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Resumo Tributário
Parte I – CF - Tributo
- Prestação pecuniária, compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir (indexador econômico), que não constitua sanção de ato ilícito (exclui a multa), instituído (e majorado) em lei e cobrado por meio de atividade plenamente vinculado (quanto ao fim e não à forma).
- Prescrição do CT é em 5 anos e sofre causa de suspensão e interrupção porque é o CT. Quando o crédito é não tributário, não sofre suspensão ou interrupção e pode ter prazo diverso. O FGTS não é tributo, por isso pode ter prescrição prevista em lei especifica de 30 anos. Quando não há previsão de prazo especifico, deve usar o prazo geral do CC de 10 anos ou o prazo de 5 anos do Decreto 20.910/32?
Ver súmula 398 do STJ. Por nao ser tributo o FGTS não aplica correção com base na SELIC.
Receita Originária – explora o próprio patrimônio ex.: aluguel
Receita Derivada – explora o patrimônio do contribuinte ex.: tributos
	Taxa
	Preço Público
	Compulsória
	Voluntária 
	Exige autorização orçamentária
	Ø autorização orçamentária
- No Direito Civil a solidariedade não se presume, só pode decorrer da lei ou da vontade das partes. No Direito Tributário, a solidariedade pode decorrer da lei ou ser presumida quando tenham interesse comum na situação que constitua o FG da obrigação principal (nesse caso a cobrança tem discricionariedade quanto a sua forma, a autoridade pode cobrar de um, do outro ou ainda dos dois).
- Classificação dos Tributos
STF: quintapartite
Imposto: independe de atuação estatal, não tem caráter de contraprestação. O FG é uma presunção de riqueza. 
Taxa: depende de atuação estatal, tem caráter de contraprestação. O FG é uma atividade dinâmica do estado: 
Exercício do poder de polícia 
Prestação de serviço público, específico e divisível.
Contribuição de Melhoria: depende de atuação estatal, tem caráter de contraprestação. O FG é uma atividade estática do estado.
Empréstimos Compulsórios: União pode por meio de LC instituir empréstimo compulsório para:
Atender despesas extraordinárias decorrentes de:
Calamidade pública
Guerra externa
Eminência de guerra externa
Investimento público de caráter urgente e relevante interesse nacional
Obs.:. Esses não são os seus FG e sim as situações fáticas autorizativas.
Contribuições especiais 
	Imposto
	FG não vinculado (independe at. est.)
	Destino não vinculado
	Taxa
	FG vinculado (depende at. estatal)
	Destino não vinculado. Ex: custas judiciais
	Contribuição de Melhoria
	FG vinculado (depende at. estatal)
	Destino não vinculado
	Empréstimos Compulsórios
	FG não vinculado (independe at. est.)
	Destino vinculado (à despesa fundamento)
	Contribuições especiais
	FG não vinculado (independe at. est.)
	Destino vinculado
Espécies tributárias
Impostos
-O texto da CF não cria tributos, nem ao menos impostos. Ela apenas estabelece quais tributos poderão ser criados por cada ente federativo. A CF atribui competência tributária a esses entes.
Taxas
-Art. 78 do CTN
-Há dois tipos de taxa: decorrente da prestação de serviço publico específico e divisível, efetiva ou potencial e taxa decorrente do exercício regular e efetivo do poder de polícia.
-As contribuições de iluminação pública são o que agora? Alguns doutrinadores a admitem como contribuição social especial (porque não é de competência da União). A FCC a entende como contribuição sui generis.
-O CTN prevê que determinados serviços, dada a sua importância e essencialidade para a vida em sociedade, não são de opção facultativa. O CTN gera uma presunção: a mera disponibilização do serviço (não precisa efetiva utilização – pode ser potencial) gera uma presunção de que ele vai ser compulsoriamente utilizado. Ex: coleta domiciliar de lixo.
-O poder de policia que fundamenta a cobrança de uma taxa é o efetivo! Não há cobrança de taxa pelo exercício de poder de polícia potencial. Não significa que cada um dos contribuintes isoladamente deva ser fiscalizado. O STF entende que não precisa de uma fiscalização porta-a-porta. Efetivo = estrutura administrativa + capacidade material de exercer o poder de polícia. Mas não significa que cada individuo deva ser individualmente fiscalizado.
-Ex: fiscalização de restaurantes em um Município. Cria órgão na lei, mas não na prática – não há exercício do poder de polícia – não há cobrança de taxa.
-Ex: no mesmo exemplo: cria-se o órgão, tem funcionários... Esse órgão fiscalizou 70% dos restaurantes do município. Os outros 30% devem pagar? Sim, porque está havendo regular exercício do poder de polícia – não há fiscalização direta, mas há benefícios indiretos para o sistema.
-Proibição de taxas com BC semelhante à de impostos – art. 145, §2. 
-Taxa de coleta domiciliar de lixo com base no tamanho do imóvel seria inconstitucional pq teria a mesma BC de IPTU? STF disse que não. A BC do IPTU é o valor venal do imóvel, ao passo que a BC do caso da coleta domiciliar de lixo é a área do imóvel. As BC são diferentes. E ainda disse que era razoável tal distinção.
-Súmula 595 STF – é inconstitucional a taxa municipal de conservação de estrada de rodagens cuja BC seja a mesma da BC do ITR.
-Destinação – vinculada ou não? 2 correntes: 
1) Majoritária – tributos só são vinculados no destino da arrecadação quando a CF assim estabeleça. A CF enumera apenas 2: Empréstimo compulsórios e contribuições, não se incluindo as taxas. 
OBS: Exceção - custas judiciais – art. 98 da CF – elas devem ser utilizadas a financiar o serviço de prestação jurisdicional.
2) Minoritária – PUC/SP – tem destinação vinculada, embora não haja previsão constitucional uma vez que a sistemática das taxas leva a essa interpretação.
Contribuições de melhoria
-O FG não é a mera realização da obra pública, mas a valorização imobiliária que decorre dessa obra. É um tributo vinculado no FG.
-É de competência comum: todos os entes políticos podem instituir, desde que seja o responsável pela obra feita que tenha valorização.
-Atenção – tem que haver valorização imobiliária e não mero benefício/utilidade. Nem todo benefício decorrente de obra pública é FG para a contribuição de melhoria.
-Pode haver presunção de que a obra pública gera necessariamente valorização imobiliária? Não, porque a valorização imobiliária é o próprio FG da contribuição de melhoria. O ente deve demonstrar tal valorização.
-Pressupõe a realização da obra. Só é possível cobrar quando a obra estiver pronta ou quando já se puderem estabelecer os critérios de cobrança. O que se quer dizer é que não se pode utilizar desse tributo como forma de angariar fundos para a construção da obra. Se a obra publica já está num estágio avançado e já se consegue definir as vantagens auferidas e o custo da obra, pode-se cobrar, desde já, a contribuição de melhoria. O que não pode ocorrer é cobrança antes da obra pública, porque não haverá nem FG.
-OBS: Obras públicas feitas em convênio – cada ente vai cobrar o referente ao valor investido na obra pública.
-Para o cálculo, adotamos o sistema misto – art. 82 do CTN: valor global (valor da obra) e individual (valorização de cada imóvel).
Empréstimo Compulsório
- FG não vinculado e destino vinculado.
- Só pode ser instituído pela União (competência privativa) através de LC. 
- Deve ser devolvida da mesma forma da sua cobrança, entende o STF!!.
- Situações autorizativas:
a) despesas extraordinárias decorrentes de calamidade pública, guerra externa ou sua eminência.
b) investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional
-Se ele foi cobrado em $, deve ser devolvido em $. Embora seja essa a jurisprudência do STF, excepcionalmente o empréstimo compulsório sobre os combustíveis feito em meados de 1980 foi devolvido em títulos da dívida pública.
Contribuições especiais
-Em regra são de competência privativa da União. Lembre-se das contribuições da iluminação pública.- Dividem-se em: a) sociais; b) intervenção no domínio econômico; c) corporativas.
-As contribuições sociais dividem-se: a) seguridade social (art. 195 CF); b) gerais; c) novas contribuições de seguridade social (art. 195 §4 da CF).
-De acordo com o art. 149, § 1 – Os Estados, DF, Municípios podem instituir contribuição especial social de seguridade social destinada à previdência social. Nas provas FCC: “a União compete privativamente instituir contribuições especiais” – falso porque há a exceção das contribuições especiais sociais de seguridade para a previdência.
-OBS: Paulo de Barros Carvalho: o FG tem função indiciária da BC. 
Aula 10/02/09
Competência tributária
-Poder que a CF confere aos entes políticos para que estes editem lei e criem um tributo. Logo, só pode ter competência tributária quem tem competência legislativa.
-Competência do art. 24 da CF (competência concorrente pra legislar sobre direito tributário) não é competência tributaria, mas sim competência para legislar sobre direito tributário. Competência tributária é para criar tributos!
-Características da competência tributária:
Indelegabilidade/intransferibilidade – nenhum ente pode delegar a outro ente a competência constitucionalmente lhe atribuída. At. 6 do CTN.
Irrenunciabilidade – nenhum ente tem a possibilidade de renunciar esse poder constitucional que lhe foi outorgado porque o poder de competência está diretamente afeto à idéia de autonomia e, por conseqüência, ao pacto federativo.
Imprescritibilidade – o mero fato de o ente não exercer esse poder não gera para ele a impossibilidade de fazê-lo quando quiser. Ex: IGF.
Facultatividade no exercício – nenhum ente é compelido a instituir aqueles tributos que lhe foram atribuídos como de sua competência.
-Classificação das competências tributárias:
1) Privativa;
-Só pode ser exercido pelo próprio ente em relação aos tributos constitucionalmente atribuídos a ele.
