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Anotações ortopedia

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AULA 1 – ANATOMIA DE PROPEDÊUTICA DOS MEMBROS INFERIORES 
 
QUADRIL 
 Anamnese 
o Idade 
o Ocupação 
o Sexo 
o Cor 
o Mecanismo da lesão 
o Há dor? Onde? Que Tipo? É difusa? Contínua? Há irradiação da dor? Há quanto tempo? 
o Antecedentes pessoais? Antecedentes familiares? 
o Fatores de melhora ou piora? 
o Qual é a atividade usual ou de lazer do paciente? Hábitos, medicações? 
 
 Semiologia do quadril adulto 
o Inspeção 
 Estática 
 Trofismo muscular 
 Alinhamento dos membros inferiores e pelve (obliquidade pélvica, encurtamento) 
 Deformidades 
 Pregas cutâneas 
 Manchas, equimoses, cicatrizes, fístulas 
 Avaliação postural global 
 Dinâmica 
 Mobilidade passiva 
o Flexão do quadril 
o Extensão do quadril 
o Abdução do quadril (distância intermaleolar) 
o Adução do quadril 
o Rotação interna do quadril (primeiro movimento que se perde na presença de 
coxartrose) 
o Rotação externa do quadril 
 Amplitude articular (do movimento) 
o Amplitude da flexão do quadril com o joelho fletido: 0º-120º/135º 
o Extensão do quadril: 0º-10º/15º 
o Abdução do quadril: 0º-30º/50º 
o Adução do quadril: 0º-15º/30º 
o Rotação interna do quadril: 0º-30º/45º 
 Aumento fisiológico -> anteversão 
o Rotação externa do quadril: 0º-30º/45º 
 Aumento fisiológico -> retroversão 
 
 
 
 
 Mobilidade ativa (força muscular) 
o Classificação conforme a American Spine Injury Association 
 Grau 0: não há contração 
 Grau 1: contração visível e/ou palpável 
 Grau 2: movimentação sem ação da gravidade 
 Grau 3: movimentação contra a força da gravidade 
 Grau 4: movimentação completa com pequena resistência imposta pelo 
examinador 
 Grau 5: movimentação completa com uma grande resistência imposta 
pelo examinador 
o Flexores 
 1º: ileopsoas 
 2º: reto-femoral 
o Extensores 
 1º: glúteo máximo 
 2º: isquiotibiais 
o Abdutores 
 1º: glúteo médio 
 2º: glúteo mínimo 
o Adutores 
 1º: adutor longo 
 2º: adutor curto, magno, pctíneo, grácil 
 Marcha 
 
o Palpação 
 Face anterior 
 Espinha ilíaca antero-superior (EIAS) 
 Ligamento inguinal 
 Sínfise púbica 
 Trígono femoral (NAV: nervo, artéria, veia) 
 Face lateral 
 Trocânter maior 
 Crista ilíaca 
 Face posterior 
 Espinha ilíaca póstero-superior (EIPS) 
 Articulação sacroilíaca 
 Túber isquiático 
 
o Testes 
 Mobilidade passiva 
 Goniometria (medição dos ângulos articulares) 
 Mobilidade ativa (força muscular) 
 
o Exame neurológico 
 
o Sensibilidade 
 T10: cicatriz umbilical 
 T11: entre região inguinal e umbilical 
 T12: acima do ligamento inguinal 
 L1: abaixo do ligamento inguinal 
 L2: face anterior da coxa entre L1 e L3 
 L3: acima do joelho 
 L1, L2, L3: região posterior do quadril e EIAS 
 S2 (nervo cutâneo posterior coxa) prega glútea até fossa poplítea 
 S3 (nervo cutâneo lateral coxa): região lateral da coxa 
 
o Testes especiais 
 Manobra Nelaton-Galeazzi (avalia dismetria de membros inferiores) 
 Paciente deitado, dois pés juntos, quadril fletido em 45º e joelho a 90º 
 Alteração anterior: tíbia encurtada 
 Alteração no perfil: fêmur encurtado 
 
 
 Teste de Tredelemburg: avalia integridade da função dos músculos abdutores do quadril 
(principalmente glúteo médio) 
 Paciente em pé, deve manter o equilíbrio pélvico apoiado em um membro 
 Falha: sinal de Tredelemburg ->obliquidade do quadril devido à hipofunção do glúteo 
médio 
 
 
 Patrick-Fabere (flexão, abdução e rotação externa): sinal do 4 estressa anel pélvico (articulação 
sacro-ilíaca) -> dor se houver alguma instabilidade 
 
 
 Testes de contratura muscular 
 Teste de Ober: avalia o encurtamento dos músculos do trato iliotibial (tensor da fáscia 
lata) 
 
 
 Teste de Thomas (contratura em flexão do quadril) 
 
 
 Teste de Ely (teste do estiramento do nervo femoral): identifica encurtamento da parte 
retofemoral do quadríceps 
 
 
 Síndrome do músculo piriforme (adução + rotação interna) 
 Nervo ciático passa abaixo do musculo piriforme -> ciatalgia originada no quadril 
 
 
JOELHO 
 Anamnese 
 Queixas principais 
o Dor (relacionar à anatomia) 
o Estalo (90% das lesões de LCA) 
o Falseio (instabilidade) 
o Bloqueios 
o Derrame (hemartrose, sinovite reacional) 
o Antecedentes (ex: doença femuro-patelar) 
 Exame clínico 
o Inspeção 
 Estática: paciente em pé, em posição anatômica, de frente e de perfil para o examinador 
 Alinhamento dos membros inferiores 
o Geno varo (medial): afastamento dos joelhos (compressão medial do menisco) 
o Geno valgo (lateral): aproximação dos joelhos e afastamento dos tornozelos 
(sobrecarrega região lateral do menisco) 
 Mais comum em mulheres -> maior incidência de sobrecarga patelar 
 
 
 Pé equino 
 Edema 
 Derrame 
 Bolsa subquadricipital 
 Equimoses 
 Atrofias e contornos musculares 
 Joelho recurvado (hiperestendido) ou flexo 
 
 
 Dinâmica: caminhar de frente e de costas para o examinador 
 Claudicação (mancar) (ocorre devido a tempos de apoio diferentes entre uma perna e 
outra) 
o Palpação 
 
o Testes específicos 
 Patela 
 Teste da compressão patelar 
o Crepitação -> condromalácia, artrose, instabilidade 
 Primeiro sinal de que joelho tem alteração de cartilagem (não causa dor, 
porque cartilagem não é inervada) 
o Cubo de gelo -> derrame 
 Teste da inclinação patelar: extensão ou flexão de 30° -> mede o tensionamento dos 
retináculos lateral e medial 
o Mobilidade lateral maior que o normal indica luxação (sinal da apreensão) 
 Menisco 
 Teste de McMurray: detecção de lesão dos cornos posteriores dos meniscos 
o Paciente em decúbito dorsal, com os quadris a 90° e os joelhos em flexão 
máxima, rota-se a perna interna e externamente 
 
