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�·-.. � � ' , ,' •' • . . � ,, � .... ' > .. :.-: • . • ;.> ·'• .• . • ' · t·: . . \ ,. ,.., . ' " ' INDICE Capítulo 1 APARATOLOGIA PRÉ-AJUSTADA Introdução Considerações para a instalação da aparatologia As seis chaves de Andrews Objetivos funcionais oclusais Localização de braquetes e tubos - Localização mesiodistal - Posição vertical - Inclinação - Ajuste da face vestibular Erros no posicionamento da aparatologia Capítulo 2 PRIMEIRA FASE 13 14 16 24 26 26 27 35 36 36 Introdução à seqüência me _cânica 53 As fases do tratamento 53 Forças utilizadas 53 Primeira fase 56 11ovimentos dentários na primeira fase 60 - Movimentos dentários na região anterior 60 - Ancoragem recíproca 60 - Alinhamento em casos sem extrações 61 - Alinhamento em casos com extrações 68 - Oportunidade das extrações 80 - Movimentos dentários na região posterior 84 9 Utilização de arco duplo na primeira fase Caninos retidos - Técnicas cirúrgicas de abordagem - Procedimentos para a tração Introdução Capítulo 3 SEGUNDA FASE Objetivos da segunda fase Movimentos verticais Arco utilidade - Confecção - Arcos seccionais de estabilização - Ativação do arco utilidade Curva reversa - De secção redonda - De secção retangular Movimentos sagitais Fechamento dos espaços Arco DKL - Ativação - Ancoragem Variantes dos movimentos sagitais - Arcada superior - Arcada inferior Ativação unilateral do arco DKL Controle das arcadas durante o fechamento de espaços Ativações adicionais do DKL Arco de protusão 87 98 98 100 107 109 117 119 123 124 126 136 138 139 144 144 147 151 152 168 168 178 183 184 185 188 Capítulo 4 TERCEIRA FASE - - FINALIZAÇAO E CONTENÇAO Introdução Procedimentos clínicos auxiliares - Nos modelos montados em articulador - Na radiografia panorâmica - Na telerradiografia Procedimentos clínicos e mecânicos realizados na terceira fase - Alinhamento e nivelamento 195 196 196 209 210 210 210 - Controle do torque na arcada inferior 214 - Manejo da arcada superior 215 - Controle vertical posterior - Elásticos intermaxilares 215 220 Contenção e estabilidade pós-tratamento 223 - Estabilidade dentária 223 - Estabilidade ortopédica 223 Tipos de contenção 228 - Contenção fixa 228 - Contenção removível 231 Posicionador elástico 231 Ajuste oclusal 236 - Efeitos terapêuticos do ajuste oclusal 240 Capítulo 5 APARATOLOGIA AUXILIAR Introdução Barra palatina Quadri-hélix Expansor palatino 247 249 265 272 Girador de molares Disjuntor - Disjuntor com bandas - Disjuntor de adesão direta Máscara de tração póstero-anterior Força extra-oral vertical Pendulum de Hilgers Arco lingual Botão de Nance Aparatologia para eliminar hábitos - Para sucção digital - Para interposição lingual - Combinadas Preparo do modelo de trabalho Introdução Capítulo 6 PRÉ-TRATAMENTO Pré-tratamento em dentição mista - Eliminação de hábitos - Correção da estrutura de11toesquelética - Manobras destinadas à erupção correta dos dentes permanentes - Tratamento de anomalias ortodônticas Pré-tratamento em dentição decídua Casos clínicos de pré-tratamento Capítulo 7 , CASOS CLINICOS Exemplos de casos clínicos 280 281 284 287 289 294 297 302 304 306 306 306 307 308 313 316 316 318 320 324 325 327 345 O TRATAMENTO ORTODÔNTICO COM JORGE GREGORET Presidente da Fitndação Gnathos Diretor do curso de especialização em Ortodontia da Universidade de Belgrano - Buenos Aires -Argentina. Ex-professor da Cadeira de Clínica Integrada da Faculdade de Odo11tologia - U.N.R. -Argentina. Professor convidado de Mestrado em Ortodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade de Barcelona - Espanha. ELISA TUBER Vice-preside11te da Fundação Gnathos. Co-diretora do curso de especialização em Ortodontia da Universidade de Belgrano - Bi,enos Aires - Argentina Ex-docente da Faculdade de Odontologia - U.N.R. -Argentina. LUIS HORACIO ESCOBAR P. Diretor da Gnathos, Centro de Estudos de Ortodontia - Madrid - Espanha. Docente do curso de especialização em Ortodontia da Universidade de Belgrano - Buenos Aires -Argentina Prática privada - Madrid - Espanha. TOTA LIVRARIA e EDITORA 2005 PREFACIO Nosso primeiro livro, ''Ortodontia e Cirurgia Ortognática'', foi escrito com o propósito de criar uma ferramenta de apoio a quem se inicia na especialidade em dois temas fundamentais como o diagnóstico e o plano do tratamento, e de sistematizar os procedimentos destinados a implementá-los. A necessidade de nossos graduados de contar com um guia que desenvolve uma seqüência adequada na inesgotável diversi dade de más oclusões, do início até a final ização do tratamento, motivam o nascimento deste nosso segundo livro, cujo eixo central é a aparatologia pré-ajustada amplamente co nhecida como Arco Reto. São numerosas as técnicas de Arco Reto utilizadas na atualidade. As diferenças entre umas e outras vão desde o sutil e impercep tível ao consideravelmente notável. Sem ser os autores da técnica, cujo mane jo descrevemos, como clínicos a temos uti lizado com êxito durante muitos anos, basea dos sempre em uma planificação sustentada no diagnóstico correto. De todas as que conhecemos é - a nosso juízo - a mais completa, porque incorpora o conceito de integralidade do aparelho esto matognático aos objetivos tradicionais do tratamento ortodôntico, e com ele a oclusão funcional e sua relação com a ATM, e intro duz-se também uma nova lógica nos con ceitos de estabilidade pós-tratamento. 5 Vale esclarecer que, se bem nós temos preferência por alguma prescrição, não cremos que a qualidade de um tratamento passe exclu sivamente por esse aspecto. Ele implicaria pen sar que é um simples aparelho, o qual aporta a solução, quando em verdade é o ortodontista, mediante a aplicação lógica de conceitos clíni cos e a implementação correta de uma técnica, o que corrige cada caso em particular. ,. E inegável que algumas técnicas, corno a que aqui descrevemos, respondem com mais exatidão, rapidez e facilidade; qualidades essas que permitem alcançar ótimos resulta dos, reduzindo os tempos de tratamento e de cadeira, e evitando uma quantidade de ma nobras adicionais por parte do operador. A bibliografia existente em relação a essa metodologia é abundante e de excelente ní vel, produto do trabalho de inumeráveis autores e escolas que têm refletido suas idéias desde os princípios da Ortodontia. Deixamos expressamente esclarecido que todo o desenvolvimento mecânico condensa do nestas páginas é o legado de todos os que precederam-nos, a quem manifestamos nos so mais sincero reconhecimento. Não obstante, decidimos não incluir bi bliografia, dado que se tentássemos encurtá la, induvidavelmente, cometeríamos exclu sões injustas; e se pretendêssemos incluir a todas as obras, as referências alcançariam tal magnitude que perderiam sua finalidade. 6 Prefácio Embora existam muitas informações, ela se encontra dispersa em capítulos isolados ou faz parte de textos que tratam de outros temas, de resumos de conferências, trabalhos clínicos ou diversas publicações. Isso indu.z a uma leitura assistemática e, portanto, confu sa, especialmente a quem não possui ampla experiência clínica. Este é o motivo que nos impulsiona a edi tar um livro referido fundamentalmente a nossa experiência clínica e com o objetivo de aportar um recurso pedagógico enfocado a resolver a mencionada falência. O propósito fundamental é embrearmo-nos todos os pro cedimentos necessários para cada caso, arti culados constantemente o diagnóstico e o planejamento. Sabemos que toda mecânica ortodôntica está baseada em inumeráveis detalhes e finas manobras, motivo pelo qual julgamos im prescindível a ilustração com numerosas imagens. Para isso realizou-se uma cuidado sa e exaustiva compaginação dos gráficos com o texto. Esse importante complemento facilita a compreensão do leitor e mostra-lhe seqüencialmente o modo de executar cada passo e seus efeitos. Objetivamos os aspectos históricos da metodologia, as analogias e a confrontação com outros aparelhos, os fundamentos e estudos críticos sobre o tema, para referimos pontualmente e com um enfoque prático a sua descrição, forma de instalação, ativação, manejo, controle; assim como a suas indi cações, dificuldades e precauções. Incluímos um capítulo referido ao trata mento das má.s oclusões em dentição decídua e mista, no qual descrevemos, em forma mui to resumida, a aparatologia e os procedimen tos ortodônticos e ortopédicos destinados a interceptar o desenvolvimento de uma ano malia, reduzir suas conseqüências e apro veitar o período de crescimento que permite melhorar o terreno, para que em estágios mais avançados o tratamento ofereça menos dificuldades ou possa alcançar mais e melho res objetivos. Temos destacado no texto o refere11te à aparatologia auxiliar utilizada em combina ção com a técnica de Arco Reto, a qual amplia notavelmente seu horizonte de possibili dades, facilita inúmeras manobras e possibi lita outras que não seriam viáveis se só fosse utilizada a aparatologia pré-ajustada. Por último, queremos expressar que nos so compromisso com a transmissão e o ensi no da Ortodontia renova-se neste livro, assim como o desejo de que ele seja uma ferramen ta útil para o ortodontista que pratica essa técnica, facilite seu trabalho e