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A EDUCAÇÃO FÍSICA E A HEGEMONIA DO ESPORTE NA ESCOLA

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A EDUCAÇÃO FÍSICA E A HEGEMONIA DO ESPORTE NA ESCOLA:
	PEREIRA E Rigo (1996) relatam que o esporte é entendido como aculturações, sob formas competitivas e regulamentadas das práticas de exercício físico. Deve se destacar que o esporte dentro da escola é influenciado pelo contexto em que esta escola está inserida, trabalhando os esportes mais concretos à sua realidade escolar.
	Partindo desta idéia, os esportes dentro da escola têm certas características:
	Subjetividade: que ninguém se exercita ou joga por outra pessoa, deve ter a participação do “eu”.
	Participação: Somente com a participação ativa do indivíduo pode existir o esporte. Esporte é ação.
	Alterações Morfofuncionais e Físico Habilidosas: que com a participação ativa do indivíduo no esporte, este sofrerá mudanças consideráveis nos deus aspectos motores e morfofuncionais.
	Competição: para haver esporte, deve haver uma superação a um adversário. 
	Regulamentação: Todo esporte é honesto por princípio. Pois para sua existência deve existir regras e regulamentos que são seguidos.
	Educação: Como as outras disciplinas, matemática, história, geografia, entre outras, o esporte na educação física escolar deve ser utilizado como formador de opiniões e acréscimo intelectual.
	Recreação: Mesmo com todas as regras, o esporte deve ser utilizado como algo para dar prazer, riso, para que o aluno goste do que está fazendo.
	Com essa idéia de esporte dentro da escola, como aula de Educação Física, mostrarei um pouco de cada desporto trabalhado neste estágio:
	BASQUETEBOL:
	Greco (1998) diz que o basquetebol se originou através do estudo do professor James Naismith, que ficou encarregado de criar este jogo, onde deveria ser jogado dentro de um ambiente fechado devido ao frio. Criando assim, o basquetebol e elaborando cinco princípios fundamentais:
a bola será esférica, grossa, devendo ser jogada com as mãos;
todo jogador poderá se colocar em qualquer parte do terreno;
o jogador não poderá correr com a bola;
as duas equipes jogarão em conjunto sobre o terreno;
o alvo será elevado horizontalmente e de pequena dimensão, para que o arremesso seja feito com mais habilidade.
Os fundamentos são classificados de acordo com suas características de ataque e defesa.
Ataque:
Movimentação do Jogador, controle de bola, drible, recepção de bola, passes, cortes, arremessos, rebote ofensivo.
Defesa:
Impedir o adversário, deslocamento do jogador, posição de defesa, tomada da bola, uso do corpo.
	