-Estão submetidos à competência privativa 3 tipos de tributos: 
a) Impostos;
b) Contribuições especiais�;
c) Empréstimos compulsórios (art. 148 CF).
2) Comum;
-Podem ser exercidas por qualquer ente. 2 tipos de tributos que podem ser instituídos por qualquer ente:
a) Taxas; 
b) Contribuições de melhorias.
3) Cumulativa;
-Art. 147 da CF – em determinadas circunstâncias a União, em territórios federais cobrará impostos estaduais e municiais.
-Se o território não for dividido em municípios – União cobra estaduais e municipais.
-Se o território federal for dividido em municípios – União cobra somente os Estaduais.
-Do mesmo modo, o DF exerce competência cumulativa, ao passo que institui tanto impostos estaduais e municipais.
OBS: normalmente o CESPE diz que só a União exerce competência cumulativa – falso o DF também – cuidado!.
4) Residual;
-É da União para instituir impostos residuais e contribuições especiais residuais, sempre através de lei complementar.
-Arts. 154, I e 195, §4º da CF. 
-São 3 requisitos para exercício da competência residual da União:
a) Lei complementar;
b) Não-cumulatividade – cada etapa da cadeia produtiva pode ser abater do que já foi pago nas etapas anteriores;
!!! OBS - STF: se houver uma isenção (a alíquota existe, mas o governo dá isenção) no meio da cadeia produtiva, o contribuinte da etapa seguinte pode se creditar do que o contribuinte da etapa isenta teria pago se não houvesse a isenção. Se for o caso de alíquota zero (nesse caso não há alíquota legal) – como faz pra calcular o crédito que o contribuinte da etapa seguinte tem que pagar se não houve alíquota na etapa em que teve alíquota zero? Embora na prática, pra quem tá dentro do ciclo a isenção e a alíquota zero produzam o mesmo efeito econômico, há direito ao creditamento na isenção porque há alíquota positiva na TIPI, mas no caso de alíquota zero há um problema de calculo da etapa – porque a alíquota na TIPI é 0%. Porque zero sobre a base dá zero. E se o STF fixasse alguma alíquota, estaria atuando como legislador positivo e isso violaria a separação de poderes
HOJE NÃO HÁ DIREITO DO CREDITAMENTO DO IPI EM NENHUMA HIPOTESE ( Alíquota zero, NT ou isenção). Entend. Do STF
c) Não tenham FG e BC de um dos impostos já previstos no texto da CF. 
STF diz que a não existência de outro tributo com FG e BC idênticos se refere à mesma espécie tributária. Assim imposto residual não pode ter FG e BC de imposto da existente, ao passo que uma contribuição social para a seguridade social residual não pode ter mesmo FG e BC de outra contribuição social para a seguridade social já existente. !!! Duas contribuições sociais podem ter mesmo FG e mesma BC, desde que previsto na CF (PCO é ilimitado) !!! . O que a CF veda é que ao se criar uma nova contribuição social para a seguridade social não se estabeleça mesmo FG e BC de outra contribuição social para a seguridade.
5) Extraordinária.
-Art. 154, II CF – É da União para a criação de impostos extraordinários no caso de iminência ou guerra externa, compreendidos (bis in idem) ou não (bitributação) em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.
-E um caso de bitributação lícita – não é uma hipótese de invasão da competência tributária dos estados/municípios – o CESPE costuma afirmar isso: falso.
OBS: Bis in idem X bitributação
-Bitributação – dois ou mais entes tentam tributar a mesma grandeza econômica através de tributos diversos. É, a princípio, vedado. Há exceção�.
-Bis in idem – quando o mesmo ente tributa através de 2 ou + tributos diferentes a mesma grandeza econômica. Ele é permitido�.
	IEG – art. 154, II
	Empréstimo compulsório - art. 148
	-Criados pela União
	-Criados pela União
	-Criados por lei ordinária!!!
	-Só por LC
	-Guerra externa e sua iminência
	-Calamidade pública, guerra externa ou sua iminência
	-Não-restituível
	-É restituível
	-Não-vinculação da arrecadação quanto ao destino – uma vez que é um imposto. 
	-Vinculação da arrecadação quanto ao destino.
Capacidade tributária ativa
-Possibilidade de ocupar o pólo ativo da relação jurídica. Normalmente o próprio ente que detém competência é que figura no pólo ativo da relação jurídico-tributária. Entretanto, ele pode delegar a uma PJ de direito publico.
-Capacidade tributária ativa quer dizer que o ente exerce três tipos de funções: fiscalizar, arrecadar e executar.
-O ente pode delegar capacidade tributaria a PJ de direito público. PJ de direito privado nunca pode ocupar o pólo ativo da relação.
-O conceito pressupõe a necessidade ou possibilidade que essa PJ de direito publico possa, ao mesmo tempo, fiscalizar, arrecadar e executar. 
-PJ de direito privado só funciona na OT de três formas: a) sujeito passivo; b) agente arrecadador�; c) destinatária do produto da arrecadação�.
-Art. 119 CTN
Princípios comuns a todos os entes políticos
 → LEGALIDADE (ART. 150, I DA CF/88)
Interpretação conjunta dos art. 150, I, da CF/88 c/c art. 97 do CTN (FG, SP, BC, AL, OT, multa, CT)
-Em direito tributário o princípio da legalidade não se restringe à criação e instituição de tributos, mas à definição de tudo aquilo que for fundamental à relação jurídico-tributária.
- A instituição ou modificação de tributo deve ser feita por meio de lei. 
-Qual o conteúdo que se submete a essa regra?
Elementos		FG - conduta
Princípio		BC – valor tributável
Da Taxatividade	AL – geralmente o percentual
Sujeitos (ativo e passivo)
Pelo princípio da simetria, a revogação do tributo também deve ser feita por meio de lei em sentido estrito (lei ou MP).
- Qual tipo de lei serve?
-Regra geral: Lei Ordinária
-Então devemos olhar para a CF e ver quais instrumentos possuem força de lei e, assim:
a) Lei Delegada
b) Medida Provisória� – só não pode se o tributo for matéria de Lei Complementar.
- E quais os tributos estão sujeitas à lei complementar e, por isso não podem ser instituídos por MP?
a) Empréstimos compulsóriosb) IGF
c) Impostos residuais da União;
d) Contribuições sociais para a seguridade social residual.
- O princípio da legalidade se relaciona com o da taxatividade.
OBS: Multa referente à falta de pagamento de tributo também precisa estar prevista em lei não porque faz parte do conceito de tributo, mas sim porque é uma obrigação tributária (dever patrimonial) principal e, assim, deve estar prevista em lei.
Critérios para haver hipótese de incidência da norma:
Material – previsão abstrata do fato gerador – verbo + complemento
Temporal – definir o momento da ocorrência do fato gerador;
Espacial – local de ocorrência do fato gerador – Brasil – critério da nacionalidade. O Brasil também tributa rendas auferidas por brasileiros no estrangeiro.
OBS: Brasil e EUA – tratado internacional para evitar a bitributação.
Quantitativo – BC + AL.
Pessoa – sujeito ativo/sujeito passivo.
Exceções – atingem o elemento AL�.
II
IE	 Tributos predominantemente extrafiscais. Pode aumentar e baixar
IPI
IOF
CIDE – combustíveis – art. 177, §4º da CF�;- DIMINUIR E RESTABELECER POR ATO DO XECUTIVO.( Não pode majorar, SE QUISER MAJORAR SO POR LEI)
ICMS – combustíveis – art. 155, p§4º�. Quem estabelece e o CONFAZ
OBS: Há duas exceções na jurisprudência dos tribunais que também mitigam o princípio da legalidade, vejamos:
1) É possível que ato do executivo altere o prazo de recolhimento de um determinado tributo, porque não é algo fundamental à relação jurídica já que não tem o condão de aumentar a carga tributária.
2) Art. 97, §2º CTN – a mera correção monetária da BC do tributo não constitui majoração do tributo e, por isso, não depende de lei. 
- IPTU (Súmula 160 STJ) – correção de tributo utilizando-se de fator oficial de correção monetária é possível sem lei. Mas, se o fizer sem base em fator oficial, é necessária a edição de lei.
ITCMD - Resolução do SF que fixa valor máximo da alíquota. Ver RE 218086.
-Se antiga resolução do SF previa uma alíquota máxima e o Estado-membro adotou essa alíquota máxima. Aí o SF altera por uma nova resolução essa alíquota máxima, o Estado precisa editar outra lei ou a Resolução do Senado já basta? Deve o Estado-membro editar nova lei, uma vez que estaria ferindo o principio da legalidade tributária porque o SF, através de resolução, é que estaria definindo a AL de um Estado-membro.
A questão dos conceitos jurídicos indeterminados: o SAT e as Leis N° 7787/89 e 8212/91: possibilidade de que o regulamento aclare conceitos jurídicos indeterminados na lei. 
RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO PELO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS – TRIBUTÁRIO – CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – SAT – PARÂMETROS ESTABELECIDOS POR REGULAMENTO – LEGALIDADE. 1. É pacífico o entendimento desta Corte de que não ocorre afronta ao princípio da legalidade quando se estabelece, por meio de decreto, os graus de risco (leve, médio ou grave) para efeito de Seguro de acidente do trabalho, "partindo da atividade preponderante da empresa" (REsp 415.269-RS, Rel. Min. Eliana Calmon, DJ 1.6.2002, e REsp 392.355-RS, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, DJ 12.8.2002). 2. Na mesma linha, a Primeira Seção assentou que "a definição do grau de periculosidade das atividades desenvolvidas pelas empresas, pelo Decreto n. 2.173/97 e pela Instrução Normativa n. 02/97, não extrapolou os limites insertos no artigo 22, inciso II da Lei n. 8.212/91, com sua atual redação constante na Lei n. 9.732/98, porquanto tenha tão-somente detalhado o seu conteúdo, sem, contudo, alterar qualquer dos elementos essenciais da hipótese de incidência. Não há, portanto, ofensa ao princípio da legalidade, posto no art. 97 do CTN, pela legislação que institui o SAT - Seguro de Acidente do Trabalho" (EREsp 297.215/PR, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJ 12.9.2005). Recurso especial conhecido e provido. RESP 856817/SP.