possibilite o alcance de melhores objetivos. Os autores 16 Aparato/agia pré-ajustada Neste capítulo desenvolveremos um méto do para a colocação da aparatologia, que ao nosso critério, é de grande utilidade e minimiza a possibilidade de erros. Para isso, é necessário recordar o trabalho de Andrews intitulado ''Seis chaves para a oclusão 11ormal'', no qual se descrevem os seis fatores considerados comuns a cento e vinte oclusões normais não-tratadas ortodontica mente. Essas oclusões, perfeitas do ponto de vista anatomofuncional, foram a base para a prescrição da aparatologia pré-ajustada. Outro aspecto que se faz imprescindível explicar previamente é o objetivo que devemos alcançar com o caso tratado ortodonticamente e que tem uma relação direta com o posiciona mento dos tubos e bráquetes, ou seja, os objeti vos funcionais oclusais. AS SEIS CHAVES DE ANDREWS No trabalho intitulado ''Seis Chaves da Oclusão Normal'', Andrews descreve os seis fa tores que considerou comuns a cento e vinte oclusões normais não-tratadas ortodontica mente. Eram modelos que pertenciam a pacien tes com oclusões perfeitas do ponto de vista anatomofuncional que não poderiam ser me lhoradas com tratamento ortodôntico. Essas características comuns referem-se a: Relação molar - Angulação ou tip da coroa (mesiodistal) - Inclinação coronária ou torque (labiolingual) - Rotacões - Espaço e diastemas - Plano oclusal / E necessário, antes de desenvolver as ' 'Seis chaves da oclu.são normal'', fazer referência à terminologia que se menciona nela. Plano de Andrews / E o plano que divide as coroas dos dentes em oclusão normal na altura de seus pontos EM, ou em caso de um dente isolado, separa a porção oclusal da gengival à altura de EM (Fig. 1.4). '\ \ 1 t i EMCC EM --A__ l .....___,., PI. Andrews __..----.. � 1 -+---+-• ---+----+------t>---J.---<1---t---t---+---,e;-_..-f--- �( / Fig. 1.4: Plano de Andrews. CAPÍTULO APARATOLOGIA PRÉ-AJUSTADA Introdução As seis chaves de Andrews Os objetivos funcionais oclusais Posição de bráquetes e tubos Aparatologia Pré-ajustada INTRODUÇAO A mecânica ortodôntica clássica estava baseada numa aparatologia que utilizava arcos retangulares com bráquetes sta11dard cujos compo11entes (corpo, base e slot) tinham uma angulação de 90 graus entre si. Por essa razão, não exerciam sobre os dentes nenhuma ação de inclinação, torque nem rotação. Devido a essas características, denominavam-se bráquetes de zero gra11. Era indispensável, então, a manipulação precisa dos arcos por parte do ortodontista pa ra conseguir movimentos dentários que permi tissem alcançar posições corretas. Essa manipu lação causava torções nos três sentidos do es paço e estava sujeita às imperfeições das mãos do operador. Por causa dessas limitações, numerosos casos eram mal-tratados, outros ter minavam com resultados ruins e, outras vezes, apesar de sua aceitável estética, as bocas fica vam com um aspecto artificial. Desde o princípio da Ortodontia, os mais destacados professores tiveram em mente angular bráquetes com a finalidade de provo car movimentos sem recorrer a aj11stes ma nuais. Essas idéias que começaram com Edward H. Angle foram desenvolvidas pos teriormente por outros ortodontistas e, paulati - 11.amente, levaram a. incluir inclinações e angu- 13 lações (torque) no slot. Já na década de 70, os trabalhos de Lawrence Andrews deram origem à primeira aparatologia pré-ajustada disponí vel comercialmente. Nesse sistema, todos os bráquetes têm incorporado em s11a estrutura o controle tridi mensional da posição do dente com um objeti vo fundamental: reproduzir a posição dentária ideal, sem ajustes ma11.uais nos arcos, o que dá origem à Técnica do Arco Reto. O advento dessa técnica marcou uma grande diferen.ça em relação ao Arco de Canto standard, modifican do o que poderia considerar-se o aspecto mais crítico da mecânica, que nas técnicas standard era conseguir a perfeição nas dobras dos arcos, nos três sentidos do espaço. Atualmente, nas técnicas do Arco Reto, o aspecto crítico da me cânica passa a ser a perfeita colocação da apara tologia para conseguir uma ótima expressão da informação que contém. Sem dúvida, esse pro cedimento oferece ao operador menos dificul dade. Mesmo esses aparell1.os pré-ajustados ou pré-programados e co11.tendo neles a informa ção para produzir movimentos dentários pre determinados em forma sim11ltânea, desde o início do tratamento deve-se ter em mente con siderações cuidadosas de pri11.cípios mecânicos básicos para realmente obter benefícios de sua utilização. 14 Aparato/agia pré-ajustada INSTALAÇAO DA APARATOLOGIA PR E-AJUSTADA No tratamento ortodôntico com a apara tologia pré-ajustada, a seleção da posição e a colagem de bráquetes e bandas é provavel mente a manobra mais importante. O pré ajuste de cada um dos tubos e bráquetes ou torga a estes a possibilidade do controle tridi mensio11al de cada dente. Portanto, para que a informação contida em sua estrutura consiga sua ótima expressão, é necessário selecionar em cada uma delas o lugar apropriado para a cola gem/ cimentação. Foram descritos diversos procedimentos para sua colocação. Como nenhum deles se adaptam a todos os casos, é possível que quem não tenha uma sólida experiência clínica possa cometer alguns erros. No Aparelho de Canto standard, essa loca lização era feita medindo-se a distância da bor- A ._5\ ' (� · - .., ____ _ ) -1 da incisal ou oclusal ao centro do bráquete ou tubo. Ltilizava-se uma única medida e, poste riormente, ( com dobra nos arcos) compensa vam-se as posições que não estavam apropria das. Sob os conceitos do Arco Reto, com a finali dade de evitar essas dobras, alguns autores uti lizaram um sistema de medidas similar, mas individualizado para cada· dente. Indicava-se uma medida de 3,5 mm para o incisivo central e o lateral, 4,5 mm para o canino, conseguindo, assim, a diferença entre as bordas incisais dos incisivos e a cúspide do canino. A crítica a esse sistema baseia-se fundamentalmente em que se dão medidas uniformes para todos os indiví duos e não se têm em conta as variações das alturas coronárias. Dependendo disso, os brá quetes ficarão mais para incisal ou oclusal e existirão, portanto, diferenças na posição den tária que se obtém com respeito a torque e posição vestibulopalatina, devido ao diferente 8 /", . ' . " \ ' i .... ' ' , \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ ' \ 1 \ 1 �· , . o::J �J 1 1 Fig. 1.1: A) Um mesmo dente, por exemplo, um incisivo central superior, mas com tamanho diferente. Em ambos os casos, cola-se o bráquete utilizando como referência uma mesma distância da borda incisai. Os slots apresentam torques diferentes ao apoiar o bráquete em superfícies com inclinações diferentes. B) Com a expressão do torque, observa-se a maior inclinação obtida pelo dente maior. raio de curvatura que apresentam as faces vestibulares de diferentes alturas (Fig. 1.1) . Andrews utilizou o centro da coroa clínica de cada dente para a colocação de bráquetes e tubos. Isso é muito apropriado, pois a informa ção da aparatologia baseia-se em medições rea lizadas nessa ·posição e, portanto, se conseguirá uma ótima expressão da mesma (Fig. 1.2). Em muitos casos, é difícil determinar o cen tro da coroa clínica devido à irregularidade das bordas gengivais que podem induzir a erros. Também provoca problemas a existência de dentes grandes ou pequenos em relação ao res tante dos dentes da arcada. Isso obriga a colo car alguns bráquetes fora desse ponto ideal pa ra conseguir o alinhamento tridimensional cor reto, fundamental para alcançar os objetivos funcio11ais e estéticos (Fig. 1.3 A e B). Fig. 1 .3 A: Diante da presença de um incisivo late ral pequeno, a referência do centro da coroa clínica para posicionar o bráquete provocará, no final do tratamento, falta de nivelamento das bordas inci- sais. Aparato/agia pré-ajustada 1 5 - - - - - - - - - - - - - - - - T - Fig. 1 .2: Andrews preconiza o centro da coroa clíni ca como referência para a instalação da aparato logia. Fig. 1 .3 B: Com um diferente posicionamento dos bráquetes tenta-se nivelar as bordas incisais para conseguir uma melhor guia incisiva. Coroa Clínica A coroa clínica de um dente é a quantidade de coroa visível intra-oralmente ou em mode los de estudo. Nas chaves de Andrews, esse conceito se aplica para a dentição mista tardia ou a permanente ( quer dizer, quando os dentes se encontram todos erupcionados) e onde o estado gengival é saudável. No caso de existirem recessões ou hipertro fias gengivais, deve-se considerar, seguindo o critério de Orban, que o comprimento da coroa clínica. é 1,8 mm menor que o comprimento da coroa anatômica. Eixo maior da coroa clínica (EMCC) Em todos os dentes, é a porção mais proem inente do lóbulo ce11tral da face vestibular, com exceção dos molares que segue o sulco que se para a.s cúspides vestibulares. Esse eixo pode ser determinado apoiando se de lado, a ponta de um lápis da gengival até incisal ou oclusal e se vistializa em cada coroa como uma linha reta. Define-se como ponto EM, o ponto médio do eixo maior da coroa clínica (Fig 1.5). Aparato/agia pré-ajustada 1 7 EMCC EM Fig. 1 .5: Eixo maior da coroa clínica e ponto EM. Chave 1: Relação Molar Andrews define a relação de classe I molar da seguinte maneira: • A cúspide mesiovestibular do primeiro molar superior oclui no sulco entre as cúspides vestibulares mesial e média do primeiro molar inferior. • A cúspide mesiopalatina do primeiro mo lar superior assenta na fossa central do pri meiro molar inferior. • A coroa do primeiro molar superior deve ter uma inclinação, de maneira que a ver tente distal do rebordo marginal distal oclua sobre a vertente mesial do rebordo marginal mesial do segundo molar inferior. 