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Depressão Infantil: Um Estudo

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PSICOPATOLOGIA INFANTIL: UM ESTUDO SOBRE A DEPRESSÃO
 
TAMIRES MACHADO BARBOSA (tata_psic@hotmail.com) / Pós Graduação em Psicopedagogia-
Abordagem Clínica e Institucional/Centro Universitário Franciscano, Santa Maria/Rio Grande do Sul
JOSIANE LIEBERKNECHT WATHIER ABAID (josianelieb@unifra.br) / Psicologia/Centro Universitário
Franciscano, Santa Maria/Rio Grande do Sul
 
Palavras-Chave: 
PSICOPATOLOGIA, DEPRESSÃO, CRIANÇA.
 
Atualmente, percebe-se que está sendo mais evidenciada a preocupação social em relação à psicopatologia
infantil. Um dos transtornos que mais tem sido estudado e diagnosticado em crianças e adolescentes é a
depressão. Esta é muito difícil de ser percebida pelos pais e/ou responsáveis, pois ainda estes acreditam que
as tristezas e preocupações infantis são sempre leves e passageiras, ou que possuem sentimentos de culpa
intensos, assim constituindo falácias que não contribuem para o conhecimento científico (CABALLO; SIMÓN,
2005). Devido ao fato da depressão ser difícil de ser detectada, quando a criança ou o adolescente vai ao
especialista, como pediatra, nem sempre este da a importância devida aos sintomas depressivos e assim,
contribui para o agravamento do transtorno. Para Barbosa e Lucena (1995) há dois postulados para a
depressão infantil: o primeiro é de caráter unicista, em que uma mesma enfermidade afetaria o adulto e a
criança, e o segundo, é mais desenvolvimentalista, onde valoriza-se mais a idade da criança como fator
importante sobre a natureza e a forma do transtorno. Os sintomas da depressão nas crianças são
geralmente atípicos. Os principais sintomas são: estado de ânimo disfórico (melancolia), idealização
autodepreciativa, comportamento agressivo (agitação), alterações no sono, mudanças no rendimento
escolar, socialização diminuída, mudança de atitude na escola, queixas somáticas, perda da energia habitual
e mudanças no apetite e/ou no peso habituais (CABALLO; SIMÓN, 2005). Sabe-se que a depressão infantil
é um problema complexo e sua causa é multifatorial. Segundo Barbosa e Lucena (1995) os eventos
estressantes, podem descompensar a conduta infantil podendo favorecer o aparecimento de pensamentos e
sentimentos depressivos na criança, além da família que exerce um papel fundamental como coadjuvante
etiológico da depressão infantil mas também a escola pois é onde se cristaliza as alterações afetivas. Há
vários sinais e sintomas de depressão no contexto escolar que os profissionais devem estar atentos. As
dificuldades cognitivas são as que mais se destacam e consequentemente, são mais facilmente percebidas,
pois as crianças e/ou adolescentes apresentam dificuldades em executar atividades rotineiras em sala de
aula, por dependerem do funcionamento cognitivo, além de que o indivíduo com esses sintomas acredita que
nada poderá tirá-lo deste estado (BARBOSA, 2004). Nota-se também, em alguns casos, em que as idéias
suicidas são presentes, principalmente em adolescentes, mas também ocorre em crianças. Segundo
Assumpção Jr. e Kuczynski (2004) os pensamentos suicidas não são raros, embora dificilmente ocorram
antes dos dez anos de idade, devido ao desenvolvimento cognitivo pobre para o planejamento e avaliação
dos próprios atos, porém no adolescente a relação depressão-suicídio é significativa. A depressão infantil é
identificada como uma doença grave e é um dos maiores e atuais problemas de saúde pública da
humanidade, pois gera sérias conseqüências sociais, escolares, familiares e psíquicas. Sendo assim, deve-
se haver uma fundamental preocupação com a saúde mental além da implementação de programas de
prevenção e auxílio às crianças e /ou adolescentes acometidos por este grave transtorno.
 
REFERÊNCIAS: 
 
BARBOSA, A. J. G.; Depressão na Escola: um Guia para Educadores e Profissionais da Saúde.; BAPTISTA,
M. N.; Suicídio e Depressão: Atualizações.; São Paulo; Guanabara Koogan; 144-157; 2004.
 
BARBOSA, G. A.; LUCENA, A.; Depressão Infantil.;
http://www.psiquiatriainfantil.com.br/revista/edicoes/Ed_03_2/in_07_07.pdf ; junho-2011. .
 
CABALLO, V. E.; SIMÓN, M. A.; Manual de Psicologia clínica infantil e do adolescente: transtornos
específicos. ; São Paulo; Livraria Santos Ed.; 2005.
 
ASSUMPÇÃO Jr, F. B.; KUCZYNSKI, E.; O Diagnóstico Diferencial da Depressão. ; BAPTISTA, M. N.;
Suicídio e Depressão: Atualizações.; São Paulo; Guanabara Koogan; 62-71; 2004.

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