→ IRRETROATIVIDADE
Obs: Para o STF complexivo ocorre no caso do IR em 31/12. SE se tratar de cSLL também ocorrera em 31/12 e terá que esperar apenas o prazo de 90 dias para eventual majoração.
VER SUMULA 584- O STF NÃO TEM APLICADO. CUIDADO A PROVA PODE ACATAR A SUMULA.
-A questão dos fatos geradores instantâneos e complexivos (art. 150, III, a) - a lei tributária não poderá retroagir para alcançar fatos geradores passados. 
-Não há exceção constitucional ao princípio da irretroatividade da lei tributária. Com efeito, a Constituição não excepciona nenhum tributo, por sua própria natureza, do princípio em comento. Por outro lado, isso não significa dizer que o princípio da irretroatividade é absoluto, de modo que leis tributárias não podem atingir fatos geradores ocorridos antes de sua vigência. Deve-se atentar para a dicção do artigo 106 do CTN, o qual prevê hipóteses de aplicação retroativa da lei, mas em função de seu caráter ou conteúdo, e não em função do tributo a que ela se refere.
-Possui exceções:
A) Retroatividade benéfica
- Art. 106 do CTN – normas expressamente interpretativas (I) e que reduzam de penalidade (II) poderá ser aplicada uma lei retroativamente.
I – Normas meramente interpretativas�.
II – Normas tributárias penais desde que benéficas podem retroagir, desde que não haja, no caso, ato definitivamente julgado�.
- Condição para que haja essa retroatividade é a inexistência de pagamento – o ato deve estar em aberto.
Ex: Lei 2002 – IR – AL 20% - Multa 45% - Em 2003 a pessoa realiza o FG e não faz o pagamento. Em 2004 vem outra lei que diz: IR – AL 15% - Multa 35%. Em 2005 a pessoa sofre fiscalização e sofre lançamento tributário. Qual AL? 20% - tributo nunca retroage. Qual a multa? 35%. A lei de 2004 retroage porque é + benéfica.
B) Retroatividade do art. 144, p1 CTN
- Instituição de novos critérios de apuração/fiscalização ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios (exceto se atribuir responsabilidade tributária a terceiros)
Ex: LC 105/2001 – quebra de sigilo bancário por autoridade administrativa. Deve haver procedimento de fiscalização + dúvida fundada = quebra de sigilo bancário.
Fato gerador em 1999 do IR – Sonega uma parte. Em 2001 vem a LC 105 que permite cruzar os dados do CPMF com o IR para fiscalizar. Em 2002 inicia-se uma fiscalização para este contribuinte para o fato gerador de 1999. 
	
Art. 185, caput – alienação de bens já é presumidamente fraudulenta se o contribuinte estiver crédito inscrito na dívida ativa. 
-Súmula 584 do STF: ao IR calculado sobre os rendimentos do ano base aplica-se a lei vigente no exercício financeiro e que deve ser apresentada a declaração. 
AGU (2002): “O PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DA LEI TRIBUTÁRIA NÃO É INCOMPATÍVEL COM A EXISTÊNCIA DE LEIS TRIBUTÁRIAS QUE PRODUZAM EFEITOS JURÍDICOS SOBRE ATOS PRETÉRITOS”. Certo!
→ ANTERIORIDADE (ART. 150, INCISO III, b)
- Estabelece uma vacatio legis específica para o Direito Tributário.
Uma vez publicada uma determinada lei que tenha instituído/majorado um tributo só tem eficácia no exercício financeiro seguinte.
Proteger o contribuinte contra a surpresa de nova tributação que aumente a carga tributária – não se sujeitam à anterioridade a mera alteração do prazo de recolhimento e a mera correção monetária. Também não se sujeita à anterioridade as mudanças que diminuam a carga tributária.
Exceções – são as 6 exceções ao da legalidade + outros 3: 
a) A alteração da alíquota dos impostos federais de função nitidamente extrafiscal (II, IE, IPI, IOF); 
b) O ICMS-combustíveis, nos termos do artigo 155 §4°, inciso IV, alínea c; 
c) A diminuição e restabelecimento da alíquota da CIDE-combustíveis, nos termos do artigo 177, § 4°, da CF/88; 
d) Os empréstimos compulsórios - calamidade pública ou guerra externa�; 
e) IEG; 
f) Contribuições sociais de seguridade social�
Medida provisória convertida em lei e termo inicial para o respeito à anterioridade. 
Como tem força de lei – já começa a contar desde o começo
Ex: COFINS – majorada em 20/02/2006 – MP 60 dias + 60 dias – Só que se submeteà anterioridade de 90 dias.
			90 dias
20/02								 20/06 – não é conv. em lei
 60 dias						60dias
 MP 20/04 20/05 COFINS majorada e exigida
- Nesse caso não há restituição.
- Essa regra só vale para os impostos – O principio da anterioridade só começa a contar a partir da conversão em lei.
Regra geral
-Regra geral: CF – 1988 – redação original
	Regra geral
	Regra específica
	- Art. 150, III, b da CF
- Para todos os outros tributos
- Só produz efeitos a partir do exercício seguinte à data de publicação da lei.
	- Art. 195, p6 CF
- Só para contribuições destinada ao financiamento da seguridade social
Só após o prazo de 90 dias produzirá efeitos
-Tb chamada de anterioridade mitigada
- Gerou insegurança jurídica – aí veio a EC 42/2003
“a partir da data de publicação” – entre a data de publicação e a produção de efeitos hoje, no mínimo, 90 dias. 
Ai surgiu uma norma regra com a EC 42 - Regra: exercício seguinte + 90 dias entre publicação e efeitos. Há exceções: 
	Exigência imediata
Lei 20/06 -> efeitos 21/06
	Apenas 90 dias
Lei 20/06 -> efeitos 20/09
	Apenas exercício seguinte
Lei – 20/12 -> 01/01
	IEG
Empréstimo Compulsório – calamidade ou guerra
IEG
II
IOF
	IPI
ICMS – combustíveis
CIDE – combustíveis
Contribuições Sociais para a seguridade social (pq é do regime próprio delas)
	IR
IPTU Alteração do BC
IPVA Pq são anuais
Empréstimo compulsório decorrente de investimento público relevante
OBS: O princípio da anterioridade se aplica nos casos de instituição e modificação de tributos. Caso da prorrogação da CPMF – o STF disse que a prorrogação não se submete a esse princípio.
OBS: Não existe + o princípio da anualidade – “o tributo só pode ser exigido no ano seguinte se houvesse previsão orçamentária”.
 
A questão da revogação de isenções onerosas e o princípio da anterioridade�.
-As isenções podem ser gratuitas (sem exigir nenhum tipo de contraprestação) ou onerosas (quando se exige contraprestação – normalmente pro prazo certo�).
-STF: Revogação de isenção não representa majoração de tributo. Se não for concedida por prazo certo e condição onerosa – é revogável.
- Exceções – art. 104, III CTN-O STF entende que esse dispositivo não se aplica – não foi recepcionado. Não precisa esperar a anterioridade.
I - Sobre o patrimônio e a renda
III - Extinguem ou reduzem isenções, salvo se alei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no art. 178
AGU (2002): “CONFORME A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, AS ISENÇÕES NÃO CONDICIONADAS OU SEM PRAZO DEFINIDO PODEM SER REVOGADAS A QUALQUER TEMPO POR LEI E, UMA VEZ REVOGADA A ISENÇÃO, O TRIBUTO VOLTA A SER IMEDIATAMENTE EXIGÍVEL, SENDO IMPERTINENTE A INVOCAÇÃO DO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE”. – Certo!
AGU (2002): “SEGUNDO O CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL, OS DISPOSITIVOS DE LEI QUE REVOGUEM ISENÇÕES RELATIVAS A IMPOSTOS SOBRE O PATRIMÔNIO OU A RENDA SOMENTE ENTRAM EM VIGOR NO PRIMEIRO DIA DO EXERCÍCIO SEGUINTE ÀQUELE EM QUE OCORRA SUA PUBLICAÇÃO, SALVO SE A LEI DISPUSER DE MANEIRA MAIS FAVORÁVEL AO CONTRIBUINTE”. Certo!
→ ANTERIORIDADE NONAGESIMAL (ART. 150, III, c, acrescido pela EC Nº 42/2003). 
Noções gerais já balizadas acima (principio da anterioridade).
Exceções a esse princípio:
a) A alteração da alíquota (NÃO DA BASE DE CÁLCULO) dos impostos federais de função nitidamente extrafiscal (II, IE, IOF), À EXCEÇÃO DO IPI; 
b) Os empréstimos compulsórios instituídos com base na calamidade pública ou guerra externa; 
c) IEG; 
d) O IR
e) BC do IPTU e do IPVA�. Perceba que o IR, bem como as bases de cálculo do IPTU e IPVA se submetem à legalidade e anterioridade, excetuando, apenas, a anterioridade nonagesimal. Por outro lado, o IPI excepciona a legalidade e a anterioridade, MAS SE ENCONTRA SUMETIDO À ANTERIORIDADE NONAGESIMAL. 
→ NÃO-CONFISCO (ART. 150, INCISO IV)
- Os tributos não poderão ter caráter expropriatório do particular.
- Podem ser aplicados às multas, já que só se fala em tributos? STF decidiu que a multa também não pode ser confiscatória. ADI 110/DF.
- Conceito de confisco – não há uma definição constitucional – é aberto a ser formulado pelo juiz, com seu prudente critério, quando chamado a resolver os conflitos. 