1 8 Aparatología pré -ajustada A B e D I I /; '- 1 \ O primeiro ponto dessa definição se ajusta à de Classe I de Angle. Os dois restantes referem-se aos aspectos que não só definem uma relação correta entre eles, mas também possibilitam a intercuspida ção normal dos dentes posicionados a mesial, até o canino (Fig. 1.6 D). Na figura 1.6 A, B e C, observa-se que a falta de inclinação adequada do molar provoca uma alteração da relação de Classe I cani11a, que será maior quanto mais vertical for a posição do molar. Fig. 1 .6: A relação molar descrita por Andrews requer que o molar superior apresente maior grau de inclinação (Fig. D). Aparato/agia pré-ajustada 1 9 n / � \ f\ 1 \ J I � _J 50 50 2º 2º 1 1° 90 50 2º 2º 2º 2º 50 2º 2º /' \ V Fig. 1 .7: Valor da inclinação mesiodistal das coroas. Todos os valores são positivos ao apresentar a porção gengival inclinada para distal. CHAVE 2: Angulação mesiodistal das coroas (TIP) A inclinacão da coroa mede-se entre o eixo " maior da coroa clínica (EMCC) e uma perpen- dicular ao plano de Andrews que passa pelo ponto EM (ponto médio do eixo maior da coroa clínica). • A porção gengival do eixo maior da coroa clínica deve estar posicionada na porção mais distal que a porção oclusal. • Na figura 1.7, observam-se os diferentes graus de inclinação das coroas dentárias. \ \ 1 \ \ \ 1 \ \ A 1 \ \ \ 1 \ \ \ 1 \ ' \ 1 \ \ 1 \ \ 1 1 \ 1 1 \ 1 1 ' \ 1 1 \ \ 1 \ \ 1 1 \ Fig. 1 .8: A) A inclinação coronária adequada pede um espaço mesiodistal maior. B) Observa-se o ca nino em posição vertical. 20 Aparato/agia pré-ajustada CHAVE 3: Inclinação labiolingual das coroas (torque) O torque coronário é medido em graus entre uma perpendicular ao plano de Andrews, que passa pelo ponto EM e uma tangente à face vestibular do dente que, passando pelo mesmo ponto, tem seus extremos em igual distância das porções incisiva e gengival da coroa (Fig. 1.9). • A tangente que passa pelo centro do eixo maior das coroas clínicas dos incisivos cen trais e laterais superiores tem uma inclina ção de gengival e palatina até a incisiva e vestibular (torque positivo). • Nos dentes restantes da maxila e em to dos os da mandíbula, a tangente vai da ves tibular e gengival até incisiva (ou oclusal) e lingual. Isso é denominado torque negativo (Fig. 1.10). 1 ' I -9º 1 -9º -7º . -35°. -30°, -22º \ --- \ 1 \ \ \ 1 \ 1 \ j 1 \ 1 PI. Andrews \ 1 Fig. 1 .9: Forma em que Andrews realizou a me dição do torque coronário. \ ) 1 \ 1 1 I ' 1 ' ---- 1 1 -7º • -7º +3º l • + 7º -17° 1 -11º , -1º -1 o ("\\ \ 1 li \ \ I 1 1 1 ' 1 11 ' \ 1 1 1 1 Fig. 1 .1 O: Valores de torque coronário para cada um dos dentes. Os incisivos centrais e laterais superiores são os únicos que possuem torque positivo. O torque dos dentes também pode ser avaliado, tendo-se em mente o eixo maior do dente. Para esse dente, observam-se valores di ferentes, segundo como se realiza a medição. Ao analisar os valores de pré-ajuste que apre senta uma determinada aparatologia, deve-se saber a que tipo· de medição referem- se os valo res dados para o torque (Fig. 1.11). Um torque correto da região anterior é in dispensável para se obter a relação canina e molar de Classe I (Fig. 1.12). A B 7º \ \ \ \ \ l ' -5º ' 1 1 , ' Aparato/agia pré-ajustada 21 25° 'ªº \ \ \ \ \ \ \ \ \ ' \ ' \ \ ' ' Fig. 1 . 1 1 : Diferenças entre as medições dos tor ques coronário e dentário num mesmo dente. Fig. 1 .12: Influência do torque na relação intero clusal. A) Torque normal. B) Diante da falta de torque na região anterior pode-se produzir diaste mas. C) A falta de torque origina uma relação de Classe 1 1 . -5º ' ' 1 , 1 22 Aparato/agia pré-ajustada CHAVE 4: Rotações Numa oclusão normal, não de\Tem existir rotações de11tárias. Os molares e pré -molares girados ocupam mais espaço que o normal na arcada (Fig. 1.13 A). Os incisivos girados necessitam de menos espaço que aqueles alinhados corretamente (Fig. 1.13 B). As rotações dentárias geram problemas estéticos e funcionais. Na região anterior, afe tam notadamente a estética, mas na posterior, ocasionam os mais importantes transtornos funcionais . Por exemplo, um dente posterior girado varia a posição de suas cúspides e altera a relação interoclusal com o a11tagonista, dando lugar a contatos prematuros e interferências. As rotações de caninos afetam notadamente am bos os aspectos, ou seja, a estética e a função. A ---..---< / - Fig. 1 .13 A: Rotações dentárias na região pcs:eíior. CHAVE 5: Espaços ou diastemas Os dentes estão posicionados com seus pontos de co11tatos perfeitamente relacionados, sem espaços entre si. Isso requer que não existam malformações de11tárias nem discrepâncias na largura mesio distal dos dentes de ambos maxilares, quer dizer, que o índice de Bolton não esteja altera do. Quando isso ocorre e pretende-se manter os pontos de contato, seguramente se altera a rela ção interoclusal, ou seja, a classe canina e a re lação molar, ou o overjet e overbite. B - - ..,......... __ _ / - , ; Fig. 1 . 13 B: Rotações dentárias na região anterior. � �� �� �� �� � �- CHAVE 6: Curva de Spee • _ .\ curva de Spee na oclusão normal deve ser praticamente plana. Na mandíbula, não cie\·e ter profundidade su.perior a 1,5 mm (fig. 1 .14 A). • Cma ct1rva de Spee profunda produzirá o confinamento das raízes dos dentes supe riores. Essa situação provoca alterações no plano oclusal, que impede uma interct1spi áação correta, gerando uma oclusão trau mática (Fig. 1.14 B). • -� curva de Spee in,,ertida determina A 2xcesso de espaço nos dentes superiores, B q·:.1e provoca alterações similares às assina- acas no ponto anterior, e falta de guia inci- s:�·a (Fig. 1.14 C). =-; . 14 : A) A curva plana favorece uma ótima � ==ª-= :ntercuspídea. B) Uma curva profunda pro ::::= .... """' espaço restrito para os dentes superiores - : .::2. '"'do alteração no plano oclusal. C) A curva �- :2 orovoca alterações no plano oclusal, falta : ;- 2 ·ncisiva e mais espaço disponível na ma- -- e I { ( \ Aparato/agia pré-ajustada 23 24 Aparato/agia pré-ajustada OS OBJETIVOS FUNCIONAIS OCLUSAIS O esquema oclusal ideal corresponde às características da oclusão mutuamente protegi da, ou seja: 1- Contatos bilaterais simultâneos e estáveis dos dentes posteriores numa oclusão de po sição de máxima intercuspidação (PMI) coincidente com a relação cêntrica (RC). 2- Nessa posição, deve existir um espaço livre de 0,012 mm entre as bordas incisais dos incisivos e caninos inferiores e as faces palatinas dos caninos e incisivos superiores. 3- Overbite de 3 a 4 mm e overjet de 2 a 3 mm, medido das bordas incisais dos inci sivos superiores até a face vestibular dos incisivos inferiores. Tanto o overbite como o overjet devem ser suficientes para assegurar uma funcionali dade correta das guias anterior e canina, evitando os contatos prematuros. 4- Nas excursões laterais, os caninos devem ocluir e o restante, desocluir. 5- Em protusiva, os incisivos deverão con tatar-se e todos os posteriores, desocluírem. 6- O plano oclusal deve ter somente uma li geira curva de Spee. Na figura 1 .16, ilustram-se os objetivos fun cionais num paciente onde se realiza um con trole oclusal, quatro anos depois de finalizado o tratamento ortodôntico. • Fig. 1.15: Contatos bilaterais simultâneos na posi ção fechada, sem contato anterior. Aparatología pré-ajustada 25 • .,,...._ - . -· � Fig. 1 .16: Nos movimentos excursivos, os dentes anteriores protegem os posteriores (princípio da oclusão mutuamente protegida). Na série superior, observa-se o acoplamento anterior, onde não existe contato den �ário de canino a canino. Na série intermediária, enfatiza-se a guia anterior no movimento de protusão, evi �ando o contato dos dentes posteriores. Na série inferior, as guias caninas, direita e esquerda, em movimento de lateralidade cumprem a mesma função. 26 Aparato/agia pré-ajustada POSIÇÃO DE BRÁQUETES E TUBOS Descreveremos em primeiro lugar a coloca ção nos casos em que os dentes apresentam integridade anatômica, com curva de Spee que não envolva as regiões posteriores a nível do segundo molar. Analisaremos os seguintes a.s pectos (Fig. 1.17): A) Localização mesiodistal. B) Posição vertical ('' altura''). C) Inclinação. D) Ajuste da face vestibular. A) Localização mesiodistal O eixo maior da coroa clínica será a referên cia para a colocação no sentido mesiodistal, que permitirá expressar a informação de rotação que tem inscrita nos diferentes bráquetes e tu bos. • Em incisivos e pré-molares, esse plano vertical divide a coroa em duas partes prati camente iguais, uma mesial e outra distal. • Nos caninos, se traça sobre a parte mais proeminente da face vestibular, que coinci de, em nível incisivo, com a cúspide. Por conseguinte, se encontra deslocado para mesial, na proximidade da união do terço mesial com o terco médio de sua face ,-esti-" bular. Por isso, os bráquetes de caninos te rão uma posição deslocada para mesial. O centro do bráquete deve coiI1cid:r, no sen tido mesiodistal, com o eixo maior da coroa clínica. • • • \ _}_ __ O\ '1 r·1 -'\ ' ... -� }. · 1·- ·=!./ 1 • • 1 \ ! \ .... \ \� \ 1 . 