 
 Teste de Appley 
o Paciente em decúbito ventral, quadris estendidos e joelhos fletidos a 90° 
o Duvidoso quando joelho edemaciado e com doença femoropatelar 
 
 
 Teste de Steinmann: paciente sentado com joelhos fletidos a 90° e pendentes, faz-se 
rotação interna e externa da perna 
 
 Testes de função ligamentar 
 Colateral medial: teste da abdução (valgo) 
o Paciente em decúbito dorsal, quadril com 0° de extensão, coxa apoiada na mesa, 
faz-se a manobra de abdução, palpando a interlinha articular 
o Instabilidade: leve (0 a 5mm), moderada (5 a 10mm) e grave (>10mm) 
 Colateral lateral: teste de adução (varo) 
o Paciente em decúbito dorsal, quadril com 0° de extensão, coxa apoiada na mesa, 
faz-se a manobra de adução, palpando a interlinha articular 
o Instabilidade: leve (0 a 5mm), moderada (5 a 10mm) e grave (>10mm) 
o A 30°, mais fisiológica pra o joelho valgo normal do homem 
 
 Cruzado anterior e posterior 
o Teste de Lachman (mais sensível): em decúbito dorsal, com joelho fletido a 30°, 
tracionamento anterior e posterior da tíbia 
 Colateral posterior 
o Teste da gaveta posterior: em decúbito dorsal, quadril fletido a 45º e joelho a 90º 
e a planta do pé apoiada, tíbia é empurrada posteriormente 
o Teste de Godfrey: posteriorização passiva da tíbia, com quadril e joelhos a 90° 
 
 
 Cruzado anterior 
o Teste da gaveta anterior: em decúbito dorsal, quadril fletido a 45º e joelho a 90º 
e a planta do pé apoiada, traciona-se a tíbia anteriormente 
o Jerk Test (teste do ressalto): paciente em decúbito dorsal, quadril fletido a 45° e 
joelho a 90°. O examinador realiza força em valgo e rotação interna da tíbia -> o 
joelho estende-se até subluxar antero-lateralmente 
oTeste do “Pivot-shift” (teste de Mc Intoch) 
 
 
 
PÉS E TORNOZELO 
 História clínica 
 Inspeção 
o Marcha (perda e aquisição e equilíbrio) 
 Fase de apoio: quando encosta calcanhar no chão -> impulso (tira os dedos do chão) 
 Fase de balanço: aceleração e desaceleração 
o Aparência externa do sapato 
o Simetrias/deformidades 
 Arco longitunial mediano define se pé é cavo ou plano 
o Calosidades/sinais flogísticos/edema unilateral ou bilateral 
o Paciente sentado/ ortostatismo 
o Aspecto da pele/contornos/arco longitudinal/ úlceras/alterações nas unhas/ onicomicoses /dedos em 
martelo, garra ou taco de golfe 
o Dedos extra-numéricos 
 Abdução do antepé 
 Pronação do retropé 
 Insuficiência do tibial posterior 
o Na ponta dos pés, avaliar 
 Tendões aquileu e tibial 
posterior 
 Varização do retropé 
o Pisadas 
 
 
 Palpação 
o Artelhos e ossos metatarsais, cuneiformes e navicular 
o Maléolo medial, ossos mediais do tarso, porção anterior da tíbia, colo do tálus 
o Maléolo lateral, calcâneo, articulação tibiofibular inferior, ligamentos 
 Ligamento talofibular anterior é o mais lesado nas entorses 
o Superfície plantar: ossos sesamoides, cabeças dos metatarsos, tubérculo medial 
 
 
 Movimentos ativos 
o Flexão plantar: amplitude articular: 0°-45°/50° 
o Dorsiflexão 
o Inversão (supinação mediotársica-subtalar): amplitude articular: 0°-45º/60° 
o Eversão (pronação mediotársica-subtalar): amplitude articular: 0°-15/30° 
o Extensão dos dedos 
o Flexão dos dedos 
 
 Testes musculares manuais 
o Tornozelo 
 Músculos Gastrocnêmio e Plantar 
 Músculo Solear 
 Músculo Tibial Anterior 
 Músculo Tibial Posterior 
 Músculos Fibular Longo, Curto e Terceiro 
o Dedos 
 Músculos Flexores Curto e Longo do Hálux e Dedos 
 Músculos Extensores Curto e Longo do Hálux e Dedos 
 Músculos intrínsecos do Pé (Abdutor e Adutor do Hálux, Lumbricais e Interósseos plantares e 
Dorsais, e Abdutor do Dedo Mínimo) 
 
 Testes rápidos e eficientes 
o Deambulação com calcanhar no chão -> dorsiflexores tornozelo (L4-L5) 
o Reflexo Aquileu: avalia a raiz L5 e S1 
o Deambulação na ponta dos pés -> musculatura panturrilha (S1-S2) 
 
 Testes 
o Teste de gaveta 
 Gaveta anterior: ligamento talofibular anterior (cápsula antero-lateral) 
o Teste de Thompsom: diagnóstico de um tendão calcâneo rompido 
 Extensão do pé àcompressao da panturrilha -> tendão Aquileu íntegro 
 Positivo: sem movimento (lesão) 
 
 
o Teste de estresse em varo: ligamento calcâneofibular/cápsula lateral 
o Teste de estresse em valgo: ligamento deltoide 
 
o Gaveta metatarsofalangeana 
 
 
o Jack Test: avalia integridade do flexor longo do hálux 
 Hiperextensão passiva do hálux 
 Movimentação subtalar 
o Rotação passiva da perna: verifica a liberdade de movimento da articulação subtalar 
o Teste de McBride: redutilidade do valgismo do hálux 
 
 
 
AULA 2- PATOLOGIAS DO QUADRIL ADULTO 
 
 Articulação do quadril 
o Tipo enartrose: diartrose esferoidal 
o Função: suportar o peso e locomoção 
 Vascularização 
o Artérias circunflexas medial e lateral (anel extracapsular) 
o Artéria do ligamento redondo (ramo da artéria obturatória) 
 Exame clínico 
o Anamnese 
o Palpação de estruturas 
o Amplitude de movimentos 
o Manobras Especificas: 
 Manobra de Thomas 
 Teste de Trendelenburg 
 Teste de Ober 
 Teste de Patrick (FABERE) 
 Principais patologias 
o Osteonecrose da cabeça femoral / necrose asséptica / necrose avascular / necrose isquêmica 
 Parcial ou total, dependendo do comprometimento das artérias 
 Etiologias variadas 
 Idiopática 
 Traumática (luxações, procedimentos, traumas) 
 Atraumáticas: corticoterapia, alcoolismo, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, 
anemia falciforme, doença de Gaucher, coagulopatias e hemoglobinopatias, pancreatite, 
radioterapia, disbarismo, hiperuricemia, quimioterapia, esteroides 
 