- STF, na ADC 8, delineou algumas balizas a serem seguidas: a identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da totalidade da carga tributária, ou seja, a soma de todos os tributos exigidos por determinada pessoa política. Não se deve fazer a análise de todos os tributos de competência de todos os entes federados, mas, separadamente, dos instituídos por cada uma das pessoas com competência tributária.
-A proibição do confisco representa uma interdição de qualquer pretensão que possa conduzir à injusta apropriação estatal do patrimônio ou dos rendimentos do contribuinte, comprometendo-lhes, pela insuportabilidade da carga tributária, o exercício do direito a uma existência digna ou a prática de uma atividade profissional lícita. 
-A identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da totalidade da carga tributária mediante verificação da capacidade de que dispões o contribuinte, condicionando-se, ainda, a aferição do grau de insuportabilidade econômico-financeira. 
-Resulta configurado o caráter confiscatório de determinado tributo, sempre que o efeito cumulativo – resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma entidade estatal – afetar, substancialmente, de maneira irrazoável�, o patrimônio/renda do contribuinte.
-NÃO CONFUNDIR NÃO-CONFISCO COM PENA DE PERDIMENTO
-OBS – princípio do não-confisco – caem em concurso:
1) Pode existir multa confiscatória? Não. O STF que é vedada instituir tributo com efeito de confisco. STF diz: o que a CF quer dizer é que é vedado constituir OT principal com efeito confiscatório. ADI 551�.
2) -Não-confisco e as taxas: a questão da razoabilidade entre o serviço prestado e o valor cobrado. ADI 2551�.
3) Nem toda AL elevada é uma alíquota confiscatória.
-O STF diz que não tem problema as alíquotas dos tributos extrafiscais serem elevadas. 
-O princípio da vedação ao confisco não se aplica aos tributos extrafiscais que, conforme a emergência da situação posta, poderão conter alíquotas exageradamente gravosas em abono do privilégio da regulação da economia. A jurisprudência, portanto, admite alíquotas excessivas nesses tipos de impostos. 
-A AL do IPI para bebidas alcoólicas é de 365%, p. ex.
→ PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO (ART. 150, INCISO V) 
-“É vedado à União, Estados, DF e Municípios estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder público”
-A intermunicipalidade e a interestadualidade não podem figurar como FG de tributos, ou seja, o FG de qualquer tributo deve ser ≠ da (I) transposição de municípios (intermunicipalidade) e da (II) transposição de Estados (interestadualidade). 
-Exceções: 
Previsão constitucional: pedágio.
-Natureza jurídica do pedágio: tributo ou preço público? 
-STF: O pedágio é espécie tributária do tipo taxa. Que tipo de taxa? O STF não especificou.
-Doutrina: “Nos dias atuais, o pedágio pode ou não ser tributo, dependendo da opção do legislador. Os pedágios cobrados por concessionárias de serviços públicos, pessoas privadas, nas rodovias “privatizadas”, não são cobrados como taxas, mas sim como preços público (afinal, tributos só podem ter como sujeito ativo pessoas jurídicas de direito público). Diferentemente, se o pedágio é cobrado por PJ de direito público pode ser tributo da espécie taxa”. 
-OBS: Pedágio – Art. 150, V CF – é um tributo na modalidade taxa. RE 181.475. Atenção: pedágio também é utilizado paradenominar prestações que, do ponto de vista jurídico, não são tributos. Pedágio só é tributo nos casos em que a utilização da via pública é obrigatória. Se tiver uma outra opção que não seja utilizar a via pública não é tributo. 
Doutrinária: ICMS. Não se trata realmente de uma exceção, vez que o FG é a circulação de mercadoria e não a transposição territorial - o que provoca a tributação não é a mera circulação, mas a transferência da propriedade.
 
→ IMUNIDADES 
(será visto adiante)
PRINCÍPIOS DIRECIONADOS SOMENTE À UNIÃO
→ PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA (ARTIGO 151, I)
“É vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao DF, a município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do país. 
OBS: o incentivo fiscal concedido, para ser legitimo, precisa ter por objetivo promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico do país. O incentivo pressupõe uma política de fomento. 
Ex: zona franca de Manaus (art. 92 ADCT).
Ex: AL ≠ na Lei 8393/91: 
→ PRINCÍPIO DA CARGA TRIBUTÁRIA IDÊNTICA (ARTIGO 151, II)
“É vedado à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do DF e dos Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes”
-Pode tributar igualmente ou em níveis inferiores, porque o que a CF proíbe é tributar de maneira superior.
→ VEDAÇÃO ÀS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
-“É vedado à União instituir isenções de tributos das competências dos Estados, DF ou dos Municípios”. 
-Impossibilidade que a União conceda isenção como PJ de direito público interno. 
-Exceções constitucionais: 
Art. 155, §2º, XII, “e” da CF/88: A União, por LC, pode conceder isenção do ICMS incidente nas operações com serviços e outros produtos destinados ao exterior, alem dos já mencionados no texto da CF. 
OBS: A EC 42/2003 criou imunidade no ICMS - exportação, de modo que essa exceção não tem mais aplicabilidade prática (embora continue presente no texto). 
Art. 156, §3º, II: a União, por LC, pode conceder isenção de ISS - exportação. 
- Exceção doutrinária: possibilidade de que a RFB celebre tratados internacionais em matéria tributária que conceda isenção de tributos de competência dos Estados e Municípios. 
PRINCÍPIO DIRECIONADO AOS ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS
→ PRINCÍPIO DA NÃO-DISCRIMINAÇÃO TRIBUTÁRIA (ARTIGO 152)
-É vedado aos Estados, DF e Municípios estabelecer ≠ tributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Evita-se que os Estados e Municípios criem, dentro do território nacional, áreas de circulação favorecida de bens e serviços, que afrontaria o princípio federativo. 
-OBS: lembre-se que só a União está autorizada a estipular tratamento diferenciado entre os Estados tendo por meta diminuir as desigualdades socioeconômicas. Estados e municípios NÃO PODEM!
-Vedação de tratamento diferenciado em razão da procedência: a questão do tratamento desigual entre veículos nacionais e importados no IPVA – não podem ser tributados de forma diferenciada para fins de IPVA.
OUTROS PRINCÍPIOS IMPORTANTES
→ PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA (ARTIGO 145, §1º): A DIFERENCIAÇÃO ENTRE IMPOSTOS PESSOAIS E REAIS 
-- Segundo o texto é aplicado aos impostos
- Graduação segundo a capacidade econômica
Doutrina: Capacidade contributiva ( capacidade econômica
Econômica – capacidade que a pessoa tem de ganhar algum dinheiro, de acumular alguma riqueza. A existência de capacidade econômica não implica a existência de capacidade contributiva. Ex: estagiário tem capacidade econômica, mas não contributiva.
Contributiva – é uma capacidade econômica específica, pois que vinculada à possibilidade material de pagar tributo. 
-Progressividade extrafiscal – o decurso do tempo provoca um aumento da alíquota (ex: ITR).
-Progressividade fiscal – o aumento de uma grandeza (AL, p. ex) gera o aumento de outra grandeza (BC, p. ex.).
- Quanto maior a BC (valor tributável), maior será a AL.
- A própria CF estabelece algumas técnicas de aplicar essa capacidade contributiva – a mais conhecida é a da progressividade de alíquotas.
- Impostos progressivos previstos na CF:
	IR – necessariamente progressivo
	IPVA – Ec. 42/2003 – diferenciação de AL
	Art. 155, p6 da CF – em razão do tipo e da utilização do veículo
(ITR) – progressividade extrafiscal – não se relaciona com a capacidade contributiva
Visa a estimular as propriedades produtivas – função social. Progressividade às avessas ou regressividade de alíquotas. Quando maior a produtividade do imóvel, menor será a alíquota. 
IPTU – 2 tipos de progressividade: fiscal (capacidade contributiva) e extrafiscal.
	Progressividade original do IPTU
	Progressividade a partir da Ec. 28/2000
	- Progressividade extrafiscal – art. 182 – pq olha para a função social da prop.
- Progressividade no tempo em que o imóvel permanecer sub-utilizado. Deve haver prévia notificação
	- Além da progressividade extrafiscal, cria-se a fiscal – art. 156, p1.
- Tem por objetivo realizar em maior medida a capacidade contributiva
- Progressividade em razão do valor, localização e uso do imóvel (industrial, comercial ou residencial).
O STF ainda não decidiu sobre a inconstitucionalidade dessa EC. Fundamento de que é inconstitucional: IPTU é imposto real e não pode ser progressivo.
O STF já disse: IPTU progressivo fiscal só pode ser exigido após a EC. 29. 
Súmula 668 do STF: é inconstitucional lei municipal que tenha estabelecido antes da Ec. 29/200, salvo se seja a progressividade extrafiscal. 
-STF: em impostos pessoais efetivar progressividade é um mecanismo de se dar efetivo cumprimento ao princípio da capacidade contributiva. Em impostos reais, adotar a progressividade nem sempre é um mecanismo de efetivar a capacidade progressiva. Assim, diz o STF: “Impostos reais só podem ser progressivos quando o texto da CF autorizar”. ITR e IPTU são os únicos impostos que admitem progressividade fiscal, porque são os únicos que têm previsão constitucional.
OBS: Súmula 656 – ITBI não pode ser progressivo – é inconstitucional a lei que o determine. É real e não há autorização na CF para ser progressivo.
OBS: ITCMD e progressividade – não possibilidade porque é real e não há previsão�.
→ EXIGÊNCIA DE QUE ISENÇÕES SEJAM CONCEDIDAS POR LEI (ARTIGO 150, §6º DA CF/88). 
Obs: no caso de ICMS é por meio de LC.
