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ASSISTÊNCIA AO RN DE RISCO QUEM É O RN DE RISCO? Doenças genéticas kernickterus, encefalites. 1.500g < RNBP < 2.499g 1.000g < RNMBP < 1.499g RNEBP <1.000g RNPT IG < 37 SEMANAS APGAR • É um índice criado na década de 50 pela anestesista Dra. Virgínia Apgar para avaliar o ajuste imediato do RN à vida extrauterina no primeiro e quinto minuto de vida. APGAR • São avaliados: Frequência cardíaca, respiração, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor da pele. APGAR - APGAR 8-10: normal - APGAR 7: anóxia leve - APGAR 4-6: anóxia moderada - APGAR 0-3: anóxia grave CASO CLÍNICO I • DETERMINE O APGAR E CLASSIFIQUE O RN: - RN apresentando FC = 50bpm, esforço respiratório diminuído, tônus flácido, sem reação e completamente cianótico. SINAIS VALOR FC <100 1 Pouco esforço respiratório 1 Tônus flácido 0 Sem reação 0 Cianótico 0 TOTAL 2 ANÓXIA GRAVE CASO CLÍNICO II • DETERMINE O APGAR E CLASSIFIQUE O RN: - RN APRESENTANDO FC= 110bpm, esforço respiratório presente e regular, choro, ativo, pele com coloração rósea. SINAIS VALOR FC >100 2 Esforço respiratório presente e regular 2 Tônus: ativo 2 Choro vigoroso 2 Cor de pele rosa 2 TOTAL 10 NORMAL ASFIXIA PERINATAL • CONCEITO: É UMA INJÚRIA SOFRIDA PELO FETO OU RN DEVIDA À MÁ OXIGENAÇÃO E/OU PERFUSÃO (ISQUEMIA) DE MÚLTIPLOS ÓRGÃOS. ASFIXIA PERINATAL • Academia Americana de Pediatria determina asfixia para pacientes com: Acidemia metabólica ou mista profunda (pH<7) em sangue do cordão umbilical; Escore de Apgar 0-3 por mais de 5 minutos; Manifestações neurológicas neonatais (Ex: convulsões, coma, hipotonia) Disfunção orgânica multissistêmica (ex: cardiovascular, gastrintestinal, hematológico, pulmonar, renal) ASFIXIA PERINATAL • INCIDÊNCIA: - Está relacionada a idade gestacional e o peso ao nascer; - 9% dos RN<36 semanas; - 0,5% dos RN>36 semanas; - Maior incidência em RN a termo de mães diabéticas ou toxémicas; - RCIU; - Apresentação pélvica; - RN pós-termo ASFIXIA PERINATAL • ETIOLOGIA: - Pode ocorrer antes, durante ou após o parto; - 90%: ante ou intraparto decorrente de insuficiência placentária; - Pós-parto: doenças pulmonares, cardiovasculares ou neurológicas. ASFIXIA PERINATAL CAUSAS MATERNAS CAUSAS INTRAPARTO CAUSAS FETAIS CAUSAS NEONATAIS Primiparidade idosa (>35 anos) Drogas que causam depressão respiratória Malformações congênitas Imaturidade pulmonar e outros distúrbios respiratórios Primiparidade adolescente (<16 anos) Apresentação pélvica ou outras anormais Gemelaridade Tumores intratorácicos Diabetes Trabalho de parto prolongado RCIU Anemia Hipertensão Prolapso de cordão Prematuridade Hemorragia ASFIXIA PERINATAL CAUSAS MATERNAS CAUSAS INTRAPARTO CAUSAS FETAIS CAUSAS NEONATAIS Toxemia Hipotensão materna Pósmaturidade Distúrbios metabólicos Doenças Crônicas Descolamento prematuro de placenta Frequencia e ritm anormais Anemia (Hb≤ 10br/dl) Circular e nó de cordão RN/GIG Isoimunização Cabeça derradeira Poli-hidrâmnio Infecção Líquido amniótico meconial Placenta prévia História anterior de anomalia ou morte de RN Álcool/droga ASFIXIA PERINATAL TRABALHO DE PARTO NORMAL CONTRAÇÕES UTERINAS FLUXO SANGUÍNEO DA PLACENTA DIMUNUI AUMENTO NO CONSUMO DE O2 MATERNO E FETAL DESIDRATAÇÃO, ALCALOSE RESP. POR HIPERVENTILAÇÃO DIMINUIÇÃO DO FLUXO PLACENTÁRIO FISIOPATOLOGIA: CONDIÇÕES NORMAIS X PERÍODO CRÍTICO OS FATORES NORMAIS LEVAM À QUEDA DA SATURAÇÃO DE OXIGÊNIO DO FETO; ASFIXIA PERINATAL FISIOPATOLOGIA: FETO SAUDÁVEL BOA RESISTÊNCIA RECUPERAÇÃO ASFIXIA PERINATAL • ALTERAÇÕES NO PERÍODO CRÍTICO: ALTERAÇÕES DA OXIGENAÇÃO MATERNA; DIMINUIÇÃO DO FLUXO MATERNO- PLACENTÁRIO OU PLACENTO-FETAL; ALTERAÇÕES NA TROCA GASOSA A NÍVEL PLACENTÁRIO OU TECIDUAL FETAL; INCREMENTO NOS REQUERIMENTOS FETAIS DE OXIGÊNIO. FISIOPATOLOGIA: ASFIXIA PERINATAL HIPOXEMIA E ISQUEMIA CENTRALIZAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO PARA O CÉREBRO, CORAÇÃO E ADRENAIS PERSISTÊNCIA DO INSULTO PARADA DOS MOV. RESP. QUEDA DA FC E LEVE AUMENTO DA PA PARA MANTER A PERFUSÃO CEREBRAL APNÉIA PRIMÁRIA O2 SUPLEMENTAR E ESTÍMULO TÁTIL REVERTEM O QUADRO Persistência da Asfixia Gasping, diminuição da FC e PA RN flácido, mov. Respiratórios fracos Último suspiro APNÉIA SECUNDÁRIA Não responsivo Persistência da apnéia ÓBITO ASFIXIA PERINATAL • Sequelas Multiorgânicas; • Encefalopatia hipóxico-isquêmica; - Prejudica o metabolismo oxidativo; - Glicose por glicólise anaeróbica - Aumento do ácido lático e queda do pH; - Diminuição da função das bombas de íons; - Acúmulo intracelular: Na,Cl,H2O e Ca. - Acúmulo extracelular: K, aminoácidos neurotransmissores excitatórios (glutamato e aspartato) - MORTE CELULAR ASFIXIA PERINATAL • Nas primeiras 12h: - RN comatoso, com respiração irregular; - Hipotônico, com motilidade espontânea ausente; - Reflexos arcaicos abolidos ou hipoativos (Moro, sucção); - Podem aparecer crises convulsivas ASFIXIA PERINATAL • Entre 12 e 24h: - Melhora aparente; - Crises convulsivas mais frequentes; - Tremores de hiperexcitabilidade; - Déficit motor - Pode precisar de VMI ASFIXIA PERINATAL • Entre 24 e 72h: - Piora do coma; - Apnéias e alteração da PA devido à lesão no tronco encefálico; - Abaulamento nas fontanelas devido a pressao intracraniana • Após 72h: - Regressão do quadro neurológico; - Motilidade espontânea; - Reflexos arcaicos diminuidos; - Hipotonia - A hipertonia instala-se posteriormente - Dificuldade em sugar; - Presença de infecções; • Aparelho Cardiovascular: - Isquemia miocárdica transitória, insuficiência cardíaca; - Choque cardiogênico: decorrente da isquemia, necrose e ruptura dos músculos papilares; - Pulso débeis, bulhas hipofonéticas, enchimento capilar pobre, dificuldade no acesso venoso. ASFIXIA PERINATAL • Aparelho Respiratório - Redução da síntese de surfactante; - Hemorragia pulmonar; - Hipertensão pulmonar persistente (causa óbito); - Alteração na relação V/Q devido a insuficiência cardíaca. ASFIXIA PERINATAL • Aparelho Urinário: -.Hipoperfusão e hipóxia renal - Insuficiência renal por necrose tubular aguda - Oligúria, anúria e hematúria; - Bexiga neurogênica, - Déficit de secreção do hormônio antidiurético (SIHAD) ASFIXIA PERINATAL • Gastrintestinais: - Distensão gástrica; - Resíduo gástrico bilioso ou sanguinolento; - Intolerância à alimentação; - Melena (fezes escuras, presença de sangue); - Enterorragia; ASFIXIA PERINATAL • Hematológicas: - Coagulação intravascular disseminada devido a lesão do endotélio; - Diminuição da produção dos fatores de coagulação; - Plaquetopenia; - Isquemia da medula óssea. ASFIXIA PERINATAL • Pele: - Hipoperfusão por redistribuição de fluxo; - Palidez intensa; - Enchimento capilar diminuído; - Áreas rosas, pálidas ou cianóticas ASFIXIA PERINATAL ESTUDO DIRIGIDO EXERCÍCIOS 1. Descreva a diferença do desenvolvimento motor normal e desenvolvimento atípico. 2. Quais os fatores de risco para o desenvolvimento motor atípico? 3. De acordo com a Idade Gestacional e ao Peso, como o RN é classificado? 4. Quais as principais características do desenvolvimento motor do RN pré-termo? 5. Quais as principais afecções neurológicas que envolvem o RN pré-termo? EXERCÍCIOS 1. Quais os critérios utilizados para a determinação do Apgar? O que esse índice pode indicar? 2.Quais os critérios sugestivos para o diagnóstico de asfixia perinatal? 3. Descreva as causas maternas, intraparto, fetais e neonatais para a asfixia perinatal. 4. Descreva a fisiopatologia da asfixia perinatal. 5. Relacione os acometimentos multissistêmicos da asfixia perinatal: sistema nervoso, cardiovascular, respiratório, urinário, gastrointestinais, hematológicos e tegumentar.
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