1 A e D Fig. 1 . 17: Aspectos para o estudo da posição dos bráquetes. A) Mesiodistal B) Posição vertical C) Inclinação D) Ajuste da face vestibular Fig. 1 . 1 8: O eixo maior da coroa clínica (EMCC) e sua projeção por incisai e oclusal e palatino consti :ui a guia para a localização mesiodistal de brá c uetes e tubos. ç por isso que, nos incisivos e pré-molares, �e localizam no centro da face vestibular, enquanto nos caninos, estão deslocados pa :-a mesial. • :\" os molares, o eixo vertical nasce na cús - ide mesial, se traça perpe11dicular à face c:usal do molar e é a referência para a loca lizacào da entrada mesial do tubo. > .::.-::-a referência é estritamente anatômica, _ =-�í.!O, se abstrai das inclinações presentes i::' �s�cão inicial. , B) Posição vertical -radicionalmente, a referê11cia horizontal _ - �.:. a colocação de cada um dos elementos em �:i ... 'o ,-ertical, é o plano de Andrews, que --"--�::- -:'e:o centro do eixo maior da coroa clíni--:J.e cada um dos dentes da arcada (Fig. 1 .19). � .:ire� -s fazia coincidir o centro de todos os -- ;ue:es e tubos com esse ponto, porém esse - -eci imento foi modificado parcialmente, co- ,·eremos mais adiante. De ponto de vista prático, acredita-se ser �- D.!edir a distância vertical entre o centro do - -uete e a borda incisal, cúspide ou face _,, ..... - U5al. para poder reproduzir essa distância ,... __ .::,.: _ o:.: os dentes homólogos e para fazer as !:hltes a essa altura conduzentes a consegt1ir "-:- ap:anamento da curva de Spee e um guia -·"lo ao final do tratamento. --� altura das coroas clínicas da parte mais ;:.-:C..: da arcada até a linha média diminui pro :::--2"5::T-amente, isto é, a altura das coroas clíni- Aparato/agia pré-ajustada 27 Fig. 1 .19: Centro do eixo maior da coroa clínica em molares, caninos e incisivos. cas dos molares é menor que a dos pré -molares, e esses por sua vez são menores que a dos inci sivos e caninos. Porém, existem também varia ções individuais na proporcionalidade que se estabelece nos diferentes setores que respon dem a características biotipológicas. Por exem plo, a diferença de altura entre as coroas das re giões posterior e anterior acaba sendo mais marcada nos dolicofaciais que nos braquifaciais (Fig. 1 .20). Nessa situação, é necessário individualizar, em cada caso, a altura das coroas clínicas para a colocação de cada um dos bráquetes em sen tido vertical. Por isso, não se deve utilizar uma medida padrão na seleção das alturas para a colocação dos bráquetes. Da nossa perspectiva, o tratamento orto dôntico, o consideramos uma reabilitação oclu sal. Por isso, é muito importante o controle tri dimensional de cada u.m dos dentes que con formam as arcadas. 28 Aparato/agia pré-ajustada A B e Fig. 1.20: Diferente proporcionalidade entre coroas dentárias posteriores e anteriores. A) relação equilibra da. B) Dentes posteriores grandes em relação aos anteriores. C) Dentes anteriores grandes em relação aos posteriores. Do ponto de vista oclusal, damos-lhe espe cial importância ao controle da região posterior e consideramos como uma referência de altura os primeiros molares superior e inferior. Referência posterior Cronologicamente, esses dentes são os pri meiros a alcançar a total erupção na região pos terior e representam a altura das coroas clínicas posteriores. Durante a dentição mista, são os responsáveis em suportar a oclusão nessa reg1ao. Definido o primeiro molar como modelo de referência, selecionaremos o centro do eixo ver tical que bisela a cúspide mesiovestibular como a altura adequada par a a colocação do tubo vestibular (Fig. 1.21). Podemos utilizar essa mesma altura para colocar o bráquete do segundo pré-molar. - -- - -- -! --- - - - -i - - -- - - - Fig. 1.21 : A referência vertical do primeiro molar se transfere para os segundos pré-molar e molar. Esse método de seleção de altura p ara o segundo pré-molar se faz como uma medida ''protetora" para esse dente com a intenção de evitar traumatismos oclusais durante o trata mento. _- ..s áreas radiculares do primeiro molar e o :x _ :.rricio pré-molar têm entre si diferenças sig ,..., -=:.=ati,-as. Dada a maior ancoragem e as carac- --�d-:as da anatomia radicular do primeiro � .. ar, a localização do bráquete do pré-molar ::-.:: · � para gengival aumentando a distância da ..:-....S?:de até o centro do bráquete provocará a - ::::-.15ão desse dente e terminará exposto a um ::-;;. ..:.='.a tismo oclusal durante longo tempo com � -,.... 2'5 periodontal e radicular conseguintes. _:.\ indicação básica para a colocação dos - _ os nos segundos molares é respeitar a ::-':'3:Il.a altura e inclinação indicadas para o �-:--_::,.eiro molar (Fig. 1.21). Deve-se observar �:ie () segundo molar apresenta posições variá- ·e::..s. de acordo ao grau da curva de Spee exis- Cê:'.-:e na região posterior. �-\. colocação do tubo no centro da coroa clí r,=ca e paralelo à face oclusal provocará em to :__ s os casos o nivelamento posterior dessa cur- .::, que será feita inevitavelmente com extru ::fes dentárias. Essas extrusões corresponderão i:-� arcada superior ao segundo molar e na infe rio ... , ao primeiro (Fig. 1.22). ). lesmo com curvas de Spee cuja forma e : :-o fundidade estão dentro de parâmetros nor ::-.a; s, em alguns pacientes com musculatura :::ágil e/ ou overbite escasso, esse nivelamento . - / . / f oster1or nao e conveniente porque agravara a ;;:i:uacão existente. Aparatologia pré-ajustada 29 ,, I f I I I I 1 , ' 1 : l I , ' ,' '\-=,:::==::::�7 I I I I I I , l ,,. ' I I I I 1 I I I I \ ' I I I Fig. 1 .22: Na presença de uma curva de Spee pos terior muito aumentada, a colocação de bandas e tubos, segundo o critério padrão, gerará com o nive lamento extrusões dos molares, de maior magni tude no segundo molar superior e primeiro molar inferior. ( .. : - 1 ffl-õl LC _ _ pi Fig. 1 .23: A colocação do tubo do segundo molar apresenta algumas variantes que têm como objeti vo manter a curva de Spee posterior. 30 Aparato/agia pré-ajustada I fl (\ A <. -.:...- I u B e • • F1g. 1 .24: A) Caso com overbite escasso, curva de Spee posterior e falta de torque no segundo molar, que ocasiona contatos prematuros das cúspides palatinas. B) Instalação da aparatologia de maneira padrão (observar a similaridade nas posições das bandas dos primeiros e segundos molares). C) O trabalho com o arco vestibular não irá melhorar o torque do molar, e ao nivelar a curva de Spee pos terior será produzida uma desfavorável abertura da mordida. Nesses casos, se aconselha realiza.r certas variantes (Fig. 1.23): • Molar Superior: nesses casos, o tubo do segundo molar superior deve ficar a uma distância. da face oclusal menor que a utili zada para o primeiro molar superior, e sem respeitar o paralelismo entre tubo e face oclusal. O tubo, deve ter uma posição mais baixa na distal para que o arco vestibular não verticalize esse dente evitando assim a extrusão de suas cúspides distais . • Molar Inferior: nesta arcada, o dente mais exposto à extrusão é o primeiro molar. Quando o segundo molar está mais alto que o primeiro e com a inclinação dada pela curva de Spee posterior, a colocação do tubo à mesma distância da face oclusal nos dois molares, e respeitando o paralelismo, provoca.rá extrusão do primeiro. Para evitar esse inconveniente, o tubo do segundo mo lar será colocado a uma distância levemente maior e com inclinação, abaixando o tubo por distal, para que o trabalho do arco ves tibular não nivele essa curva posterior . (! ) e-, ----·;, A 1\ 1 - I B e 1 u ,, Aparatología pré-ajustada 31 Fig. 1 .25: A) Caso com overbite escasso, curva de Spee posterior e falta de torque no segundo molar, que ocasiona contatos prematuros das cúspides palatinas. B) Na região posterior, coloca-se o tubo inferior na posição indicada para manter a curva, e o molar superior é bandado para trabalhar com barra palatina com torque negativo, porém não será incluído no arco vestibular. C) As manobras descritas anteriormente evitam extrusões na região posterior e se consegue elimi nar os contatos das cúspides palatinas do segundo molar. Como resultado, o overbite melhora notavel mente. Naqueles casos em que a curva de Spee posterior é muito acentuada, serão colocadas as bandas para controlar transversalmente a posi ção dos segundos molares superiores, através de aparatologia auxiliar palatina (barra palati na, expansor, rotator e quadri-hélix), porém não será utilizado o tubo vestibular para a colo cação de arcos vestibulares (Fig. 1.24 e 1.25). Na arcada inferior, nesses casos de curva muito acentuada, colocaremos bandas destina- das à instalação de arcos linguais para contro lar o torque desses molares ou será necessário incluir alguma dobra no arco para compensar esse desnível entre ambos os molares. 