→ GENERALIDADE, UNIVERSALIDADE E PROGRESSIVIDADE: IR
→ NÃO CUMULATIVIDADE: IPI E ICMS (OBRIGATÓRIO PARA AMBOS)
→ SELETIVIDADE : OBRIGATÓRIO PARA O IPI E FACULTATIVO PARA O ICMS 
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
Noções Gerais - Conceito
-Diferenciação entre não-incidência (a imunidade como espécie de não-incidência), isenção e alíquota-zero. 
	Não-incidência�
	Imunidade
	Isenção
	Alíquota zero
	O fato que acontece no mundo concreto não é alcançado pela norma de tributação: diferenciação entre a não-incidência pura e simples e a constitucionalmente qualificada (imunidade). A não-incidência pura e simples deriva do próprio aspecto material do fato�.
	As imunidades são regras de não-incidência, previstas na CF, dispensando os tributos
	Dispensa legal para pgto de tributo devido. A isenção atua no âmbito do exercício da competência�. 
	Nulificação do elemento quantitativo da tributação embora exista fato gerador.
-Conceito de imunidade
-É uma classe finita e imediatamente determinável de normas jurídicas, contidas no Texto da Constituição Federal, e que estabelecem, de modo expresso, a incompetência das pessoas políticas de direito constitucional interno para expedir regras instituidoras de tributos que alcancem situações específicas e suficientemente caracterizadas.(Paulo de Barros Carvalho. Curso de Direito Tributário)
-A imunidade é, portanto, regra de exceção, somente inteligível se conjugada à outra, que concede o poder tributário, limitando-lhe a extensão de forma lógica e não sucessiva no tempo�. (Misabel Derzi, atualizando Aliomar Baleeiro. Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar). 
-A norma de imunidade é uma norma constitucional de delimitação negativa de competência. É, na verdade uma norma que gera uma situação de incompetência tributária.
-Só a CF estabelece imunidades. Sempre que a CF impeça, por norma expressa a instituição de tributo estará prevendo uma imunidade ainda que preveja uma outra denominação no dispositivo constitucional. (Art. 195, §7°, Art. 184, §5°). 
-A imunidade como garantia: todas as imunidades constituem cláusula pétrea? 
-Normas de imunidade podem ser revogadas? Leandro Paulzen – A imunidade, em si considerada, não é direito fundamental, mas, na maioria das vezes a imunidade tributária funciona como salvaguarda de um direito fundamental. Ex: a imunidade de tributação recíproca entre os entes estatais não é direito fundamental, mas ele protege o pacto federativo e, por isso, essa imunidade é clausula pétrea. Imunidades tributárias, assim, podem ou não ser revogadas, conforme sejam ou não cláusulas pétreas, respectivamente.
-Para o STF, são limitações constitucionais ao poder de tributar, não passiveis de alteração por emenda, uma vez vinculadora de direitos e garantias individuais ( art. 60, §4º, IV, CF.
-A imunidade, enquanto espécie de não-incidência, atua no âmbito da delimitação de competência. Enquanto que a isenção atua no exercício de tal competência.
ESAF (2006): “A Constituição, ao definir competência, excepciona determinadas situações que, não fosse a imunidade, estariam dentro do campo de competência, mas por força da norma de imunidade, permanecem fora do alcance do poder de tributar”. 
ESAF (2006): “A diferença básica entre imunidade e isenção está em que a primeira atua no plano da delimitação da competência, e a segunda no plano do exercício da competência. 
Imunidades subjetivas X objetivas
Imunidade subjetiva – não é o bem que é imune, mas sim a pessoa a quem ele pertence. Ex: imunidade de partidos políticos, templo.
Imunidade objetiva – o bem, em si mesmo, é o objeto da limitação constitucional ao poder de tributar. Ex: imunidade de impostos sobre livros... 
Imunidade mista – é possível? Há doutrinadores que a defendem – mas é minoria. Ex: art. 184, §5° DA CF/88 – são imunes 
Âmbito de abrangência das imunidades
→ As imunidades se direcionam a todos os tributos ou só impostos? O conceito de imunidade se destina todas as espécies tributárias�. Mas isso não quer dizer que haja imunidade para todas elas. 
CUIDADO: As imunidades genéricas previstas no art. 150, V da CF se dirigem apenas aos impostos, mas é possível encontrar outras imunidades ao longo do texto constitucional que se direcionam a outras espécies tributárias. Não existem imunidades para contribuição de melhoria e nem para empréstimos compulsórios. É possível haver imunidades para taxas (doutrina e jurisprudência) ( art. 5º, LXXIII e LXXIV, CF ( dispositivos que dispensam as taxas em requerimentos/ certidões.
“As imunidades, assim entendidas as normas negativas de competência constantes do texto constitucional, ora dizem respeito a impostos, ora a outras espécies tributárias. Depende da norma específica que se estiver analisando. As imunidades do artigo 150, VI, da CF, conforme consta expressamente de seu texto, limitam-se a negar competência para a instituição de impostos, conforme se vê da abordagem específica feita em subitem próprio. Já a imunidade do artigo 195, §7°, da CF, diz respeito às contribuições de seguridade social. No artigo 5° da CF, inciso XXXIV, por sua vez, encontramos imunidade relativa a taxas”(Leandro Paulsen. Direito Tributário)
“A proposição afirmativa de que a imunidade é instituto que só se refere aos impostos carece de consistência relativa (...) Não sobeja repetir que, mesmo em termos literais, a Constituição brasileira abriga regras de competência da natureza daquelas que se conhecem pelo nome de imunidades tributárias, e que trazem alusão explícita às taxas e à contribuição de melhoria, o que basta para exigir a falsidade da proposição descritiva” (Paulo de Barros Carvalho. Curso de Direito Tributário).
Interpretação da norma de imunidade: ampla ou restrita?
-Mais uma ≠ entre imunidade e isenção. Art. 111 CTN – normas de isenção são interpretadas literalmente�.
-Equívoco imperdoável, portanto, é pretender-se interpretar a norma de imunidade da mesma forma que se interpreta a norma de isenção tributária. Na norma de imunidade, deve-se buscar a razão política, para que se possa estabelecer o sentido que melhor a ela corresponda. Interpretar restritivamente norma de imunidade é inadmissível, pois pode significar, e no mais das vezes significa, a frustração dos objetivos com a norma visados pelo constituinte”. (Hugo de Brito Machado. Imunidade Tributária e educação).
-As normas de imunidades devem ser interpretadas ampliativamente. É assim que entende a doutrina e também é assim que vem aplicando o STF. Se o objetivo é proteger alguns direitos fundamentais, restringi-las poderia diminuir a proteção aos direitos fundamentais que estão pro trás de uma norma de imunidade. 
OBS: Teori Zavascki é dissidente e amplamente minoritária, mas é uma posição interessante para usar em procuradorias – ele diz que a norma de imunidade é norma de negativa de competência, mas está diretamente relacionado à autonomia dos entes políticos – cada vez que se amplia a interpretação, vc exclui receitas do ente – exatamente com base nisso ele entende que não pode ser interpretado ampliativamente, sob pena de mitigar a autonomia dos entes políticos estatais, ferindo o pacto federativo. 
Imunidades previstas no art. 150, VI da CF
Imunidade tributária recíproca (150, VI, a)
- Impossibilidade de que os entes políticos instituam impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços.
- O conceito de patrimônio/renda/serviços é amplo, ou seja, a imunidade não tem por objetivo apenas impedir a instituição de impostos sobre tais bens, mas toda a imposição tributária, a título de impostos, que possa comprometer o patrimônio/renda/serviços do ente imune.
Ex: O STF reconhece que esta imunidade tributária aplica-se ao IOF e IR – esse pgto afetaria o patrimônio e a renda dos demais entes políticos.
-Esta imunidade dirige-se tanto aos entes políticos quanto às autarquias, fundações instituídas e mantidas pelo poder público�.
OBS: esta imunidade abrange as SEM ou EP? O caso da ECT e da INFRAERO.
"Tributário. Imunidade recíproca. (...) Extensão. Empresa pública prestadora de serviço público (ECT). Precedentes da Suprema Corte. Já assentou a Suprema Corte que a norma do art. 150, VI, a, da Constituição Federal alcança as empresas públicas prestadoras de serviço público, como é o caso da autora, que não se confunde com as empresas públicas que exercem atividade econômica em sentido estrito. Com isso, impõe-se o reconhecimento da imunidade tributária prevista no art. 150, VI, a da Constituição Federal." (ACO 959, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em 17-3-08, DJE de 16-5-08)
“A Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária - INFRAERO está abrangida pela imunidade tributária recíproca, prevista no art. 150, VI, a, da CF (...), haja vista tratar-se de empresa pública federal que tem por atividade-fim prestar serviços de infra-estrutura aeroportuária, mediante outorga da União, a quem constitucionalmente deferido, em regime de monopólio, tal encargo (CF, art. 21, XII, c). Com base nesse entendimento, a Turma manteve decisão monocrática do Min. Celso de Mello que negara provimento a recurso extraordinário, do qual relator, em que o Município de Salvador pleiteava a incidência do ISS sobre a atividade desempenhada pela ora agravada. Precedentes citados: RE265.749 (DJ de 2-2-2007); RE 357.291 (DJ de 2-6-2006); RE 407.099 (DJ de 6-8-2004).” (RE 363.412-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 7-8-07, Informativo 475 ).
“Constitucional. Tributário. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA). Imunidade recíproca. Empresa brasileira de correios e telégrafos (ECT). Exame da índole dos serviços prestados. diferenciação entre serviços públicos de prestação obrigatória e serviços de índole econômica. Art. 150, VI, a, e § 3º da Constituição. Em juízo cautelar, reputa-se plausível a alegada extensão da imunidade recíproca à propriedade de veículos automotores destinados à prestação de serviços postais.” (ACO 765-AgR, Rel. p/ o ac. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 5-10-06, DJ de 15-12-06). No mesmo sentido: RE 437.889, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 14-12-04, DJ de 18-2-05; RE 407.099, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 22-6-04, DJ de 6-8-04.