 Diagnóstico 
 Clínico 
o Dor insidiosa com episódios intermitentes 
o Claudicação antálgica 
o Rotação Interna dolorosa 
o Teste de Patrick positivo 
o Avaliar lado contralateral (bilateral em 35 -80% dos casos) 
 Exames complementares 
o Radiografia (baixa sensibilidade no diagnóstico precoce) 
o Cintilografia (maior sensibilidade, para diagnóstico precoce) 
o RNM (padrão ouro) 
o Tomografia computadorizada (mais usada no acompanhamento) 
 
 Estadiamento 
 Ficat e Arlet (Rx + cintilografia) 
 
 
 
 Steinberg (Rx + cintilografia + RNM) 
 Arco (simplificada) 
 
 Tratamento 
 Não-cirúrgico 
o Para pacientes diagnosticados extremamente cedo (RNM) ou sem condições 
cirúrgicas 
o Uso de medicamentos nas causas clínicas que predispõem osteonecrose 
o Tratamento sintomático: analgesia + proteção da descarga de peso 
 Cirúrgico 
o Descompressão: em lesões precoces, quadris pré-colapso, pacientes sem uso de 
corticoide 
o Enxerto ósseo (resultados variáveis) 
o Osteotomia femoral proximal (Ficat 3) 
o Hemiartroplastia (Ficat 3 e 4) 
o Artroplastia total: colapso grave ou artrose já instalada -> melhor controle da dor, 
porém resultados não tão bons quanto nas osteoartroses devido à idade dos 
pacientes 
 
 
o Artrose / artrite degenerativa / osteoartrite / osteoartrose / coxartrose 
 Doença degenerativa crônica, caracterizada pela deteriorização da cartilagem e neoformação 
óssea nas superfícies e margens articulares 
 
 Fatores de risco: idade, sexo, raça, peso, história familiar, doenças sistêmicas, traumatismos, 
doenças congênitas do quadril 
 
 Fisiopatologia: processo induzido por 
 Trauma, instabilidade, anormalidade metabólica, fatores ambientais, genética 
 Remodelação, metabolismo dos condrócitos alterado, resposta sinovial, ração capsular 
 
 Mudanças degenerativas 
 Precoces 
o Fibrilação de superfície da cartilagem articular 
o Rompimento precoce da armação da matriz molecular (degeneração precoce da 
cartilagem articular) 
o Superfícies articulares enrijecidas e estreitamento mínimo do espaço articular 
 Em estágio final 
o Perda da cartilagem articular -> superfície articular exposta do osso subcondral 
o Esclerose subcondral 
o Osteófitos e cistos subcondrais 
 
 Clínica 
 Dor localizada no quadril, contínua, referida ao longo da face interna da coxa, acentuada 
pelos movimentos, frio e carga. (mas pode apresentar dor noturna ao repouso) 
 Restrição dos movimentos, rigidez articular após repouso, crepitação e aumento de 
volume 
 Incapacidade progressiva, claudicação, uso de bengalas, encurtamentos 
 
 Diagnóstico radiográfico 
 Diminuição do espaço articular 
 Esclerose subcondral (espessamento do osso abaixo da cartilagem) 
 Presença de osteófitos marginais (resposta mecânica para aumentar área da articulação 
para a carga ser distribuída) 
 Aparecimento de cistos e geodos (pode não estar presente) 
 
 Primária 
 Fatores etiológicos 
o Idade média: 60 anos (40-80 anos) 
o Sexo feminino 
 Sinais clínicos 
o Dor (ritmo mecânico) 
o Limitação da amplitude do movimento: rotações , flexo-adução e hiperextensão 
 Posição viciosa: flexão + rotação externa 
 Raras vezes em adução ou rotação interna 
 Aspecto radiográfico 
o Pinçamento articular (superoexterno, superior global, interno) 
o Osteoesclerose (m zonas de hiperpressão) 
o Nódulos/cistos 
 Raros na coxartrose incipiente 
 Localização: teto acetabular e/ou cabeça femoral, situados geralmente no 
interior da osteoesclerose 
 Ovais ou arredondados, muitas vezes múltiplos, alguns com comunicação 
articularo Osteofitose 
 No quadril artrósico, em locais isentes de pressão 
 Estrutura de osso esponjoso, recoberto por fibrocartilagem 
o Reação biológica 
 Atrófica 
 Cabeça de menor tamanho 
 Cabeça elíptica com tendência a deslizamento lateral 
 Osteofítos escasos 
 Normotrófica 
 Cabeça deformada 
 Ostófitos tanto no acetábulo como cabeça 
 Esclerose 
 Cistos 
 Hipertrófica 
 Cabeça magna 
 Osteofítos enormes sobre rebordos e fundo acetabular 
 
 Topografia 
o Superoexterna (cabeça esférica, elipsóide, subluxada, lateralizada) 
 Pinçamento superoexterno 
 Microfraturas, esclerose e cistos 
 Displasia coxofemoral 
 Coxa valga 
 Perthes (doença degenerativa da articulação do quadril) 
 Epifisiólise 
o Concêntrica (cabeça esférica) 
 Perda quase uniforme do espaço articular 
 Cabeça conserva esfericidade 
 Osteófitos escassos 
o Interna (protusão acetabular) 
 Pinçamento medial (espaço articular supero-externo ok) 
 Osteófitos escassos 
 Coxa vara 
 Cabeça dirigida no sentido posterior 
 
 
o Inferointerna 
 Rara 
 Membro em abdução 
 Espaço articular superior aumentado 
 Osteófitos marginais e cervicais inferiores 
 Aspecto funcional (arco de movimento em paciente anestesiado) 
o Tipo móvel: flexão > 60° abdução > 30° adução > 30° 
o Tipo hipomóvel: flexão 30°- 60° abdução até 15° adução até 15° 
o Tipo rígido: flexão até 30° abdução 0° adução 0° 
 