32 Aparato/agia pré-ajustada Referência anterior Na região anterior, o incisivo central é o dente com maior altura clínica e será a referên cia para a seleção da altura na colocação da aparatologia de canino a canino. Nesse dente, Andrews selecionou o centro do eixo maior da coroa clínica para cimentar o bráquete, utilizando o mesmo critério para o incisivo lateral. Esse último dente é o que apresenta maiores variações de tamanho. Essas variações se obser vam tanto no sentido mesiodistal como 110 ver tical e se utilizar o método proposto por An drews podemos estabelecer uma importante escala vertical entre o incisivo central e o late ral, que ficaria relativamente intruído. Essa alteração no alinhamento dentário provoca um desnível nas faces palatinas entre os incisivos centrais e laterais, afetando de ma- \ • A n+,,i \ I _) neira significativa a guia incisiva, que ficaria suportada apenas pelos incisivos centrais. Um dos objetivos fundamentais do nosso tratamento ortodôntico é outorgar-lhe funcio nalidade à oclusão obtida. Não há dúvida de que a qualidade, assim como a quantidade de guia incisiva a obter, deve dirigir a colocação da aparatologia. Sob esse conceito, propomos a colocação do bráquete do incisivo lateral à mes ma distância que se elegeu para a colocação do bráquete do incisivo central. Por isso, colocaremos o bráquete do incisivo central, 0,5 mm mais para incisal que o centro do eixo maior da coroa clínica, melhor dizendo, a metade da altura da coroa clínica do incisivo, menos 0,5 mm, será a medida da altura do brá quete do incisivo central e do lateral, tendo em mente que a medida se toma da borda incisal ao centro do bráquete. 1 \ I B L - Ir" n 1 Fig. 1.26: A) A colocação do bráquete no centro da coroa clínica quando os incisivos laterais são pequenos, e seu efeito na guia incisiva. B) Colocação que chega ao nivelamento das bordas incisais e seu efeito na guia 1nc1s1va. ------ -- -1'- - - - -_::-,,._ ,,.___,�_,-,:"'._ - _::--=_-::-._ -""---=- =--==---- 0,5 a 1 mm -=, .. - 27: Nos caninos, a distância entre o centro ---.,;;;-· : �: .... etes e a borda incisai tem entre 0,5 e 1 ,-::.. ::: aue os 1nc1s1vos. - � caninos, que igualmente aos i11cisivos - = -� são dentes sujeitos a grandes variações -,.,...2�-nilo das coroas clínicas, não podemos --=---� sua altura como referência para a mar- _,_==�: ,-ertical do bráquete. :-_ :i ..:ncionalidade da guia canina é dada _ _.._....- -2�ação da cúspide do canino inferior com ..::e :'alatina do canino superior, e não pela _.:=.. c:a.s cúspides, porém essa relação se fa _..::2 �uando as cúspides de ambos os cani � ..:?erior e inferior, estejam aproximada - :2 0.:J mm mais para oclusal que a borda __._._,-._:_ cios incisivos (Fig. 1.27). :=--�:mundo, a distância do centro da coroa _-__ ..::a .io incisivo central à sua borda incisal, �::: 2 .3 mm, será a referência para a coloca --. centro do bráquete no próprio incisivo :==-:.::--:.__ e também no incisivo lateral. Aparato/agia pré-ajustada 33 Fig. 1 .28: O nivelamento obtido com essas con dições tem por objetivo aplanar a curva de Spee e outorgar funcionalidade canina. No canino, essa mesma distância se incre menta entre O ,5 e 1 mm o que lhe dará a men cionada extrusão. Por último, o bráquete do primeiro pré molar será cimentado no centro da coroa clíni ca, observando-se que a distância do centro do bráquete até a oclusal seja igual ou maior do que o segundo pré-molar. O primeiro pré-mo lar é um dente de transição entre a região ante rior e a posterior da arcada, e a altura de seu bráquete promedia a diferença entre a altura do canino e a do segundo pré-molar. Essas indicações para a seleção das alturas da cimentação da aparatologia são úteis, tanto para a arcada superior como para a inferior. 34 Aparato/agia pré-ajustada 1/2 cc 6 1/2 cc 4 -- --- "------v ___ ) 1/2 CC 1 1/2 CC 1 -05mm Fig. 1 .29: Gráfico que resume as indicações referidas à posição vertical dos bráquetes e tubos para as ar cadas superior e inferior. Fig. 1 .30: Medição vertical com posicionador de Alexander. Fig. 1 .31 : Medição vertical _com estrela de Boone. � Inclinação _�esse sentido, igualmente para o posicio -:nen to no sentido horizontal, utiliza-se o eixo --·o:- da coroa clínica (EMCC) como refe- � -a - - O bráquete deve ter seu eixo maior (verti - ccincidente com o EMCC. A T t l - 1 T e I .. Aparato/agia pré-ajustada 35 Quando o modelo do bráquete utilizado não tem assinalado seu eixo, um guia prático é observar o paralelismo entre as aletas dos brá quetes e o EMCC; dessa maneira, será obtida a inclinação correta do dente. Nos molares, os tubos devem encontrar-se com uma direção paralela à face oclusal, a fim de permitir a expressão da informação de incli nação q11e esses levam incorporada. B � � [_� � i� - / u I 1 ·� - :2: A) Referências para a colocação da aparatologia. 8) Bandas com tubos e bráquetes corretamente - = ::�. C) Aspecto de ambas as arcadas com a expressão completa do pré-ajuste da aparatologia. 36 Aparato/agia pré-ajustada D) Ajuste a face vestibular As bases dos bráquetes têm uma cur,1atura que se adapta com muita precisão à convexida de das faces vestibulares. A colagem deve ser realizada, pressionan do-se firmemente o bráquete para que a espes sura do material de adesão seja mínimo e ho mogêneo em toda a superfície. Erros no posicionamento da aparato/agia A) No sentido mesiodistal Como assinalado anteriormente, o posicio namento da aparatologia no sentido mesiodis tal permite a expressão de sua informação de rotação. Erros na colocação mesiodistal altera A ' ; 1 - essa informação, potencializando, diminuindo ou perdendo o efeito de rotação que deve trans mitir ao dente. Apinhamentos persistentes podem encon trar sua explicação nesse tipo de erro. O efeito dos erros de colocação mesiodistal é diferente no caso de incisivos, que têm suas faces vestibulares praticamente planas, ou de caninos e pré-molares, que apresentam uma forte convexidade. Quando o erro assenta sobre um incisivo, não se evidencia uma rotação anormal tão acentuado como a que se observa se esse mesmo erro ocorre em um pré-molar ou cani no, porém no nível dos pontos de contato e no alinhamento das faces vestibulares poderão ser detectados os efeitos de uma ligeira má rota ção, que pode provocar contatos prematuros na • • • • guia 1nc1s1va. 8 :-.: 1 1 ... - ----� - \__ "' 1 ------ Fig. 1 .33: A) Má colocação mesiodistal dos brácuetes de caninos superiores (para mesial e para distal). B) A rotação e os problemas no nível de pontos de con:ato acentuam-se com a colocação muito distal do brá quete. Para analisar os efeitos nos caninos, deve-se :cnsiderar que o ponto de contato distal do ca :-c....n.o deve estar centrado na face mesial do pri ::-.eiro pré-molar. �o canino, a referência no sentido mesio- 1i ,�al é a maior eminência da face vestibular. �ssa eminência está deslocada para rnesial. A _ a.se do bráquete é desenhada para aceitar essa ::-ta.ior convexidade; qualquer erro no sentido ::-.esiodistal provocará uma rotação que será e--:denciada em maior grau no ponto de conta -_ iistal, que irá se deslocar para vestibular ou [? ::.ra lingual (Fig. 1.33). ?ara compreender o efeito dos erros de : _e-cação mesiodistal do bráquete em um pré =- _ar superior, deve-se ter em mente a dispo :: ;2.0 de ambas as cúspides: vestibular e pala- - - -�� .... C bráquete colocado na face vestibular se """-'--"-- .a mais distante da cúspide palati11a. O cen - d.o bráquete deve estar colocado sobre a bis- A \ - 1 ____ ) - - - Aparato/agia pré-ajustada 37 setriz de ambas as cúspides. Um erro de posi cio11amento no sentido mesiodistal provocará, por efeito pantográfico, um deslocamento maior da cúspide palatina, que é a cúspide fun damental, podendo assim, criar contatos pre maturos facilmente (Fig. 1.34). Nos pré-molares inferiores, essa situação é menos crítica. Por urna parte, porque a proxi midade da cúspide fundamental com o brá quete minimiza as conseqüências funcionais do erro, e por outra, seu contorno costuma ser bas tante arredondado, e os erros de rotação terão conseqüências menos severas no que se refere ao espaço que o dente ocupará na arcada (Chave 4 de Andrews, Fig. 1.35 A e B). Nos molares superiores, a informação de rotação do tubo molar é muito acentuada, peq11enos erros de cimentação no sentido rnesiodistal provocarão alterações da rotação e com ele, modificações dos pontos de contato e interferê11cias oclusais (Fig. 1.35 C e D). B -. ., - - - -: � ..3-4: O erro de posicionamento mesiodistal em um pré-molar superior terá um efeito acentuado sobre _ : :.:. ;ã:> da cúspide palatina. A) Bráquete colocado para distal. B) Ao expressar-se a posição incorreta do �-:-_::s se produz uma rotação do dente e o deslocamento da cúspide palatina para distal. 38 Aparato/agia pré-ajustada A B e D - - I l \ 1 l ) 1 • Fig. 1 .35: A e 8) Na arcada inferior, o deslocamento da cúspide lingual provocada por uma má posição me siodistal do bráquete do pré-molar tem menos magnitude que no superior devido à anatomia da face oclusal. C e D) Nos molares, a má colocação mesiodistal dos tubos também afeta a rotação, porém em menor magni tude que nos dentes anteriores. �os molares inferiores, a situação é menos --,77ca que nos molares superiores porque a ._ ___ -c:macão de rota.cão do tubo molar é menor. " > E Em sentido vertical --� colocação incorreta da apara.tologia nesse _ ::d.o provoca mudan.