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INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA COGNITIVA E SEUS 
ANTECEDENTES FILOSÓFICOS
TEORIA E SISTEMAS PSICOLOGICOS
CURSO DE PSICOLOGIA – PROF. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
MACAÉ
Objetivos:
• Conceituar a Psicologia Cognitiva. 
• Entender como ciência Psicológica contribuiu 
para o surgimento da Psicologia Cognitiva.
• Relacionar os estudos dos Filósofos com as 
propostas da Psicologia Cognitiva.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
1.1 Distinção entre Psicologia Cognitiva, 
Cognitivismo e Ciências Cognitivas
• COGNITIVISMO:
Movimento doutrinário da Psicologia, que 
tem com principais características : 
- o conceito de regra para explicar o 
processamento cognitivo;
- construtivismo; 
- e concepção do ser humano como ser 
orientado a metas, ativo e consciente.
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• PSICOLOGIA COGNITIVA:
• Estudo de como as pessoas percebem, aprendem,
lembram-se e pensam sobre a informação.
• CIÊNCIAS COGNITIVAS:
Esforço multidisciplinar com fundamentação empírica
para responder questões acerca da aquisição,
armazenamento e utilização do conhecimento humano.
Um Psicólogo Cognitivo poderá estudar como as pessoas
percebem várias formas, porque se lembram de alguns
fatos e se esquecem de outros, ou mesmo porque
aprendem uma língua.
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CIÊNCIAS COGNITIVAS
Neurociência
Inteligência
Artificial
Linguística
Antropologia
Filosofia
da Mente
Psicologia
Cognitiva
Ciência
Cognitiva
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ALGUNS CONCEITOS FUNDAMENTAIS
• EPISTEMOLOGIA - Discurso racional
da ciência, ou teoria do
conhecimento (seguro). Se preocupa
com os métodos empregados na
investigação, sua aplicação, limites,
organização, critérios, funcionamento
e desenvolvimento.
• ONTOLOGIA – Na filosofia trata da
natureza do ser, a existência dos
entes; em ciência refere-se ao objeto
de investigação, suas características,
descrição dos conceitos, enfim, a
própria conceituação do objeto.
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• Metafísica: o que está para além
da física. O que não é passível de
ser estudado pela ciência em seu
método clássico das ciências
naturais. Objeto de estudo da
filosofia, os conceitos e tentativas
de descrever os fundamentos, as
condições, as leis, a estrutura
básica,
as causas ou princípios primeiros,
bem como o sentido e a
finalidade da realidade
ALGUNS CONCEITOS FUNDAMENTAIS
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Antecedentes do Cognitivismo
1.1. Empirismo, Racionalismo e Construtivismo.
1.2. O conceito de Epistemologia Genética de 
Jean Piaget e de uma Psicologia do 
conhecimento
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A ciência Psicológica e o surgimento 
da Psicologia Cognitiva.
• Estruturalismo - Wilhelm Wundt (1832-1920)
Edward Titchener (1867-1927)
• Funcionalismo - William James (1842-1910)
• Pragmatismo - John Dewey (1859-1952)
• Associacionismo - Hermann Ebbinghaus (1850-1909)
Edward Lee Thorndike (1874-1949)
ANTECEDENTES PSICOLÓGICOS
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Filósofos empiristas 
Aristóteles
Thomas de Aquino
Francis Bacon
David Hume
Stuart Mill
Thomas Hobbes
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Empirismo
Para os empiristas as idéias são formadas exclusiva ou 
principalmente das experiências. Eles discordam da noção de idéias 
inatas.
O empirismo é normalmente utilizado 
quando falamos no método científico 
tradicional (originado do empirismo 
filosófico), que defende que as teorias 
científicas devem ser baseadas na 
observação do mundo, e não na 
intuição ou fé.
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Foi definido explicitamente pela primeira vez
pelo filósofo inglês John Locke no século XVII:
a mente seria, originalmente, um "quadro em
branco" (tábula rasa), sobre o qual é gravado o
conhecimento, cuja base é a sensação. Ou seja,
ao nascermos não sabemos absolutamente
nada, não temos impressões, nenhum
conhecimento. Os processos de conhecer,
saber e agir são aprendidos pela experiência,
pela tentativa e erro.
O empirismo se opõe ao racionalismo.
Para os racionalistas nós nascemos com
certas idéias inatas, que "afloram" à
consciência e constituem as verdades
acerca do Universo, permitindo-nos
entender os fenômenos particulares
apresentados pelos sentidos. O
conhecimento da verdade independe dos
sentidos.
Embora o empirismo seja mais relacionado
com a teoria do conhecimento, ele
influenciou a lógica, a filosofia da
linguagem, a filosofia política, a teologia, a
ética, e a psicologia.
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O Empirismo na Antiguidade
O primeiro filósofo a priorizar o papel da experiência foi Protágoras: O homem é
a medida de todas as coisas. Essa máxima mostra que o mundo é conhecido de
forma particular e pessoal por cada indivíduo, sendo a experiência,
certamente, fator importante para esse conhecimento.
Sócrates e Platão discordam, para eles os sentidos são incapazes de apreender a
realidade como ela é verdadeiramente, eles buscaram captar os conceitos
absolutos de cada coisa.
Aristóteles retoma o empirismo, ao considerar a observação do mundo como
base para a indução; ou seja, a partir da obtenção de dados particulares,
podemos tirar conclusões (ou conhecimentos) de verdades mais absolutas
(observação empírica).
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O Empirismo na Idade Moderna
Francis Bacon (1561 – 1626) elaborou um método
de sistematização das impressões dos sentidos, e o
empirismo começa a se delimitar tal como o
conhecemos hoje.
Os empiristas anteriores recolhiam dados da
experiência, mas as informações eram "capturadas"
ao acaso, sem uma metodologia rigorosa e sem
constituir um todo coerente.
A partir das sensações, a inteligência, através da
indução, elaboraria o conhecimento científico.
Dessa maneira, se relacionaria o conhecimento
sensível, que forneceria material para a
inteligência, e a racionalidade, que manipularia e
daria sentido aos dados dos sentidos. Sua obra
mais famosa, Novum Organum, publicada em 1620.
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Thomas Hobbes, outro filósofo inglês, aplicou as idéias de Bacon ao
estudo da sociedade e da política.
John Locke é considerado o fundador do empirismo britânico, em
oposição ao racionalismo que predominava na maior parte da
Europa continental.
Em Ensaio Sobre o Entendimento Humano, Locke descreve a mente
humana como uma tábula rasa, onde as idéias são gravadas por
meio da experiência. A partir dessa análise empirista da
epistemologia, Locke diferencia dois tipos de idéias: as idéias
simples, sobre as quais não se poderia estabelecer distinções,
como a de amarelo, duro, etc., e as idéias complexas, que seriam
associações de idéias simples (por exemplo ouro — que é uma
substância dura e de cor amarelada), o que levaria à formação de
um conceito abstrato da substância material.
No séc. XVIII, George Berkeley
desenvolve as idéias de Locke, mas
não admite que os conhecimentos
obtidos pela experiência eram a
base para o conceito abstrato de
substância material. Ele afirma que
uma substância material não pode
ser conhecida em si mesma, o que
se conhece são apenas as
qualidades reveladas pela
percepção. Assim, o que existe
realmente nada mais é que um
feixe de sensações. Daí sua famosa
frase: ser é ser percebido.
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Mas para fugir do subjetivismo
individualista (pois tudo que existe
somente existiria para a mente
individual de cada observador),
Berkeley postula a existência de
uma mente cósmica, universal e
superior à mente dos indivíduos. O
mundo seria impossível de ser
conhecido verdadeiramente pelo
homem. Ao propor o empirismo
radical, Berkeley cria a corrente
conhecida como idealismo
subjetivo.
Prof. Dr. Jefferson Cabral AzevedoDavid Hume desenvolve as idéias de Berkeley,
afirmando que só podemos conhecer aquilo que
percebemos imediatamente. Ele identifica dois tipos de
conhecimento:
 matérias de fato: se relaciona com a percepção
imediata e seria a única forma verdadeira de
conhecimento.
 relação de idéias: se refere a coisas que não podem
ser percebidas, que não têm correspondência na
realidade e são pura imaginação.
Assim, os próprios conceitos abstratos da Ciência que
analisam os dados dos sentidos não seriam
verdadeiros.
Hume refuta a noção de causa e efeito, fundamental
para a ciência. O fato de um fenômeno ser sempre
seguido de outro faz com que eles se relacionem entre
si, de modo que um é encarado como causa do outro.
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A noção de causalidade seria, portanto, uma "criação" humana,
uma acumulação de hábitos desenvolvida em resposta às
sensações. Mas essas "verdades" supostamente inabaláveis, que
dão ao mundo a aparência de estabilidade, seriam ilusões. Logo,
muitas verdades científicas seriam relações de idéias que não
existiriam na realidade, e seriam impossíveis de se confirmar.
Embora muitos cientistas e filósofos considerem o empirismo de
David Hume exagerado, por negar verdades racionais obtidas a
partir da observação, seu pensamento é um alerta às pretensões
de uma ciência puramente empírica.
No século XIX, várias escolas filosóficas foram influenciadas pelo
empirismo, destacando-se principalmente as positivistas e
fenomenológicas.
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Racionalismo
Corrente filosófica que define o raciocínio como uma
operação mental, discursiva e lógica, capaz de usar uma
ou mais proposições para extrair conclusões se uma ou
outra proposição é verdadeira, falsa ou provável.
