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CÂMPUS SERTÃOZINHO LICENCIATURA EM QUÍMICA VOLUMETRIA DE COMPLEXAÇÃO DETERMINAÇÃO DA DUREZA EM AMOTRA DE ÁGUA Alunas: Ana Carolina Pereira Guedes Isabela Silva Dos Reis Joicy Valeska Oliveira Gonçalves Raissa Francine Alves Relatório apresentado à disciplina de Química Analítica Quantitativa sob a supervisão do Professor Rubens Ventrici de Souza SERTÃOZINHO, OUTUBRO DE 2017 1. INTRODUÇÃO Dentre as diversas técnicas utilizadas em química analítica afim de identificar e quantificar as substâncias presentes em soluções e misturas, uma delas é a análise volumetria de complexação que determina os teores de íons metálicos presentes na solução, onde a formação de um complexo colorido (precipitado) determina o ponto de viragem. O íon Cálcio é um dos cátions frequentemente encontrado em maiores concentrações em sistemas de água doce, proveniente de diversos minerais (gesso, dolomita, calcita e aragonita), juntamente com o íon de Cálcio o íon de Magnésio definem o parâmetro definido de dureza da água, onde verifica-se a presença de um deles ou de ambos devido à formação de sais insolúveis. Experimentalmente a dureza pode ser determinada mediante titulação de uma amostra com EDTA e indicadores metalocrômicos para a detecção visual do ponto de equivalência, sendo a massa expressa em miligramas por litro (mg/L) de carbonato de cálcio, a dureza encontrada é classificada de acordo com a quantidade de CaCO3 presente por litro de água de acordo com a tabela abaixo. Tabela 1 - Classificação da água de acordo com a quantidade de CaCO3 por litro de água Massa de CaCO3 por litro de água Classificação 0 – 75mg/L Mole 75 – 150mg/L Moderada 150 – 300mg/L Dura Acima de 300mg/L Muito dura A dureza da água tanto pode ser benéfica ou maléfica de acordo com sua utilização, a água dura por exemplo, quando utilizada na irrigação de solo aumenta a permeabilidade do solo, por outro lado se utilizada em industrias acarreta a formação de incrustações de CaCO3 além de causar corrosões na superfície. Reações que ocorrem durante a análise volumétrica de complexação: Imagem 1 - Formação de Carbonato de Cálcio Imagem 2 – Cadeia do Ácido etilenodiamino tetra-acético O ácido etilenodiamino tetra-acético, EDTA, é um agente quelante (a forma como os íons metálicos são “aprisionados” no composto) formado por quatro frutos de ácidos carboxílicos ligados a dois átomos de nitrogênio. Em determinadas condições, o composto desenvolve cargas negativas sobre quatro dos átomos de oxigênio, permitindo ligações com íons metálicos livres. 2. OBJETIVO Classificar uma amostra de água desconhecida de acordo com sua dureza, a partir de análise volumétrica de complexação que necessitou a preparação de soluções como o EDTA, em virtude da formação de licenciandos em química, durante aula experimental de Química Analítica quantitativa. 3. MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 Materiais: • Balão volumétrico; • Pipetas volumétricas; • Erlenmeyer; • Bureta; • Suporte universal com garras; • Bastão de vidro, béquer; • Pisseta. 3.2. Reagentes: EDTA, Negro de Eriocromo T (NET); CaCO3; Solução tampão pH = 10 (NH4OH/ NH4Cl); HCl 1:1. 3.3 Métodos: 1º Preparação da solução de EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético). 1. Pesou-se 1,862 g de sal dissódico, designado por C10H14N2O8Na2.2H2O, seco a 70-80ºC por duas horas em uma estufa. As duas moléculas de água de hidratação permanecem intactas nessas condições de secagem. 2. Transferiu-se quantitativamente a amostra pesada para balão volumétrico de 250 mL. 3. Adicionou-se cerca de 200 mL de água deionizada, agitou-se até dissolver totalmente o sal e, após diluído, complete o volume até o menisco. 4. A solução foi armazenada em frasco plástico. 2º DETERMINAÇÃO DA DUREZA DA AMOSTRA DE ÁGUA: 1. Transferiu-se uma alíquota de 100,0 mL de amostra de água para um erlenmeyer de 250 mL. 2.Na capela adicionou-se 2,0 mL de solução tampão de pH = 10 (NH4OH / NH4Cl). 