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QUALIDADE E ACREDITAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE Universidade Paulista Profa. Ms. Juliana Menara de S. Marques EVOLUÇÃO DA QUALIDADE NA INDÚSTRIA: UMA EXIGÊNCIA DE MERCADO Enfoque administrativo no trabalho individual – visando o produto; Administração por objetivo – chefe, competência,informação como sinônimo de poder e privilégios; Administração por processos A gestão moderna cruza as funções focalizando o cliente; Colaboração, consenso e trabalho em equipe. VISÃO PASSADA VISÃO ATUAL AVEDIS DONABEDIAN 1990 – ampliou o conceito utilizando o que chamou de sete pilares da Qualidade: Eficácia – ações aplicáveis em condições ideais. Efetividade – ações aplicáveis em condições usuais. Eficiência – aplicabilidade ao menor custo. Otimização – melhor uso dos recursos. Aceitabilidade - atender as expectativas de todos. Legitimidade – reconhecimento pela sociedade. Eqüidade - justo em sua distribuição. DONABEDIAN “Qualidade é relação apropriada entre meios e fins”. Os meios são as estratégias de atenção e os fins são as mudanças produzidas (o impacto) por estas estratégias e propõe, modelos de avaliação da estrutura, processos e resultados que devem ser aferidos. DONABEDIAN Estrutura - as características mais fixas do Sistema de Saúde que está relacionada à rede de serviços, equipamentos e recursos humanos. Processo - relação entre os profissionais envolvidos tanto do ponto de vista técnico como humano. Ex: solicitação de exames; ouvir o paciente; verificação de exames; execução procedimentos etc. Resultado - impacto produzido positivo ou negativo. O que é Qualidade? Satisfação do Cliente e Melhoria contínua ( Deming ) Adequação ao uso ( Juran ) Grau no qual um conjunto de características satisfaz a requisitos ( ISO 9000:2000 ) Atendimento aos requisitos dos clientes ( ASQC ) O que é Qualidade CONCEITO DE QUALIDADE Qualidade é um processo contínuo de aprimoramento que leva a um impacto positivo na prevenção, proteção e promoção a saúde. GESTÃO DA QUALIDADE Gestão da Qualidade é uma prática administrativa que emprega : Conceitos : Cultura Comportamento Planejamento Atuação da Administração Técnicas Promocionais: É preciso escolher : a Ferramenta Certa o Momento Certo conforme o motor organizacional GARANTIA DA QUALIDADE Verificar e garantir que as políticas e procedimentos, de todas as áreas envolvidas no sistema de gestão da qualidade, estão sendo cumpridos. Prevenção de problemas ( técnicas planejadas – Padronização e revisões de melhoria ) CONTROLE DA QUALIDADE Esta relacionado ao produto, é responsável por analisar se as matérias-primas e produtos acabados estão atendendo a especificação. Para manutenção, diminuindo os riscos e prevenção dos eventos adversos GESTÃO DA QUALIDADE FILOSOFIA DA GESTÃO DA QUALIDADE Gerenciamento da Rotina do dia-a-dia • Melhoria de Resultados • Previsibilidade • Prevenção de Riscos Capacitação das pessoas Padronização das tarefas repetitivas Controle dos Processos Requisitos Atendimento Informações Materiais Instruções Serviços Atividades que Agregam Valor Produto ou Serviço Atendimento ClienteFornecedor Processo Requisitos Entradas Saídas Processo é um conjunto de atividades repetitivas e interdependentes, envolvendo pessoas, equipamentos, procedimentos e informações que, quando executadas, transformam insumos em produtos ou serviços que agregam valor para um cliente. Através de Processos COMO SE ESTRUTURA A GESTÃO DA QUALIDADE ? PROCESSOS Processo é uma série sistemática de ações direcionadas a alcançar um objetivo. Processos convertem entradas em saídas. Pegam entradas, como materiais, informação e pessoas, e as passam por uma seqüência de estágios em que as entradas são transformadas, ou seus estados são alterados, para saírem com diferentes características. Todo processo tem um objetivo, com medidas qualitativas e quantitativas de suas saídas, diretamente relacionadas com seus objetivos Atividades sucessivas interdependentes Nos proporcionam resultados bem definidos Fazem parte de um ciclo global do serviço