Segundo René Descartes:
"O racionalismo (...) considera a razão como essência do
real, tanto natural quanto histórico. Sustenta a primazia
da razão, da capacidade de pensar, de raciocinar, em
relação ao sentimento e à vontade, pressupondo uma
hierarquia de valores entre as faculdades psíquicas; (...)
somente a análise lógica ou a razão pode propiciar o
desenvolvimento da análise científica, do método
matemático, que passa a ser considerado como
instrumento puramente teórico e dedutivo, que
prescinde de dados empíricos.”
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O conjunto de aptidões que permitem que os indivíduos adquiram novas
informações mais rapidamente e se revelem mais eficientes no manejo e
aproveitamento adequado de conhecimentos já armazenados pelo
aprendizado anterior e empírico, são decorrentes da análise lógica que
descobre processos ou sistemas mais rapidamente pelo método lógico e
matemático.
Enquanto o empirismo leva em conta a tentativa e erro, o método lógico
e a análise crítica levam às respostas necessárias minimizando a
necessidade do experimentalismo prático. Esta visão chamada de
cartesiana alterou e acelerou as descobertas científicas. O racionalismo
dominou e domina até os dias de hoje o método científico de análise
lógica.
O racionalismo cartesiano designa-se por inatista pois considera que o
indivíduo nasce com idéias inatas que ele designa como sementes de
verdade.
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Recapitulando e Comparando: 
Racionalismo e Empirismo
1. Quanto à produção de Conhecimento Científico
O Racionalismo argumenta que a obtenção do conhecimento
científico se dá pelas idéias inatas, que seriam pensamentos
existentes no homem desde sua origem que o tornariam capazes
de intuir (deduzir) as demais coisas do mundo. Tais idéias inatas
seriam o fundamento da Ciência.
Para o Empirismo, a experiência é a base do conhecimento
científico, ou seja, adquire-se a sabedoria pela percepção do
mundo externo, ou então do exame da atividade da nossa mente,
que abstrai a realidade que nos é exterior e as modifica
internamente. (indução) o que lhe dá um caráter mais
individualista.
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2. Origem das Idéias
Para o Racionalismo podem existir 3 tipos de Idéias:
a) As do mundo exterior formadas pela captação da realidade externa por
nós mesmos internamente;
b) As inventadas pela Imaginação, fruto do processo criativo da nossa
mente;
c) As idéias inatas, aquelas que já nascem com o sujeito, dádivas Divinas,
que são a base da Razão.
Com estas idéias podemos conhecer as leis da Natureza, também Divinas.
Parte da certeza do pensamento para afirmar qualquer outra realidade.
Para o Empirismo as Idéias surgem do processo de abstração, que se inicia
com a percepção das coisas. Não há preocupação com a coisa em si, é
objetivista; não valoriza a idéia que fazemos da coisa atribuída pela Razão,
não se ocupa do modo com que as coisas chegam até nós através dos
sentidos.
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3. Relação de causa e efeito 
O Racionalismo percebe causa e efeito como
postulado pelo Mecanicismo: As relações que
o homem observa são inerentes aos objetos
em si e à Mecânica da Natureza, como
engrenagens que obedecem a uma ordem
preestabelecida.
Para o Empirismo a relação de causa e efeito
nada mais é do que resultado de nossa forma
habitual de perceber fenômenos e relacioná-
los como causa e consequência através de uma
repetição constante. Ou seja, as leis da
Natureza só seriam leis porque observaram-se
repetidamente pelos homens.
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4. Autonomia do sujeito
O Racionalismo postula a liberdade de
consciência do indivíduo e sua finalidade:
a justa apreciação dos bens. Também
afirma a existência de uma identidade
permanente da consciência individual.
O Empirismo nega a identidade
permanente, uma vez que o conteúdo da
consciência varia de um momento para
outro. Como a consciência é vista como
um conjunto de representações, ele
depende das impressões que temos das
coisas, as quais são sujeitas a variações.
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5. Concepção de Razão
O Racionalismo vê a Razão como a
capacidade de bem julgar e de
discernir o verdadeiro do falso. Ela
independe da experiência sensível.
O Empirismo não chega a se
contrapor, mas diz que a Razão é
dependente da experiência sensível,
não admitindo a dualidade entre
espírito e matéria(como no
Racionalismo), de modo que ambos
são extremidades de um mesmo
objeto.
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6. Matemática como linguagem
O Racionalismo tem seu método de
conhecimento inspirado no rigor
matemático (método dedutivo - parte do
geral para o particular, primeiro as
suposições e depois são feitas as
comprovações).
O Empirismo não aceita o método
matemático. A experiência é o ponto de
partida do conhecimento, não há
necessidade de fazer hipóteses (método
indutivo, parte do particular –
experiências - para a elaboração de
princípios gerais).
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Racionalistas x empiristas
No século XVIII,
O filósofo Alemão Immanuel Kant (1724-1804)
Francês René Descartes (1596-1650) Inglês John Locke (1632-1704)
O Método Introspectivo e Reflexivo é 
superior aos Métodos Empíricos para se 
encontrar a verdade.
Os seres humanos nascem sem qualquer
conhecimento e precisam buscá-lo por
meio da observação empírica.
- Tabula rasa (que em latim significa
"folha de papel em branco").
- A vida e a experiência "escrevem" o
conhecimento no indivíduo.
Não existiam de forma alguma ideias
inatas.
Sintetizou dialeticamente as ideias de Descartes e Locke argumentando
que tanto o Racionalismo como o Empirismo têm seu lugar e que
ambos devem trabalhar juntos na busca pela verdade.
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ESTRUTURALISMO 
Estudo das experiências sensoriais por meio da 
Introspecção
FUNCIONALISMO 
Uma alternativa ao Estruturalismo ênfase 
nos processos do pensamento
A primeira grande escola de pensamento na 
Psicologia, quebusca entender a estrutura 
(configuração dos elementos) da mente e suas 
percepções pela análise dessas percepções em 
seus componentes constitutivos.
Queriam saber quais eram os conteúdos 
elementares (estruturas) da mente humana.
Busca entender o que as pessoas fazem e 
por que o fazem. 
A chave para o entendimento da mente 
humana e dos comportamentos era o 
estudo dos processos de como e por que a 
mente funciona como funciona,
ASSOCIACIONISMO
Uma forma de pensar influente - eventos e as 
ideias podem se associar na mente propiciando 
a aprendizagem
PRAGMATISMO 
Decorrência natural do Funcionalismo
As associações podem resultar da contiguidade 
(associar informações que tendem a ocorrer 
juntas ou quase ao mesmo tempo), da 
similaridade (associar assuntos com traços ou 
propriedades semelhantes) ou do contraste 
(associar assuntos que parecem apresentar 
polaridades, como quente/frio, claro/escuro, 
dia/noite).
Acreditam que o conhecimento só pode ser 
validado por sua utilidade: o que se pode 
fazer com isto? Estão interessados não 
apenas em saber o que as pessoas fazem, 
mas também querem descobrir o que 
podemos fazer com o nosso conhecimento 
sobre o que as pessoas fazem.
Behaviorismo
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo 
Influências Anteriores
• Na segunda década do século XX, nos EUA, o funcionalismo
estava amadurecendo e o estruturalismo ainda ocupava
posição forte
• Comportamentalismo: movimento deflagrado em 1913 por
John B. Watson contra o funcionalismo e o estruturalismo:
– uma psicologia objetiva, uma ciência do comportamento que só
lidasse com atos comportamentais observáveis, passíveis de
descrição objetiva em termos de estímulo e resposta
• Os interesses de Watson lançaram luz sobre aquilo que ele
queria descartar: todos os conceitos e termos mentalistas
• Características positivistas e mecanicistas, mesmo que
comprovassem em ato o que negavam com palavras.
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A psicologia animal
• O antecedente mais direto do comportamentalismo foi 
a psicologia animal – teoria evolutiva
• Tentativas de demonstrar a existência da mente em 
organismos inferiores e a continuidade entre as mentes 
animal e humana
• Loeb – teoria do comportamento animal baseada no 
tropismo (movimento forçado involuntário): a resposta 
do animal é uma função direta de um estímulo ou 
reação a ele
• Hans – o cavalo inteligente
– Demonstrou a necessidade de uma abordagem 
experimental para o estudo do comportamento animal, 
gerando ceticismo sobre a inteligência animal – revelou no 
entanto que os animais são capazes de aprender
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Edward Lee Thorndike (1874-1949)
 CONEXIONISMO ou ASSOCIACIONISMO
 Aprender é estabelecer conexões. A mente é o sistema de conexões 
do homem.
 Situação S  resposta A  satisfação  fortalecimento S-A
 Situação S  resposta B  desconforto  enfraquecimento S-A
 O estudo do comportamento implica em decompô-lo ou reduzi-lo 
aos seus elementos mais simples: as unidades estímulo resposta.
 Partilhava com os estruturalistas um ponto de vista analítico e 
atomista. Essas unidades são os elementos do comportamento (e 
não da consciência), os blocos de construção a partir dos quais se 
compõem comportamentos mais complexos
 Tendências de resposta malsucedidas são obliteradas depois de 
algumas tentativas. Tendências de resposta que levam ao êxito 
são incorporadas nas mesmas circunstâncias. Esse tipo de 
aprendizagem tem sido chamado de aprendizagem por tentativa e 
erro.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Thorndike
• LEIS DE THORNDIKE:
 LEI DO EXERCÍCIO OU FREQUÊNCIA: Quanto mais vezes se
repetia a conexão Estímulo – Resposta, melhor era aprendido.
