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Sistematização Assistência Saude

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Sistematização da
Assistência de
Enfermagem
(SAE)
Prof. Bianca Leal
Prof. Adriene.Kviatkovski
Objetivos de aprendizagem da aula
• Introduzir o conhecimento sobre a SAE: conceito, etapas do processo de
enfermagem
• Conhecer a legislação de enfermagem sobre Processo de enfermagem e SAE.
Questões Centrais da aula
• Como a SAE pode influenciar na prática assistêncial? Quais são as suas
vantagens?
• Como o conhecimento sobre a SAE vai nos ajudar para desenvolver as
competências que a profissão exige?
Resolução COFEN 358/2009
Proposta de Atividade
• Divisão dos alunos em grupos
• Leitura da resolução pelo grupo
• Apresentação dos “achados” em cartolina (uma por grupo)
• Interação dos grupos – complementando partes em comuns, crescentando
novas informações e ou ”corrigindo” alguma interpretação.
A forma de expressão do grupo, ao relatar sobre o conteúdo da resolução,
pode ser por meio da escrita (tópicos ou frases), desenhos, esquema, entre
outros.
Resolução COFEN 358/2009 - alguns pontos
• Dispõe sobre a SAE em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de
Enfermagem
• SAE - organiza o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos
• Baseado num suporte teórico que oriente a coleta de dados, o estabelecimento de diagnóstico de
enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções; e que forneça a base para a avaliação dos
resultados de enfermagem alcançados
• Cabe ao enfermeiro privativamente, o diagnóstico de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família
ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença, bem como a prescrição das
ações ou intervenções de enfermagem a serem realizadas, face a essas respostas
• O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem participam da execução naquilo que lhes couber, sob
a supervisão e orientação do Enfermeiro
 Processo de Enfermagem (Cuidado de Enfermagem)
x
SAE (Sistematização das Ações realizadas pela enfermagem)
Processo de Enfermagem:
• É um método usado para sistematizar os cuidados de enfermagem através do qual
são aplicados na prática, os fundamentos da enfermagem.
Sistematização da Assistência de Enfermagem:
• Organização do trabalho da enfermagem quanto ao método, pessoal e
instrumentos, de modo que seja possível a realização do Processo de Enfermagem
metodologia científica;
implementada na prática assistencial;
confere maior segurança aos pacientes;
melhora a qualidade da assistência;
maior autonomia aos profissionais de enfermagem;
Oferece respaldo científico;
direcionamento para as atividades;
Permite maior credibilidade, competência e visibilidade;
Caracteriza o corpo de conhecimentos da profissão;
Traz implicações positivas para o paciente e para a equipe de enfermagem.
O que eu sei sobre a SAE?
Sistematização da Assistência de Enfermagem
Sistematização da Assistência de
Enfermagem
• É uma atividade privativa do enfermeiro
• Acontece por meio de um método e estratégia de trabalho científico
• Realiza a identificação das situações de saúde, subsidiando a prescrição e
implementação das ações de Assistência de Enfermagem, que possam
contribuir para a promoção, prevenção, recuperação e reabilitação em
saúde do indivíduo, família e comunidade.
“A SAE requer do enfermeiro interesse em
conhecer o paciente como indivíduo, utilizando para isto
seus conhecimentos e habilidades, além de orientação e
treinamento da equipe de enfermagem para a implementação das
ações sistematizadas”(Tannure e Pinheiro, 2011).
PRIMEIRA
ETAPA
SEGUNDA
ETAPA
TERCEIRA
ETAPA QUARTA ETAPA
QUINTA
ETAPA
Investigação
Diagnóstico
de
Enfermagem
Planejamento
Implementação
da Assistência
de Enfermagem
Avaliação
(TANNURE, M.C.; PINHEIRO, A. M. CARVALHO, D. V., 2013, p.
29)
SAE
1. Investigação
Histórico de enfermagem
• “Processo deliberado, sistemático e contínuo, realizado com auxílios de métodos e técnicas variadas,
que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou coletividade humana e
sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde doença.”
