saborosa que aquela feita às pressas. A temperatura ideal é de 28 o C, mas em certas receitas a massa repousa na geladeira por uma noite, favorecendo o sabor do produto final. O ato de sovar promove a aeração da massa, e com isso a levedura “respira” melhor o açúcar: o ideal é sovar duas vezes, deixando a massa crescer após cada vez. Até o século 17, pelo menos, a massa não era sovada e os pães pareciam pratos rasos. Aliás, ainda são usados como pratos em pequenos povoados da Sardenha (Itália). O gás carbônico resultante da respiração da levedura é retido pelas fibras proteicas (glúten) da farinha, tornando o pão fofo e leve. A receita não mudou muito desde o tempo dos antigos egípcios. Exige tempo, calor e amor. (Anita Panek. Ciência Hoje. julho/2003. p.62-63.) 1. Nesse texto, é possível identificar três conjuntos básicos de informações: I. fatos históricos II. fatos biológicos III. fatos culinários a. Em linhas gerais, um desses blocos de informações é predominante em cada um dos parágrafos do texto. Indique qual é o bloco predominante em cada um dos parágrafos do 1º ao 5º. b. Apesar dessa diversidade de informações, o texto possui uma unidade de sentido. O que confere a ele essa unidade? 2. Justifique o emprego das vírgulas nos fragmentos abaixo. a. Com o tempo, os egípcios aprenderam a guardar um pouco daquela massa com bolhas para juntá-la à nova mistura. (2º parágrafo) b. As melhores são as artesanais, em que os grãos são moídos entre pedras. (4º parágrafo) 3. Não se pode ter pressa ao fazer pão. (5º parágrafo) a. Nessa frase, que recurso foi empregado para expressar impessoalização? b. Transcreva do 2º parágrafo do texto um exemplo em que o mesmo recurso de impessoalização é empregado. c. Reescreva o fragmento abaixo, empregando o mesmo recurso de impessoalização e conservando o sentido. Até o século 17, pelo menos, a massa não era sovada. (5º parágrafo) 4. Se a ortografia registrasse apenas a pronúncia (isto é, os sons), as palavras em negrito nos fragmentos a seguir poderiam ser igualmente escritas com a letra s ou com a letra z. No entanto, não é assim. Fazendo referência às famílias de palavras, justifique o emprego de s ou z em cada palavra destacada. a. Conta-se que os irmãos Fleischmann, austríacos, ao visitarem uma irmã nos Estados Unidos, em 1865, ficaram horrorizados com a qualidade do pão. (2º parágrafo) b. Uma massa que cresce lentamente é mais saborosa que aquela feita às pressas. (5º parágrafo) 5. Reescreva a frase abaixo, passando-a para a voz passiva. Faça apenas as alterações necessárias. Os irmãos Fleischmann iniciaram a indústria de produção do lêvedo. 6. Reescreva a frase abaixo, extraída do 1º parágrafo, substituindo o verbo formar-se pelo verbo haver e conservando o sentido. A mistura de farinha e água era deixada ao sol até que se formassem bolhas e então assada entre pedras aquecidas. 7. Ao fazer um trabalho acadêmico, um estudante universitário organizou a lista de referências bibliográficas conforme aparece abaixo. Aponte três erros que ele cometeu, considerando o padrão convencional usado na organização desse tipo de lista. Ingedore Villaça Koch. A coesão textual. São Paulo, Editora Contexto. Adilson Citteli. O texto argumentativo. São Paulo, Editora Scipione. Lucília do Carmo Garcez. Técnica de redação. São Paulo, Editora Martins Fontes.
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