 LEI DO EFEITO: A conexão entre o Estímulo e a Resposta pode ser
reforçada ou enfraquecida.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Ivan Petrovich Pavlov
• Nasceu a 14 de Setembro de 1849 e morreu a 27 de Fevereiro de
1936.
• Era um fisiólogo russo que ganhou o Prémio Nobel de Fisiologia ou
Medicina de 1904, pelas suas descobertas sobre os processos
digestivos dos animais.
• Mas foram os seus estudos sobre o papel do condicionamento na
Psicologia do comportamento que o tornaram conhecido.
• Pavlov, ao estudar as secreções gástricas, descobre que sempre
que era apresentado um estímulo eram produzidas secreções, facto
que acontecia de um modo semelhante em todos os elementos de
uma espécie animal: são chamados reflexos inatos. (ex. num cão
verifica-se a produção de saliva quando é apresentado um alimento,
facto que serve para ajudar a ingestão do alimento.)
• Para além destes reflexos descobre que se podem desenvolver
reflexos aprendidos podendo assim proceder-se a uma alteração
dos comportamentos.
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Condicionamento clássico
• Associar um estímulo neutro a um estímulo que provoca 
uma reação
• Aprender - desaprender
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Experiência de Pavlov
Carne Salivação
Estimulo não condicionado Resposta não condicionada
Carne + Campainha Salivação
E. não condicionado + E. neutro Resposta não condicionada
Campainha Salivação 
E. Condicionado Resposta Condicionada
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CONDICIONAMENTO CLÁSSICO
• RNC – Resposta não condicionada. A salivação do
alimento na boca não era aprendida
• ENC – Estímulo não condicionado. O alimento na boca
dispara automaticamente o reflexo salivar do cão
• RC – Resposta condicionada. A salivação do cão em
resposta ao sinal sonoro estava condicionada à
aprendizagem da associação entre sinal sonoro e
alimento
• EC – estímulo condicionado. O estímulo sonoro
previamente irrelevante que agora dispara a salivação
condicionada
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• Aquisição
– Aprendizagem inicial da relação estímulo-resposta
– O tempo entre a apresentação do estímulo neutro e o estímulo 
não condicionado deve ser inferior a 30 segundos
• Extinção e Recuperação Espontânea
– Extinção – diminuição da resposta que ocorre quando o EC (sinal 
sonoro) não sinaliza mais um ENC (alimento) iminente
– Recuperação espontânea – o reaparecimento de um 
(enfraquecida) RC depois de uma pausa para descanso
• Generalização
– Tendência para responder a estímulos semelhantes ao EC
• Discriminação
– Habilidade aprendida para distinguir entre um estímulo 
condicionado (que prediz o ENC) e outro estímulo irrelevante.
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John Watson (1878-1958)
• Nasceu numa fazenda perto de Greenville, Carolina do 
Sul
• Sua educação elementar ocorreu numa escola de uma 
única sala
• Sua mãe era extremamente religiosa; o pai bebia 
bastante, era dado à violência tendo várias ralações 
extraconjugais.
• Possuía uma ambivalência diante do sucesso e Trabalhou 
em várias profissões antes de doutorar-se
• Tinha ataques agudos de ansiedade
• Doutorou-se em 1903. Em 1908 assume em Johns
Hopkins
• Demite-se em 1922 devido a um escândalo amoroso
• Ingressou na agência J. Walter Thompson em 1921
• Em 1936 assume outra agência e se aposenta como vice-
presidente em 1945
• Em 1957 recusa a presença numa homenagem da APA
• Falece em 1958, queimando todas suas notas e 
manuscritos
O que era ou deveria ser a psicologia
• Deveria ser a ciência do comportamento - e não o
estudo introspectivo da consciência - e um ramo
experimental puramente objetivo das ciências naturais.
• Dever-se-iam pesquisar tanto o comportamento animal
como o humano. A nova psicologia descartaria todos
os conceitos mentalistas e só usaria conceitos
comportamentais como estimulo e resposta.
• Prevere controlar o 
comportamento
Finalidade ou 
objetivos da 
psicologia
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O objeto de estudo
Itens do 
comportamento: 
movimentos 
musculares ou 
secreções 
glandulares.
Atos passíveis de 
descrição 
objetiva em 
termos de 
estímulo e 
resposta, 
formação de 
hábitos.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Watson declara explicitamente que os 
MÉTODOS a serem usados seriam:
• A observação, com e sem o uso de 
instrumentos;
• Os métodos de teste;
• O método de relato verbal;
• O método do reflexo condicionado.
Instinto Todos os aspectos do comportamento humano que 
parecem instintivos são, na realidade, respostas 
socialmente condicionadas
Aprendizagem Watson nunca desenvolveu uma teoria satisfatória da 
aprendizagem e suas concepções estavam mais 
relacionadas com Thorndike
Emoção Eram tão somente respostas corporais a estímulos 
específicos
Pensamento Assim como os outros aspectos do funcionamento 
humano, tem de ser um comportamento sensório-motor 
de alguma espécie: movimentos implícitos da fala
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
B. F. Skinner (1904-1990) 
• Graduou-se em letras, aspirava à carreira de
escritor, mas, em busca de nova direção,
entrou para o curso de pós-graduação em
psicologia.
• Seu trabalho foi elaborado a partir da lei do
efeito (Edward L. Thorndike / 1874-1949): É
provável que o comportamento
recompensado se repita.
• Desenvolveu uma "tecnologia
comportamental" que revelou princípios de
controle do comportamento.
• Esses princípios lhe possibilitaram ensinar a
pombos comportamentos não típicos desses
animais como andar sobre a figura de um 8
(oito), jogar pingue-pongue e manter o curso
de um míssil, bicando sobre um alvo na tela.
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Condicionamento Operante
• Na perspectiva do reflexo condicionado, a aprendizagem
poderia ser concebida como um processo de desenvolvimento
de reflexos condicionados que se obteriam substituindo os
estímulos não condicionados por estímulos condicionados.
• Condicionamento operante:
 Aprender é resolver um problema que tem uma solução
esperada.
• O condicionamento operante é o processo de aprendizagem
através do qual uma resposta se torna mais provável ou mais
frequente.
• A partir do condicionamento operante, a tônica é posta na
resposta e nas suas consequências, pela teoria desenvolvida
por Thorndike.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Aprendizagem
 Processo de aprendizado = mudança 
do comportamento através do 
condicionamento operante.
 Conceito-chave: condicionamento 
operante – resposta mais provável ou 
mais frequente.
 Modelagem de um novo 
comportamento pelo reforço: 
consequência de uma ação quando 
percebida por quem a pratica. 
• Reforço positivo – recompensa
• Reforço Negativo - ação que evita 
uma consequência indesejada.
• Punição - consequência 
desagradável ou nociva após 
determinada resposta.
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• Modelagem
–um procedimento no qual reforços, como
comida, orientam gradualmente as ações
dos animais em direção ao comportamento
desejado.
• Aproximações Sucessivas
– recompensar as respostas que são mais
próximas do comportamento final desejado
e ignorar todas as outras.
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Reforço
• Qualquer evento que aumente a frequência de 
uma resposta anterior. - O que é um reforço para 
uma pessoa pode não ser para outra
REFORÇO POSITIVO
• fortalece uma resposta 
ao apresentar um estí-
mulo tipicamente 
agradável depois de 
uma resposta.
REFORÇO NEGATIVO
• fortalece a resposta ao 
reduzir ou remover um 
estímulo adverso. Ao 
contrário do pen-
samento popular, o 
reforço negativo remove 
o evento adverso.)
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REFORÇO PRIMÁRIO
E REFORÇO CONDICIONADO
Primário
• obter alimento 
quando faminto ou 
ser liberado de 
choque elétrico - é 
uma satisfação inata.
Condicionado
• também 
denominado reforço 
secundário, é 
aprendido. Ele 
obtém seu poder 
pela associação com 
o reforço primário
• Reforço contínuo
– A resposta desejada é reforçada toda vez que ela 
ocorre. Sob tais condições, a aprendizagem ocorre 
rapidamente
• Reforço parcial – intermitente
– Nos quais as respostas às vezes são reforçadas, às 
vezes não. A aprendizagem inicial é tipicamente mais 
lenta com o reforço intermitente, o que toma o 
reforço contínuo preferível até que um 
comportamento seja conquistado
– Produz maior persistência - maior resistência contra a 
extinção - do que a adquirida com o reforço contínuo
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
• Aquisição
– É o fortalecimento, de uma resposta reforçada.
• A extinção
– Ocorre quando a resposta não é mais 
reforçada.
• A generalização e a discriminação
– Ocorrem à medida que os organismos 
respondem a vários estímulos e experienciam
as consequências
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
PUNIÇÃO
• Seu efeito é oposto ao do reforço.
• O reforço aumenta um comportamento; a punição o
diminui.
• Um evento punitivo é qualquer fato que diminui a
frequência de um comportamento precedente, em
geral provocando uma consequência indesejável ou
retirando uma desejável
• O comportamento punido não é esquecido; ele é
suprimido.
