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Clique para editar o estilo do título mestre Clique para editar o estilo do subtítulo mestre * * * Semiotécnica do Abdome Curso de Enfermagem Prof. Elaine Aparecida Soi * * * O abdome é uma grande cavidade oval que se estende do diafragma até a borda da pelve. Os limites posteriores são a coluna vertebral e a musculatura pararavertebral. Enquanto lateralmente e á frente, seriam a região inferior da caixa torácica e a musculatura abdominal.Quatro camadas de músculos achatados e grandes constituem a parede abdominal ventral. * * * * * * DIVISÃO TOPOGRÁFICA O abdome é em geral dividido em 4 quadrantes por linhas imaginárias que cruzam o umbigo: quadrante superior direito, inferior direito, superior esquerdo e inferior esquerdo. * * * Quadrantes SD-SE-ID-IE * * * Andar superior - Andar inferior * * * Hemiabdomen D e Hemiabdomen E * * * DIVISÃO TOPOGRÁFICA 1- Hipocôndrio direito 2- Epigástrica 3- Hipocôndrio esquerdo 4- Flanco direito 5- Mesogastrica ou umbilical 6- Flanco esquerdo 7- Fossa ilíaca direita 8- Hipógastrica ou suprapúbica 9- Fossa ilíaca esquerda * * * Quadrante Superior Direito a - quadrante superior direito - Parte do intestino grosso - Parte direita do fígado - Antro gástrico (parte distal do estômago) - Vesícula biliar - Rim e Supra-renal direito - Duodeno - Parte do pâncreas * * * Quadrante Inferior Direito - Apêndice - Ovário direito - Tuba uterina direita - Parte do intestino grosso - Ureter direito * * * Quadrante Superior Esquerdo - Rim e supra-renal esquerdo - Baço - Parte do pâncreas - Parte esquerda do fígado - Estômago (maior parte) - Parte do intestino grosso * * * Quadrante Inferior Esquerdo -Tuba uterina esquerda - Ovário esquerdo - Parte do intestino grosso - Ureter esquerdo * * * Tipos de respiração Torácica Tóraco – Abdominal: homens Abdominal * * * Termos técnicos para levantamento de dados durante a entrevista Abdome: anorexia, emagrecimento, dor, polifagia, dispepsia, disfagia, soluço, odinofagia, Estômago: náuseas, vômitos, regurgitação, halitose, pirose, eructação, gastrite, úlcera, hematêmese, gastralgia. Fígado: icterícia, intolerância a alimentos gordurosos. Intestinos: constipação, diarréia, meteorismo, tenesmo, enterorragia, melena, flatulência. Ânus: hemorróida, fissura, fístula. * * * Como Realizar a Anamnese Hábito alimentar – número de refeições, tipo, preferências e aversões alimentares, intolerância, restrições, anorexia ou outras alterações no apetite, ingestão habitual de líquidos ao dia. Alteração de peso – ganhou ou perdeu peso. Sialorreia- freqüência e fatores desencadeantes. Soluço – inicío e evolução. Disfagia – inicio e evolução do sintoma, consistência dos alimentos que consegue deglutir. Pirose ou azia – sensação de queimação que pode irradiar para o abdome superior e pescoço. * * * Anamnese Náuseas- intensidade, freqüência, fatores desencadeantes e período do dia que acontece. Vômitos – freqüência, quantidade, características, presença de sangue. Eructação – regurgitação de ar. Freqüência e fatores desencadeantes. Dispepsia – sensação de plenitude gástrica, indigestão. Hábito intestinal – freqüência, consistência e características. Dor – continua ou intermitente, superficial ou profunda, intensidade, características( aguda, em pontada, cólica, queimação. * * * TÉCNICAS SEMIOLÓGICAS O exame do abdome demanda uma mudança no processo ordenada habitual de inspeção, palpação, percussão e ausculta. A percussão e a palpação alteram a freqüência da peristalse, e por esse motivo são feitas depois. * * * TÉCNICAS SEMIOLÓGICAS Sequência do exame físico abdômen INSPEÇÃO: ESTÁTICA DINÂMICA AUSCULTA PERCUSSÃO PALPAÇÃO * * * Abordagem Geral As condições essenciais para um bom exame abdominal incluem: Boa iluminação; Um paciente relaxado; Exposição plena do abdome desde acima do apêndice xifóide até a sínfise pubiana. Examinador colocar-se primeiro lateralmente a direita após a esquerda. * * * Para facilitar o relaxamento: O paciente não deve ter a bexiga cheia; deixar o paciente confortável em decúbito dorsal, com um travesseiro para a cabeça. E, talvez, outro debaixo do joelho; O paciente terá que manter os braços do lado do corpo ou cruzados sobre o tórax; As mãos e o estetoscópio devem estar mornos e as unhas curtas; * * * Para facilitar o relaxamento: Pedir ao paciente que aponte para qualquer área de dor e examinar por último as