-Há vários acórdãos do STF que ele confere imunidade tributária sem fazer ressalva à necessidade de prestação de serviço público com caráter de monopólio.
 Por isso, dizem MA&VP e Adriana – se o Cespe disser que empresa pública prestadora de serviço público pode gozar de imunidade tributária recíproca, essa afirmativa é correta, diante da jurisprudência do STF.
-STF entendeu que SEM também poderiam se beneficiar da imunidade tributária recíproca caso prestadora de serviço público. Precedente no STF: CAERB – companhia de águas e esgotos de Rondônia.
Templos de qualquer culto (150, VI, b)
- Necessidade de interpretação ampla da imunidade: deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas também o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nele mencionadas. O §4° do art. 150 deve ser compreendido como um vetor de interpretação para as alíneas “b” e “c”. 
“O que o Constituinte declarou é que, sem quaisquer restrições, as Igrejas de qualquer culto são imunes de todos os impostos. Não o prédio, mas a Instituição.”(Ives Gandra)
“Considerou-se que o cemitério analisado seria uma extensão da capela destinada ao culto da religião anglicana, situada no mesmo imóvel, e que a recorrente seria uma entidade filantrópica sem fins lucrativos, titular do domínio útil desse imóvel, dedicada à preservação da capela, do cemitério e dos jazigos, bem assim do culto da religião anglicana professada nas suas instalações.”(RE 578.562) Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 21-5-08.
"Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram alugados. A imunidade prevista no art. 150, VI, b, CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços ‘relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas’. O § 4º do dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo das alíneas b e c do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal. Equiparação entre as hipóteses das alíneas referidas." 
-O único requisito para que os templos de qualquer culto gozem da imunidade é o previsto no §4° do artigo 150, ou seja, que o patrimônio, a renda ou o serviço esteja vinculada às finalidades essenciais da Instituição. 
Imunidade dos partidos políticos, sindicatos de trabalhadores� e entidades educacionais e assistenciais sem fins lucrativos
→ Da mesma forma que na imunidade dos templos, o único requisito para que os partidos políticos e demais entidades previstos nesse inciso gozem da imunidade é o previsto no §4° do artigo 150, ou seja, que o patrimônio, a renda ou o serviço esteja vinculada às finalidades essenciais da Instituição. Interpreta-se essa vinculação de forma bastante alargada, conforme se verifica a seguir:
-“Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, da Constituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tais entidades.” (SÚM. 724)
"Imunidade tributária do patrimônio das instituições assistenciais (CF, art. 150, VI, c): sua aplicabilidade de modo a afastar a incidência do IPTU sobre imóvel de propriedade da entidade imune, ainda quando alugado a terceiro, sempre que a renda dos aluguéis seja aplicada em suas finalidades institucionais: precedentes" (RE 390.451-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 23-11-04, DJ de 10-12-04)
-O Tribunal a quo seguiu corretamente a orientação desta Suprema Corte, ao assentar que o fato de uma entidade beneficente manter uma livraria em imóvel de sua propriedade não afasta a imunidade tributária prevista no art. 150, VI, c da Constituição, desde que as rendas auferidas sejam destinadas a suas atividades institucionais, o que impede a cobrança do IPTU pelo Município." (RE 345.830, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 8-10-02, DJ de 8-11-02)
-"Imunidade tributária do patrimônio das instituições de educação sem fins lucrativos (CF, art. 150, VI, c): sua aplicabilidade de modo a preexcluir a incidência do IPTU sobre imóvel de propriedade da entidade imune, destinado a estacionamento gratuito de estudantes: precedentes." (RE 308.449, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 27-8-02, DJ de 20-9-02)
-"Eventual renda obtida pela instituição de assistência social mediante cobrança de estacionamento de veículos em área interna da entidade, destinada ao custeio das atividades desta, está abrangida pela imunidade prevista no dispositivo sob destaque." (RE 144.900, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 22-4-97, DJ de 26-9-97)
-As entidades de previdência privada que se mantenham com a contribuição dos associados não são entidades de assistência social, razão por que não estão abrangidas pela imunidade prevista no art. 150, VI, c da Constituição Federal. Precedentes: RE 202.700/DF, Rel. Min. Maurício Corrêa." (RE 227.799, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 01/08/03)
I- partidos políticos ( o elemento axiológico é a liberdade política (democracia). Ver art. 1º, V, CF ( pluralismo político.
-Essa imunidade é cláusula pétrea porque é um princípio fundamental (pluralismo político). 
-Incluem-se as fundações ligadas ao partido político. Ex.: fundação Pedroso Horta – PMDB.
-A imunidade é apenas para o partido com registro no TSE (art. 17, §2º, CF). Assim, partido neonazista não é merecedor da imunidade.
II- sindicatos de trabalhadores ( trabalhador = empregado. Os sindicatos patronais, ou de empregadores, pagam impostos. Elemento axiológico ( proteção dos direitos sociais (art. 8º, CF), proteção do lado hipossuficiente na relação laboral.
-Incluem-se as federações (art. 534, CLT) e as confederações (art. 535, CLT). As centrais, sindicais, tb (ligadas ao pólo do empregado).
III- instituição de educação ( elemento axiológico ( proteção à cultura, ao ensino (arts. 205, 208 e 214, CF).
-Incluem-se as instituições de ensino formal ou curricular (faculdade, universidade, escola) e as de ensino informal ou extracurricular (museu, bibliotecas, etc).
-Qt à faculdade privada, é tb imune?
IV- entidade beneficente de assistência social ( art. 203, CF ( elemento axiológico ( proteção à assistência social, à filantropia.
- A entidade beneficente é, concomitantemente, imune a impostos (art. 150, VI, “c”, parte final) e a contribuições previdenciárias (art. 195, §7º, CF)
-Cuidado! Sesc/ Senai ( consultam sobre incidência de ITBI na aquisição de bem imóvel ( tais entidades, para o STF, enquadram-se no art. 203, III, CF, como realizadoras de assistência social (promoção da integração no mercado de trabalho).
-Nos 4 casos, é preciso que não haja lucro, e deve se obedecer à lei (deve ser LC ( art. 146, II, CF ( não auto-aplicativa). Não é proibido haver lucro ( o que não pode é a apropriação do lucro. Não pode tb mandar o dinheiro para fora do país e deve manter a escrituração contábil em dia ( art. 14, CTN.
-Análise geral da alínea “c” ( tal alínea é a única imunidade não auto-aplicável, uma vez que carece de incremento normativo. A lei, a quese refere a parte final da alínea, é a LC (conforme art. 146, II, CF). Tal LC é o próprio CTN�, em cujo art. 14 enumera os requisitos que conferirão operatividade à alínea “c”. São eles:
a) não pode haver apropriação do lucro, vedando-se o “animus distribuendi”, e não o “animus lucrandi”
b) não remeter os valores para o exterior
c) manter a escrituração contábil em dia.
-Ver art. 150, §4º CF, que menciona a idéia de “finalidade essencial”, pq deve ser compreendido à luz daquelas condições anunciadas para a Igreja (locação).
-Súmula 730 STF – a imunidade só alcança entidades fechadas de previdência se não houver participação do beneficiário.
Imunidade tributária cultural 
-Divide-se o estudo em 2 partes: livro/jornal/periódico e papel destinado à sua impressão.
-Livro/jornal/periódico - Trata-se de uma imunidade objetiva que se dirige ao bem e não à pessoa. Assim, o livro é imune, não incidindo sobre ele ICMS, II ou IPI. No entanto, a livraria sujeita-se ao recolhimento de IR, referente ao ganho que obtém com a venda do livro.
"‘Álbum de figurinhas’. Admissibilidade. A imunidade tributária sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão tem por escopo evitar embaraços ao exercício da liberdade de expressão intelectual, artística, científica e de comunicação, bem como facilitar o acesso da população à cultura, à informação e à educação. O Constituinte, ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor artístico ou didático, à relevância das informações divulgadas ou à qualidade cultural de uma publicação. Não cabe ao aplicador da norma constitucional em tela afastar este benefício fiscal instituído para proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por força de um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico de uma publicação destinada ao público infanto-juvenil." (RE 221.239, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 25-5-04, DJ de 6-8-04)
"O preceito da alínea d do inciso VI do artigo 150 da Carta da República alcança as chamadas apostilas, veículo de transmissão de cultura simplificado." (RE 183.403, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 7-11-00, DJ de 4-5-01)
“Imunidade tributária (livros, jornais e periódicos): listas telefônicas. Firmou-se a jurisprudência do STF no sentido de que a imunidade constitucional assegurada à publicação de periódicos impede a cobrança de ISS sobre a edição de listas telefônicas." (RE 114.790, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 12-8-97, DJ de 3-10-97)
-Como o objetivo da imunidade é proteger o direito à cultura, não estão protegidos pela imunidade os encartes com finalidade exclusivamente comercial. No entanto, a presença de propaganda no corpo de uma publicação não lhe retira a imunidade.