• A punição física pode aumentar a agressividade ao
demonstrar que a agressão é um meio de enfrentar os
problemas
• A punição pode criar medo; a pessoa que recebe a
punição pode associai 'o medo‘ não só ao compor-
tamento indesejável mas também à pessoa que
administra a punição ou à situação na qual ela ocorreu
• A punição diz a você o que não fazer; o reforço diz a
você o que fazer
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GESTALT
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
• GESTALT
– Termo alemão de difícil tradução. O termo próximo 
em português seria forma ou configuração.
• Não confundir Psicologia da Gestalt com 
Gestalt-terapia
– A Gestalt-terapia é uma escola humanista de 
psicoterapia que surge posterior à Psicologia da 
Gestalt, sob sua influência, mas também e 
principalmente de diversas outras linhas de 
pensamento
A Palavra Gestalt
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Representantes
• Max Wertheimer (1880-1943)
• Wolfgang Köhler (1887-1967)
• Kurt Koffka (1886-1941)
• Kurt Lewin (1890-1947) 
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Max Wertheimer (1880-1943)
• O fenômeno Phi como um exemplo de nativismo na
percepção (1912)
• Ilusão perceptiva em que duas luzes estáticas, mas
intermitentes, parecem ser uma única luz que se
movimenta de um lugar para outro
• Sujeitos dessa pesquisa: K. Koffka e W. Köhler
“Há todos, cujo comportamento não é determinado por aquele dos
seus elementos individuais, mas onde os processos parciais são eles
mesmos determinados pelo valor intrínseco do todo. O objetivo da
teoria da Gestalt é determinar a natureza desses todos.”
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Wolfgang Köhler (1887-1967)
• Mentality of Apes (Inteligência dos antropóides -
1925)
• Aprendizagem por “insight”: Percepção de relações
que levam a uma solução de um determinado
problema de forma súbita ou repentina
• Animais podem desenvolver uma representação
interna da estrutura do problema (Aprendizagem
gradual por repetição)
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Kurt Koffka (1886-1941)
• Princípios de Psicologia da Gestalt (1935)
• Interesses empíricos: percepção de movimento e de ritmo
Assume-se que uma linha de 2 cm parece mais longa
que uma linha de 1 cm porque ela é mais longa. A
despeito da veracidade da percepção, o pesquisador
deve sempre perguntar “por que as coisas se parecem
como tais?"
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A Escola da Gestalt
• Objetivos– Determinar os princípios que
determinam e organizam a nossa
percepção, ou seja o modo como
estruturamos a realidade
• Objeto
– Na visão dos gestaltistas, o
comportamento deve ser estudado
em seus aspectos mais globais,
levando em consideração as
condições que alteram a percepção
do estímulo.
• Temas
– Percepção, aprendizagem
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OS PRINCÍPIOS GESTALTISTAS
DA ORGANIZAÇÃO DA PERCEPÇÃO
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Princípios Gestaltistas
• Os gestaltistas iniciaram seus estudos pela
percepção e sensação do movimento.
• Estavam preocupados em compreender os
processos psicológicos envolvidos na ilusão
de ótica,
quando o estímulo físico é percebido pelo
sujeito como uma forma diferente da que
ele tem na realidade.
• O todo é diferente da soma das partes e,
além disso, os processos parciais são
determinados pela natureza intrínseca do
todo (ex: sistema solar)
• A forma (fraca ou forte), se impõe sobre as
partes
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Sensação e Percepção
Sensação: se refere ao
reconhecimento dos estímulos
presentes num ambiente, feito
pelo aparato sensorial humano
(órgãos dos sentidos).
Percepção: diz respeito ao
processo de organização das
informações obtidas por meio
da sensação.
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Vemos três colunas e não três linhas na figura.
Proximidade
• Partes que estão próximas no tempo ou no
espaço parecem formar uma unidade e
tendem a ser percebidas juntas
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Continuidade
• Há uma tendência da nossa percepção de
seguir uma direção, de vincular os elementos
de uma maneira que os faça parecer contínuos
ou fluindo numa direção particular
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Vemos três linhas e não quatro colunas.
Semelhança
• Partes semelhantes tendem a ser vistas juntas
como se formassem um grupo
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Vemos um triângulo e não quatro traços.
Fechamento / Complementação
• Ocorre uma tendência de completar os
elementos faltantes da figura para garantir
sua compreensão.
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De aorcdo com uma peqsiusa de uma
uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em
qaul odrem as lteras de uma plravaa
etãso, a úncia csioa iprotmatne é que
a piremria e útmlia lteras etejasm no
lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma
bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe
ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós
não lmeos cdaa ltera isladoa, mas a
plravaa cmoo um tdoo.
Fechamento / Complementação
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• Tendemos a ver uma figura tão boa quanto possível sob as
condições de estímulo.
• A percepção do estímulo é mediatizada pela forma como
interpretamos o conteúdo percebido.
• Se nos elementos percebidos não há equilíbrio, simetria,
estabilidade, não alcançaremos a boa forma.
• No processo perceptivo, tendemos a emprestar a melhor
forma possível ao conteúdo percebido.
Boa forma ou pregnância
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Relação figura-fundo
Tendemos a organizar percepções no 
objeto observado (a figura) e o 
segundo plano contra o qual ela se 
destaca. A figura parece ser mais 
substancial e destacar-se do fundo.
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KURT LEWIN 
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo 
Teoria de Campo 
Introdução
 Kurt Lewin (1890-1947) trabalhou
durante dez anos com Wertheimer,
Koffka e Kohler na universidade de
Berlim, dessa colaboração com os
pioneiros da Gestalt nasceu sua
Teoria de campo. Entretanto não
podemos considerar Lewin como um
gestaltista, já que ele acaba seguindo
um outro rumo. Lewin parte da teoria
da Gestalt para construir um
conhecimento novo e genuíno.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
• O principal conceito de Lewin é o do
espaço vital, que ele define como
sendo a totalidade dos fatos que
determina o comportamento do
indivíduo num certo momento. Kurt
Lewin modificou profundamente o
curso da Psicologia e pode ser apontado
como um dos maiores psicólogos
contemporâneos. Sua importância não
é meramente histórica. O estudo de sua
obra nos oferece um excelente meio de
romper com a resistência oferecida pela
psicologia em aceitar uma abordagem
estruturalista de seus problemas.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Teoria de Campo Lewin 
 Para Kurt Lewin "O comportamento é produto de um campo de
determinantes interdependentes (conhecidos como "espaço de vida" ou "
campo social" ). As características estruturais desse campo são
representadas por conceitos extraídos da topologia e da teoria de
conjuntos e as características dinâmicas são representadas através de
conceitos de forças psicológicas e sociais"
 A teoria de campo que se baseia em duas suposições fundamentais:
O comportamento é derivado da totalidade de fatos coexistentes ao seu
redor; Esses fatos tem um caráter de um campo dinâmico, no qual cada
parte do campo depende de uma inter-relação com as demais outras
partes.
 O comportamento humano não depende somente do passado ou do
futuro, mas do campo dinâmico atual e presente. Esse campo dinâmico é
o "espaço de vida que contém a pessoa e seu ambiente psicológico".
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Teoria do Campo
Mundo não Psicológico
Fatores físicos e sociais
Necessidades
Vetor
Força Motriz
Espaço de Vital
Barreira
Vetor de restrição
Objetivos
Ambiente Psicológico
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Contribuições
• Espaço vital
– articulação entre os partes
que compõem uma única
realidade – a pessoa e o meio
fenomênico (físico, social e
conceitual).
• Ênfase nos vetores entre os
elementos – topologia das
relações.
• O comportamento do
sujeito é influenciado pelo
instante (meio) e pela
situação de vida (histórico).
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Campo psicológico
• É um campo de força que nos leva a
procurar a boa-forma. Tem uma tendência
que garante a busca da melhor forma
possível em situações que não estão muito
estruturadas.
Princípios
Proximidade
Semelhança
Fechamento
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• Meio
– É o conjunto de estímulos
determinantes do comportamento.
• Meio Geográfico
– É o meio físico em termos
objetivos.
• Meio comportamental
– É o meio resultante da interação do
indivíduo com o meio físico e
implica a interpretação desse meio
através da percepção. Trata-se de
uma realidade subjetiva, particular,
criada pela nossa mente.
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 A teoria de campo é um"método
de análise das relações causais e
de elaboração dos construtos
científicos. Está intimamente
ligada à teoria da Gestalt, sobre
tudo no que se refere à
interdependência das diferentes
relações causais entre o parcial e
o global na experiência do
comportamento.
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 Entre os conceitos de base da teoria de campo figuram:
 espaço de vida: todos os fatos que existem para o indivíduo ou grupo
num dado momento;
 a tensão a energia, a necessidade, a valência e o vetor, que
constituem conceitos dinâmicos essenciais para analisar o
comportamento;
 processos como a percepção, a ação e a recordação, meios pelos
quais as tensões de um sistema se igualam;
 a aprendizagem que provoca mudanças várias, por exemplo da
motivação (adquirir novos gostos ou aversões), ou a mudança do
grau de pertença ao grupo, por exemplo assimilar uma nova cultura
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Lewin propõe a seguinte equação para explicar o 
comportamento humano: C = f (P,M)
 Onde: ( C) é função ( F) ou resultado da
interação entre a pessoa ( P) e o meio
ambiente ( M) que a rodeia.
 Ambiente Psicológico: (ou ambiente
comportamental) é tal como é
percebido e interpretadopela pessoa. Ë
relacionado com as atuais necessidades
do indivíduo. Alguns objetos, pessoas
ou situações, podem adquirir valência
no ambiente psicológico, determinando
um campo dinâmico de forcas
psicológicas.