áreas sensíveis; Aproximar-se lentamente e evitar movimentos rápidos inesperados; Distrair o paciente, se necessário com conversação ou perguntas; Se o paciente estiver muito assustado, ou sentir muitas cócegas, começar a palpação com a mão do paciente por debaixo das suas; Monitorar seu exame, observando a face do paciente. * * * INSPEÇÃO-FORMA / VOLUME NORMAL: DE ACORDO COM BIÓTIPO PATOLÓGICO:SIMÉTRICOS OU ASSIMÉTRICOS * * * inspeção Inspeção Simetria; forma, movimentos anormais, abaulamentos, massas Pele; cor; hidratação; Estrias; Cicatrizes; manchas; verrucosidade, pelos, flacidez. Pulsações; Movimentos; Postura Cicatriz umbilical- posição, forma, coloração, profundidade, sujidade, secreção, abaulamento. * * * 1 - INSPEÇÃO A pele – incluindo: cor, hidratação, cicatrizes, estrias, veias dilatadas, erupções, cicatriz umbilical (sujidade e posição), sinais flogísticos, abaulamentos (hérnias: inguinais, femurais). Nos casos de ascite, com a utilização da fita métrica, mensurar a circunferência abdominal. * * * Ascite * * * Tipos de abdome Plano ou achatado Semi-globoso * * * Globoso Escafóide/Escavado * * * Hepatomegalia Globoso * * * Escavado Aumento vesicula * * * Hernia * * * Cicatrizes * * * Abdome O abdome deve ser plano, e sua rede venosa superficial normalmente não é visualizada, a pulsação mediana supra-umbilical da aorta abdominal é somente observada em indivíduos magros. À esquerda da linha média (região epigástrica). A cicatriz umbilical apresenta-se mediana; simétrica, com depressão circular. Observar órgãos aumentados, massas. Perístalse – nos pacientes com obstrução intestinal, e ocasionalmente indivíduos magros, pode-se ver ondas peristálticas ativas cruzando o abdome. * * * Ausculta A avaliação do ruídos intestinais que ocorrem em conseqüência dos movimentos peristálticos e do deslocamento de ar e líquidos ao longo do intestino.( Chamado de ruídos hidroaéreos). Inicia-se pelo QID, os ruídos devem ser descritos quanto a a freqüência e a intensidade. Os sons gargarejos ou borbulhar – 5 a 35 por minutos, Intensidade descreve – hipoativos ou hiperativos. A passagem rápida das fezes líquidas através da válvula ileocecal para o ceco é nitidamente audível no quadrante inferior direito. . * * * Ausculta A ausculta abdominal pode revelar sopros (ruídos vasculares semelhantes aos sopros cardíacos) situados sobre a aorta ou outras artérias do abdome ao qual sugerem doença vascular oclusiva. * * * 2 - AUSCULTA * * * Ausculta QID * * * A ausência de peristalse acompanha a irritação ou a inflamação peritoneais que pode ser um indicativo de íleo paralítico. No outro extremo estão os sons intestinais agudos, “metabólicos” da obstrução gastrintestinal. Quando obstruído o intestino se enche de ar e o movimento peristáltico produz um som agudo. Tanto a peritonite (íleo) como a obstrução intestinal está associada à ausência de defecação ou eliminação de gás. * * * Percussão Direta ou Indireta auxilia na determinação do tamanho e localização de vísceras sólidas e na avaliação de presença ou não de gases, líquidos e massas. Indireta – coloca-se a mão não dominante estendida sobre o abdome e com o dedo médio da mão dominante flexionado é usado como se fosse um martelo, inicia-se no QID. - tipos de sons – timpânicos, hipertimpânicos, Maciço ou submaciços. * * * 3 – PERCUSSÃO * * * PERCUSSÃO Percutir o abdome levemente em todos os quadro quadrantes, para avaliar a distribuição do timpanismo e da macicez e delinear especificamente o tamanho dos órgãos abdominais, tais como o fígado, baço e bexiga. * * * Faz-se uma estimativa do tamanho do fígado percutindo-se para cima desde o timpanismo do quadrante superior direito até se encontrar macicez. No lado direito, encontra-se a macicez do fígado e, à esquerda, o timpanismo. * * * PERCUSSÃO Embora o baço fique localizado na curva do diafragma atrás da linha hemiaxilar, ele geralmente não pode ser palpado nem percutido. Em alguns casos, quando o baço está moderadamente aumentado de tamanho, ele pode ser percutido embora não palpado. * * * PERCUSSÃO Pode-se identificar uma bexiga distendida pela percussão no hipogástrio. Som normal – timpânico (mais agudo); Som anormal – hipertimpanismo. * * * Palpação Tipos de palpação – superficial e profunda – determinam o tamanho, forma, posição e sensibilidade dos órgãos, massa e acúmulo de fluídos. Palpar os 04 quadrantes no sentido horário. Palpação superficial: - tônus muscular, massas, áreas de sensibilidade dolorosa e resistência da parede abdominal * * * 4 - PALPAÇÃO Palpação Superficial Palpação Profunda * * * PALPAÇÃO Palpação profunda- verifica-se: tamanho, forma, consistência, localização, sensibilidade, mobilidade e pulsações de órgãos ou massas. Considerados normais: abdome liso, consistência macia, não tenso e sem órgãos aumentados ou massas. * * * Técnica Bimanual A técnica bimanual para a palpação profunda é a mais escolhida, nessa técnica, uma das mãos é colocada sobre a outra, e enquanto a mão superior faz pressão, a mão inferior avalia a cavidade abdominal à procura de órgãos e massas. * * * PALPAÇÃO Caso se identifique uma massa, anota-se seu tamanho, formato, localização, mobilidade e consistência, bem como a presença de dor. Baço – quadrante superior esquerdo Fígado – quadrante superior direito; Rim – palpação renal * * * PALPAÇÃO Com a mão esquerda, segure o paciente, de modo a apoiar e comprimir para frente à região inferior da caixa torácica e os tecidos moles adjacentes. Com a mão direita por baixo do rebordo costal esquerdo, faça pressão para dentro, na direção do baço. Inicie a palpação em uma altura suficientemente baixa para permitir a detecção de um possível aumento do baço. * * * Palpação Baço. * * * Palpação Baço. Repita a manobra com o paciente em decúbito lateral direito e as pernas ligeiramente fletidas na altura dos quadris e dos joelhos. Nessa posição, a gravidade pode provocar uma movimentação do baço para frente e para a direita, passando na ocupar uma localização palpável. * * * Palpação do Fígado Coloque a sua mão esquerda por debaixo do paciente, paralela a 11ª e à 12ª costelas, de modo a sustentá-las bem como as partes moles adjacentes. Lembre o paciente que ele deve manter-se relaxado, se preciso apoiando-se sobre sua mão. Com a compressão da mão esquerda para frente, fica mais fácil palpar o fígado do paciente com a sua outra mão. * * * Palpação do Fígado * * * Palpação do Fígado A técnica da mão em garra pode ajudar, principalmente se o paciente for obeso. Fique de pé à direita, do tórax do paciente e coloque as duas mãos, lado, a lado á direito do abdome, logo abaixo da borda da macicez hepática. Faça pressão com os dedos para dentro e para cima, na direção do grande costal.Peça ao paciente que respire fundo. A borda hepática mostrada a seguir é palpada com as palpada digitais das duas mãos * * * Palpação do Rim É possível palpar o rim direito no indivíduo magro e bem relaxado. Deve-se colocar a mão esquerda sobre o flanco direito do paciente e a mão direita abaixo da reborda costal direita. Pedir ao paciente que inspire profundamente e palpar em busca da presença de uma massa. * * * Palpação do Rim As causas do aumento do rim incluem hidronefrose, cistos e tumores. O aumento bilateral sugere doença policística. A presença de hipersensibilidade pode ser detectada durante a palpação abdominal, mas deve ser pesquisada nos dois ângulos costovertebrais. Obs: dor á compressão ou á punho-percussão sugere pielonefrite, mas também pode ter uma causa musculoesquelética. * * * Rim - Sensibilidade * * * Avaliação de irritação Peritonial Pedir ao paciente que tussa e determinar onde a tosse produziu dor, palpar delicadamente com o dedo para mapear a área sensível. Em caso contrário, pesquisar a descompressão dolorosa. Comprimir os dedos firmes e lentamente e, a seguir retirá-los com rapidez. Se a retirada causar dor, ter-se-á produzida a descompressão dolorosa. (sinal de rovsing) * * * Avaliação de irritação Peritonial- Sinal de MCBURNEY * * * Tipos de Sinais Sinal de Rosving – palpação profunda e continua do QIE, produz dor intensa no QID – sugestivo de apendicite aguda. Sinal de Murphy – dor ou sensibilidade no QID, indicam colecistite. Sinal de Jobert – linha axilar média sobre a área hepática produz sons timpânicos indica ar livre na cavidade abdominal. * * * Sinal de Piparote ou teste da onda líquida. Solicite ao paciente ou a um assistente que comprima a linha média do abdome do paciente com firmeza, usando as bordas das mãos * * * APARELHO DIGESTÓRIO Apetite Intolerância alimentar Anorexia Disfagia Pirose Plenitude pós-prandial Eructações Naúseas Emese Hematêmese Meteorismo Ritmo intestinal Diarréia Constipação Tenesmo Melena Enterorragia Esteatorréia Icterícia Prurido anal Fissuras anais
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