(Resolução COFEN
358/2009)
1. Investigação (Histórico)
• Permite que a Enfermeira adquira informações específicas, necessárias para diagnóstico e
planejamento;
• Facilita a relação Enfermeira-cliente, Enfermeira família, criando oportunidade para o dialogo;
Permite que o cliente receba informações e participe da identificação dos problemas e das
metas a serem estabelecidas;
• Auxiliar a Enfermeira na determinação de áreas para investigação específica;
• Exige habilidades aprimoradas de comunicação e interação.
• Permite ao enfermeiro: Identificar problemas, percepções e expectativas que demandem
ações de enfermagem;
• Conhecer hábitos individuais que facilitem a sua adaptação à unidade e ao tratamento;
• Estabelecer uma relação interpessoal; Tentar abranger a totalidade do paciente nos seus
aspectos bio-psico-socio-espirituais; Individualizar a assistência de enfermagem
• Te por finalidade: fornecer subsídios para a tomada de decisão quanto às condutas de
enfermagem;
• Avaliar a evolução das condições do paciente: detectar alterações ou tendências na sua
situação saúde- doença;
• Esclarecer as dúvidas ou falhas no entendimento, reforçando as informações já prestadas;
Reduzir o nível de ansiedade do paciente;Aumentar o grau de satisfação profissional.
2. Diagnóstico de Enfermagem
• “O diagnóstico de enfermagem é o julgamento clínico –real ou de rsico sobre
uma resposta humana a condições de saúde/processos de vida, ou a uma
vulnerabilidade para essa resposta, por um indivíduo, familía, grupo ou
comunidade. O diagnóstico de enfermagem constitui a base para a escolha das
intervenções de enfermagem para alcançar resultados pelos quais respondem os
enfermeiros.” (NANDA 2015-2017)
• “Os diagnósticos de enfermagem baseiam-se tanto nos problemas reais
(voltados para o presente) quanto nos problemas potenciais (voltados para o
futuro), que podem ser sintomas das disfunções fisiológicas, comportamentais,
psicossociais ou espirituais”
• Exige do enfermeiro a capacidade de:
• Analisar;
• Julgar;
• Sintetizar.
• Além da percepção de interpretar dados clínics.
2. Diagnóstico de Enfermagem
2. Diagnóstico
O diagnóstico de enfermagem é diferente do diagnóstico médico
Diagnóstico Médico Diagnóstico de Enfermagem
Descreve a doença Descreve a resposta humana
Não muda enquanto existir a doença Pode mudar constantemente
Tratado dentro do campo da prática
médica
Tratado dentro do campo da
prática da enfermagem
O paciente apresenta um ou dois
diagnóticos que serão tratados
O paciente pode apresentar um ou
vários diagnósticos de acordo com
sua necessidade de cuidados.
Somente o médico tem autonomia para
definir
Somente o enfermeiro tem
autonomia para definir
Aplicado somente a doenças no indivíduo Pode ser aplicado ao indivíduo,
família e comunidade
Diagnóstico de Enfermagem
Erros comuns ao determinar diagnósticos:
[ Coleta imprecisa ou incompleta de dados
[ Interpretação inexata de dados
[ Falta de conhecimentos clínicos
Devemos evitar…
[ “Encaixar” pacientes nos diagnósticos
[ “Inventar” características definidoras ou fatores
de risco que não foram identificados na NANDA
[ “Inventar” fatores relacionados que não foram
identificados na NANDA
3. Planejamento
Para que o planejamento do cuidado obtenha os resultados esperados precisa:
• Estar relacionado com a reação humana identificada no enunciado do
diagnóstico;
• Ser centrado no paciente e não na enfermagem;
• Ser claro e conciso;
• Descrever um comportamento mensurável;
• Ser realista (atingível);
• Ser determinado junto o paciente (se possível);
• Apresentar um limite de tempo.