VOLEIBOL: 
É jogado por duas equipes postas em lados opostos de uma quadra, separadas por uma rede (Melhen, 2004). Cada equipe dispõe de três toques para devolvê-la à quadra adversária. A bola fica em jogo até que uma das equipes coloque a bola dentro da quadra adversária, ou coloque-a para fora. O time que ganha um rally marca um ponto e o direito de sacar. E seus jogadores mudarão de posição, fazendo sempre no sentido horário.
Este desporto surgiu em 1985 em Massachusetts, nos Estados Unidos (Melhem, 2004). Inventado por um professor de Educação Física, chamado Willian G. Morgan, que, observando seus alunos mais velhos, na maioria homens de negócio, não haviam se adaptado bem a prática do recém criado basketball (1891) devido aos choques que provocavam muitas lesões e que os afastavam da prática de atividade física. Então Morgan procurou uma nova alternativa que tivesse menos contato físico, mas que o esforço físico continuasse sendo trabalhado. Inspirou-se no tênis ao colocar uma rede entre as quadras. 
Para Melhen (2004), são cinco os fundamentos do voleibol: saque, primeira jogada da partida; passe, se usa na recepção da primeira bola em manchete ou toque por cima e no levantamento da bola para o ataque; toque por cima, é usado na preparação do ataque e também na defesa; ataque, finaliza a ação ofensiva; bloqueio, é um obstáculo junto a rede.
Para o ensino do Voleibol, Crisóstomo (2003), cita um processo metodológico que é composto por cinco etapas:
Apresentação da habilidade motora: usando a motivação, o professor deverá mostrar o fundamento que será ensinado, informando qual é sua utilidade dentro do jogo e o porquê é importante executar tal movimento com perfeição. O professor deverá sempre enriquecer suas explicações, sempre que possível, podendo até usar fotografias e vídeos recentes.
Sequencia Pedagógica: Stallings (1973) diz: “a cada estágio sucessivo da habilidade motora, a nova habilidade é construída sobre as aprendizagens anteriores”. A sequencia pedagógica nada mais é do que um determinado movimento ensinado por partes progressivamente. E depois de aprendido será conectado a outro elemento e assim por diante.
Exercícios Educativos e/ou Formativos: Educativos- são exercícios que permitem a correção dos erros mais comuns. Formativo- quando os erros são em relação as capacidades motoras concorrentes para a execução perfeita do movimento.
Automatização: quando o movimento acaba deixando de ser mecânico e fica natural. Assim, o professor poderá passar para a prática da habilidade motora que está sendo ensinada. Podendo ficar certo de que o aluno não irá se concentrar no mecanismo da execução do movimento, mas sim nas situações que serão utilizados. 
Aplicação do Fundamento à Mecânica do Voleibol: o professor deve ir colocando os fundamentos dentro de uma situação de jogo, através de jogos adaptados até que chegue ao jogo em si.
FUTSAL:
O futsal originou na década de 30, onde os jogos de várzea começaram a ser adaptados às quadras de basquetes e pequenos salões.
	Foi criado na Associação Cristã de Moços (ACM) de Montevidéu, Uruguai. As suas primeiras regras surgiram do futebol, pólo aquático, basquete e handebol, feitas pelos professores Juan Carlos Ceriane da ACM, com o objetivo de colocar ordem durante a prática do futsal. (Ferreira, 1998).
O futsal é um esporte que está sempre se modernizando e alterando com frequência suas regras, atualmente é o esporte mais praticado no Brasil, pelo seu número de participantes.
	O esporte tem função extremamente importante no processo de ensino-aprendizagem, não apenas como conteúdo da Educação Física, mas como motivação para as crianças aprenderem através deste desporto. Aspectos técnico-táticos do jogo, as questões sociais tais como o individualismo, a cooperação, o espírito de grupo, o respeito, a liderança, as críticas e outros fatores que encontram na sociedade em que estão inseridos.
Voser (2000) comenta que no ensino do futsal, o movimento aprendido em outras modalidades esportivas, lúdicas ou artísticas, pode estar relacionado com o futsal, possibilitando um maior número de experiências motoras possível. E essas experiências podem ser pré-requisitos básicos na aprendizagem do futsal. 
	Segundo Mutti (2003), o futsal é um esporte de aprendizagem motora, onde sua ação pedagógica visa possibilitar ao aluno movimentação. Isso se dá através de uma grande variedade de experiências motoras fazendo com que o aluno tenha um alto grau de habilidade e eficiência nos gestos específicos do futsal, assim como no aprendizado do seu sentido e significado.
	“Na aprendizagem desportiva não basta aprender a forma da execução: é preciso aprender também as funções da sua execução (adversários, companheiros, posição, movimentação da bola, etc.) e a forma de interpretar e responder às diversas situações do jogo. A aprendizagem do futsal deve ser orientada de modo que o aluno de adapte Às ações próprias da modalidade. Muitos hábitos anteriores poderão ser verificados nos iniciantes, e a aprendizagem se ocupará de modificar suas condutas anteriores através de atividades organizadas para essa finalidade.” (MUTTI, 2003, p. 09.)
BIBLIOGRAFIA:
PEREIRA, Flávio M.; RIGO, Luiz Carlos. Educação Física, Esporte e Escola. Editora Universitária UFPEL, Pelotas, 1996.
GRECO, Pablo Juan. Iniciação Esportiva Universal - 2. Metodologia da iniciação esportiva na escola e no clube. Editora UFMG, Belo Horizonte, 1998.RODRIGUES, Marta Bergallo; HAGEMANN, Marilusi. Criança cresce brincando. Porto Alegre: Magister, 1991.
BARBOSA, Cláudio L. de Alvarenga. Educação Física Escolar- da alienação à libertação. Vozes, 4ª edição. Rio de Janeiro, 1997.
GONÇALVES, Maria Cristina; PINTO, Roberto Costacurta Alves; TEUBE, Silvia Pessoa. Aprendendo a Educação Física da Pré-Escola até a 8ª série. Editora Bolsa. Curitiba, 1998.
MELHEN, Alfredo. Brincando e Aprendendo Voleibol. Sprint. Rio de Janeiro, 2004.
CRISÓSTOMO, João. Ensinando Voleibol. Phorte Editora. São Paulo,2003.
VOSER, Rogério da Cunha, O futsal e a escola: uma perspectiva pedagógica, Rogério da Cunha e João Gilberto Giusti, Porto Alegre, Ed. Artmed, 2002.

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