ça na posição vertical �ente afetado criando problemas estéticos -entes, contatos prematuros e alteração da :rriação de torque incorporada na apara- :;-1.à ---· / Aparato/agia pré-ajustada 39 Como as guias para seleção da altura são as bordas incisais ou as cúspides vestibulares, deve-se considerar que essas referências costu mam apresenta.r abrasões, fratura.s ou restaura ções que podem provocar confusões. A mudança na posição vertical de um inci sivo em relação aos seus dentes adjacentes não só afetará a estética como também prodl1zirá um desnivelamento nas faces palatinas. Isso provocará alteração na guia incisi,,a porque a largura vestibulopalatina do dente varia em diferentes alturas (Figs. 1.36 e 1.37) . \ \ \ \ \ D \ \ \ \ \ \ \ \ B \ \ \ \ \ \ ' \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ \ - _ A :33: =.:eitos da colocação alta de um bráquete de incisivo lateral para nivelar um bordo fraturado. - - - ·= :ição. B) No torque. C e D) Na guia incisiva. 40 Aparato/agia pré-ajustada A - \ /() B - 1 ! \ \ -I e Fig. 1 .37: A) Erro no posicionamento vertical do bráquete do incisivo central superior direito. B) Com os arcos redondos da primeira fase, se expressa com um desnivelamento das bordas incisais. C) Na segunda fase do tratamento, os arcos retangulares expressam o torque da aparatologia pré-ajustada, e no caso do bráquete mal colocado, ao estar mais para gengival, se modifica o torque que transmite ao dente. Na vista oclusal, observa-se a alteração que esse dente mais extruído produzirá na guia 1nc1s1va. Essa má colocação também afeta o torque dos incisivos. Nesse caso, a diferente inclinação da face vestibular criará problemas estéticos, e a face palatina alterará a guia incisiva (Figs. 1.36 e 1.37). Diante da presença de dentes fraturados parcialmente, é necessário restaurar previa mente as bordas incisais com materiais estéti cos, antes de cimentar os bráquetes, a fim de evitar erros de colocação. Os erros verticais nos incisivos inferiores provocam desnivelamento das bordas incisais e alteração da qualidade da guia incisiva. Nos caninos superiores, devido às suas ca racterísticas anatômicas, os movimentos de extrusão se transformam em contatos prema turos severos. A forma conóide da coroa clínica faz que um espaçamento do bráquete em senti do gengival provoque extrusão e com ela, aumento na largura vestibulopalatina. Essa po deria ser a causa de severo traumatismo oclu sal, provocando deslocamentos do carrino infe rior, recidivas pós-tratamento e retrações gen- • • g1va1s. Os caninos costumam apresentar abrasão da cúspide e isso pode conduzir-nos a. um erro na seleção vertical na posição de cimentação. Será necessário, portanto, considerar essa situa ção para a colocação do bráquete, cimentando º mais próximo da cúspide abrasionada para evitar os problemas já citados. Deve-se eleger a altura do bráquete, tentando reproduzir a posi ção que ele teria no caso em que o canino es tivesse íntegro. Somente ao final do tratamento, na fase de assentamento da oclusão, fazem-se � :i;:.istes de extrusão, desgastes da face palati ,.. - e:c., que permitam o contato correto com _.... mtagonista e a finalização estética (Fig. - � BJ. _ -a:uralmente, em casos de perdas impor --. :e,� de massa dentária, será necessária a re ��---CT'i..:çâo pós-tratamento (Fig. 1.38 C). �,e e erro nos caninos consistir em uma colo ...;;.5..="-• r:1a.is para incisal, o problema será uma �- :a_-�.r1a insuficiente. A e ....... - - B 1 L l \ Aparato/agia pré-ajustada 41 Nos pré-molares, os espaçamentos verticais dos bráquetes modificam a informação do torque incluída na aparatologia (Fig. 1.40). A face vestibular dos pré-molares apresenta uma convexidade acentuada, e o bráquete está pro gramado para ser posicionado na maior emi nência. Se, colocar-se mais para oclusal, muda a orientação da ranhura e a expressão do torque faz-se positiva, ou menos negativa com a ação dos arcos retangulares. f\ 1 \ Q ) \ : =-- -::, com cúspide abrasionada. B) Poderá ser extruído na etapa final do tratamento com a �--�- - :-: :s ação de sua borda incisai e por palatino para adequar sua estética e funcionalidade. _ ....::;.-: : .: .. adição é uma alternativa quando o desgaste é excessivo. 42 Aparato/agia pré-ajustada Como nos pré-molares superiores, o brá quete é colocado distante da cúspide funda mental, esse erro vertical tem conseqüências maiores nesse nível, que se reflete em descida A ll • B ' • ''1 Fí1 '- - -- ) 1J I J e • 1. - Fig. 1.39: A) Bráquete colocado muito para gengi val em um pré-molar superior. B) Efeito com o la mento da primeira fase: produz extrusão do dente que tem o bráquete mal posicionado. C) Efeito que os arcos retangulares produzem, aumentando o �ar que negativo. da cúspide palatina com uma troca. de orien tação da face oclusal, que facilita os contatos prematuros no cerre mandibular e interferên cias no lado de balance (Fig. 1.41 B). ,... ,... ... ---- ... - - - - - - -�� - - - - - - -- ... - -- -- - --- - - - - -- --,,... -----... - -*1--- -- c- -""1-....- - - - - - -- --- -- ,.,, - .... _ --- Fig. 1.40: A colocação do bráquete em diferente altura nos pré-molares varia a inclinação da ranhu ra e com ela, o torque transmitido ao dente. Cm bráquete mais para gengival extruirá o ::-:r,e-rnolar, gerando um contato prematuro em _,. - / . ......... -_:isao e aumentara o torque 11egat1vo, com - :-.seqüente extrusão da cúspide vestibular e a ---�ilidade de provocar u1na interferência no -- =:-a�alho (Figs. 1.39 e 1.41 A). A - \ Aparato/agia pré-ajustada 43 Nos molares, os deslocamentos verticais dos tubos afetam a informação do torq11e, ge rando interferências, que estando localizadas na região posterior, são mais críticas. Essas alterações podem manifestar- se com extrusões que geram contatos prematuros ou interferências severas do lado de trabalho (Figs. 1 .43 a 1.47). B \ / - / \ l .;=;] =-;. 1 .41 : A) Bráquete colocado para gengival em um pré-molar superior. Produz extrusão do dente e .:: _ -::'lto do torque negativo. Isso tende a provocar um contato prematuro entre as cúspides vestibulares �-:sror e inferior. B) Bráquete colocado para oclusal num pré-molar superior. Produz um torque positivo que .:.=�=e a cúspide palatina, expondo-a a contatos prematuros com a cúspide vestibular inferior. 44 Aparato/agia pré-ajustada A B /;3 - - ·---- ·- E---- Fig. 1 .42: Má posição de bráquetes em pré-molares inferiores. A) Um bráquete para oclusal produzirá um torque positivo com possibilidades de interferências das cúspides vestibulares. B) Um bráquete para gengi val extruirá o dente, aumentará o torque negativo e favorecerá contatos prematuros e interferências de cúspi des fundamentais. A B f (\ l I . D l Fig. 1 .43: Colocação correta de tubos molares e a expressão do torque que eles produzem. A - 1------- e ('\ 1 1 l ' -�-----H-H-- \ D Cl Í\. 8 \ 1 = ; · .44: A) Uma banda superior cimentada para - _ =- c'Jr vestibular aumenta o torque negativo .:: : B) Com a expressão do torque. C) Em ......__ ::i..: :-:n seu antagonista. Aparato/agia pré-ajustada 45 A l-- - D o L-------J 8 J.:Sl..- /----...::::.---,,.�, 8 - D D e - ' \ - ,, D o L------1 Fig. 1 .45: A) Uma banda superior cimentada para oclusal por vestibular confere ao tubo torque positi vo. B) Com a expressão do torque. C) Em oclusão com seu antagonista. 46 Aparato/agia pré- ajustada A e f J o - o a - B o Fig. 1 .46: A) Uma banda inferior cimentada para gengival por vestibular aumenta o torque negativo do tubo. B) Com a expressão do torque. C) Em oclusão com seu antagonista. A D B o --IE3--f----- - - ..... EJ e \ --�a--,---...,�-��- - Fig. 1 .47: A) Uma banda inferior cimentada para oclusal por vestibular confere ao tubo torque positi vo. B) Com a expressão do torque. C) Em oclusão com seu antagonista. -) Erros de inclinação �ando um bráquete se localiza numa -:-=nação incorreta, o erro é evidente desde a -::-w .. eira fase do tratamento, pois antes de fina- �-=- o alinhamento será expressado pratica =-�-:e em sua totalidade . .::sses tipos de erros geram, em dentes ante - :es, problemas estéticos e de pontos de con __ -_,..,._ _-\lém disso, um dente mais inclinado _ �.1e:-erá mais espaço na arcada. Ao inverso, � ciente mais verticalizado ocupa menos es - - - Fig. 1.48 A e B). =� en·os de inclinação na colocação das - --.::as molares são muito freqüentes. Ao ��:. cimentadas, podem ser posicionadas _ -�tariamente mais para gengival por --.a:. que por distal. Nesse caso, o molar ado- --_ '"":a posição inclinada para distal, extruin- -- cúspides mesiais (Fig. 1.50). =...:ando há o inverso, as bandas se elevam _____.___- . : ara gengival na face distal do molar, será U'L-2.da uma inclinação da coroa para me ---" _ �do as cúspides distais (Fig. 1 .49). -- ambas as situações, os molares afetados - !