Exemplo:
Diagnóstico: Integridade da pele
prejudicada relacionada a emagrecimento,
imobilização física, idade avançada, circulação alterada, evidenciada por
hiperemia em região sacral.
Resultado esperado: O paciente apresentará melhora da integridade da pele na
região sacral em até 7 dias.
3. Planejamento
• Determinação global da assistência de enfermagem que o cliente deve receber
diante do diagn´sotico estabelecido, é o resultado da análise do diagn´sotico,
examinando alterações, necessidades afetadas e grau de dependência.
Nesta fase do processo o enfermeiro :
• deve estabelecer os diagnósticos prioritários (Quais problemas necessitam de
atenção imediata? Quais podem esperar?)
• Determina os resultados/ metas esperadas para cada diagnótico estabelecido. (O
que é esperado que o paciente/cliente atinja e em quanto tempo?)
Os resultados esperados são um componente essencial na fase de planejamento.
Devem representar condições favoráveis que possam ser alcançadas ou mantidas por
meio das ações prescritas e realizadas.
Planejamento
• Plano de ações para se alcançarem resultados em relação a um
diagnóstico de enfermagem.
• Promove a comunicação entre os cuidadores;
• Direciona o cuidado e a documentação;
• Cria um registro que pode ser usado em avaliações pesquisas e
situações legais;
• Fornece documentação das necessidades de atendimento de saúde
com finalidade de reembolso do seguro.
Como prescrever?
Ao prescrever cuidados de enfermagem, o enfermeiro deve estar atendo aos fatores
relacionados e as características definidoras na elaboração dos diagnósticos, isto
porque, ao fazer as prescrições, seu foco deve ser reverter os fatores etimológicos
associados aos diagnósticos e solucionar os sinais e sintomas.
No caso de diagnósticos de risco, as prescrições devem ser focadas na alteração ou
eliminação dos fatores de risco.
A prescrição de enfermagem deve ser redigida de maneira que quem leia entenda
claramente qual o cuidado deve ser realizado.
A prescrição deve:
Ser iniciada com Verbo no infinitivo. Deve conter o quê deve ser feito?
Como? Quando? Onde? Com que frequência? Por quanto tempo? Por quem?
Como prescrever?
Exemplos: Errado:Trocar curativos hoje.
Errado:Trocar curativo do acesso vascular central a cada 24 horas.
Correto: Realizar curativo oclusivo da ferida operatória em membro superior direito com
solução com soro fisiológico (SF) a 0,9%, gaze e fita hipoalergênica, uma vez ao dia, após
o banho e sempre que estiver sujo, úmido ou solto. Caso detecte sinais flosgísticos,
solicite avaliação do enfermeiro.
 Lembre-se
• Não elabore prescrições pré-formatadas; Não “selecione” a prescrição antes de avaliar
o paciente;
• Não propor cuidados incompatíveis com as condições da instituição, família ou
condições clínicas do paciente;
• Não prescrever coisas sem ligação direta com os diagnósticos;
• Rediga as prescrições em ordem de prioridade;
• Discuta as prescrições com a equipe;
• Discuta as prescrições com o paciente (se possível)
4. Implementação
A implementação constitui a quarta fase do processo de enfermagem.
Implementar = colocar em prática; executar.
A fase de implementação consiste em colocar em prática as ações planejadas.
O enfermeiro deve certificar-se de que as ações implementadas são
necessárias e exigidas.
Para a boa execução dessa fase é necessário que o enfermeiro e os demais
profissionais da equipe tenham habilidade técnicas e psicomotoras específicas.
Para que os cuidados sejam executados é necessario uma prescrição de
enfemagem.
A prescrição de enfermagem deve ser feita de acordo com os diagnósticos
 levantados e os resultados esperados para eles.
Prescrição de enfermagem P prescrição de cuidados
Implementação
• Implementar: colocar em prática; executar.