3. O tampão foi adicionado antes do indicador, de modo que pequenas quantidades de ferro presentes na amostra precipitassem na forma de hidróxido de ferro, impedindo sua reação com o indicador, posteriormente adicionou-se uma pitada do indicador Negro de Eriocromo T. 4. Titulou-se a alíquota com EDTA 0,02M até a mudança de cor de vermelho-vinho para azul puro. A reação e, consequentemente, a mudança de cor são lentas, correrão próximo ao ponto final e, por essa razão, o titulante foi adicionado gota a gota com vigorosa agitação. 5. O procedimento foi realizado em triplicata. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES • Preparação de EDTA 0,02 mol/L (Solução padrão) A preparação do EDTA necessitou a pesagem de 1,8612g do sal dissódico, durante a pesagem na balança de três casas, onde obteve-se a massa de 1,862g de sal dissódico. Após a pesagem a solução foi preparada em um Balão Volumétrico de 250mL e armazenada em frasco de plástico. • Determinação da dureza da amostra de água de origem desconhecida O procedimento foi realizado em triplicata, onde em cada um dos três Erlenmeyer utilizou-se 100mL da amostra de água desconhecida, onde adicionou-se 2,0 mL da solução tampão preparada anteriormente e posteriormente adicionou-se 5 gotas Da solução de Negro de Eriocromo T (NET), afim de realizar a titulação até a observação da mudança da cor inicial de vermelho para azul. Tabela 2 - Volume de EDTA adicionado em cada titulação: Amostra Volume de EDTA adicionado 1 8,30 mL 2 8,59 mL 3 8,71 mL Vm = 8,30 + 8,59 + 8,71 3 Vm = 8,53 mL de EDTA adicionado durante a titulação Vm = 0,853L de EDTA Imagem 1 – Solução preparada para a titulação (Coloração padrão em todas as amostras) Imagem 2 – Soluções após as titulações • Cálculos realizados Concentração de EDTA [EDTA] = m MM × V [EDTA] = 1,862 372,24 × 0,00853 [EDTA] = 0,5864 g/mol de EDTA Reação: Na2H14C10N2O8.2H2O + CaCO3 H14C10N2O8Ca + Na2CO3 Analisando a equação verifica-se que a proporção de Sal Dissódico Dihidratado (EDTA) é de 1:1 em comparação com a concentração de Carbonato de Cálcio, sendo assim o número de mols de Carbonato de Cálcio é igual ao número de mols ácido etilenodiamino tetra-acético (EDTA). Número de mols de Sal Dissódico Dihidratado (EDTA) 𝑛 = m MM 𝑛 = 1,862g 372,24 g/mol 𝑛 = 5,002 × 10−3 mols de EDTA Sendo assim o número de mols de Carbonato de Cálcio (CaCO3) é de 5,002 × 10−3 mols. Analisando a molécula de Carbonato de Cálcio (CaCO3) que possuí 5,002 × 10−3 mols, entende-se então que o número de mols de Ca+ também é de 5,002 × 10−3 mols. Concentração de CaCO3 [CaCO3] = 𝑛 V [CaCO3] = 5,002 × 10−3 8,53 × 10−3 [CaCO3] = 0,5861 mol/L Massa de Ca+ presente na amostra de água desconhecida Massa molar de CaCO3 = 100g/mol (100.000mg/mol) m = [ ] × MM × V m = 0,5861 mol/L × 100.000mg/mol × 8,53 × 10−3 L m = 499,94 mg de CaCO3 por litro da amostra de água 5. CONCLUSÃO Após a realização de todos os procedimento e cálculos necessários, durante aula experimental de Química Analítica, pode-se afirmar que a amostra de água desconhecida analisada, tem como classificação “muito dura”, segundo asclassificações da tabela 1 de mg de CaCO3 por litro de água. Obteve-se a referida classificação após identificação da massa de 499,94 mg de CaCO3 por litro (mg/L). A portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde estabelece como padrão, que a somatória das concentrações de cálcio e magnésio, apresentem o valor permissível de no máximo 500 mg/L para consumo, sendo assim, levando em consideração apenas a quantidade de Cálcio analisada e encontrada, a referida amostra de água é imprópria para consumo. Em suma, a análise volumétrica de complexação demonstrou-se satisfatória na determinação da quantidade de CaCO3 presentes na amostra de água desconhecida, para determinar a dureza da mesma. 6. Referências bibliográficas ANVISA Portaria do Ministério da Saúde. http://www.anvisa.gov.br/anvisalegis/portarias/1469_00.htm - Acessado em 10 de novembro de 2017. VOGEL, A. I. et al. Química Analítica Quantitativa. 5ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 1992.
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