 Tratamento 
 Conservador 
o Perda de peso 
o Diminuir carga sobre o quadril (bengala) 
o Fisioterapia 
o AINEs 
o Corticoides (crises) 
o Sulfato de condroitina e glucosamina (?) 
 Cirúrgico 
o Dependente 
 Da idade do paciente 
 Da etiologia da doença 
 Da atividade do paciente 
 Da amplitude de movimentos 
 Da bilateralidade da lesão 
 Do desejo do paciente 
 
o Tipos 
 Preserva a articulação: osteotomia pélvicas ou femorais 
 Reconstrutiva: pacientes < 25 anos, sintomas mínimos e função 
normal 
 De salvamento: pacientes < 50 anos, objetivando retardar a 
indicação de artroplastia 
 12 tipos (mais comuns varizante e valgizante) 
 Fusiona a articulação: artrodese (perdeu espaço para a artroplastia) 
 Técnica 
o Combinada 
o Posição neutra de abdução-adução 
o 0 a 5º de rotação externa 
o 20 a 90º de flexão (20º–40º) 
o Placa cobra 
o DHS (dynamic hip system) 
 
 
] 
 Substitui a articulação: artroplastia 
 Indicações 
o Articulação dolorosa e incapacitante 
o Bilateral, dolorosa e grave, indicação cx em pelo menos 
um dos lados 
o Idade > 60 anos (relativo) 
o Vontade do paciente 
 Complicações 
o Clínicas: TVP, embolia pulmonar, IAM, arritmias, 
pneumonia 
o Locais: infecção, lesão vascular, lesão nervosa, desgaste, 
osteólise, luxação, fadiga, afrouxamento asséptico 
 
o Bursites 
 13 bursas no quadril 
 Principal: trocantérica (entre o glúteo máximo e o tendão do glúteo médio) 
 Etiologia: artrite reumatoide, gota, inflamação pós-traumática 
 Clínica: dor contínua, localizada, profunda, que piora com a posição e à noite; intenso desconforto 
à pressão profunda ao exame 
 Rx pode mostrar calcificações 
 Tratamento 
 Aspiração do conteúdo, com injeção de corticoide e anestésico local 
 Pode-se associar AINE 
 Pode ser indicada cirurgia pra bursite crônica refratária 
 
o Tendinites 
 Processo inflamatório dos tendões e/ou músculos que estão inseridos ou atravessam a articulação 
 Clínica: dor à palpação profunda e à movimentação 
 Tipos de lesão: inflamação, ruptura, degeneração, peritendinite e avulsão de fragmentos ósseos 
 Tratamento: AINEs, gelo ou calor local (conforme quadro) e, se necessário, CTC 
 
o Síndrome dolorosa do trocater maior 
 
o Síndrome do Ressalto (Snapping Hip) 
 Espessamento do trato iliotibial, que ressalta ao atravessar sobre o trocanter maior 
 Clínica: dor e ressalto audível em região lateral do quadril 
 Complicações: bursite trocantérica, incapacidade de suportar a sensação 
 Tratamento 
 Medidas gerais (repouso, alongamento, AINEs...). 
 Casos Refratários 
o Ressecção posterior em elipse 
o Zetaplastia da parte posterior da banda 
o Ressecção da banda 
 
 
o Ossificação heterotópica 
 Etiologia desconhecida 
 Após cx ou trauma 
 3 apresentações clínicas 
 Massa óssea no músculo sem contato com osso (trauma de repetição) 
 Massa óssea contígua ao periósteo (calcificação hematoma subperiostal) 
 Ossificação periarticular (pós fraturas, cirurgias ou traumatismo cranioencefálico) 
 Exérese quando muito grande 
 Prevenção com indometacina 
 
o Síndrome do piriforme 
 Dor em região glútea posterior com irradiação para coxa e perna 
 Sem dor lombar 
 Lasegue positivo (dor à elevação de membro inferior a mais de 30º) 
 Tratamento: analgesia + fisioterapia 
 
o Meralgia parestésica 
 Compressão do nervo cutâneo lateral da coxa -> dor em face lateral da coxa com alteração de 
sensibilidade 
 Obesidade ou necessidade de utilizar cinto com peso 
 Tratamento 
 Tirar o fator compressivo e tratar dos sintomas 
 Indicação cirúrgica em casos refratários ao tratamento 
 
 
 
AULA 3 - FRATURAS E LUXAÇÕES DO QUALDRIL E JOELHO ADULTO 
 
Emergências na ortopedia: fraturas expostas e luxação (reduzir luxação o quanto antes) 
 
QUADRIL 
 Luxações traumáticas do quadril 
o São lesões de alta energia 
o Frequentemente associadas a politraumatismos com lesões de órgãos pelvico-abdominais 
o São emergências médicas 
o Quanto mais tempo luxado, maior a chance de complicações 
 
 Classificação das luxações do quadril (conforme para onde foi cabeça do fêmur) 
o Anterior 
 Pode ser 
 Superior: membro inferior estendido e rodado externamente 
 Inferior: membro inferior fletido, abduzido e rodado externamente 
 Tratamento 
 Diagnóstico precoce e redução fechada sob anestesia 
 Se irredutível, realiza-se redução aberta 
 Complicações 
 Precoces: comprometimento neurovascular e irredutibilidade 
 Tardias: artrite pós-traumática, necrose avascular e luxações recidivantes 
o Central 
o Posterior (+ frequente) 
 Mecanismo de lesão: força aplicada contra o joelho fletido estando o quadril em graus variados 
de flexão -> trauma do painel (em acidentes automobilísticos) 
 Membro encurtado, rodado internamente e aduzido 
 Tratamento 
 Redução fechada 
 Redução aberta reservada para: 
o Luxação irredutível 
o Redução instável 
o Fragmentos da fratura-luxação estão retidos na articulação após a redução 
 Complicações 
 Precoces 
o Lesão do nervo ciático em 10%-15% dos casos 
o Luxação posterior irredutível 
o Lesões ligamentares do joelho 
o Luxação recorrente em tração 
 Tardias 
o Luxação posterior recorrente 
o Miosite ossificante 
o Necrose asséptica da cabeça femoral 
o Artrose pós-traumática 
 
FÊMUR 
 Fraturas proximais do fêmur 
o Traumas de baixa energia em pacientes mais velhos 
o Traumas de alta energia em pacientes jovens 
o As fraturas no idoso são geralmente o resultado de simples queda (mais comum na mulher) 
 A alta prevalência desta fratura em pacientes mais velhos está relacionada com fatores como 
osteoporose, desnutrição, diminuição da atividade física, distúrbios visuais e neurológicos, 
alteração dos reflexos e fraqueza muscular 
o Membro afetado encontra-se em rotação externa e encurtado 
o Fratura do colo do fêmur 
 Duas populações distintas: jovens e idosos 
 Importantes considerações: grau de deslocamento da fratura, qualidade da redução, estabilidade 
da fixação 
 Sinais clínicos Em fraturas impactadas, incompletas ou não-desviadas os sintomas podem ser mínimos 
 Fraturas deslocadas apresentam: encurtamento, rotação externa do membro infeiror e 
usualmente leve abdução 
 
