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Doença Arterial Coronariana - DAC

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Doença Arterial Coronariana - DAC
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O que é?
 A doença arterial coronariana é o estreitamento dos pequenos vasos sanguíneos que fornecem sangue e oxigênio ao coração. Ela também é chamada de doença cardíaca coronária.
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 A doença cardíaca coronária é geralmente causada por uma enfermidade chamada aterosclerose, que ocorre quando substâncias gordurosas formam um acúmulo de placa nas paredes das artérias. Isso causa o estreitamento das artérias.
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 À medida que as artérias coronárias se estreitam, o fluxo de sangue para o coração pode ser reduzido ou interrompido.
 
Isso pode causar dor no peito (angina estável), falta de ar, ataque cardíaco e outros sintomas, geralmente quando o indivíduo está em atividade.
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Dados Epidemiológicos
 Homens na faixa etária dos 40 anos correm mais riscos. No entanto, à medida que as mulheres envelhecem (especialmente ao entrarem na menopausa), os riscos aumentam para elas, quase se igualando aos riscos dos homens.
 Cerca de 50% dos óbitos masculinos por doença arterial coronariana (DAC) ocorrem na faixa etária abaixo de 65 anos, enquanto em outros países (Estados Unidos, Cuba e Inglaterra) essa proporção encontra-se em torno de 25%. 
 Murray; Lopez (1996) 
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Fatores de risco
 Vários fatores de risco estão associados ao curso da doença arterial coronariana (DAC), apresentando-se de forma significativa em todas as populações. Nos países desenvolvidos, no mínimo um terço de todas as doenças cardiovasculares são atribuíveis a pelo menos cinco fatores de risco: tabagismo, etilismo, pressão arterial elevada, hipercolesterolemia e obesidade. Em países em desenvolvimento com taxas de mortalidade em queda, como a China, as doenças cardiovasculares figuram na lista das dez principais causas de morte. (World Health Organization, 2005)
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 No Brasil, as taxas são de 47,8%, sendo o Rio Grande do Sul líder por mortes dessa etiologia, com taxa de 74,02%. 
 Ministério da Saúde (BR), 2005
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O atual levantamento da prevalência de fatores de risco no Rio Grande do Sul, sugere a importância que a morbidade da doença arterial coronariana deve alcançar no nosso meio, e será a partir de programas de saúde para as populações, esclarecendo e combatendo os fatores de risco, que poderemos chegar com eficiência a resultados favoráveis no combate a morbidade da doença arterial coronariana, ou seja, diminuindo a prevalência dos fatores de risco.
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O conhecimento sobre fatores de risco para DCV ou DAC provém de estudos realizados em países desenvolvidos na América do Norte e Europa Ocidental. Não é, portanto, totalmente seguro, nem perfeitamente aceitável, fazer extrapolações para a população brasileira dos resultados obtidos primariamente nesses países.
 Não só a prevalência dos fatores de risco pode diferir significativamente, como também o impacto de cada fator em uma determinada população pode ser drasticamente diferente. Adicionalmente, os fatores protetores para DAC podem ser diferentes, promovendo, assim, impactos não clinicamente similares.
 Depreende-se do exposto que qualquer política de saúde atendendo o ponto de vista individual, institucional ou governamental deve ser baseada, preferencialmente, em dados obtidos na população local.
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Políticas Públicas
 
Existe atualmente no Brasil uma grande lacuna a ser preenchida por meio de registros nacionais de doenças cardiovasculares e fatores de risco. O conhecimento detalhado das múltiplas diversidades regionais permitiria a elaboração de políticas preventivas mais consistentes, desde a simples aplicação de medidas terapêuticas de baixo custo e de âmbito universal, dirigidas aos fatores de risco mais prevalentes, até a alocação de recursos públicos para a instalação de procedimentos terapêuticos dependentes de alta tecnologia, quando forem necessários. No entanto, a informação atualmente disponível já nos permite traçar alguns objetivos com importante retorno potencial tais como identificar e tratar adequadamente os pacientes hipertensos, combater ferozmente o tabagismo e prevenir o desenvolvimento do binômio obesidade/sedentarismo ainda nas crianças em idade escolar. 
 Kaiser, 2004
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Políticas de saúde baseadas nestas evidências devem ser consolidadas e implementadas. Várias iniciativas do Ministério da Saúde foram adotadas para reduzir o impacto das doenças não-transmissíveis na população brasileira. Desde o rastreamento de diabete melito em nível nacional, implementação de campanhas sobre hipertensão arterial sistêmica, aplicação de protocolos para manejo agressivo da dislipidemia em coronariopatas, entre outros. Precisamos agora trazer estas iniciativas de modo permanente e continuado, ao invés de espasmos, e não somente para alguns por algum tempo, mas para todos o tempo todo. Devemos ser críticos e reconhecer que o que vem sendo feito não é suficiente para eliminarmos a fração de doença potencialmente previníveis.
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Se medidas de prevenção primária e secundária forem adotadas de modo mais enérgico, tudo indica que a epidemiologia das doenças cardiovasculares pode ser modificada drasticamente nos próximos 50 anos, depende de nós clínicos e gestores 
 
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Diante de tais evidências, é determinante o papel da enfermagem na estratificação e na identificação desses fatores de riscos, realizando programas de educação em saúde que sejam realmente efetivos e que visem à promoção, proteção e recuperação da saúde da população.
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 Muito já se avançou, em termos de saúde pública no país, por meio do rastreamento cada vez mais efetivo das doenças crônico-degenerativas como a HAS e o DM, padronizando-se ações no âmbito nacional. Porém, deve-se reconhecer que, apesar de todos os esforços implantados, ainda há muito a ser realizado. Se, por um lado, os índices apontam a queda de algumas morbidades, em outras esses números superam-se a cada estudo, ressaltando que as ações desempenhadas devem ser intensificadas e aprimoradas.
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A exemplo do panorama das políticas públicas, as quais foram modificadas e melhoradas com o passar dos anos, deu-se a atuação multiprofissional. Esta iniciou sua ação de forma experimental, sendo atualmente a melhor abordagem de prevenção e tratamento das doenças crônicas, especialmente no contexto das que afetam o aparelho circulatório. Neste cenário, ressalta-se o trabalho desenvolvido por enfermeiras na prevenção primária e secundária em ambulatórios de reabilitação cardíaca. Tal atividade traduz-se em benefícios aos pacientes no que tange à diminuição dos fatores de risco e à melhora da qualidade de vida. 
 Feijó et al., 2009

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