Cap.03 a Gestao ergonomica nos sistemas de produção

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
ENSINANDO E APRENDENDO
ERGONOMIA EM PROJETOS INDUSTRIAIS
CAPÍTULO III
A GESTÃO ERGONÔMICA NOS SISTEMAS DE 
PRODUÇÃO
Prof. Jorge Maciel, Engº, MSc. 2
As Principais Diretrizes da Gestão Ergonômica:
‰ A ergonomia propõe a introdução de uma metodologia que visa antecipar as 
principais características da atividade real dos trabalhadores; 
‰ A ergonomia distingui-se de outras áreas que participam da concepção dos meios 
de produção, tendo em vista sua visão antropocêntrica;
‰ A ergonomia, quando procura adaptar os meios de produção à atividade dos 
trabalhadores, enfrenta sempre um paradoxo incontornável: a atividade desenvolvida 
depende diretamente dos próprios meios de produção;
‰ A ergonomia evidencia que é impossível antecipar a atividade futura em todos os 
seus detalhes: o que se pode determinar é o espaço possível do prognóstico da 
atividade.
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Empregado
Empregador
Tarefas
a serem
desenvolvidas
Atividades
de
trabalho
SSO
Produção
Produtividade
APLICAÇÃO DA ERGONOMIA
Análise Ergonômica do Trabalho - AET -
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SFutura
Análise Ergonômica do Trabalho - AET –
ETAPAS
SReferência
Retroação
SAtual
Diagnóstico
Prognóstico
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As Etapas da Metodologia Proposta:
‰ Análise da situação local (Diagnóstico);
‰ Análise de situações de referência (Prognóstico);
‰ Análise de cenário do quadro futuro de trabalho.
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Análise da Situação Local:
‰ Dados sócio-econômicos; (escolaridade, poder de compra,etc.)
‰ Dados sócio-culturais e antropológicos; (física: evolução 
da espécie humana. Cultural / Cognitiva: como o conhecimento é transmitido...)
‰ Dados geográficos (clima, disponibilidade de água, etc...) e 
demográficos (crescimento da população, disponibilidade de M.O);
‰ Dados sobre as condições de trabalho.
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Análise Ergonômica da Atividade Real:
Esta etapa permite a definição de um diagnóstico
final, do ponto de vista ergonômico, da implantação 
do projeto industrial, em operação piloto e em 
operação nominal estabilizada: é o retorno sobre o 
produto.
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Análise Ergonômica de Situações de Referência:
‰ A escolha de situações de referência;
‰ O desenvolvimento da análise de situações de referência 
(Condições: técnicas, ambientais e humanas) ;
‰ O resultado da análise de situações de referência.
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Prognóstico Ergonômico da Atividade:
Esta etapa consiste em um prognóstico dos 
comportamentos e condutas operativas dos 
trabalhadores, a partir dos dados levantados nas 
etapas anteriores da metodologia proposta. (sempre 
envolvendo as pessoas)
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Análise de Cenário da Situação Futura:
Esta etapa consiste na previsão das determinantes da atividade futura.
™Comporta duas descrições:
1) A descrição das tarefas futuras e suas condições de 
execução: decisões técnicas e organizacionais tomadas 
(descrição técnica do sistema de produção previsto e dos 
procedimentos prescritos para sua utilização, conhecimento do 
trabalho real);
2) A descrição do efetivo futuro e suas variações: número de 
trabalhadores, repartição de tarefas e horários de trabalho.
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A Abordagem Ergonômica e o Cronograma:
1. Intervenção ergonômica nos estudos preliminares de 
engenharia;
2. Intervenção ergonômica nos estudos de engenharia básica;
3. Intervenção ergonômica nos estudos de engenharia de 
detalhamento;
4. Intervenção ergonômica na engenharia de montagem 
industrial;
5. Intervenção ergonômica na operação piloto e na produção 
nominal.
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1. Intervenção Ergonômica nos Estudos Preliminares de Enga.:
Raramente ocorre uma intervenção ergonômica nos estudos 
preliminares. Todavia, alguns aspectos ergonômicos podem ser 
considerados na definição dos objetivos do projeto, a partir da análise 
preliminar da situação existente:
‰ Análise dos pontos negativos ( referentes à saúde e produtividade);
‰ Análise dos pontos positivos a serem mantidos nas futuras instalações;
‰ Análise da tecnologia escolhida;
‰ Dados e projeção sobre o estado do efetivo futuro;
‰ Dados sobre a organização do trabalho.
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2. Intervenção Ergonômica nos Estudos de Enga. Básica:
‰ Na definição detalha dos objetivos do empreendedor;
‰ Na redação dos cadernos de encargos para a concepção dos 
ambientes de trabalho;
‰ Na concepção e especificação para aquisição de máquinas e 
equipamentos;
‰ Na concepção e seleção de interfaces e softwares;
‰ Na definição da organização do trabalho;
‰ Na definição dos programas de capacitação profissional.
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3. Intervenção Ergonômica nos Estudos de Enga. de 
Detalhamento:
‰ Nesta etapa, a ergonomia pode contribuir no 
gerenciamento dos diversos projetos de detalhamento, 
garantindo a substância e a coerência das decisões 
técnicas, ambientais e organizacionais, tomadas pelo 
empreendedor.
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4. Intervenção Ergonômica na Enga. de Montagem:
‰ Nesta etapa , pode-se realizar um acompanhamento 
na montagem das instalações, máquinas, 
equipamentos e dos postos de trabalho. Por meio de 
planilhas de controle, do tipo chek-list.
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5. Intervenção Ergonômica na Operação Piloto e na 
Produção Nominal:
Nesta etapa, a ergonomia pode contribuir, de forma 
considerável, evidenciando os seguintes aspectos:
‰Elementos mal concebidos ou mal instalados;
‰Formação e enquadramento dos trabalhadores;
‰Acúmulo de experiências para realizações posteriores.
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™ Contribuições da Ergonomia
‰ Consideração das características da atividade futura dos 
trabalhadores;
‰ Integração dos cadernos de encargos e dos planos de 
projeto com as normas ergonômicas; 
‰ Preparação de meios para a construção civil e recepção 
das instalações;
‰ Preparação do pessoal para as discussões sobre a 
organização do trabalho.
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™ Deve-se prever todas as situações possíveis:
‰ Funcionamento normal; 
‰ Funcionamento em modo degradado; 
‰ Intervenções para manutenção, recuperação, etc.
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