PROCESSOS Estruturação dos Processos Farmácia Segurança Ocupacional TI Suprimentos Preparação dos Capilares Recepção Gestão de Resíduos Higiene Manutenção RH Enfermagem Administração Corpo Clínico Tratamento da Água Remoção PCPIEA Arquivo Ambulatório CCIH Direção Segurança Terapia Dialítica E um conjunto de causas CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS PROCESSOS PRIMÁRIOS : que resultam em um produto ou serviço. Recepção, Arquivo dos Prontuários, Higiene e Limpeza, Gerenciamento de Resíduos, Manutenção de Equipamentos, Manutenção Geral. PROCESSOS GERENCIAIS : existem para facilitar o funcionamento regular da Instituição. Direção, Administração, Corpo Clínico, Gerência PROCESSOS DE APOIO: Geram produtos invisíveis. Ocorrem nos bastidores mas são essenciais para a gestão eficaz da instituição. Controle de Infecções, S. Ocupacional, Sistema Elétrico, Manutenção predial , Segurança , Gestão de Pessoas. O QUE É ACREDITAÇÃO? “Acreditar significa dar crédito, crer, ter como verdadeiro, dar ou estabelecer crédito.” Dic. aurélio O QUE É ACREDITAÇÃO? Um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde, voluntário, periódico e reservado. E uma ação coordenada por uma organização ou agência não governamental. (ONA) Tem um caráter eminentemente educativo, voltado para a melhoria contínua. Sem finalidade de fiscalização ou controle oficial. PROCESSO DE ACREDITAÇÃO VOLUNTÁRIO CONFIDENCIAL EDUCATIVO CONTÍNUO AUTO AVALIAÇÃO PROGRAMAS PIONEIROS 1951 – Joint Commission on Hospital Accreditation – JCAHO – EUA, atua em mais de 40 países; JCI – Joint Commission International - criada em 1999 com objetivo de melhorar a qualidade da assistencia à saúde internacionalmente; No Brasil é representada pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação – CBA; 1958 – Canadian Council on Health Services Accreditation – Canadá; Austrália: 1959 e 1987: ACHS e QIC; PROGRAMAS PIONEIROS Reino Unido: 1986 e 1989, dois programas: Hospital Accreditation Programme (HAP) King’s Fund (KFHQS); Nova Zelândia: 1987, The New Zealand Council on Healthcare Standards; 1990: Inglaterra 1995: Finlândia 1996: Espanha (Catalunha) 1997: República Checa e Lituânia 1997: França 1998: Polônia e Suíça 1999: Letônia e Holanda 1999: Brasil 2000: Portugal 2001: Alemanha, Bulgária 2002: Dinamarca, Irlanda e Bósnia 2003: Índia, Tailândia CARACTERÍSTICAS DA ACREDITAÇÃO A organização é que decide se vai participar ou não; A avaliação de conformidade com os padrões estabelecidos é conduzida por avaliadores sem vínculo com as organizações; O padrão tem que ser totalmente cumprido; Todas as áreas devem satisfazer um determinado nível. PRINCIPAIS VANTAGENS Segurança para os pacientes e profissionais; Qualidade da assistência; Construção de equipe e melhoria contínua; Útil instrumento de gerenciamento; Critérios e objetivos concretos adaptados à realidade brasileira; O caminho para a melhoria contínua. PRINCIPAIS INTERESSADOS PELO PROCESSO Líderes e administradores; Profissionais de saúde; Organizações de saúde; Sistemas compradores; Governo; Cidadão. AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO Realizadas por Instituições Acreditadoras Credenciadas pela ONA; Tem como referência: Normas do Sistema Brasileiro de Acreditação e Manual Brasileiro de Acreditação; O interesse pela avaliação é da organizações. AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO Inscrição no Processo – solicitação de informações A OPSS manifesta interesse para ser avaliada junto à Instituição Acreditadora; A Instituição Acreditadora coleta as informações necessárias da OPSS para formular a proposta; A Instituição Acreditadora encaminha proposta à OPSS; A OPSS analisa as propostas recebidas. OPSS – Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO Inscrição no Processo – contratação da Instituição A OPSS seleciona uma Instituição Acreditadora; A Instituição Acreditadora envia um questionário preliminar à OPSS e solicita os seguintes documentos: Alvará de funcionamento; Licença sanitária; Registro do responsável técnico no conselho Regional A OPSS encaminha