 Os objetos , pessoas ou situações adquirem para o indivíduo uma valência
positiva (quando podem ou prometem satisfazer necessidades presentes do
indivíduo) ou valência negativa (quando podem ou prometem ocasionar algum
prejuízo) Os objetos, pessoas ou situações de valência positiva atraem o
indivíduo e os de valência negativa o repelem. A atração é a força ou vetor
dirigido para o objeto, pessoa ou situação; a repulsa é a força ou vetor que o
leva a se afastar do objeto, pessoa ou situação, tentando escapar.
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• Um vetor tende sempre a produzir movimento em uma certa direção. Quando
dois ou mais vetores atuam sobre uma mesma pessoa ao mesmo tempo, a
locomoção é um espécie de resultante de forças. Algumas vezes, a locomoção
p[produzida pelos vetores pode ser impedida ou completamente bloqueada
por uma barreira, que é algum impedimento ou de fuga ou repulsa em relação
a um objeto, pessoa ou situação. A barreira não têm valência por si mesma e
não exerce nenhuma força, ela oferece resistência sempre que alguma força é
exercida sobre ela. Quando a barreira é rígida, ela exige do indivíduo tentativas
de exploração de ultrapassá-la e, quando inultrapassável, adquire valência
negativa.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
• Para Lewin, toda a necessidade cria um
estado de tensão no indivíduo, uma
predisposição à ação sem nenhuma
direção específica. Lewin utilizou uma
combinação de análise topológica (mapear
o espaço vital) e vetorial ( para indicar a
força dos motivos no comportamento) e
desenvolveu uma série de experimentos
sobre a motivação, satisfação e a
frustração, os efeitos da liderança
autocrática e democrática em grupos de
trabalho, etc.
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Linguagem
• Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo 
Estrutura da linguagem
aptidão cognitiva humana mais 
significativa
responsável pelo avanço da civilização 
humana
permite o registro e a transmissão do 
conhecimento entre gerações
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Campo de linguística
busca a caracterização da natureza 
da linguagem
produtividade – infinidade de expressões em 
qualquer linguagem
regularidade – as expressões são 
sistematizadas de muitas maneiras
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Gramática – conjunto de regras
sintaxe – ordem e inflexão das palavras
As meninas bateu nos meninos
semântica – significado das sentenças
Ideias verdes coloridas dormem furiosamente
fonologia – estrutura sonora das 
sentenças
O nome é Walter ou Ualter?
(produtividade e regularidade)
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Teorias sobre a aquisição da língua
• Noam Chomsky - Linguista
 o ritmo que a crianças
aprendem gramática e
palavras sem serem
ensinadas é extraordinário
demais para ser explicado
apenas pelos princípios da
aprendizagem
• Teoria do dispositivo de
aquisição de linguagem
(LDA)
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Teorias sobre a aquisição da língua
Noam Chomsky
• As pessoas nascem com um
equipamento mental (LDA) que lhes
possibilita descobrir as regras para
aglutinar sentenças aceitáveis.
• A língua simplesmente “acontece” à
criança.
• Os 5000 idiomas humanos são dialetos
da “gramática universal” para o qual
nosso cérebro foi preparado
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
NOAM CHOMSKY
competência linguística – conhecimento abstrato de 
uma língua por uma pessoa
desempenho linguístico – aplicação desse 
conhecimento na fala 
ou audição
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Ainda sobre a LDA
• Há muitas observações corroborativas:
–As fases na aquisição da língua sugere um
mecanismo universal;
–A sensibilidade extremamente precoce do
bebê para a língua indica que nascemos com
capacidades especiais;
– Surgimento de capacidades linguísticas
básicas em bebês deficientes;
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Noam Chomsky
• A gramática constitui um sistema
de regras que interagem
continuamente para gerar um
número indefinido de estruturas
linguísticas.
• Toda gramática é formada por três
componentes básicos: o sintático,
o fonológico e o semântico.
• Toda sentença gramatical tem uma
estrutura superficial e uma
estrutura profunda.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
JEAN PIAGET (1896- 1980)
Princípios que fundamentam sua
teoria:
• O desenvolvimento tem base
genética, caráter universal e é
independente da
aprendizagem.
• Interacionismo – conhecimento
resulta de trocas realizadas
pelo sujeito com o meio ou
com os objetos de
conhecimento (idéias,
sentimentos, valores, crenças).
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
TEORIA DA APRENDIZAGEM PIAGETIANA
CONCEITOS BÁSICOS
• Para se compreender o
processo de aprendizagem, é
necessário evidenciar a
configuração dos sistemas
que integram os processos de
como o individuo se
desenvolve, adquire novos
conhecimentos e a
importância da interação
entre o sujeito e o objeto.
Para tanto, é necessário
conhecer com clareza o que
significa os seguintes
conceitos:
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
ORGANIZAÇÃO
• Não pode haver adaptação (assimilação e acomodação)
proveniente de uma fonte desorganizada, pois a adaptação tem
como base uma organização inicial expressa no esquema (ponto
de partida para a ação do indivíduo sobre os objetos do
conhecimento). O pensamento (interiorização da ação) se
organiza mediante a constituição de esquemas que formam
através do processo de adaptação. A adaptação e organização
são os processos indissolúveis do pensamento.
96
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
ASSIMILAÇÃO 
A assimilação é o processo
cognitivo pelo qual uma
pessoa classifica um novo
dado perceptual, motor ou
conceitual às estruturas
cognitivas prévias
(WADSWORTH, 1996). Ou
seja, quando a criança tem
novas experiências (vendo
coisas novas, ou ouvindo
coisas novas) ela tenta
adaptar esses novos estímulos
às estruturas cognitivas que já
possui.
ACOMODAÇÃO
• A acomodação pode ser de duas formas,
visto que se pode ter duas alternativas:
Criar um novo esquema no qual se possa
encaixar o novo estímulo, ou
• Modificar um já existente de modo que
o estímulo possa ser incluído nele.
• Após ter havido a acomodação, a criança
tenta novamente encaixar o estímulo no
esquema e aí ocorre a assimilação.
Por isso, a acomodação não é
determinada pelo objeto e sim pela
atividade do sujeito sobre este, para
tentar assimilá-lo.
O balanço entre assimilação e
acomodação é chamado de adaptação
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
A TEORIA DE BANDURA
• Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo 
• Albert Bandura (1925….
A TEORIA DE BANDURA
• Na teoria da aprendizagem
social de Bandura, o indivíduo
é visto como autorregulado,
proativo e reflexivo.
• Seu pensamento e sua ação
são visto como produtos da
relação dinâmica entre
características pessoais e
ambientais.
• Para Bandura, a psicologia
deve estudar a maneira como
as pessoas, ao olharem para o
conteúdo de suas mente, tiram
significados das mesmas,
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
• Embutida na visão de
Bandura está a ideia de
que o indivíduo possui
certas capacidades, como
simbolizar e planejar
ações futuras, que lhe
proporcionam estratégias
cognitivas importantes
que serão utilizadas em
suas experiências.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
• Entre estas capacidades
estão as expectativas de
auto-eficácia, que seriam
um conjunto de crenças
que o indivíduo utiliza
rotineiramente para fazer
julgamentos acerca da sua
capacidade de ter um
desempenho adequado a
cada situação, ou seja,todos nós, antes e
enquanto estamos tendo
um desempenho, julgamos
se seremos capazes ou não
de iniciar e manter
adequadamente o mesmo.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
• As expectativas de auto-
eficácia determinam a
motivação para iniciar um
desempenho, os estados
afetivos e a persistência para
continuar o desempenho em
face dos obstáculos que
podem surgir. Isto explica o
porquê, apesar do indivíduo
apresentar habilidades em
determinadas situações, ele
não consegue ter um bom
desempenho, pois ele tem
expectativas de auto-eficácia
negativas ou reduzidas.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
• Deve-se, porém, distinguir expectativas de auto-
eficácia de: expectativas acerca das consequências
futuras (o que eu acredito que acontecerá caso eu
tenha um determinado comportamento); e
expectativas de desempenho (crenças acerca do
desempenho em si).
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Aprendizagem Social
• Teoria da Aprendizagem Sócio-Cognitiva : Estudo dos
processos de pensamento subjacentes à aprendizagem uma
vez que esta envolve pensamento, memória e
processamento de informação.
• A teoria da aprendizagem enfatiza a capacidade de aprender
através da observação de um modelo, ou ainda, receber
instruções sem experiência direta do sujeito.
• Aprendizagem latente: o novo comportamento é aprendido mas
só é executado quando é apresentado o reforço.
• Os indivíduos possuem mapas cognitivos - representação
mental de localizações espaciais e direccionais
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Aprendizagem por observação
(aprendizagem social, modelação ou imitação)
Pode-se entende a aprendizagem por observação quando o
comportamento muda de modo relativamente permanente como
resultado da observação dos atos de outro sujeito.
Não há aprendizagem:
 Quando a mudança de comportamento não é duradoura.
 No caso dos padrões fixos de atuação pois estes não são
aprendidos, embora os contextos em que são utilizados o
possam ser.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
PADRÕES FIXOS DE ATUAÇÂO
São comuns a todos os
membros da mesma
espécie;
São executados quase
sempre da mesma maneira;
Quando iniciados são
completados e tendem a
resistir à mudança;
Não exigem treino
específico e normalmente
resultam de um
determinado estímulo
ambiental.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Fases do Processo de aprendizagem 
por observação
AQUISIÇÃO: Observa um modelo de 
comportamento e reconhece o que 
o caracteriza.
