Buscar

AD1 Historia da Educação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
Disciplina: Historia da Educação
AD1 2018.1
Aluno (a): Kariny Costa de Lima
Matrícula: 17212080259
E-mail: karinycostal@hotmail.com
Polo: Magé
Cidade onde reside: Rio de Janeiro
1ª Questão: 
Observando a pintura sobre a 1ª missa no Brasil, de Victor Meirelles, percebem-se
elementos da composição que demonstram os esforços dos jesuítas para educar-
catequizar os povos nativos do Brasil. Associando a pintura à leitura do texto da
primeira aula, “Educação jesuítica: contexto, surgimento e desdobramentos”, de
Carin Carvalho, faça uma análise do projeto de educação jesuítica na América
Portuguesa e: 
A. Explique o projeto da Companhia de Jesus no contexto das Reformas Religiosas
europeias; (1,0) 
B. Identifique como se articulava a ação educativa dos jesuítas com o projeto
colonizador do Estado português; (1,0) 
C. Descreva dois momentos distintos da educação jesuítica recuperando seus
métodos, propostas e finalidades. (1,0)
A. O jesuítas eram padres da Igreja Católica pertencentes a Companhia de Jesus. A
ordem foi criada no contexto de Contrarreforma, ela foi criada no século XVI para
ajudar a barrar o avanço do protestantismo.
Em 1549 chegaram ao Brasil os primeiros Jesuítas, com a expedição de Tomé de
Souza. A vinda da Companhia de Jesus ao Brasil estava diretamente ligada ao
interesses economicos de Portugal. O objetivo era que a missão do Padres
ajudassem e facilitassem a implantação do modelo econômico escravocrata de
Portugal. 
A missão dos Jesuítas era difundir o catolicismo através da educação para todas as
partes do mundo, disseminando também a cultura europeia. No Brasil os Jesuítas
encontraram nos índios uma grande oportunidade de catequese e difusão da cultura
europeia, pois acreditavam que os índios eram “grandes telas em branco”.
Para atender a pressão das elites os Jesuítas criaram os colégios Jesuítas, que
eram frequentado pelos filhos das elites, e educação dos povos indígenas era feita
nas próprias aldeias.
B. No começo os padres visitavam as aldeias e ensinavam as crianças a ler e escrever e
a doutrina Cristã, porém passou a ser necessário um trabalho mais efetivo para a
conversão do indígena ao trabalho em lavoura, o que exigia uma presença maior dos
padres, sendo assim eles passaram a organizar aldeias para atrais os indígenas para a
região, essas aldeias ficaram conhecidas como missões.
Com o tempo, o objetivo que era a obra da catequese, acabou cedendo lugar a
educação da elite. Embora sua principal missão fosse a conversão dos índios, a
fundação de colégios acabou por assumir, tanta importância quanto a catequese.
Pode-se dizer que a educação jesuítica acabou empreendendo-se na formação da elite
letrada no Brasil, ou seja, dos padres e senhores de engenho. 
C. No Brasil, a educação jesuítica passou por dois momentos principais. A primeira
fase iniciou em 1549 com a chegada dos jesuítas e perdurou até 1570, quando morre
Pe. Manoel da Nóbrega.
O plano de Npbrega contemplava o estudo do português, da doutrina cristã, o
aprender a ler e escrever, o canto e música instrumental, atrelados a aprendizagem
profissional, e para quem continuaria os estudos na Europa a gramatica latina. 
A segunda fase caracterizou-se pela proposta pedagógica que, seguindo a
orientação do Real Colégio das Artes de Coimbra, chamava-se Ratio Studiorum.
Esta proposta foi dos anos de 1570 a 1759 e se constituía num manual de instrução
que tinha como concepção, uma pedagogia tradicional característica de uma visão
assistencialista de homem, na qual se compreendia que o mesmo era constituído
por uma essência universal e imutável, em que todas as coisas já estavam prontas e
determinadas. 
O Ratio Studiorum teve como base à unidade da matéria, a unidade do método. O
assunto estudado deveria contemplar poucos autores, de preferência aqueles
ligados ao pensamento oficial da Igreja, como Tomás de Aquino, bem como,
princípios como a disciplina rígida, o cultivo da atenção e da perseverança nos
estudos, o silêncio, a repetição e memorização, a copia e o ditado, a competição, a
premiação, a prova, o castigo, coadunado com o respeito a hierarquia e baseado na
obediência, controle e meritocracia. 
2ª Questão: 
No texto “A construção da escola pública no Rio de Janeiro imperial” de Tereza
Fachada Levy Cardoso, temos alguns aspectos da formação da escola pública
brasileira. Entre outras afirmações, a autora nos diz que a “educação pública não
significava educação popular, comprometida com a cidadania e a constituição da
nacionalidade” (2003, p. 10). Com base no texto, responda: 
A. Após a expulsão dos jesuítas, a partir da segunda metade do século XVIII, como
se organizou a educação no Brasil? (1,5) 
B. Destaque como os debates do início do século XIX vincularam cidadania com a
garantia de direito à educação. (1,5) 
C. As mudanças promovidas pelo Ato Adicional de 1834 para a educação nacional.
(1,0)
A. Com a transferência da corte para o Brasil, o ambiente cultural da cidade mudou,
Dom Joao VI se preocupou em transformar a sede da corte em um centro cultural,
com acesso ao conhecimento e produção intelectual, antes controlada pela
metrópole.