 
 Estudo radiográfico 
 Incidências: AP + perfil 
 Classificação 
o Quanto à estrutura: impactadas, não-desviadas e deslocadas 
 Fraturas com desvio 
 Tratamento 
 
 Complicações 
o Retardo de consolidação / pseudoartrose -> 
comprometimento vascular, cominuição (fragmentação) 
posterior e osteoporose 
o Necrose avascular -> interrupção vascular durante o 
trauma ou tratamento 
 Classificação de Garden 
 Tipo I: incompleta ou impactada 
 Tipo II: completa sem desvio (-> parafusos canulados) 
 Tipo III: completa com desvio parcial 
 Tipo IV: completa com importante desvio (risco de necrose) 
o Quanto à causa: traumática, por sobrecarga e patológica 
 
o Fratura intratrocanteriana 
 Em geral, são fraturas extra-capsulares, em osso de predominância esponjosa e ricamente 
vascularizado 
 Sinais clínicos 
 Membro afetado encontra-se em rotação externa e encurtado 
 Qualquer tentativa de movimento é acompanhada por intensa dor 
 Avaliação radiográfica 
 Fratura entre o grande e pequeno trocanter pode ser visto na incidência em AP 
 Pequeno trocanter fraturado indica instabilidade da fratura 
 Cominuição da parede posterior indica instabilidade da fratura 
 Tratamento 
 Fraturas estáveis 
o Redução fechada + osteossíntese 
o Placa angulada ou placa + parafuso deslizante 
 Fraturas instáveis 
o Redução aberta + técnicas de medialização + osteossíntese 
o Hastes intra-medulares 
 Complicações: falhas mecânicas -> deslocamento em varo, fratura do implante, soltura da placa, 
retardo de consolidação... 
o Fratura sub-trocanteriana 
 Ocorrem na região de maior stress do esqueleto 
 Predispõe a uma alta razão de falência biomecânica das osteossínteses internas 
 Trauma de alta energia 
 Sinais clínicos 
 Dor + impotência funcional quadril 
 Encurtamento + rotação externa 
 Tratamento 
 Osteossíntese com placas anguladas a 95° ou placa/parafuso deslizante 95° 
 Osteossíntese intra-medular com haste não travada (Kuntscher) ou com hastes 
bloqueadas 
 Complicações 
 Deformidades em varo e rotacional 
 Retardo de consolidação / pseudoartrose 
 Falha do material de síntese 
 
 Fraturas do fêmur distal 
o Traumas de baixa energia em pacientes mais velhos 
o Traumas de alta energia em pacientes jovens 
o Mecanismo de varo e valgo associado à compressão axial e rotação 
o 3% associadas à lesão vascular (artéria femoral e poplítea) e 1% à lesão nervosa (nervo ciático) 
o Sinais clínicos 
 Espasmo do quadríceps e músculos isquiotibiais da coxa usualmente levam a encurtamento e 
angulação do membro inferior 
 A deformidade típica em varo decorre da tração dos músculos adutores 
 A contração dos gastrocnêmios acarreta angulação posterior do fragmento distal 
o Avaliação radiográfica: AP, perfil e oblíqua 
o Tratamento 
 Conservador: fraturas extra-articulares impactadas e sem desvio ou pacientes inoperáveis 
 Cirúrgico (de escolha): DCS, placa angulada, haste femoral retrógrada, LISS 
o Complicações 
 Consolidação viciosa 
 Infecção 
 Pseudoartrose 
 Artrose pós-traumática 
 Rigidez articular 
 
 
JOELHO 
 Fraturas do planalto tibial 
o Maioria das fraturas tibiais proximais são provocadas por mecanismo de carga axial associado com 
varo/valgo do joelho 
 Mecanismo de trauma mais comum: valgo com carga mecânica lateral e rotação externa 
 
 
o Sinais clínicos 
 Dor, inchaço e impotência funcional 
 Instabilidade articular 
 Deformidade e crepitação 
o Avaliar artéria poplítea e nervo fibular! 
o Tratamento 
 Conservador 
 Desvios menores de 4mm 
 Pacientes sem condições operatórias 
 Cirúrgico: parafusos, placas, fixadores externos (híbridos); mas sempre priorizar a redução articular 
o Complicações 
 Redução incompleta 
 Fixação instável 
 Quebra do implante 
 Rigidez articular 
 Infecção 
 Pseudoartrose 
 Lesão neuro-vascular 
 
 Fraturas da patela 
o Maior incidência no sexo masculino e entre 30-50 anos 
o Mais comum por trauma direto 
o Sinais clínicos 
 Dor 
 Crepitação 
 Defeito ou sensação de separação de fragmentos 
 Inchaço na face anterior do joelho associado com insuficiência extensora 
o Avaliação radiográfica: AP, perfil e axial (45º) 
o Pesquisar outras faturas associadas (diáfise do fêmur, planalto tibial e luxação coxofemoral) 
o Classificação anatômica 
 Transversais (mais frequente) 
 Estreladas 
 Cominutivas 
 Longitudinais 
 Marginais 
 Polo proximal / distal 
o Tratamento 
 Conservador: fraturas sem desvio, com mecanismo extensor preservado 
 Redução aberta com fixação interna: fraturas com desvio 
 Cirúrgico: anda de tensão, parafusos, patelectomia parcial ou total 
o Complicações 
 Infecção 
 Quebra de implante 
 Diminuição da amplitude do movimento 
 Dor e artrose patelofemoral 
 Luxação do joelho 
o Avaliar o estado neurovascular do membro! (a intervenção cirúrgica não deve ultrapassar 6h de isquemia) 
 40% de lesão vascular (artéria poplítea) 
 16%-43% de lesão nervosa (nervo fibular) 
 
 
-Lesão distal da do fêmur, proximal da tíbia e do joelho: avaliação neurovascular 
 
 
 
AULA 4 - PATOLOGIA DO JOELHO ADULTO 
 
 O joelho uma articulação sinovial condilar biaxial 
 Ligamentos 
o Organogênese entre 3ª-8ª semana 
o Os ligamentos cruzados aparecem no 47º dia de desenvolvimento fetal 
 
 Exame clínico 
o Anamnese 
o Palpação de estruturas 
o Amplitude de movimentos 
o Manobras especificas 
 