• Momento de realizar as intervenções propostas;
• Momento de maior interação entre o profissional e o paciente;
• Não deve se bastar na realização das ações;
• Investigação constante
5. Avaliação
• Também chamada de Evolução de Enfermagem
• Consiste na ação de acompanhar as respostas do paciente aos
cuidados prescritos e implementados, por meio de registros no
prontuário ou nos locais próprios, da observação direta da resposta
do paciente à terapia proposta, bem como do relato do paciente.
• A avaliação deve permitir a visualização do paciente, a sua evolução,
mostrando as condutas tomadas. Nesta fase o enfermeiro avalia se
atingiu os resultados eperados determinados na fase do
planejamento.
Quando o enfermeiro deve realizar a
Evolução de enfermagem?
• Diariamente para avaliação do quadro clínico do cliente, em caso de
intercorrências, nas transferências de setor/ serviços, na alta ou obito .
• Essa avaliação é de responsabilidade do enfermeiro, para que seja possível o
acompanhamento do estado geral do paciente, seu progresso e para coleta de
novos dados.
• Permite elaborar (ou rever) os diagnósticos de enfermagem, traçar novos
resultados esperados se necessário e manter ou modificar a prescrição.
• A avaliação permite ao enfermeiro a detecção dos cuidados que devem ser
mantidos, dos cuidados que devem ser modificados e para aqueles que podem
ser finalizados.
Avaliação
“Processo deliberado, sistemático e contínuo de verificação de mudanças
nas respostas da pessoa, família ou coletividade humana em um dado
momento do processo saúde doença, para determinar se as ações ou
intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado; e de
verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do
Processo de Enfermagem.”
(Resolução COFEN 358/2009)
Avaliação
• Ou Evolução de Enfermagem;
• Acompanha as respostas do paciente aos cuidados prescritos e
implementados, por meio de anotações no prontuário, da observação
direta da resposta do paciente à terapia proposta, bem como do relato do
paciente.
(TANNURE, M.C.; PINHEIRO, A. M., 2013, p. 153)
Avaliação
• Deve estar presente durante todo o processo;
• Pode ser de caráter somativo ou formativo;
• Avalia o processo, a estrutura e os resultados.
• Estrutura: relacionada com a adequação os recursos, bem como modelos de
organização;
• Processo: foca nas atividades da equipe de enfermagem, que são
observadas e julgadas;
• Resultados: evolução baseada em mudanças comportamentais.
1. Coleta dos dados
2. Diagnóstico
3. Planejamento
4. Implementação
5. Avaliação
1. Entrevista, exame
físico, prontuário
2. Interpretação dos
dados
Julgamento clínico
3. Prioridades, metas,
resultados
esperados
4. Implementar as
intervenções
5. Conferir o que foi
obtido frente às
metas
Qual é a
necessidade
de
cuidado?
Qual é a
intervenção?
Que
resultados
obtivemos?
Exemplo:
• Dignóstico de enfermagem: Integridade da pele prejudicada, relacionada a
imobilização física e circulação alterada evidenciada por ferida de 8 cm na
região do trocanter D.
• Resultado esperado: O paciente apresentará melhora da lesão da região do
trocanter D, com redução de tamanho em até 15 dias.
• Prescrição de Enfermagem:
– Realizar mudança de decúbito de 2/2 horas. Não posicionar o paciente em
decúbito lateral D. (Técnico de enfermagem) - 8h 10h 12h 14h 16h 18h
20h 22h 24h 4h 6h
– Instalar colchão piramidal hoje (Técnico de enfermagem) - 8h
– Fazer curativo em lesão na região do trocanter D com SF 0,9% em jato e
curativo de alginato de cálcio, ocluindo-o com gaze e fita hipoalergênica hoje.
- 8h30
E vc? Pense em outros exemplos e
compartilhe!!
Pedir a turma que faça a experiência de tentar construir um exemplo, ou
relatar um que tenham vivenciado!
15 Minutos, em duplas (colega ao lado mesmo) e depois escolher alguns
para serem colocados para rápida discussão.