Prestar atenção e percepcionar 
as características mais 
importantes do modelo;
RETENÇÃO: Retém na memória as 
respostas modelo.
Recordar o comportamento;
DESEMPENHO: Se o comportamento do 
modelo for aceite como próprio e tiver 
consequências positivas é susceptível de 
conduzir à sua reprodução.
Reproduzir o comportamento;
CONSEQUÊNCIAS: A consequência do 
comportamento irá enfraquecer (ou 
aumentar) a frequência com que ocorre.
Estar motivado para aprender e 
reproduzir o comportamento.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Dificuldades na Avaliação 
da Aprendizagem através da Avaliação do Desempenho
a) Muita da aprendizagem é latente, logo não leva a reações que 
possa ser observadas, não sendo possível efetuar a medição do 
desempenho.
b) Nem toda a aprendizagem se traduz em desempenho (e.g. 
raciocínio lógico).
c) Nem sempre o desempenho reflete com precisão a 
aprendizagem pois depende de muitos outros factores 
(e.g. cansaço, motivação, etc.)
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Teoria dos Constructos 
Pessoais de George Kelly
George Kelly 
“É o futuro que atormenta o homem, 
não o passado. Ele sempre busca o 
futuro através da janela do presente” 
(Kelly, 1955, p. 49);
• Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo 
Visão Geral da Teoria
Ênfase nos pensamentos individuais 
ou “constructos”;
Foco ideográfico;
Muito similar às teorias humanistas 
apesar de não ter um foco na 
motivação;
As diferenças individuais são 
devidas aos diferentes pensamentos 
ou constructos;
Os comportamentos e as emoções 
são derivados desses constructos.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Introdução
 A teoria da personalidade do constructo pessoal de Kelly é bastante
peculiar. Kelly não se prende a conceitos familiares - como inconsciente,
ego, necessidades, impulsos, estímulos e respostas e reforço - nem
mesmo motivação e emoção.
 Para Kelly cada pessoa cria um conjunto de constructos cognitivos sobre
o ambiente: interpretamos e organizamos os eventos e as relações
sociais de nossa vida num sistema ou padrão.
 Com base nesse padrão, fazemos previsões sobre nós mesmos, sobre
outras pessoas e eventos e as usamos para formular nossas respostas e
orientar nossas ações.
 Para compreender a personalidade é preciso compreender os padrões,
as formas como organizamos e construímos nosso mundo.
 Segundo Kelly, nossa interpretação dos eventos é mais importante do
que os eventos propriamente ditos.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
• Sua teoria origina-se de sua experiência clínica.
Por diversas razões, interpretou sua experiência
clínica de maneira diferente da de Freud e de
outros teóricos que trataram de pacientes. Seu
modelo de natureza humana é incomum: ele
concluiu que as pessoas agem da mesma forma
que os cientistas. Os cientistas elaboram teorias
e hipóteses e as testam diante da realidade por
meio de experimentos em laboratórios. Caso os
resultados de seus experimentos sustentem a
teoria, ela é mantida. Se os dados não a
sustentarem, ela terá de ser descartada ou
modificada e testada novamente.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
• Kelly observou que os psicólogos não atribuíam às pessoas
que eles avaliavam a mesma capacidade intelectual e
racional que atribuíam a si mesmos: é como se eles
tivessem duas teorias sobre a natureza humana: uma que
se aplica aos cientistas e à sua maneira de ver o mundo e
uma outra que se aplica a todas as outras pessoas.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Para Kelly, a personalidade de um
indivíduo é formada pelo seu
sistema de constructos. Os
constructos que uma pessoa usa,
portanto, definem o seu mundo.
Para Kelly, um constructo é uma
forma de perceber ou interpretar
eventos. Por exemplo, bom-mau é
um constructo freqüentemente
utilizado pelas pessoas quando elas
consideram os eventos. O sistema
de constructos pessoais de um
indivíduo é formado pelos
constructos – ou pelas maneiras de
interpretar os eventos – e as
relações entre esses constructos.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Principais Características da Teoria:
 Enfatiza a maneira como os indivíduos interpretam o mundo;
 Considera que a pessoa é um agente ativo em seu envolvimento com
o mundo;
 Enfatiza coisas que as pessoas podem fazer para mudar a maneira
como pensam;
 Kelly rejeitava o termo cognitivo porque sentia que ele era restritivo e
sugeria uma divisão artificial entre cognição (pensamento) e afeto
(emoção);
 A teoria de Kelly é uma teoria construtivista, ou seja, ela enfatiza a
construção do mundo pelo indivíduo; enfatiza a maneira como o
indivíduo atribui significado aos eventos e nos esforços da pessoa para
prever os eventos, a teoria do constructo pessoal claramente enfatiza
os processos cognitivos;
 Somos essencialmente orientados para o futuro.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Estrutura da Teoria 
do Constructo Pessoal de George Kelly:
 Baseada no Postulado Fundamental que afirma que nossos
processos psicológicos são determinados pelas maneiras como
antecipamos os eventos.
 Ao utilizar a palavra "processos", Kelly não sugeriu algum tipo de
energia mental. Em vez disso, acreditava que a personalidade era
um processo fluido, em movimento. Nossos processos psicológicos
são determinados pelosnossos constructos, por meio da forma
como cada um de nós constrói o seu mundo. Outra palavra chave
no postulado fundamental é "antecipar". A noção de Kelly sobre
constructos é antecipatória. Utilizamos constructos para prever o
futuro, ter alguma idéia sobre as conseqüências de nossas ações e
o que provavelmente acontecerá se nos comportarmos de
determinada maneira.
 Onze corolários derivam deste postulado:
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Problemas Psicológicos
Surgem como o resultado
de constructos defeituosos
e não ocorrem
necessariamente em função
de experiências
traumáticas.
A ansiedade e o principal
problema psicológico que
nos acomete quando os
nossos constructos não
conseguem prever nem
controlar os eventos
futuros.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Problemas Com Nossos Constructos 
Origem do fracasso
Os constructos podem ser:
excessivamente simples
e/ou incompletos.
impermeáveis – não
consideram novas
informações e evidências
com facilidade.
Inadequados devido à
falta de experiência
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
TERAPIA RACIONAL-EMOTIVA (RET)
Albert Ellis
• Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo 
Introdução
 A proposta da Terapia Racional Emotiva (RET) afasta-se radicalmente de
outros sistemas psicoterapêuticos - a saber, das abordagens psicanalítica,
humanista-existencial, centrada-no-cliente e gestaltista. Aproxima-se mais
das terapias orientadas em termos cognitivos, comportamentais e de ação,
no sentido de ressaltar o pensamento, o julgamento, a decisão, a análise e
a atuação.
 A RET é extremamente didática, 
muito diretiva e preocupa-se 
mais com as dimensões do 
pensamento do que com as do 
sentimento.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
CONCEITOS-CHAVES
Visão da Natureza Humana
• A RET se baseia na suposição de que os seres humanos nascem
com um potencial para o pensamento racional e correto, assim
como para o pensamento irracional e desviante.
• As pessoas apresentam predisposições para a autopreservação,
a felicidade, o pensamento e a verbalização, o amor, a
comunhão com os outros, o crescimento e a auto-realização.
Apresentam ainda propensão à autodestruição, a evitar o
pensamento, à procrastinação, à repetição infindável de erros,
superstição, intolerância, perfeccionismo, autoacusação e fuga
da atualização de potenciais para o crescimento.
• Possuem tendências dentro de si tanto para persistir em
padrões de comportamento antigos e disfuncionais, quanto para
descobrir uma série de formas de dedicar-se à auto-sabotagem.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
• No entanto, segundo a psicologia
racional-emotiva, nascem com a
tendência a insistirem em ver todos os
seus desejos, demandas e necessidades
satisfeitos ao longo da vida; se não
conseguem o que querem
imediatamente, condenam a si mesmas
e aos outros (Ellis, 1973a, p. 175-176).
 A terapia racional-emotiva afirma que os homens não precisam
resignar-se a serem vítimas do condicionamento primitivo, as pessoas
dispõem de vastos recursos não-liberados para atualizar seu potencial e
podem mudar seu destino pessoal e social.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
• A RET dá ênfase ao fato dos homens
pensarem, sentirem emoções e se
comportarem simultaneamente. De
modo a compreender o
comportamento autoderrotista, é
necessário compreender como uma
pessoa sente emoção, pensa, percebe e
age. Para modificar padrões
disfuncionais, seria idealmente
necessário empregar uma variedade de
métodos perceptivo-cognitivos,
emotivo-evocativos e
comportamentais-reeducativos (Ellis,
1973a, p.171).
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
 As pessoas possuem a capacidade
de confrontar seus sistemas de
valores e redoutrinar-se a si
mesmas com crenças, idéias e
valores diferentes. Como resultado
disso, comportar-se-ão de modo
bastante distinto daquele segundo
o qual se conduziam no passado.
Portanto, por poderem pensar e
trabalhar até que se tornem
realmente diferentes, as pessoas
não são vítimas passivas de
condicionamentos passados.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
A RET e a Teoria da Personalidade.
• A RET define a neurose como "pensamento e comportamento irracionais",
um estado natural do homem, que aflige a todos em certo grau. Este estado
encontra-se profundamente enquistado, simplesmente porque somos seres
humanos e vivemos com outros seres humanos, em sociedade.