 Principais patologias 
o Lesões ligamentares 
 Ligamentos colaterais 
 Mais comum: ligamento colateral medial (LCM) 
 Gruas de abertura 
o I: <5mm 
o II: 5-10mm 
o III: >10mm 
 Podem ser 
o Lesões solitárias 
 Lesões grau I e II 
 Tratamento conservador 
 Controle da dor e inflamação (1ª semana) 
 Fortalecimento muscular (2ª semana) 
 Retorno às atividades esportivas (8ª semana) 
 Lesões grau III 
 Imobilizador inguinomaleolar com 20º de flexão 
 Tratamento conservador: liberar atividades após 12ª semana 
 
 
 
 
o Lesões combinadas com 
 Ligamento cruzado anterior (LCA) 
 Tratamento cirúrgico 
 Reconstrução LCA + sutura término-terminal e/ou 
retensionamento do LCM ou LCL 
 Reinserção óssea 
 Reforço 
 Ligamento cruzado posterior (LCP) 
 
 Canto póstero-lateral 
o Ligamento colateral lateral 
 Estabilidade em varo (primário) 
 Estabilidade de gaveta anterior, posterior e rotação externa (secundário) 
o Tendão poplíteo 
 Estabilizador primário - rotação externa da tíbia 
 Estabilizador do menisco lateral 
o Ligamento poplíteo-fibular 
o Outras estruturas póstero-laterais 
 Bíceps 
 Banda íliotibial 
 Gastrocnêmio lateral 
 Cápsula 
 
 Exame físico 
o Teste de abdução 
o Teste de adução 
o Reverso 
o Ângulo coxa-pé (um pé gira mais que o outro) 
 
 Ligamento cruzado anterior 
 Maior incidência no sexo feminino, e na faixa etária de 25 anos 
 Instabilidade mais encontrada no sexo masculino 
 Estabilizador anteromedial e rotacional 
 Mecanismos de lesão 
o Direto ou indireto 
o Associação de trauma torcional com desaceleração súbita 
o Valgo / rotação externa (mecanismo mais frequente de lesão de LCA) 
 Depende da cinética do trauma e da resistência do osso (se osso for 
muito resistente, estruturas para-articulares lesam; senão ossofratura) 
o Hiperextensão 
o Varo / rotação interna (raramente) 
 
 
 
 
 Mecanismos de trauma 
o Hiperextensão 
o Mudança de direção 
o Saltos 
o Trauma sem contato 
o Trauma de alta ou baixa energia 
 
 Tríade infeliz de O’Donoghue (lesão por rotação) 
o Componentes 
 LCA (ligamento cruzado anterior) 
 LCM (ligamento colateral medial) 
 Menisco medial 
o Quadro clínico 
 Estalido 
 Dor e hemartrose em lesão de LCA 
 Quadro de “joelho agudo” 
 Dor trava o joelho 
 Manusear joelho o mínimo possível 
 Teste de Lachman menos ofensivo 
 Estresse em varo/valgo em extensão e flexão de 30º 
 Reavaliar em 2 semanas 
o Exame físico 
 Para derrame articular 
 Teste de Lachman 
 Teste da gaveta anterior 
 Jerk test 
o Exames complementares 
 Rx stress 
 Pode mostrar avulsões ósseas 
 Fratura de “Second”: avulsão da borda do planalto tibial externo 
-> grave comprometimento ântero-lateral 
 RNM 
 Importante quando 3 ou mais lesões 
 Suspeita de lesões condrais 
 
 Tratamento 
o Artrocentese 
o PRICE (3 semanas) 
 Proteção com muletas 
 Repouso 
 Ice 
 Compressão com enfaixamento (“Jones”) 
 Exercícios isométricos para flexores e extensores joelho 
 
 
o Conservador: imobilização gessada (se tratamento conservador da lesão de LCM) 
o Cirúrgico 
 Técnicas intra-articulares: fixação de um enxerto competente e com 
função na posição anteriormente ocupada pelo ligamento cruzado 
anterior 
 Enxertos 
o Terço médio do tendão patelar (fixação com parafusos 
metálicos ou absorvíveis) 
 Muito competente 
 Possibilita estabilização segura 
 Técnica artroscópica viabiliza reabilitação 
precoce e mínima agressão 
o Tendões flexores 
 Tecnicamente mais fácil 
 Não agridem mecanismo extensor 
o Fáscia lata 
o Ligamentos sintéticos (índice de rotura alto) 
o Tecidos homógenos conservados 
 
 Ligamento cruzado posterior 
 Banda ântero-lateral -> tensa em flexão 
 Banda póstero-medial -> tensa em extensão 
 Mecanismo de lesão: acidentes automobilísticos (trauma do painel) e lesões esportivas 
 Quadro clínico 
o Lachman posterior 
o Gaveta posterior 
o Estress varo e valgo 
o Recurvatum 
o Recurvatum (rotação externa) 
o Derrame articular 
o Posterior sag test 
o Contração ativa quadríceps 
o Pivot shift reverso 
 Avulsão 
o Pequenos fragmentos ou cominutivas -> fixação com suturas transósseas 
o Fragmento único e grande: parafuso e arruela 
 História natural 
o Dejour 
 Adaptação funcional (reabilitação) 
 Tolerância funcional (retorno as atividades) 
 Artrose (15 – 20 anos) 
o Camanho e Gali: lesões isoladas de LCP -> tempo -> desgaste articular 
 
 
 
 Reconstrução ligamentar ideal 
 Exposição cirúrgica mínima 
 Mobilização imediata 
 Reabilitação em curto prazo 
 Sacrificando o mínimo outras estruturas anatômicas 
 
o Lesões meniscais 
 Meniscos 
 Estruturas anatômicas, constituídas de fibras de colágeno e fibroblastos, existentes no 
interior do joelho 
 Um lateral e outro medial (mais comumente lesado) 
 Vascularizados no terço periférico 
 Funções 
 Proteção e irrigação da cartilagem articular 
 Estabilização articular 
 Melhora na congruência articular 
 Fatores causadores de lesões 
 Traumas 
o Rotacionais 
o Angulares 
 Degeneração (idosos) 
 História clínica e sintomas 
 Trauma 
 Dor localizada 
 Crepitação articular 
 Derrame articular 
 Bloqueio articular 
 Exame físico 
 Palpação interlinha 
 McMurray 
 Apley 
 Piora ao agachar e subir escadas (marcha de pato) 
 Hipotrofia do quadríceps 
 Encarceramento meniscal -> bloqueio articular 
 Classificação 
 Total / parcial 
 Estável / instável 
 Tipos 
 A: longitudinal (alça de balde) 
 B: oblíqua (bico de papagaio) 
 C: radial (cicatrização difícil) 
 D: clivagem horizontal 
 E: complexa 
 