a solicitação; AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO Cont... Documentos são analisados; enviado contrato OPSS; A Instituição Acreditadora encaminha à ONA cópia do contrato assinado; A OPSS recolhe taxa de inscrição junto a ONA – Confirmado o recolhimento: agenda visita e realiza a visita propriamente dita; Custos da visita são por conta da OPSS. ACREDITAÇÃO ONA Existem dois tipos de certificação: ACREDITAÇÃO - Destinado às Organizações Prestadoras de Serviços para a Saúde, aos Serviços Odontológicos e aos Programas da Saúde e Prevenção de Riscos. SELO DE QUALIFICAÇÃO ONA - Destinado aos Serviços para a Saúde. (áreas de apoio às Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde – OPSS). Geralmente terceirizadas. NÍVEIS DE ACREDITAÇÃO NÍVEL 1 - SEGURANÇA Habilitação do corpo funcional; Atendimento aos requisitos fundamentais de segurança para o cliente nas ações assistenciais e procedimentos médico-sanitários; Estrutura básica (recursos) capaz de garantir assistência para a execução coerente de suas tarefas. NÍVEL 2 – GESTÃO INTEGRADA Princípio: SEGURANÇA e ORGANIZAÇÃO Verifica a organização da assistência, conferindo: Documentação, Treinamento dos trabalhadores, Rotinas, Uso de indicadores para a tomada de decisão clínica e gerencial, Prática de auditoria interna. NÍVEL 3 – EXCELÊNCIA EM GESTÃO Princípio: SEGURANÇA, ORGANIZAÇÃO E PRÁTICAS DE GESTÃO E QUALIDADE Constata se existem políticas institucionais de melhoria contínua em termos de estrutura, novas tecnologias, atualização técnico-profissional, ações assistenciais e procedimentos médico-sanitários. RESULTADO Acreditado – Conformidade com os Padrões de Nível 1 (validade 2 anos); Acreditado Pleno – Conformidade com os Padrões de Nível 1 e 2 (validade 2 anos); Acreditado com Excelência – Conformidade com os Padrões de Nível 1, 2 e 3 (validade 3 anos); Selo de Qualificação – (validade 1 ano) (visita de manutenção – 6 meses) INSTITUIÇÕES ACREDITADORAS – IAC’S Entidades de direito privado, que são credenciadas pela ONA para desenvolverem o processo de avaliação nas Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde. INSTITUIÇÕES ACREDITADORAS – IAC’S Programas de acreditação para laboratórios existentes no Brasil • DICQ/SBAC – Programa de Credenciamento do Sistema da Qualidade de Laboratórios Clínicos • PALC/SBPC – Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos DICQ/SBAC • Programa voluntário de credenciamento patrocinado pela SBAC (Sociedade Brasileira de Análises Clínicas); • Os seus requisitos estão dispostos em um Manual de Credenciamento embasado nas normas ISO 9000, ISO/TC-212 e NBR/14500. • O laboratório deve realizar, no mínimo, os exames constantes do Programa Básico estabelecido pelo PNCQ (Programa Nacional de Controle de Qualidade. • Validade: 3 anos. (Auditorias periódicas) DICQ/SBAC • São 94 requisitos tais como: organização, estrutura física, equipamentos, reagentes, processos (CQI e CQE, preparo do paciente e coleta, identificação de amostras ou material, realização dos exames, laboratórios de apoio e de referência, laudo e registro), documentação, arquivamento, segurança de trabalho e descarte de material biológico, auditorias internas, ações corretivas e preventivas. PALC/SBPC • Programa independente patrocinado pela SBPC (Socie. Brasile. De Patologia Clínica); • O laboratório deve estar inscrito no PELM (Programa de Excelência para Laboratórios Médicos/SBPC). • Adota como critérios as Boas Práticas para Laboratórios Clínicos (BPLC). • Auditorias periódicas. • Níveis 1, 2 e 3. DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL DIAGNÓSTICO ORGANIZACIONAL Atividade facultada às Organizações Prestadoras de Serviços de Saúde e que antecede o processo de avaliação para a Acreditação. IMPORTÂNCIA Apuração do potencial ou as dificuldades da organização; Permite uma análise mais detalhada da empresa; Identifica forças, fraquezas, ameaças e oportunidades, o que ajuda a tomar decisões; Permite ao gestor ter uma visão clara do negócio; Permite minimizar os riscos;
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