"Encartes de propaganda distribuídos com jornais e periódicos. ISS. Art. 150, VI, d, da Constituição. Veículo publicitário que, em face de sua natureza propagandística, de exclusiva índole comercial, não pode ser considerado como destinado à cultura e à educação, razão pela qual não está abrangido pela imunidade de impostos prevista no dispositivo constitucional sob referência, a qual, ademais, não se estenderia, de qualquer forma, às empresas por eles responsáveis (que é objetiva), no que concerne à renda bruta auferida pelo serviço prestado e ao lucro líquido obtido." (RE 213.094, Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 3-8-99)
"O fato de as edições das listas telefônicas veicularem anúncios e publicidade não afasta o benefício constitucional da imunidade. A inserção visa a permitir a divulgação das informações necessárias ao serviço público a custo zero para os assinantes, consubstanciando acessório que segue a sorte do principal. Precedentes : Recurso Extraordinário n. 101.441/RS, Pleno, Relator Ministro Sydney Sanches, RTJ nº 126, página 216 à 257, Recurso Extraordinário n. 118.228/SP, Primeira Turma, Relator Ministro Moreira Alves, RTJ n. 131, página 1.328 à 1.335, e Recurso Extraordinário n. 134.071-1/SP, Primeira Turma, Relator Ministro Ilmar Galvão, Diário da Justiça de 30 de outubro de 1992." (RE 199.183, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 17-4-98, DJ de 12-6-98)
	É livro/jornal/periódico
	Não é livro/jornal/periódico
	Álbum de figurinhas
	Caderno
	Apostilas
	Agendas
	Lista telefônica
	Encartes nitidamente comerciais
	Papéis fotográficos
	Tinta destinada à impressão
OBS: CESPE já entendeu que livros digitalizados estão sujeitos à imunidade cultural. A doutrina concorda. O mesmo CESPE, recentemente, entendeu de forma diversa.
→ No que se refere à imunidade dos livros, jornais e periódicos o Supremo já decidiu que a imunidade abrange os papéis fotográficos, mas assentou, também, que não incide sobre a tinta destinada à impressão. 
“Papel, papel fotográfico e papel para artes gráficas consumidos no processo produtivo do jornal estão cobertos pela imunidade tributária do art. 150, VI, d, da Constituição Federal. II. Precedentes do Supremo Tribunal Federal: RE 190.761-SP e RE 174.476-SP." (RE 276.842-ED, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 15-3-02)
“Jornal. Imunidade tributária. CF, art. 150, VI, d. O Supremo Tribunal Federal decidiu que apenas os materiais relacionados com papel (papel fotográfico, papel telefoto, filmes fotográficos, sensibilizados, não impressionados, para imagens monocromáticas, papel fotográfico p/ fotocomposição por laser) é que estão abrangidos pela imunidade tributária do art. 150, VI, d, da CF.” (RE 178.863, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 25-3-97, DJ de 30-5-97)
"Extensão da imunidade tributária aos insumos utilizados na confecção de jornais. Além do próprio papel de impressão, a imunidade tributária conferida aos livros, jornais e periódicos somente alcança o chamado papel fotográfico — filmes não impressionados." (RE 203.859, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 11-12-06, DJ de 24-8-01). No mesmo sentido: RE 273.308, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 22-8-00, DJ de 15-9-00.
“Imunidade conferida pelo art. 150, VI, d da Constituição. Impossibilidade de ser estendida a outros insumos não compreendidos no significado da expressão ‘papel destinado à sua impressão’. Precedentes do Tribunal." (RE 324.600-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em  3-9-02, DJ de 25-10-02). No mesmo sentido: RE 244.698-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 7-8-01, DJ de 31-8-01.
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Código Tributário Nacional
Fato Gerador
-Art. 115 a 117 CTN.
-Conceito é a situação prevista em lei que, acontecendo, permite que surja OT.
-Norma de hipótese de incidência é composta de:
Elemento material – o que precisa acontecer no mundo concreto para que a OT se materializar. Normalmente é composta de um verbo e seu complemento.
Elemento temporal – o momento que será considerado ocorrido.
Elemento espacial – onde esse fato deve acontecer para se tornar relevante para o direito tributário.
-Esses três elementos formam o antecedente. A norma de hipótese também prevê conseqüências. Essas conseqüências é o que se chama de “elemento pessoal” e “elemento quantitativo”– quem vai ser cobrado? Quem cobra? E quanto será cobrado�?
-Quando todos os elementos se conjugam, acontece o que a doutrina tributária denomina de subsunção – o acontecimento no mundo concreto de determinada situação que estava prevista abstratamente pela norma de hipótese. Esse acontecimento deixa de ser um mero fato e se torna relevante para o direito, denominando-se Fato Gerador.
-Assim, fato gerador é a situação que acontece no mundo concreto que se adéqua perfeitamente a uma previsão abstrata de uma norma de hipótese de incidência. Ou seja: é a hipótese de incidência materializada.
-Art. 118 – o FG é sempre uma situação lícita. A situação escolhida pelo sistema é sempre lícita. O que pode acontecer é uma “ilicitude no subjacente”, ou seja, nada impede que um fato lícito decorra indiretamente da prática de um ato ilícito. A ilicitude no subjacente não prejudica a tributação no subseqüente, Ex: fato 1: traficarilicitamente – fato 2: auferir renda – o F2 é lícito, mas deriva de um fato ilícito (F1). O que não se pode tributar é o tráfico de drogas.
Obrigação Tributária
( Conceito, classificação e noções gerais
- Nasce em virtude a ocorrência do FG. Ela é um dever que nasce por uma conduta do sujeito passivo que é o FG (previsto em lei). 
- É uma obrigação “ex lege” – decorre da lei. 
- Nasce independentemente da vontade do sujeito passivo. 
- “O nascimento da obrigação tributária é automática e infalível” – exatamente por ela ser decorrente da lei e nascer independentemente da vontade do sujeito passivo.
-O direito tributário classifica as OT em: dar, fazer e não fazer.
- Esse dever pode ser de 2 tipos: 
Patrimonial = principal
-Há a entrega de dinheiro ao Estado, seja através de um tributo ou de uma multa – é uma obrigação de dar $. 
-Ex: tributo – prestação pecuniária compulsória; penalidades relacionadas com o tributo (multa). 
- Estará sempre prevista em lei.
Não-patrimonial = acessória – ou “dever instrumental”
- Ações que auxiliam a Administração na fiscalização da arrecadação tributária. É uma obrigação de fazer/não fazer.
-Ex: emissão de notas fiscais, escrituração de livros contábeis.
-Ex de não fazer: art. 14, I CTN – contribuições para que as entidades beneficentes de assistência social possam usufruir da imunidade do art. 195, §7°. A OT acessória de não fazer é não distribuir qualquer parcela do seu patrimônio a qualquer título.
- O descumprimento de obrigação tributária acessória, por si só, converte-se em obrigação principal no que se refere à penalidade�. 
- Estará prevista na legislação tributária (art. 96 CTN – abrange atos regulamentares do poder executivo). Pode vir prevista em lei, mas não é necessário. 
- A obrigação acessória não está vinculada nem depende da obrigação principal. Ex.: IR ( mesmo que não haja IR, vc tem a obrigação (acessória) de declarar que é isento.
Cuidado! Multa e toda e qq penalidade será obrigação tributária principal, pq são débitos patrimoniais, mesmo que decorra do descumprimento de obrigação tributária acessória.
-A obrigação principal sempre e invariavelmente estará revista em lei em sentido estrito. Já a obrigação acessória estará prevista na legislação tributária (art. 96, CTN) ( o termo legislação tributária é mais amplo que o termo lei ( engloba decretos, tratados, convenções, as próprias leis, etc. Assim, a obrigação acessória pode ser definida em lei, mas não necessariamente (não é requisito para a sua validade).
( Sujeito Ativo
-Possibilidade de ocupar o pólo ativo da relação jurídico tributária. Capacidade de fiscalizar, executar e arrecadar esse tributo.
-CTN diz que essa pessoa é sempre PJ de direito público.
-Enquanto a competência tributária é indelegável, a capacidade tributária ativa é possível, desde que feita de uma pessoa de direito publico a outra.
( Sujeito Passivo
-É a pessoa física ou PJ que tem o dever de cumprir com a obrigação tributária. Há 2 espécies de sujeito passivo:
a) Contribuinte
b) Responsável 	Transferência 
Substituição	Para trás
Para frente
-Cuidado! Por que existe o dever de cumprir a obrigação tributária?
-Se o dever de cumprir a obrigação tributária decorre da realização do FG (há o sujeito passivo contribuinte). Se o dever de cumprir a obrigação tributária decorre de uma previsão legal que elege a pessoa física ou PJ como 3º responsável pelo pagamento do tributo, há sujeito passivo responsável. Ele não realiza o fato gerador (art. 121, CTN). Ex.: IPTU
-Em 01.01.04, Maria era dona do imóvel X. ela recebe o carnê do IPTU, mas não paga. No dia 20/10/04, José compra o imóvel de Maria, sem saber do débito. Mesmo assim, ele deverá pagar o IPTU/04, pq a lei atribui essa obrigação ao proprietário. Ele é ao mesmo tempo contribuinte do IPTU/05 e responsável pelo IPTU/04.
- Art. 123 – diz que a sujeição passiva decorre de lei e o particular não pode alterar essa determinação. (Salvo disposições de lei em contrário). 
Ex: IPTU – mesmo que o contrato entre as partes preveja que o locatário pagará, este não estará obrigado a isso, uma vez que as convenções particulares não alteram o dever de pagar tributos.
- Capacidade tributária passiva: refere-se à possibilidade jurídica de uma PF/PJ pagar tributos. Art. 126 – todas as PF/PJ possuem capacidade tributária passiva.
Toda pessoa física independentemente da capacidade civil e toda pessoa jurídica independentemente de regular constituição.
- Esse sujeito passivo pode ter esse dever por duas razões diferentes (art. 121 CTN):
Contribuinte – é aquele que tem relação direta e pessoal com o FG – significa realizar o aspecto material do FG.
Responsável – características: terceiro; eleito pela lei; vínculo.
- Ele não realiza o FG, mas tem que pagar o tributo.
- As hipóteses de responsabilidade estão previstas a partir do art. 128 do CTN. Pode haver outras responsabilidades além daquelas previstas no CTN (não são exaustivas). A lei ordinária pode criar outras responsabilidades. No entanto, se houver disciplina específica no CTN, a alteração ou ampliação desse tipo de responsabilidade necessariamente deverá ser feita por Lei Complementar (pq o CTbN tem status de LC).