 
 Tratamento (considerar tempo de lesão, localização, tipo, idade do paciente e lesões associadas) 
 Conservador (observação): lesões estáveis + <1cm + assintomáticas 
 Cirúrgico (cirurgia aberta está extinta; faz-se por artroscopia) 
o Remover apenas a parte lesionada que está atrapalhando a articulação; preservar 
e regularizar a porção restante do menisco para prevenir novas lesões 
o Técnicas 
 Menistectomia parcial: lesões instáveis + sintomáticas + 2/3 centrais 
 Reparo: lesões instáveis + sintomáticas + 1/3 periférico 
 Somente lesões na região periférica cicatrizam (suturas meniscais 
na periferia preservam menisco), pois é vascularizada 
 
-LCM (extra-articular) tem potencial de cicatrização muito grande, mas LCA não, porque é intra-articular, onde tem lÍquido 
sinovial, que dificulta cicatrização 
 
o Lesões condrais 
 
o Desalinhamentos: luxação do joelho 
 Geralmente póstero-lateral 
 Avaliar o estado vascular do membro 
 A intervenção cirúrgica não deve ultrapassar 8 horas de isquemia 
 
o Tendinites 
o Bursites 
o Combinados 
 
 
 
AULA 5 – OSTEOPOROSE 
 
 Pico de massa óssea ocorre entre 25-35 anos de idade 
 Osteopenia: descrição visual de aspecto ósseo quando submetido ao raio X (local) com aumento de radiolucência 
(osso fica mais escuro, pois está mais porótico) 
 Osteoporose: distúrbio osteometabólico em que há diminuição da densidade mineral óssea com deterioração da 
microarquitetura óssea, levando a um aumento da fragilidade esquelética sistêmica e do risco de fraturas 
o Os ossos se renovam continuamente. Na osteoporose há um desequilíbrio em que a retirada do osso 
antigo ocorre mais rapidamente que a reposição com osso novo 
 
 Fatores de risco 
o Idade (maior incidência a partir do 50 anos; cada década se associa ao aumento de risco de 1,4-1,8 vezes) 
o Sexo feminino 
o Genética e antecedentes familiares 
o Raça: caucasianos e orientais > afrodescendentes 
 
 
 
o Fatores ambientais 
 Nutrição deficiente em cálcio 
 Atividade física e carga mecânica 
 Medicamentos (corticoides) 
 Tabagismo e álcool 
 Quedas (traumatismo) 
o Hormônios endógenos e doenças crônicas 
 Deficiência de estrogênio ou androgênio 
 Doenças crônicas: gastrectomia, cirrose, hipertireoidismo, hipercortisolismo, hiperparatireoidismo 
primário ou secundário, doenças inflamatórias intestinais... 
o Características físicas do osso 
 Densidade (massa) 
 Tamanho e geometria 
 Microarquitetura 
 Composição 
 
 Classificação 
o Primária 
 Pós-menopausa (tipo I) 
 50/65 anos 
 6: 1 (M/ H) 
 Perda trabecular > trabecular 
 Fratura vertebral > quadril 
 Relacionada com diminuição de níveis de estrogênio 
 Senil (tipo II) 
 Acima de 75 anos 
 2:1 (M / H) 
 Lenta 
 Perda cortical = trabecular 
 Fratura de coluna = quadril 
 Relacionada com a redução da síntese de vitamina D e atrofia óssea secundária ao 
hiperparatireoidismo 
 Criptogenética (idiopática juvenil) 
 Associada a heredopatias 
o Secundária 
 Associada a 
 Endocrinopatias 
 Condições funcionais 
 Distúrbios gastrointestinais 
 Condições inflamatórias crônicas 
 Induzida por drogas 
o Localizada 
 Algoneurodistrofias 
 Osteopenia transitória de quadril 
 Osteopenia regional migratória 
 Diagnóstico de osteoporose 
o Anamnese 
 Sinais maiores 
 Sexo feminino 
 Baixa massa óssea 
 Fratura prévia 
 Raça caucasiana 
 Idade avançada em ambos os sexos 
 História materna de fratura do colo femoral e/ou osteoporose 
 Menopausa precoce (antes dos 40 anos) sem tratamento Tratamento com corticoide 
 Sinais menores 
 Amenorreia primária ou secundária 
 Hipogonadismo primário ou secundário em homens 
 Perda de peso após os 25 anos ou baixo índice de massa corpórea 
 Tabagismo, alcoolismo 
 Imobilização prolongada, sedentarismo 
 Dieta pobre em cálcio 
 Doenças que induzem à perda de massa óssea 
 Tratamento com drogas que induzem perda de massa óssea (heparina, 
anticonvulsivantes, lítio...) 
 
 Exame físico 
o Estatura 
o Peso corporal 
o Hipercifose dorsal e abdome protuso (aumento da cifose torácica e retificação da lordose lombar) 
o Outras deformidades esqueléticas 
o Sinais físicos de doenças associadas à osteoporose 
 
 Avaliação laboratorial 
o Exames 
 Hemograma completo + VHS 
 Cálcio, fósforo , fosfatase alcalina e creatinina plasmática 
 Fosfatase alcalina mede metabolismo ósseo 
 Calciúria de 24 horas 
 Urinálise 
 Proteínas totais 
 TSH + T4 
 
o Marcadores de formação óssea 
 Fosfatase alcalina (soro) 
 Osteocalcina (soro) 
 Pró-peptídeo carboxiterminal do colágeno tipo I (soro) 
 
 
o Marcadores de reabsorção óssea 
 Hidroxiprolina (urina) 
 Piridolina livre e total (urina) 
 Desoxipiridinolinas livre e total (urina) 
 Telopeptídeo carboxiterminal do colágeno tipo I (soro) 
 Fosfatase ácida tartarato-resistente (soro) 
 
 
 
 Diagnóstico diferencial 
o Osteomalácia 
o Doença de Paget 
o Hiperparatiroidismo primário 
o Mieloma múltiplo 
o Osteogênese imperfeita 
o Displasia fibrosa 
o Osteomielite 
 
 Avaliação radiográfica 
o Indicado para diagnóstico de fraturas 
o Não pode ser utilizado para diagnóstico de osteoporose (porque não é local) 
o Úteis para diagnóstico diferencial 
o Requer condições técnicas 
o Exames 
 Rx de mão AP 
 Rx de bacia panorâmica 
 Rx de coxo-femoral (AP + P) 
 Rx de coluna torácica e lombar (AP + P) 
o Avaliação radiográfica vertebral: alterações de transparência do padrão trabecular e da morfologia dos 
corpos vertebrais 
 Consequências da fratura vertebral por osteoporose 
 Redução da capacidade pulmonar 
 Cifose e lombalgia limitante 
 Compressão abdominal 
 Perda de altura 
o Avaliação radiográfica coxo-femoral: alterações do trabeculado femoral 
 Consequências da fratura de quadril por osteoporose 
 Perda da mobilidade 
 Aumento da taxa de dependência e de mortalidade 
 