Importância da SAE
• Propicia condições para coordenar a assistência;
• Permite avaliação objetiva dos cuidados;
• Promove o desenvolvimento
da profissão;
• Amplia as áreas de pesquisa em enfermagem;
• Instrumentaliza do ensino de enfermagem;
• Define o espaço do enfermeiro na equipe de enfermagem;
Importância da SAE
• Auxilia na determinação das prioridades na assistência de enfermagem;
• Permite um cuidado individualizado;
• Propicia cuidados contínuos;
• Contribui para a melhora da qualidade da assistência.
Taxonomia
Sistemas de classificação; conhecimentos estruturados nos quais elementos
substantivos de uma disciplina são organizados em grupos ou classes com base em
suas semelhanças.
➢ Existem diversas Taxonomias, entre elas:
➢ NANDA- North american nursing diagnosis association
• Classificação de diagnósticos de enfermagem – utilizada na segunda fase do
processo de enfermagem
• NOC – Nursing ouctomes classification
• Classificação de resultados esperados - utilizada na terceira fase do processo de
enfermagem.
• NIC- Nursing Intervention Classification
• Classificação de intervenções de enfermagem-utilizada na quarta fase do processo
de enfermagem
• E os sistemas NANDA, NIC e NOC para a AB e SM?
 
• Eles são relacionados às necessidades biológicas.
• NANDA = necessidades de cuidado de enfermagem a partir de sinais e sintomas
• NIC = propõe as intervenções de cuidado necessárias encontradas a partir do
diagnóstico de enfermagem
• NOC = avalia a eficácia desse cuidado.
 
• Evidencia-se nestes sistemas a preocupação com a autonomia profissional, pois
estes traçam o caminho para o cuidado e, dessa forma, as ações de
enfermagem podem ser comparadas, inclusive por diversos países que utilizam
tais sistemas, favorecendo com que a prática de enfermagem seja reconhecida
e padronizada.
• 
• E o projeto CIPESC, CIPE para a AB e SM?
 
• Aproxima-se mais das necessidades biopsicossociais.
 
• Busca padronizar a linguagem em Atenção Básica à Saúde
• Moldada de acordo com a ênfase maior do cuidado, na perspectiva de Saúde
Coletiva. O projeto CIPE é desenvolvido como um marco unificador das
diferentes classificações, portanto não apresenta parte de uma visão unilateral
do processo saúde-doença, mas sim unifica todas as formas de conhecimento.
• Portanto, o CIPE e o CIPESC aproximam-se mais da autonomia do paciente, uma
vez que buscam o reconhecimento da sua forma de viver, propiciando
estratégias que fortalecem a autonomia das pessoas (cuidadas). Também são
instrumentos para aumentar a visibilidade e o reconhecimento profissional,
promovendo maior autonomia para a enfermagem.
ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM
• “Os registros efetuados pela equipe de enfermagem (enfermeiro, técnico e auxiliar de
enfermagem) têm a finalidade essencial de fornecer informações sobre a assistência prestada,
assegurar a comunicação entre os membros da equipe de saúde e garantir a continuidade das
informações nas 24 horas, condição indispensável para a compreensão do paciente de modo
global.
• A Anotação de Enfermagem é fundamental para o desenvolvimento da Sistematização da
Assistência de Enfermagem (SAE), pois é fonte de informações essenciais para assegurar a
continuidade da assistência. Contribui, ainda, para a identificação das alterações do estadoe das
condições do paciente, favorecendo a detecção de novos problemas, a avaliação doscuidados
prescritos e, por fim, possibilitando a comparação das respostas do paciente aos cuidados
prestados.”