êsponsáveis por contatos prematuros e ::::-ierências nos movimentos de protusão. = -.k T-ez, serão produzidas inclinações anor --- ---, .:� ::aízes dos dentes adjacentes. Aparato/agia pré-ajustada 47 1 \ A ,, (t.UJJ' I \ \ \ 1 �l ,-'-" 1 . ' B \ \ • 1 1 Fig. 1 .48: Erros de inclinação na cimentação do bráquete do incisivo lateral. A) Ao inclinar mais o dente, ele ocupa um espaço mesiodistal maior. B) Quando o erro provoca uma posição do incisivo, mais para vertical o espaço requerido é menor. Observar em ambas as figuras as diferentes posi ções dos ápices e a relação com as raízes adja centes. Em nível coronário, também se alteram os pontos de contatos das faces proximais. 48 Aparato/agia pré-ajustada !� u l- 1." ::l - : • t)F\ ,... rn- Fig. 1 .49: Banda superior mal cimentada. A parte distal se pressionou demais, resultando um tubo inclinado para distal e gengival. Com a expressão dos arcos que produziram um alinhamento, a cúspide distal foi extruída. I I Fig. 1 .50: Banda do primeiro molar inferior ccT o'"o�undidade insuficiente por distal. O tubo está inclinado para distal e oclusal, o que extrui as cúspioes ,.....es �s com o alinhamento. D) E rros de ajuste � os bráquetes o erro de ajuste deve-se à ?=-essão ineficiente no momento da cimentação. �se provoca a presença de diferentes espessu =-� do material adesivo e pode alterar- se a in - .:".'._'lação do torque e/ ou rotação (Figs. 1.51 a - - , - : JJ. �as bandas, um tamanho maior que o ne .::�-á._T"j_o trará problemas de adaptação e com --� serão introduzidos erros verticais, de incli- --.=ão e/ ou rotacão. � t.xplicou-se, anteriormente, o efeito da in �-:-:ã.o da banda molar mais para gengival, por t:'.'=:al ou distal. --� ilclinação da banda mais para gengival _ :- . estib11lar ou por palatino produz alte- -� :-ta informação do torque. Se a banda é A B ---- � .51 : A falta de ajuste distorce a informação do - - <l""l,"e - -- --� ._,.. . :::.- sentido vertical, modificará o torque. = =- sentido mesiodistal, gerará rotações anor-- - -- - Aparato/agia pré-ajustada 49 colocada mais para gengival por vestibular qt1e por palatino, o tubo ficará mais para gengival e será produzido excesso de torque negativo e o descenso da cúspide vestibular. Se a inserção palatina é mais próxima gen gival que a vestibular, o tubo ficará mais para oclusal, se expressará menos o torque negativo e as cúspides palatinas ficarão mais para baixo q11e as vestibulares . A mesma interpretação deve ser feita para o caso da colocação incorreta das ban das inferiores. - o - Fig. 1 .52: A falta de ajuste vertical no incisivo faz com que haja excesso de material de adesão na área incisiva do bráquete. Isso varia a informação do torque, transformando-o de positivo para nega tivo, neste caso. 50 Aparato/agia pré-ajustada Fig. 1 .53: Falta de ajuste em sentido mesiodistal. A rotação do dente afetado será alterada desde a expressão dos arcos de primeira fase. CAPÍTULO PRIME IRA FASE I ntrodução à seqüência mecânica As fases do tratamento Forças uti l izadas Primei ra fase Al inhamento em casos com e sem extrações Uti l ização de arco duplo na primei ra fase Caninos retidos Pri mei ra Fase TRODUÇAO -=-m todo tratamento ortodôntico o operador =--:rerlta-se com a necessidade de movimentar ::- d.entes em diferentes direções para alcançar :: C9jetivos do tratamento planejado. Por isso, -�-e possuir uma gama de recursos e, em cada � -:.:ação, selecionar algum deles para alcançar ... � _ objetivo pontual na seqüência mecânica. :...-ma das características dessa técnica é o :::a.;-.ejo de grupos dentários para conseguir os L: ::��tos movimentos desejados; movimentos �e se realizam com arcos retangulares para o : ::--_::ole tridimensional durante as diferentes =-.J,�.riobras. Porém, é imprescindível, para reali -G-r esses movimentos de grupo, que as arcadas � � / . - er, am uma preparaçao previa. AS FASES DO TRATAMENTO Com objetivos didáticos, dividiremos o ma �_ e da seqüência de arcos em três fases difer =-�:a. Em cada uma delas deve-se alcançar _. "":"la série de objetivos para poder alcançar a -:.52 seguinte. Primeira fase: tem com objetivo o alinha -e:1to e o nivelamento das arcadas, a correção -=-� rotações e o início da preparação da ancora- _ e�. Nessa fase, devem ser solucionados tam -�� os problemas transversais. Realiza-se uti- -.Lando uma seqüência de arcos de secção re- :i.. ... -::da e, em alguns casos, aparatologia auxi �= tal como o quadri-hélix, expansor palatino, -� barras palatinas ou os rotadores de molares. 53 Segunda fase: o objetivo nessa fase é o movimento de grupos dentários em sentido vertical e/ ou sagital, que se realiza com arcos retangulares, incorporando-se o controle do torque radicular. Terceira fase: consiste no assentamento da oclusão e a finalização do caso. Forças utilizadas O movimento ortodôntico produz-se como resposta à força aplicada dos dentes com nossa aparatologia. Esse movimento é a resposta fisiológica do tecido ósseo de suporte, que, por meio de um processo de reabsorção nas zonas de pressão e de aposição nas áreas de tração, remodela sua forma. As células osteoclásticas e osteoblásticas são levadas ao seu lugar de atividade pelo san gue, e isso é um fator-chave para o movimento dentário. Ao depender do aporte sangüíneo, esse movimento será mais eficiente se não so frer reduções ou impedimentos. Se isso ocorrer, a atividade celular, será limitada e os dentes serão movidos com mais lentidão; ou podem inclusive imobilizar-se se a isquemia produzi da pelas forças for de grande magnitude. Isso pode ocorrer quando se aplicam forças intensas que impedem a circulação capilar. Vá.rios pesquisadores (Sorey, Smith, Brian Lee, Ricketts, entre outros) avaliaram a força ótima necessária para o movimento dos dentes 54 Primeira fase medindo-se a 11 superfície exposta da raiz'', isto é a superfície da raiz enfrentada pelo mo\·i mento. Brian Lee propôs 200 g/ cm2 como a pressão ideal para alcançar um movimento eficiente. Isso faz com que a força aplicada sobre os distintos dentes seja variável porque depende da superfície radic11lar envolvida e também do m .ovimento desejado. Quando um dente anterior é movido em direção ântero-posterior, a superfície enfren tada pelo movimento será a vestibular ou a 2M 1M Movimentos " Antero-posterior Movimentos Transversais Intrusão - Extrusão 1,00 ) I 1,05 O. 70 1 I \ -� 1,20 r. ' 1,35 -------- 0.80 palatina; porém se esse mesmo movimento se realiza n.as regiões posteriores, a face radicular envolvida será a mesial ou a distal. Ao inverso, no mo·vimento em sentido late ral, a superfície exposta será a mesial ou a dis tal nos dentes anteriores, e a vestibular ou a pa latina nos posteriores. Para os movimentos de intrusão ou extrusão, consideram-se as superfí cies da secção transversal da raiz. Ricl<etts sugere que a característica de for ças ideais está próxima dos 100 g/ c1n2, isto é, a metade da proposta por Brian Lee. Ele também 2PM 1PM e IL /C '\Í\ \ � L_j 0,55 O 75 ' 0,75 0,40 0,50 1 �- 0,50 0,50 O, 70 0,65 0,70 ·" \ /.-...... '· ) : '\ / / "'" / '\ ) \ \ ( ..... _.,. .... _ � - 0,30 0,30 0,45 0,30 0,40 Fig. 2.1 : Superfícies radiculares, em cm2 . de cada uma das peças dentárias da arcada superior. Descrevem se segundo o tipo de movimento ortodôntico req ..... er.do. ..:iemonstrou clinicamente que a intrusão dos �Tlcisivos inferiores com arcos utilitários fazia se com eficiência aplicando-se forças de 15 a 20 :: por dente, isto é, 100 g/ cm2 da.do que a secção �ansversal da raiz desses dentes tem uma su - erfície de 0,2 cm2• Se analisarmos as figuras da superfície radi e ..:lar (Figs. 2.1 e 2.2), poderemos planejar a ��:-ça necessária em distintas situações do trata rr�ento. Esses princípios básicos devem ser conside -a.:.os ao desenha.r uma seqüência de arcos para 2M ( 1M 1,00 1, 10 � Movimentos A 4ntero-posteriores Primeira fase 55 que, apesar da variação nas características e secções utilizadas, todas elas exerçam forças ideais. Assim, na etapa inicial da correção de um apinhamento, o arco sofre amplas deflexões, sendo que deverão ser usados arcos flexíveis, que ante essas deflexões respondam co1n uma força fisiologicamente aceitável. A medida que o apinhamento diminui, as deflexões neces sárias terão menos magnitude e requererão arcos que tenham um nível de carga maior, não 2PM 1PM C 0,60 0,60 O, 75 IL 0,25 /C 0,25 \ 0,95 1,05 0,60 0,60 O, 70 0,50 0,50 Movimentos Transversais :":.;são - Extrusão O, 75 ,,,,..,-- -- I 0,85 '· 0,30 0,30 -. . ) 0,35 0,20 ( 0,20 º\ "} -'"""'·� ,'.i.2� Superfícies radiculares, em cm2, de cada um dos dentes da arcada inferior. Descrevem-se as faces -=- =-= s'"'volvidas para cada tipo de movimento ortodôntico. 56 Primeira fase - . para que exerçam pressao maior, mas para que deflexões menores produzam a mesma que exerciam os arcos mais fracos ao sofrer uma deflexão maior. PRIMEIRA FASE Objetivos Alinhamento, nivelamento, correção de rotações, preparação da ancoragem e solução dos problemas transversais. Alinhamento: significa colocar todos os componentes da aparatologia, bráquetes e tu- A bos molares, alinhados em sentido vestibulo- B lingual em urna forma de arco definida, elimi- nando cada uma das malposições (Fig. 2.3). Nivelamento: além do alinhamento em sentido vestibulolingual, nesta fase produz-se um nivelamento de todos os componentes da ·--,, aparatologia no sentido vertical. Correção das rotações: os dentes podem estar girados sobre seu próprio eixo. Na região anterior, o apinharnento dentário implica giroversões. A correção do apinhamen to corrigirá simultaneamente as rotações dos dentes envolvidos. Fig. 2.3: Na primeira fase, os movimentos realizam se sem controle radicular. A) Observamos os inci sivos central e lateral com falta de alinhamento sa- gital e vertical. B) Os arcos da primeira fase alcan- çam esse alinhamento, verticalizando o incisivo central e vestibularizando ao incisivo lateral. +5º +2º E -1 o -1 o +2º +2º Primeira fase 57 14º D - ;. 