 
 Densitometria óssea: exame de referência para diagnóstico de osteoporose 
o Técnica: absorciometria por Rx com dupla energia (DEXA) 
o Avaliação da coluna lombar AP e coxo-femoral AP 
 Escolher 2 locais entre coluna vertebral, quadril e punho, porque são áreas com maior incidência 
de fraturas 
o Indicações 
 Mulheres com 65 anos ou mais 
 Mulheres com deficiência estrogênica < 45 anos 
 Mulheres na peri e pós-menopausa (com um fator de risco maior ou dois menores) 
 Mulheres com amenorreia secundária prolongada 
 Todos os indivíduos com fratura por trauma mínimo ou atraumático 
 Indivíduos com evidências radiográficas de osteopenia ou fraturas vertebrais 
 Homens com 70 anos ou mais 
 Indivíduos que apresentam perda de estatura maior que 2,5 cm ou hipercifose torácica 
 Indivíduos em uso de corticóide por 3 meses ou mais 
 Portadores de doença ou uso de medicações associadas à perda de massa óssea 
 Monitoramento de doença evolutiva ou tratamentos disponíveis 
o Interpretação por faixa de desvio padrão 
 
 
 Outras formas de diagnósticos 
o Ultrasonometria óssea 
o Tomografia computadorizada quantitativa 
o Imagens por radioisótopos 
o Biópsia óssea 
 
 Tratamento e prevenção 
o Nutrição 
 Ingestão diária recomendada de cálcio aumenta com a idade (1000 mg-1500mg) 
 400 UI/dia de vitamina D na forma de multivitaminas ou associada com sais de cálcio 
o Hábitos de vida 
o Atividades físicas de impacto ou resistência 3x por semana 
o Prevenção de quedas 
o Fatores ambientais 
o Ajuste de medicamentos e dose 
o Tratamento farmacológico 
 Agentes anti-reabsortivos 
 Terapêutica de reposição hormonal ( TRH ) 
 SEMRs (raloxifeno) 
 Bisfosfonatos (etidronato, alendronato, risendronato) 
 Calcitonina 
 Cálcio e vitamina D 
 Estimuladores de formação 
 TPH (teriparatida) 
 Fluoreto de sódio 
 Fatores de crescimento 
 
 
 
AULA 6 – DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA 
 
 Constituição da cartilagem articular 
o Condrócitos (garantem turnover) 
 Pró-catalisadoras 
 Metaloproteases 
 Citocinas, IL-1 e TNF-alfa 
 Formadoras 
 Fatores de crescimento 
 Inibidores das metaloproteases 
o Matriz (produzida elos condrócitos) 
 Colágeno tipo II 
 Proteoglicanos 
 
 Análise da anatomia patológica: mudanças na cartilagem 
o Precoces 
 Fibrilação de superfície da cartilagem articular 
 Rompimento precoce da armação da matriz molecular (degeneração precoce da cartilagem 
articular) 
 Superfícies articulares enrijecidas e 
estreitamento mínimo do espaço articular 
o Em estágio final 
 Perda da cartilagem articular -> superfície 
articular exposta do osso subcondral 
 Esclerose subcondral 
 Osteófitos e cistos subcondrais 
 
 
 Osteoartrose: doença degenerativa que consiste em uma sequência de mudanças da célula e matriz cartilaginosa 
(síntese de colágeno tipo II), resultando em perda da função articular, acompanhada pela tentativa de reparar 
cartilagem e de remodelar o osso 
o Envolve cromossomo 12 e HLA A1 e HLA B8 
o Síndrome de Stickler: osteoartrose generalizada e oftalmopatia 
o Inversamente proporcional à osteoporose (tendência a microfraturas e maior capacidade elástica 
protegeriam a cartilagem) 
o Início acima dos 40 anos 
o Maior incidência em mulheres (acomete mãos e joelhos) (em homens, acomete quadril) 
o Fatores de risco 
 Idade 
 Sexo 
 Hereditariedade 
 Obesidade 
 Alterações hormonais e metabólicas (diabetes, hipotireoidismo) 
 Fatores mecânicos 
 Macro traumas 
 Traumas repetitivos localizados (sobrecargas esportivas) 
 Uso inadequado de aparelhos de musculação 
 Alteração da biomecânica normal da articulação 
o Etiologia 
 Primária ou idiopática 
 Secundária 
 Inflamatória: artrite reumatoide, espondilartropatias e gota 
 Infecciosa: artrite séptica. 
 Endócrina: acromegalia, hiperparatireioidismo 
 Traumáticas 
 Doenças de infância: DDQ, DLCP, epifisiólise (<50 anos) 
 Metabólica: oncronose, hemocromatose, doenças de Wilson, Paget, condrocalcinose 
 Vascular (NAV) 
 Outras: neuropatias e miopatias 
o Aspectos clínicos 
 Dor articular protocinética (início) 
 Rigidez 
 Diminuição ou perda de função 
 Crepitação 
 Deformidades 
 Inflamação (ocasionalmente) 
o Exames complementares (laboratoriais em caso de osteoartrose secundaria) 
 Radiografia simples: sinais radiográficos 
 Redução do espaço articular 
 Esclerose subcondral 
 Osteófitos 
 Cisto subcondral (pode não estar presente) 
 Cintilografia óssea 
 TC 
 RNM 
 US 
o Tratamento 
 Não-farmacológico 
 Educação e aconselhamento 
 Perda de peso 
 Exercícios e repouso 
 Calor superficial e profundo 
 Ajuda de suportes e aparelhos 
 Conservador 
 Analgésicos 
 AINH 
 AIH 
 Condroprotetores: glucosamina, condroitina, diacereina 
 Drogas antireumáticas 
 Repouso articular 
 Modificações dos hábitos de vida 
 Fisioterapia: equilíbrio e fortalecimento muscular 
 Infiltrações com viscosuplementação 
 Cirúrgico 
 Quando 
o Tratamento conservador é ineficaz 
o Dor interfere no sono 
o Incapacidade para exerceratividades de vida diária 
 Procedimentos para restauração (reparou ou regeneração) da cartilagem 
o Perfuração do osso subcondral 
o Distração articular 
o Enxerto de partes moles 
o Transplante de células (condrócitos e/ou células mesenquimais) 
o Fatores de crescimento 
o Matrizes artificiais 
 Procedimentos para realinhamento articular: osteotomias 
 Fusão articular: artrodese 
 Substituição articular: transplantes cartilaginosos 
o Enxertos osteocondrais autólogos 
o Enxertos osteocondrais heterólogos

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