OBS: Solidariedade no Direito Tributário – significa a existência de dois ou mais sujeitos passivos (contribuinte ou responsável). Então a solidariedade pode acontecer tanto entre contribuintes como entre responsáveis e entre contribuinte e responsáveis.
- Os sujeitos passivos são devedores em igual medida. Ou seja, cada um deles deve a integralidade do tributo (não há benefício de ordem).
- Efeitos específicos da solidariedade (art. 125 CTN):
O pagamento feito por um dos devedores beneficia os demais;
Prescrição – se for interrompida a favor ou contra um dos devedores aproveita ou prejudica os demais;
Isenção ou remissão do crédito tributário – favorece todos os devedores. Exceção: se for dada em caráter pessoal a um deles.
Ex: solidariedade entre contribuintes: + de 1 proprietários de um imóvel em relação ao IPTU devido. Vem uma lei dando isenção a contribuintes com + de 70 anos (leva em consideração aspecto pessoal). O que for isento não paga e os demais continuam devedores pelo saldo em solidariedade.
- Art. 124 – I) Solidariedade de fato; II) Solidariedade de direito.
( Responsabilidade tributária
-Art. 128: “Sem prejuízo do disposto neste Capítulo, a lei (NÃO PODE SER DECRETO, PORTANTO) pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação”. 
-O responsável (que é espécie de sujeito passivo junto com o contribuinte) é um terceiro, mas o legislador não tem liberdade para designar qualquer terceiro como responsável tributário. É necessário que haja uma vinculação indireta� do responsável eleito pela lei com o fato gerador. Deve haver algum vínculo entre o contribuinte e o terceiro. Por isso ele é sujeito passivo indireto�. 
- A atribuição de responsabilidade só pode ser feita por lei em sentido estrito (NUNCA POR DECRETO), porque o responsável é espécie de sujeito passivo e o aspecto pessoal da hipótese de incidência tem que estar previsto em lei.
- O terceiro deve ter uma relação com o fato gerador, mesmo que indireto. Se ele não tiver relação alguma com o FG ele não poderá ser responsável.
-Espécies de responsabilidade tributária:
- Responsabilidade por substituição X Responsabilidade por transferência 
RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO: a obrigação já nasce diretamente em relação ao substituto, que fica com o encargo de tomar as providências necessárias à realização do recolhimento do tributo desde logo. O legislador, previamente, afasta o contribuinte da relação jurídico-tributáriae faz com que a relação surja desde sempre vinculando o responsável. Na substituição, a lei determina que o responsável (substituto) ocupe o lugar do contribuinte (substituído) desde a ocorrência do fato gerador, de tal sorte que, desde o nascimento da obrigação tributária, aquele – o responsável – já é sujeito passivo. 
-Melhor exemplo para dar em prova pq não há discussão: IR retido na fonte.
-Ex: a fonte pagadora é responsável, por substituição, pelo recolhimento do imposto de renda de seus funcionários. Com efeito, o contribuinte é o empregado, mas o responsável é o empregador (responsável por substituição). Perceba que a relação se estabelece, desde logo, para com o substituto. 
RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA: existe o contribuinte, mas o legislador, sem ignorá-lo, atribui a uma outra pessoa o dever de pagar o tributo, tendo em vista eventos posteriores ao surgimento da obrigação tributária. A transferência poderá excluir a responsabilidade do contribuinte ou atribuí-la em caráter supletivo. -No momento que o FG acontece a figura que está no pólo passivo e o contribuinte, mas um evento posterior desloca a sujeição passiva do contribuinte para o responsável.
-Ex: artigo 131, III, do CTN (o espólio é responsável por transferência pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão); art. 130 a 133 do CTN. 
-A responsabilidade por transferência pode se exteriorizar de 3 formas: solidária, dos sucessores e de terceiros.
 
Vejamos melhor cada uma dessas espécies de responsabilidade: 
 - RESPONSABILIDADE POR SUBSTITUIÇÃO: a escolha do terceiro ocorre antes do fato gerador 
“....A substituição tributária é uma técnica que leva à escolha de um terceiro para cumprir a obrigação tributária, levando-se em consideração a quantidade de contribuintes que operam no setor com dificuldade considerável para a fiscalização pela administração fazendária” (Min. Sidney Sanches, AC-RN 74936-2). 
- A substituição tributária nada mais é do que um fenômeno através do qual a lei impõe a um terceiro que apresenta relação jurídica para com o contribuinte o dever instrumental de recolher (reter), de forma antecipada ou a posterior, uma determinada quantia em dinheiro, retirada do patrimônio do contribuinte, a qual deverá ser entregue, pelo terceiro, ao Fisco. 
-Na substituição tributária, o terceiro, eleito como responsável, preserva seu patrimônio, na medida em que a relação jurídica que o vincula ao contribuinte permite-lhe buscar o valor a ser retido no patrimônio daquele. Há, portanto, pleno respeito ao princípio da capacidade contributiva. 
-Formas de substituição�:
-Pressuposto para ocorrer esses dois tipos: existência de cadeia produtiva.
Para trás – mecanismo de fiscalização pelo qual a legislação estabelece que aquele que está na etapa seguinte se torne responsável pela arrecadação do tributo de uma relação que já se realizou e está atrás. A pulverização se dá no início� e, exatamente por se dar no inicio, é que é melhor que se tribute no final.
Para frente – Art. 150, §7° da CF - mecanismo de fiscalização pelo qual a legislação determina que aquele que está na etapa inicial se torne responsável pela arrecadação do tributo que incidirá em etapa posterior. A pulverização se dá no final� e, por isso, é melhor que se tribute no início. O substituto retém o valor do tributo em virtude de um fato gerador presumido. Alguns problemas: 
Se o fato gerador presumido não acontecer? O substituto que antecipou tem o direito de reaver o valor da antecipação.
Se o FG presumido acontecer, mas ocorrer de forma diversa? STF disse que não há direito do substituto reaver (se aconteceu a venda a menor), nem do Estado cobrar o excedente (se aconteceu a maior). Fundamentos: próprio art. 150, §7˚ só admite devolução no caso de não ocorrência do FG - se ocorrer, não há que se falar em restituição; o objetivo é facilitar a cobrança/fiscalização, devendo o Estado arcar o com esse ônus. 
-OBS: PE e AL, em suas leis locais, consignaram que se ocorrer a menor, o Estado irá devolver. Os Governadores entraram com ADI. Acompanhar.
-OBS: Nem todo tipo de responsabilidade por substituição ocorre nesses dois tipos (pra trás e pra frente). Não é sempre que ocorre nessa modalidade, mas pode ocorrer.
- Diferença entre substituição tributária para frente e substituição tributária para trás:
-A substituição tributária pode ocorrer sob a forma de substituição para frente ou para trás, dependendo de onde se localize a pulverização da cadeia. Assim, quando a cadeia encontra-se pulverizada no início, deparamo-nos com o fenômeno da substituição para trás, hipótese na qual o Fisco, para fins de melhor controle, impõe ao adquirente final do bem o dever instrumental de recolher o valor referente à tributação. Da mesma forma, quando a pulverização encontra-se no fim da cadeia, deparamo-nos com a substituição para frente, hipótese na qual competirá ao responsável, localizado no início da cadeia, reter o valor correspondente ao tributo (o recolhimento ocorre antes da ocorrência do fato gerador). – ver art. 150, §7° da CF/88. 
- RESPONSABILIDADE POR TRANSFERÊNCIA : a escolha do responsável ocorre após a concretização do fato gerador. A lei, levando em conta um evento posterior ao fato gerador, desloca para terceira pessoal a obrigação tributária que até então pesava sobre o contribuinte. 
-A responsabilidade por transferência abarca três situações: solidariedade (art. 124), responsabilidade dos sucessores (art. 130 a 133); responsabilidade de terceiros (artigo 134); responsabilidade por infração (art. 136 CTN). 
RESPONSABILIDADE DOS SUCESSORES (ARTS. 130 A 133)
-Em todas esses artigos alguém é sucedido e alguém sucede. 
-Nesse caso, a ocorrência de um evento posterior ao fato gerador – MORTE OU VENDA DO IMÓVEL OU DO ESTABELECIMENTO – transferem a obrigação para terceira pessoa, de certa forma relacionada com o fato gerador. Assim:
-Artigo. 130 do CTN, “os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação”. Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço�. 
IMPORTANTE: o comando se refere aos tributos incidentes sobre bem imóvel que passam a ser exigíveis do adquirente. Não faz menção a multas, juros ou à correção monetária. É dispositivo adstrito a tributos (Eduardo Sabbag). 
-Regra: adquirente – responsabilidade pessoal pela dívida. A sub-rogação é pessoal e, por isso, ilimitada.
- Exceção: aquisição de imóvel em hasta pública – o preço pago pelo imóvel já deve ser suficiente para quitar as dívidas eventualmente existentes. A sub-rogação é real – responsabilidade limitada ao preço do imóvel.
-Artigo 131, “são pessoalmente responsáveis o adquirente ou o remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos (resgatados) (inciso I); o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da partilha ou da adjudicação, limitada essa responsabilidade ao montante do quinhão, do legado ou da meação (inciso II); o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão”
-OBS – Inciso I - o comando menciona aquisição de bens, sem especificar a quais bens se refere. A doutrina entende que o dispositivo em tela, deve ser interpretado com cautela, referindo-se aos bens móveis, pois coube ao artigo precedente o tratamento afeto aos bens imóveis.
-Art. 131, I – em relação ao termo “adquirente” – refere-se à bem móvel (pq móvel já ta no 130). E o remitente em relação a bens móveis e imóveis.
-OBS: o artigo 131 não prevê hipóteses de exceção à responsabilização como fez o artigo 130 (certidão ou aquisição em hasta pública).

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