• Algumas regras são importantes para a elaboração das Anotações de Enfermagem, dentre as
quais:
• Devem ser legíveis, completas, claras, concisas, objetivas, pontuais e cronológicas;
• Devem ser precedidas de data e hora, conter assinatura e identificação do profissional ao final
de cada registro;
• Não conter rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou espaços;
• Conter observações efetuadas, cuidados prestados, sejam eles os já padronizados,de rotina e
específicos;
Fonte: Livreto do COREN SP Anotações de enfermagem
ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM
• Devem, ainda, constar das respostas do paciente frente aos cuidados prescritos
pelo enfermeiro, intercorrências, sinais e sintomas observados;
• Devem ser registradas após o cuidado prestado, orientação fornecida ou
informação obtida;
• Devem priorizar a descrição de características, como tamanho mensurado (cm,
mm, etc.), quantidade (ml, l, etc.), coloração e forma;
• Não conter termos que deem conotação de valor (bem, mal, muito, pouco, etc.);
• Conter apenas abreviaturas previstas em literatura;
• Referentes a dados simples, que não requeiram maior aprofundamento científico.
Não é correto, por exemplo, o técnico ou auxiliar de enfermagem anotar dados
referentes ao exame físico do paciente, como abdome distendido, timpânico;
pupilas isocóricas, etc., visto que, para a obtenção destes dados, é necessário ter
realizado o exame físico prévio, que constitui ação privativa do enfermeiro.
Fonte: Livreto do COREN SP Anotações de enfermagem
ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM
• Ao tratar do assunto Registros de Enfermagem, destacamos que uma das principais interpretações
distorcidas aplica-se à diferença entre Anotação de Enfermagem e Evolução de Enfermagem. Diante disso,
apresentamos resumidamente, as principais diferenças entre esses registros:
Anotação Evolução
Dados brutos Dados analisados
Elaborada por toda
equipe de enfermagem
(enfermeira, técnico e
auxiliar de enfermagem)
Elaborada apenas
pelo enfermeiro
Referente a um momento Referente ao
período de 24h
Dados pontuais Dados processados
e contextualizados
Registra uma observação Registra a reflexão
e análise de dados
Vantagens do processo de enfermagem
• Proporciona Individualização da assistência
• Agiliza diagnósticos e tratamentos
• Planejamento efetivo de custos
• Fornece documentação precisa: ajuda na melhora comunicação
• Promove flexibilidade e pensamento independente
• Auxilia pacientes/cuidadores a perceberem a importância da participação deles no
processo
• Promove o cuidado contínuo e integrado
• Propicia condições para coordenar a assistência;
• Permite avaliação objetiva dos cuidados;
• Promove o desenvolvimento da profissão;
• Amplia as áreas de pesquisa em enfermagem;
• Define o espaço do enfermeiro na equipe de enfermagem;
• Auxilia na determinação das prioridades na assistência de enfermagem;
• Permite um cuidado individualizado e contínuo;
• Contribui para a melhora da qualidade da assistência.
Referências Bibliograficas
GEORGE, J.B. e col. Teorias de Enfermagem – dos fundamentos à prática profissional. 4ºed. Porto Alegre: Artmed,
2000.
TOMEY, A. M. & ALLIGOOD, M. R. Nursing Theorists and their Work. 4ª edition. St. Louis: Mosby, 1998.
TANNURE, M.C.; PINEIRO, A.M. Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE. In: ____. SAE: Sistematização da
Assistência de Enfermagem: guia prático. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 7-12
TANNURE, M.C.; PINEIRO, A.M.; CARVALHO, D. V. O processo de enfermagem. In: ____. SAE: Sistematização da
Assistência de Enfermagem: guia prático. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. p. 25-30.
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Resolução COFEN - 358/2009. Dispõe sobre a Sistematização da Assistência
de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre
o cuidado profissional de Enfermagem, e dá outras providências. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-
cofen-3582009_4384.html
COREN Conselho Regional de enfermagem SP Livreto de anotação de enfermagem
HORTA, W. A. Processo de Enfermagem. São Paulo: EPU, 1979.
Diagnóstico de enfermagem.Definições e classificações: 2015-2017. Porto Alegre: Artmed,2015.
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