2.4: Preparação da ancoragem em ambas as arcadas com tubos molares e bráquetes de pré-molares __ = B'litam a inclinação coronomesial desses dentes. Nos molares superiores aos tubos com rotação para �-=- . agrega-se, além disso, uma barra palatina que potencializa o efeito de rotação distal. _ � a região posterior, os dentes girados ocu ---.. :nais espaço na arcada que se estivesse em -� ?Osição normal. Ao contrário, na região _ -3"'!or, ocupam menos espaço. Preparação da ancoragem: entende-se por _::- .:::ação da ancoragem o aumento da resis �:r-,.: das regiões posteriores ao movimento ___ :. �esial, com o objetivo de evita.r ou dimi � --- �eu possível deslocamento, o que impli _-.: �erda de ancoragem e com isso, diminui- - ,:-: :omprimento da arcada. O preparo da ancoragem é diferente na maxila e na mandíbula. Os molares superiores aumentarão sua estabilidade quando se encon trarem em uma posição de moderada rotação para distal. Nesse sentido, trabalharão os tubos dos molares superiores, o que pode ser poten cializado desde essa primeira fase com uma barra palatina ativada com rotação distal. Ao contrário, os molares inferiores aumentam sua estabilidade quando se encontram verticaliza dos. Utilizando-se tubos inferiores com uma angulação negativa mínima, evita-se o movi mento do molar para mesial nessa primeira fase (Fig. 2.4). �----------------------------- - - - - - - - ------ · --- . . 58 Primeira fase Nessa fase de alinhamento e nivelamento, comum a todos os casos de Ortodontia, esta belecem-se 11ovos pontos de co11tato ao solucio nar-se a discrepância dentária, que se manifes tava em forma de rotações, extrusões, intrusões e incli11ações, ta11to na região anterior con10 na posterior. Todos esses objetivos alcançam-se com o uso de arcos com seccão redonda e diversas ca-, racterísticas e calibre, que vão desde .012'', até .020''. Essa seqüência pode incluir arcos flexí veis (coaxiais), superelásticos (NiTi) e rígidos (aço). Deve-se ter em mente que, como os arcos utilizados são contínuos, faz-se necessário nes sa fase considerar as diferentes superfícies radi culares que constituem a arcada dentária. De ve-se realizar 11ma seqüência de a.rcos que , r I r ' 1 ' - \ \ � 7 8 , , __ 3__,-.. __ 4 __; 5 l / li Fig. 2.5: Escala de superfícies radiculares. Segundo esses valores, dentes de cada arcada dividem-se em três grupos, assinalados pelas áreas coloridas. aumente sua carga de forma progressiva; dessa maneira os primeiros liberarão baixos níveis de carga e atuarão inicialmente naqueles dentes com superfícies radiculares pequenas (gr11po incisivo), logo naqueles, cujas raízes são mé dias (caninos e pré-molares), e por -C1ltimo nos posteriores (molares), nos quais as superfícies radiculares são maiores (Fig. 2.5). Deve-se selecionar os arcos dessa primeira fase em função do problema que a arcada apre senta. Por exemplo, se existe apinhamento se vero de incisivos, rotações de pré-1nolares, in cli11ações e rotações molares, deve-se realizar uma seg.üência ampla de arcos redondos para alinhar e nivelar a arcada. Em outro caso, em que só esteja afetada a região anterior, não será necessário prolongar uma seqüência com arcos redondos com maior ca.libre, porque não será necessário alinhar e nivelar os de11tes posterio res. Nos casos sem alterações de nivelamento e alinhamento, a primeira. fase será muito breve, ou seja, a quantidade de arcos que se 11tilizam e o tempo que levará alcançar os objetivos da pri meira fase, dependerão do grau de máposição dentária e o recurso terapêutico eleito (trata mento com ou sem extrações). As força.s ideais para provocar o movimen to dentário, a nosso critério, são de 100 a 200 g x cm2• Se considerarmos que na arcada dentária existem, com uma relação adjacente, dentes com diferentes áreas radiculares, devemos su por que com uma mesma pressão alg11mas de las poderão ser estimula.das e outras, não. Uma pressão pode ser ideal para algum dente e excessiva, para outro. Quando utilizamos um arco contínuo, esta - :::: colocando em antagonismo dentes adja- --�:es, que muitas vezes têm grande diferen- --. .: entre suas superfícies radiculares. Um 221plo disso é o canino inferior, que tem uma -._a radicular três vezes maior que a do incisi _ a.teral, ou a do primeiro molar que duplica -irea radicular do segundo pré-molar. Conhecendo a superfície radicular de cada um .......i.,= dentes, podemos determinar a força ideal � .,.,a. seu movimento (ver quadro de áreas). Pode-se dividir uma ,arcada dentária segun -.J 23sas superfícies, em três partes: incisivos =-:rais e laterais que constituem o grupo com --e� ::-adicular menor e, portanto, o grupo que -_ -ue: menos carga pa.ra realizar seu movi- -=��:o; caninos e pré-molares constituem o gru- ;r_;errnediário que requer uma magnitude _ :0�ça Lun pot1co maior; e, por último, os mo- 5 que por serem os dentes com superfície =..:c:.tlar maior, requerem uma carga ainda __,.o ... para serem estimuladas. De,-e-se primeiro estimular aquelas áreas :uc-l.lares menores (incisivos) com arcos de <-.o.Aª carga. Uma vez conseguido seu movi -=D- o. colocaremos um arco com maior coefi- -.::-:e carga/ deflexão, que permanecerá mais =-enos passivo naquelas peças já alinhadas e _ -:mulará aquelas áreas radiculares médias -��""'-OS e pré-molares). ·uma vez alcançado o � _ ::: ·o de alinhamento dos setores la.terais, -- _'2Ülaremos com arcos cuja carga é mais alta -= ia. para completar o traba.lho nas áreas radi- ·-.. ::es maiores (molares). Primeira fase 59 Planejado o processo de movimento den tário, desenha-se a seqüência de arcos, aumen tando progressivamente o nível de carga. Dessa maneira, uma seqüência correta com arcos con tínuos terá o mesmo efeito que o trabalho por . -reg1oes. Fig. 2.6: Ao finalizar a primeira fase, os bráquetes encontram-se alinhados pelo arco redondo, porém as inclinações dos slots não coincidem. O nivelamento dos slots é obtido com os arcos re tangulares da segunda e terceira fases. 60 Primeira fase MOVIMENTOS DENTÁRIOS NA PRIMEIRA FASE Na região anterior Os movimentos dessa primeira fase são in dividuais e diferentes para cada um dos dentes da arcada. São movimentos sem controle radi cular, de onde se expressam inclinações no sen tido mesiodistal, vestibulopalati110, movime11- tos de intrusão, extrusão e rotações. E importante ressaltar que esses movimen- tos dentários requerem menos estímulo que aqueles com controle radicular. Em geral, são movimentos que se produzem rapidamente e com forças menores. No início do tratamento, a colocação de um arco redondo superelástico provoca todos esses movimentos, que permitirão a recuperação progressiva de sua forma original. Isso quer direção à extrusão, pode ser que outro adja cente se mova em direção à intrusão, e enquan to um se inclina para vestibular, o outro faz-se para lingual, movimentados pela recuperação da forma do arco. Ancoragem recíproca A solução da discrepância dentária ocorre graças ao efeito de ancoragem recíproca, em que cada dente serve de ancoragem ao seu adjacente, que será movido e, por sua vez ser virá de ancoragem para o primeiro (Fig. 2.7 A e B). Isso quer dizer que ambos os dentes mo vem-se utilizando-se um e outro como elemen to de apoio. Nesse jogo de ação e reação partici pam o arco, a musculatura perioral, a língua e a própria oclusão do paciente. dizer que, enquanto um dente se move em B A l ( Fig. 2.7 A: Ancoragem recíproca. -- Fig. 2.7 B: Vista lateral dos movimentos dentários em um caso com extração do primeiro pré-molar. A inclinação do bráquete do canino melhora a posição radicular na descida desse canino elevado, porém tem um efeito de inclinação para mesial e intrusão do segundo pré-molar. ) - -- - - - - -- _- ...,,.-c,----- - - - Alinhamento em casos sem extrações :\Jaqueles casos em que serão realizados ali :-2-Lamento e nivelamento sem o recurso das ::x:rações, devemos considerar que a expressão ia ancoragem irá se manifestar como protusão -=�gs. 2.8 e 2.9). Este movimento deve vencer a resistência .:a musculatura perioral na arcada superior e �=- própria oclusão no caso da arcada inferior. =-;. 2.8: A) Primeira fase na arcada inferior. Caso ::-=-- �xtrações. Os incisivos encontram-se atrás do : =-.-::) A-Po, há apinhamento anterior e giroversões =-= ::-é-molares. ;. 2.8: B) Um arco de aço coaxial, com ligaduras : = 2-:Jroximação nos dentes mais distantes, começa : 3 �ovimentos dentários na região anterior. Primeira fase 61 Isso pode fazer com que o movimento seja mais lento, sendo às vezes necessário utilizar um número maior de arcos com baixa carga, que nos casos com extrações. Urna vez alcançado o alinhamento dentário anterior utilizaremos arcos com maior força, a fim de realizar o trabalho
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