Nesse momento houve a necessidade de distinguir com mais clareza o público do
privado. Na educação essa distinção já existia desde a metade do século XVIII, com
a educação pública sendo implementada pelo Estado e a educação privada sendo
patrocinada pelas ordens religiosas e pessoas da elite. 
O acesso aos estudos porém, era prioritário para os indivíduos que poderiam a vir
ocupar cargos na administração público. Os cursos instalados pelo príncipe regente
revestiram-se de cunho formativo profissional exclusivo, pois a tarefa de edificação
do novo império requeria a formação de técnicos.
Em 1821, por exigência da população do Rio de Janeiro, foi novamente instalada
uma escola, no prédio do Seminário de São Joaquim. Com caráter
profissionalizante, incluindo no plano de estudos desenho e geometria e também a
construção de oficinas, dentro das características já apontadas para o reinado
joanino. Desde o período colonial, os seminários tiveram papel importante para a
educação dos filhos de famílias ricas, mas também recebiam meninos, órfãos ou
não, originários de famílias de poucas posses que, muitas vezes, vislumbravam na
carreira religiosa uma possibilidade de ascensão social. 
B. Em 1823, a Assembleia Nacional Constituinte discutiu a questão da vinculação
da educação com a cidadania. Os deputados de modo geral concordavam que a
educação pública estava carente de atenção quanto a sua necessidade de
expansão aos cidadãos brasileiros.
Porém foram constituídas definições sobre quem seria considerado cidadão
brasileiro. Os cidadãos foram divididos em dois grupos, cidadãos ativos, que seriam
detentores de direitos políticos e civis e cidadãos passivos, que teriam direitos civis,
mas não políticos, essas categorias se distinguiriam pelo voto.
Porém o fundamento da cidadania era a propriedade, ou seja, seria possível se
tornar cidadão se tornando proprietário. Dessa maneira grande parte da população
brasileira estava excluída, já que sua maioria era formada por escravos e por
homens livres pobres. Sendo assim estes homens também estavam excluídos da
educação, pois a Constituição de 1824, art. 179, parágrafo 32, só garantia educação
gratuita aos cidadãos.
Entretanto, o setor mais radical e conservador da política soube travar as propostas
liberais que avançavam na questão das conquistassociais e da cidadania. O
fechamento da Assembléia Constituinte, em 1824, exemplifica essa ação. 
C. A alteração desse sistema de ensino público, implantado com as Aulas Régias, só
ocorreu em 1834, com a lei de 12 de agosto, que o substituiu por um outro sistema
de ensino, caracterizado pela descentralização, uma vez que tanto o ensino
fundamental de ler, escrever e contar, quanto o ensino médio das humanidades
ficaram a cargo das Assembléias Legislativas provinciais, como pode ser apreendido
com base no texto do art. 10, pará- grafo 2º , do citado Ato Adicional à Constituição
do Império, segundo o qual competia às mesmas Assembléias legislar sobre
instrução pública e estabelecimentos próprios para promovê-la, não compreendendo
as faculdades de Medicina, os Cursos Jurídicos, Academias atualmente existentes e
outros quaisquer estabelecimentos de instrução que para o futuro forem criados por
lei geral.
Dessa forma, o poder central limitava-se a promover a educação no Rio de Janeiro,
então município neutro e a educação superior. A conjuntura política brasileira desse
período regencial é fortemente marcada pelas disputas entre os partidários da
descentralização e os que defendiam a centralização política 
3ª Questão: 
Com base nos textos “A construção da escola pública no Rio de Janeiro imperial” de
Tereza Fachada Levy Cardoso, e “1827 – 2007: 180 anos da primeira lei brasileira
sobre a escola primária”, de André Paulo Castanha, faça o que se pede: 
A. Explique a importância da Lei de 15 de outubro de 1827 para a escola pública do
início do século XIX; (1,0) 
B. Identifique e comente um artigo da lei que determina condições de igualdade
entre mestres e mestras; (1,0) 
C. Os conteúdos ensinados a meninos e meninas eram os mesmos? Justifique com
base nos artigos da referida lei. (1,0)
A. Lei de 15 de outubro de 1827 determinou, no seu artigo 1º, que seriam criadas
escolas de primeiras letras “em todas as cidades, vilas e lugares mais populosos”.
Definiu que as escolas deveriam adotar o método Lancasteriano, que definia a
separação dos alunos em grupos, esses definidos como classe, e a medida que os
alunos evoluíam eles trocavam de classe. A lei foi importante, pois tencionava a
difundir as escolas públicas e a padronizar a forma de ensino, dando acesso a um
maior número de pessoas, porém não foi o que se observou ao longo do processo. 
B. Art. 13. As Mestras vencerão os mesmos ordenados e gratificações concedidas
aos Mestres. Nesse artigo se pode ver claramente a situação de inferioridade em
que se encontravam, e em muitas vezes ainda se encontra, as mulheres, pois para
que seu salário fosse igual ao de um homem na mesma posição que ela era preciso
que isso fosse assegurado por lei. 
C. Art. 6 o Os professores ensinarão a ler, escrever, as quatro operações de
aritmética, prática de quebrados, decimais e proporções, as noções mais gerais de
geometria prática, a gramática de língua nacional, e os princípios de moral cristã e
da doutrina da religião católica e apostólica romana, proporcionados à compreensão
dos meninos;
Art. 11. Haverão escolas de meninas nas cidades e vilas mais populosas, em que os
Presidentes em Conselho, julgarem necessário este estabelecimento.
A lei faz expressa distinção entre o que será ensinado aos meninos e onde haverão
escolas para meninas, deixando bem claro as diferenças de ensino e alcance do
ensino.

Outros materiais