• Os fenômenos psicopatológicos são originalmente aprendidos e agravados
pela inscrição de crenças irracionais dos outros significativos durante a
infância. No entanto, nós mesmos alimentamos as falsas crenças de forma
ativa, por meio de processos de autossugestão e auto repetição. Assim, deve-
se em grande parte à nossa própria repetição de pensamentos irracionais,
objeto de redoutrinação precoce, mais do que à repetição por parte dos pais,
o fato de se manterem vivas e atuantes, dentro de nós, atitudes disfuncionais.
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• As emoções são produtos do pensamento humano. Quando pensamos que
alguma coisa é ruim, sentimo-nos mal em relação a esta coisa. Para Ellis
(1967) "o distúrbio emocional consiste essencialmente em proposições ou
significados incorretos, ilógicos e não-validáveis, em que o indivíduo
perturbado acredita de modo dogmático e sem discussão, e em relação aos
quais consequentemente se emociona ou age construindo sua própria
derrota" (p.82)
• Para a RET a culpa é o núcleo da maioria dos distúrbios emocionais. A cura de
uma neurose ou psicose, requer que paremos de culpar a nós mesmos e aos
outros. É preciso nos aceitarmos apesar de nossas imperfeições. A ansiedade
provém da repetição interior da seguinte proposição: "Eu não gosto do meu
comportamento e gostaria de mudar"; que contém implícita a acusação:
"Devido a meu comportamento incorreto e aos meus erros, sou uma pessoa
muito ruim, mereço ser condenada, mereço sofrer.“ O indivíduo pode ser
ajudado a perceber que sentenças assim, imprecisas e irracionais, são falsas
armadilhas autopunitivas por ele adquiridas.
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• A RET argumenta que as pessoas não necessitam ser
aceitas e amadas, muito embora isto seja desejado. O
terapeuta ensina ao cliente a maneira de não se sentir
ferido, mesmo quando não é aceito e amado pelos
outros significativos. Ainda que permitindo às pessoas
se sentirem tristes por não serem aceitas, a RET tenta
auxiliá-las a encontrar formas de superar todas as
manifestações intensas de depressão, dor,
desvalorização e ódio.
• A RET formula a hipótese de que, em razão de sermos criados dentro da
sociedade, tendemos a nos tornar vítimas de ideias sem fundamento,
tendemos a continuar a nossa própria redoutrinação incessante com essas
ideias, de uma forma impensada e auto sugestiva, mantendo-as
consequentemente atuantes em nosso comportamento manifesto. De
acordo com Ellis (1967), algumas das principais ideias irracionais por nós
internalizadas e que conduzem inevitavelmente à uma vida autoderrotiva são
as seguintes:
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• 1) A ideia de que o ser humano adulto
tem uma necessidade terrível de ser
amado ou aprovado virtualmente por
toda outra pessoa significativa de sua
comunidade;
• 2) A ideia segundo a qual é preciso ser
totalmente competente, adequado e
bem-sucedido quanto a todos os aspectos
possíveis, caso o indivíduo queira
considerar-se alguém de valor;
• 3) A ideia de que certas pessoas são más,
perversas e infames e deveriam ser
severamente acusadas e punidas por sua
maldade;
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• 4)A ideia de ser mais fácil evitar certas
dificuldades da vida e responsabilidades
próprias, do que enfrentá-las;
• 5)A ideia de uma situação de pavor e
catástrofe quando as coisas não ocorremcomo
se gostaria que realmente que ocorressem;
• 6)A ideia segundo a qual a infelicidade
humana decorre de causas externas e as
pessoas possuem pouca ou nenhuma
capacidade para controlar seus sofrimentos e
perturbações;
• 7)A ideia de ser a história passada um
importante fator determinante do
comportamento presente e de que, pelo fato
de alguma coisa certa vez ter afetado muito a
vida de alguém, deverá ter efeitos
semelhantes indefinidamente.
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A Teoria A - B - C da Personalidade
• A teoria A -B - C da personalidade é central para a RET, em termos teóricos
e práticos.
• "A" é a existência de um fato, um evento, ou comportamento ou a atitude
de um indivíduo. "C" é a consequência emocional ou reação do indivíduo;
a reação pode ser adequada ou inadequada. "A" (o evento ativador) não
causa "C" (a consequência emocional). Em seu lugar, "B", que é a crença da
pessoa a respeito de "A", causa "C", a reação emocional. Por exemplo, se
uma pessoa vivencia depressão depois de um divórcio, possivelmente não
é o divórcio em si, a causa da reação depressiva, mas as crenças da pessoa
quanto a ser um fracasso, ser rejeitada, ou perder um companheiro. Ellis
afirmaria que as crenças da rejeição e do fracasso (no ponto "B")
constituem as causas da depressão (no ponto "C"), e não o evento atual do
divórcio (ponto "A"). Assim, os seres humanos são em grande parte
responsáveis pela criação de suas próprias reações e perturbações
emocionais.
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Como é fortalecido um distúrbio emocional? 
• É alimentado por sentenças ilógicas que
a pessoa repete continuamente para si
mesma, tais como: "A culpa pelo
divórcio é inteiramente minha", "Eu sou
um miserável fracassado, tudo o que fiz
estava errado", "Não tenho valor
algum", "Sinto-me só e rejeitado, e isto
é uma catástrofe horrível." Ellis (1974)
sustenta que "a pessoa se sente
conforme o que pensa" (p. 312). As
reações emocionais perturbadas, tais
como a depressão e a ansiedade, são
desencadeadas e perpetuadas pelo
sistema de crenças auto derrotistas, o
qual se baseia em ideias irracionais
incorporadas pela pessoa.
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 O autor (1974) afirma a possibilidade de se
eliminarem ou modificarem os distúrbios
emocionais trabalhando diretamente com os
sentimentos (depressão , ansiedade,
hostilidade, medo, etc.), mas propõe que "a
técnica mais rápida, mais firmemente
implantada, mais refinada e de efeitos mais
duradouros enquanto técnica para ajudar as
pessoas a modificarem suas reações
emocionais disfuncionais, consiste em
capacitá-las a ver com clareza o que se dizem a
si mesmas com tanta força, no ponto "B" (seu
sistema de crença), acerca dos estímulos
incidentes sobre elas no ponto "A" (suas
experiências ativadoras) e em ensinar-lhes
como discutir no ponto "D", de forma ativa e
vigorosa, suas crenças irracionais" (p. 312-
313).
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 Os seres humanos, por disporem da
capacidade de pensamento, estão aptos a
"se treinarem no sentido de mudar ou
eliminar suas crenças auto sabotadoras".
Para aprender a compreender e
confrontar sistema de crenças irracionais,
é necessário autodisciplina, pensamento e
trabalho. Há possibilidade de mudanças,
tanto curativas quanto preventivas, nas
tendências geradoras de perturbações, se
as pessoas forem assistidas no sentido de
conseguirem focalizar o "pensamento
desviante" e "as emoções e a conduta
inadequadas".
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• Após "A" - "B", - "C", tem-se "D", a Discussão.
Essencialmente, "D" é a aplicação do método
científico com vistas a ajudar os clientes a
combater em seu estilo as crenças irracionais que
acarretam perturbações do seu comportamento e
emoções. Uma vez que os princípios da lógica
podem ser ensinados, é possível usá-los para
destruir qualquer hipótese fora da realidade e
inverificável. Este método empírico-lógico pode
auxiliar os clientes a abandonarem ideologias
autodestrutivas.
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O PROCESSO TERAPÊUTICO
Objetivos Terapêuticos
 Ellis (1973a) observou que muitos
caminhos seguidos pela RET dirigem-
se a uma meta principal: "A
minimização da perspectiva auto
derrotista central do cliente e a
aquisição de uma filosofia de vida
mais realista e tolerante" (p.184).De
acordo com o autor, o objetivo básico
do psicoterapeuta deveria ser,
preferencialmente, o de demonstrar
aos clientes que suas verbalizações a
respeito de si mesmo têm sido, e
ainda são, a origem primária de seus
distúrbios emocionais.
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Função e Papel do Terapeuta
 As atividades terapêuticas da RET são conduzidas com um propósito central:
ajudar o cliente a libertar-se de ideias ilógicas e aprender a substituí-las por ideias
lógicas. Tem-se por objetivo levar o cliente a internalizar uma filosofia racional de
vida, do mesmo modo que chegou a internalizar um conjunto de crenças
dogmáticas, irracionais e supersticiosas, vindas tanto dos pais quanto da cultura.
 Para atingir este objetivo, o terapeuta desempenha tarefas específicas. O primeiro
passo é mostrar aos clientes que seus problemas se relacionam com crenças
irracionais e mostrar como desenvolveram seus valores e atitudes, procurando
esclarecer, em termos cognitivos, o fato de terem incorporado diversos
imperativos, deveres e obrigações.
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• Um segundo passo, no processo
terapêutico, leva o cliente além do
estágio de conscientização,
demonstrando que, no presente,
mantém em atividade seus distúrbios
emocionais por continuar a pensar
ilogicamente e pela repetição de
sentenças autoderrotistas, as quais
conservam a influência dos primeiros
anos em seu caráter funcional. Em outras
palavras, o cliente é responsável por seus
próprios problemas, porque continua a
reendoutrinar-se. Não é suficiente que o
terapeuta mostre simplesmente aos
clientes, o fato de apresentarem
processos ilógicos, pois estarão prontos a
dizer: "Agora compreendo que tenho
medo do fracasso, e que este medo é
exagerado e fora da realidade. Mas ainda
sinto medo de fracassar!".
