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ROTEIRO DE ESTUDO ESTRATÉGIA II FONTE: SLIDES DA MATÉRIA • A organização deve ser entendida como uma emergente propriedade de mudança • A organização é tanto uma dada estrutura quanto um padrão emergente • Estratégia como prática desafia a explicar como atores organizacionais desempenham o trabalho de estratégia; seja por meio de suas interações sociais com outros atores, seja com recursos de práticas específicas presentes em um contexto. • A formação da estratégia é um processo contínuo e intencional construído em torno de certas decisões implicitamente todo o tempo. • A estratégia é baseada no contexto, podendo ser compreendida como um fluxo de eventos, valores e ações que ocorrem em um contexto. • A formação da estratégia é uma decisão política com isolamento de dois processos separados, mas empiricamente interdependentes: geração de demanda, e os processos de mobilização de poder. • Os sem recursos exercem poder? Para Ouimet, sim. Recorrem a uma estratégia política quando exploram uma oportunidade informal não prevista, que permite jogar para aumentar sua capacidade de influenciar os outros e o curso dos eventos com 2 estratégias: consolidação de poder e proteção de posição. • Como atores sociais desprovidos de recursos exercem o poder nas organizações: quatro estratégias políticas abaixo: • 1. experiência barganhada: O conhecimento cotidiano (macetes, manhas) dá o empregado a condição de exercer o poder e Conhecimento associado à experiência, sendo repassado aos novatos de acordo com o merecimento • 2. diversificação de vínculos afetivos: importante manter vínculos a membros do poder real e relações estreitas com superiores passam a representar até uma ameaça a outros empregados • 3. obediência submissa: respeito incondicional as determinações da empresa por ocorrer uma valorização dos empregados que respeitam e seguem a risca as determinações e impulsiona busca de proteção ou ascensão da empresa. • 4. popularidade planejada: intenção de alguns empregados de serem conhecidos por todos na empresa que permite se aproximar de pessoas que podem ajudá-lo e quebra a rigidez hierárquica da empresa o dando condições de ser aumentar o seu nível de influencia • Conclui-se que todos os membros de uma organização, independente do nível hierárquico, têm condições de exercer poder: assim esse poder não se encontra centrado na hierarquia da organização. Desmistifica-se assim a idéia de dominantes sempre dominantes e dominados eternamente dominados nas organizações. • Pensar em uma visão de estratégia que não seja um fictício formalismo e sim como noções que partam de elementos sociais, mais ajustáveis e flexíveis: o indivíduo no campo social é resultado da combinação de dois princípios de diferenciação: a posse de capital econômico e de capital cultural, sendo basicamente um espaço de diferenças. • As diferenças entre os grupos se tornam diferenças simbólicas : opiniões a respeito do que é a ‘normalidade’ variam de grupo para grupo : os ajustes dos indivíduos ao campo social se dão por meio da escola na reprodução da distribuição do capital cultural (estratégias das famílias e a lógica escolar) • O tipo de conhecimento que se adquire na escola é moldado de acordo com as necessidades de ‘ajuste’ social, mais do que conforme as aspirações de desenvolvimento social dos indivíduos • Ao concluírem seus estudos, os menos favorecidos terão de ingressar no mercado de trabalho vendendo a única coisa que possuem – seu capital cultural técnico – para os seus colegas mais abastados, que dirigirão as organizações e o sistema que perpetua as desigualdades culturais e econômicas • Independente do nível ou natureza do cargo ocupado, os profissionais preservam suas referências na organização. As origens – sociais, econômicas, éticas – integram, de forma inequívoca, o cotidiano organizacional, em muitos casos influenciando o processo decisório à medida que fornecem o background para inúmeras ações • Estrategistas de origem humilde, por exemplo, que tenham tido no início de suas trajetórias pessoais acesso a pouco capital econômico, ainda que no momento sejam muito bem remunerados e tenham condições de pessoalmente ostentar a posse deste capital, eventualmente podem sustentar, inconscientemente, visões estratégicas excessivamente comprometidas com o controle de custos e o acúmulo de ativos • A posse de diplomas e certificados de instituições renomadas conseguidas a partir de certo ponto da vida não apagam as limitações do modesto conhecimento adquirido em escolas pouco reconhecidas, o que pode levar a certo nível de desconforto com relação ao conhecimento oriundo de profissionais consultores e suas contribuições para o negócio • Dependendo dos envolvidos no processo, a estratégia pode refletir não exatamente o que é mais adequado ao mercado ou à natureza do negócio, mas apenas as percepções dos estrategistas – o que é, diga-se de passagem, fortemente influenciado pelas posições ocupadas no campo social • Na estratégia como prática social a comunicação adquire um papel de destaque: processo produtor de sentidos e significados evidencia • Estratégia como prática social as micro-atividades (processos) realizadas pelos indivíduos, que em constante interação e envolvidos em complexas relações de poder e significados compartilhados na organização, permitem que ela tenha resultados (conteúdo) desejados ou não. • A estratégia como prática relaciona atividades organizacionais realizadas pelos indivíduos com seu contexto ambiental em uma análise que pode ser chamada de vertical, bem como relaciona essas atividades (processos) com seus resultados (conteúdo), em uma análise que pode ser chamada de horizontal. • O sucesso ou fracasso de uma organização não pode ser atribuído apenas aos modelos, teorias ou a técnicas em si, mas aos usos que deles são feitos, ou seja, no modo em que são implementados na prática. • A prática da estratégia se dá tanto no processo de formação da estratégia (consolidado em episódios, por exemplo as reuniões formais de formulação da estratégia) como na implementação (que começa com a interpretação dos discursos estratégicos pelos atores sociais responsáveis por esta prática). • A concepção da estratégia como prática social repousa no entendimento de interação; para tanto, compreende- se a estratégia como um processo – strategizing – no mesmo sentido que se entende a organização como um processo, em constante construção social – organizing. • A estratégia procura estruturar a ação organizacional, porém é influenciada pelos discursos dominantes do macro ambiente, influencia as narrativas micro (organizacional) e é influenciada por essas narrativas construídas pelos seus membros como reflexos de sua interpretação e sua construção social de significado. Evidencia-se o caráter dinâmico, interacional e recursivo do processo de formação/elaboração da estratégia (strategizing). IDÉIAS CENTRAIS DOS ARTIGOS INDICADOS NO PLANO DE ENSINO APÓS A 1ª PROVA FONTE RESUMÃO DOS ARTIGOS VI – Estratégia, rotina e desafios da construção de estratégias não determinísticas BALOGUN, HUFF & JOHNSON (Three Responses to the Methodological Challenges of Studying Strategizing) O novo foco é nos indivíduos e suas interações dentro de grupos, com a preocupação voltada para atividades e processos de rotina. Em outras palavras, a maioria das pesquisas em estratégia tem sido sobre “Know what”, ao passo que pesquisa sobre construção de estratégia busca o “know how”, “know when” e “know where”. Estudos empíricos da elaboração de estratégias face pressões contraditórias. Abordagens etnográficas são atraentes, e tipicamente esperadas uma vez que precisamos coletar dados em estrategistas e suas práticas dentro de contexto. Defendemos,