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Terapia Cognitivo Comportamental (TCC)
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Aaron Beck 
Fundamentos históricos e filosóficos
Aaron Beck – Filadélfia (1956)
 Questionamentos sobre a teoria psicanalítica.
Origens filosóficas: Zenão de Citium (séc. 4 a.C.),
Crisipo, Cícero, Sêneca, Marco Aurélio.
Epiteto (Séc. I a.C.): “Os homens são
perturbados não pelas coisas, mas pelas
opiniões que extraem delas”.
 Teoria dos constructos pessoais de George
Kelly (1955).
Terapia Racional Emotiva de Albert Ellis (1955).
 Teoria de Alfred Adler (1936).
 Fenomenologia de Heiddeiger, Kant e
Husserl.
 Contribuição de teóricos
comportamentalistas (Mahoney, 1974;
Meichenbaum, 1977).
 Neo-analistas: Karen Horney, Otto Rank e
Sullivan.
Princípios fundamentais da TCC
• A maneira como as pessoas interpretam os
eventos influencia diretamente a emoção e o
comportamento (Beck, 1976).
• Beck e Alford (2000): a posição filosófica da
teoria e terapia cognitiva integra:
Dimensões Externas 
(contexto ambiental)
Dimensões Internas 
(percepções fenomenológicas)
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O modelo cognitivo comportamental 
Cognição Afeto Comportamento
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Pressuposições Formais da teoria cognitiva
• De acordo com Beck e Alford
(2000), a teoria cognitiva baseia-
se nas seguintes formulações:
• A noção de esquemas -
estruturas cognitivas que
integram e atribuem significado
aos eventos.
• A atribuição de significado ativa
ou controla sistemas psicológicos,
como a atenção, memória,
percepção, e o conteúdo
emocional e comportamental.
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 As categorias de
significado: padrões
específicos de
pensamento, emoção,
memória, atenção e
comportamento, que
constituem a
especificidade de
conteúdo. Este termo
refere-se aos temas
comuns na
psicopatologia.
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 A distorção cognitiva refere-se aos significados disfuncionais ou
maladaptativos que o indivíduo integra numa determinada situação.
Também são considerados erros no conteúdo cognitivo (significado) e no
processamento cognitivo (elaboração de significado).
 As predisposições dos indivíduos a cometerem distorções específicas são
denominadas de vulnerabilidades cognitivas. Dessa forma, as pessoas
podem desenvolver síndromes específicas.
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 Os significados disfuncionais
servem para explicar a tríade
cognitiva e o desenvolvimento
da psicopatologia.
 Existem dois níveis de
significado: público e privado.
O significado público, ou
objetivo de um evento, tem
poucas implicações para o
indivíduo. O significado
pessoal ou privado inclui
implicações, significação,
generalizações extraídas da
ocorrência de eventos (Beck,
1976, p.48).
Pensamento
Sentimento Comportamento
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Níveis de cognição
Há três níveis de cognição:
(a) nível pré-consciente – pensamentos 
automáticos;
(b) nível consciente;
(c) nível metacognitivo: reflexão sobre um 
pensamento – respostas racionais.
Os esquemas são estruturas teleonômicas que
evoluem para facilitar a adaptação do
indivíduo no ambiente.
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Classificações das TCCs
 1) Terapia de habilidades de enfrentamento.
 2) Terapia de solução de problemas.
 3) Terapia de reestruturação.
(Dobson & Scherrer, 2004).
Terapia cognitivo comportamental
Foco nos processos intrapsíquicos (Beck, 1976).
Terapia construtivista
Ênfase nas estruturas cognitivas e no processo de atribuição de
significado (Guidano, 1983).
Terapia do esquema
Foco nos Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDS) – temas
disfuncionais em um nível significativo (Young, 2004).
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Judith Beck
 Abordagem psicoeducativa.
 Diretiva e estruturada.
 Orientada ao presente.
 Focalizada em problemas.
 Direcionada em metas.
 Utiliza planos de tratamento.
 Aplicações da TCC: crianças,
adolescentes e adultos.
 Tratamento de problemas e
transtornos específicos (depressão,
ansiedade, fobias, etc).
(Beck, 1997).
Características da TCC
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 Adaptada a diferentes contextos clínicos - ambientes
de saúde (hospitais) para o tratamento de
repercussões psicológicas provenientes de doenças
orgânicas (manejo da dor, somatização e sintomas
físicos da doença).
 Grupos (terapia de grupo), problemas de casais,
terapia familiar.
 Utiliza intervenções em situações de crise.
 Eficácia cientificamente comprovada por meio de
estudos clínicos.
 Pode ser utilizada a TCC com ou sem medicação
(psicotrópico).
 Tempo de terapia: depende das características de
personalidade do indivíduo, e dos problemas que são
apresentados. (Beck, 1997).
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Pontos fundamentais 
para a prática da terapia cognitiva
 Inclusão de pessoas
significativas nas sessões de
terapia quando conflitos
dominam as queixas de um
paciente.
 Análise do contexto
ambiental quando identifica
consequências
comportamentais de curto
prazo versus longo prazo.
 Foco nas questões
inconscientes quando a
avaliação clínica revela
traumas primitivos.
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Esquemas
• Adquiridos durante a infância nas relações interpessoais.
• Ativados em situações específicas (indivíduo, contexto e self).
Pensamentos Automáticos
• Palavras, imagens e figuras que surgem na mente.
Crenças
• Representam o conteúdo dos esquemas.
• Crenças Centrais: Ideias mais rígidas sobre si mesmo, os outros e o 
mundo.
• Crenças Intermediárias: atitudes e regras
Estratégias compensatórias
• Comportamentos utilizados para se proteger ou compensar as 
crenças.
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Crenças nucleares
Ativação de 
esquemas
Situação Pensamentos Reações
Crenças 
Intermediárias
Emocional
Comportamental
Fisiológica
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Conceitualização Cognitiva
• Representa um conjunto de dados
acerca do paciente (história de vida –
dados da infância, pensamentos,
crenças, e os significados que são
atribuídos).
• Permite facilitar o entendimento de
fatores cognitivos e comportamentais e
a influência nas reações emocionais,
comportamentais e fisiológicas.
• Auxilia o terapeuta para desenvolver o
plano de tratamento.
• O terapeuta compartilha com o
paciente os dados da conceitualização
cognitiva.
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PRINCÍPIOS DA TERAPIA COGNITIVA
 Baseia-se em uma formulação em
contínuo desenvolvimento do
paciente e de seus problemas em
termos cognitivos;
 Requer uma aliança terapêutica
segura;
 Enfatiza colaboração e participação
ativa;
 Orientada em metas e focalizada em
problemas;
 Enfatiza o presente inicialmente;
 É educativa - ensina o paciente a ser
seu próprio terapeuta;
 Enfatiza a prevenção de recaída;
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Visa ter um tempo limitado;
As sessões são estruturadas;
Ensina o paciente a
identificar, avaliar e
responder a seus
pensamentos e crenças
disfuncionais;
Utiliza-se de uma variedade
de técnicas para mudar
pensamento, humor e
comportamento.
PRINCÍPIOS DA TERAPIA COGNITIVA
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A terapia cognitiva baseia-se no modelo cognitivo, que levanta a
hipótese de que as emoções e os comportamentos das pessoas
são influenciados por sua percepção dos eventos.
Não é a situação por si só que determina o que as pessoas
sentem, mas sim, o modo como elas interpretam essa situação.
BASES METODOLÓGICAS E CONCEITUAÇÃO 
COGNITIVA
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Exemplos: a leitura de um livro; 
 a apreciação de um filme; 
 a avaliação de uma aula. 
Cada indivíduo tem uma resposta emocional diferente para cada uma 
dessas situações com base no que está passando por suas cabeças 
naquele momento.
Portanto o modo como as pessoas se sentem está associado ao modo 
como elas interpretam e pensam sobre uma situação.
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Entendendo os problemas
AMBIENTE
PENSAMENTO
ESTADOS DE HUMORREAÇÕES FÍSICAS
COMPORTAMENTO
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Pensamentos Automáticos Disfuncionais
• São um fluxo de pensamentos que
coexistem com um fluxo de pensamentos
mais manifestos, surgem
espontaneamente e não são embasados
em reflexão ou deliberação.
• Parecem surgir espontaneamente, mas
estão ligados ao nosso sistema de crenças
centrais e subjacentes.
• São quase sempre negativos, a menos que
o paciente seja maníaco ou hipomaníaco,
tenha um transtorno de personalidade
narcisístico ou seja um viciado em drogas.
• São usualmente breves e o paciente com
frequência está mais ciente da emoção que
sente em decorrência do pensamento do
que do pensamento em si.
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• Ajudam a definir os estados de humor
que experimentamos.
• Influenciam o comportamento: o que
escolhemos ou não fazer e a qualidade
do nosso desempenho.
• Pensamentos e Crenças afetam
respostas biológicas.
• São influenciados pelas crenças que
adquire-se na infância e no meio
cultural.
• Enquanto as mudanças no pensamento
são, na maioria das vezes,
fundamentais, muitos problemas
também exigem mudanças no
comportamento, no funcionamento
físico e no meio.
• A TCC ajuda a examinar todas as
informações disponíveis; não é
simplesmente

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