Buscar

2 Antropometria adulto

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

*
Profa. Vanessa Barreto
Avaliação nutricional
Práticas III
*
Vanessa Barreto
Bacharel em Educação Física - UPE;
Nutricionista - UFPE;
Especialista em Exercícios aplicados à Reabilitação Cardíaca;
Especialista em Nutrição Esportiva;
Pós Graduanda em Nutrição Esportiva Funcional - UNICSUL;
Coordenadora e Professora Pós Graduação em Nutrição - IDE.
Professora UniFg (Nutrição e Educação Física);
Nutricionista – Academia e Consultório Particular;
Nutricionista do Ciclismo BMX Brasil;
*
Métodos de Avaliação Nutricional
*
*
Antropometria 
O termo antropometria tem sua origem do grego: anthropo, que significa homem, e metron, medida. É o estudo das medidas corpóreas e de suas proporções .
Um indicador direto de estado nutricional.
Simples, rápido, baixo custo, não- invasivo e equipamentos de fácil aquisição.
Baixa sensibilidade para monitorar mudanças corpóreas em curto prazo.
*
Principais medidas utilizados:
 Peso
 Estatura
 Circunferências (braço, cintura, quadril, abdome, entre outras)
 Dobras Cutâneas (bicipital, tricipital, subescapular, supra ilíaca, entre outras)
Antropometria
*
O QUE É O IMC?
*
IMC – Índice de Massa Corpórea
IMC = Peso atual (kg)
 Altura² (m)
Obs.: Altura²= altura x altura
*
IMC – Índice de Massa Corpórea
Índice de massa corpórea ou índice de Quetelet.
Muito utilizado, por sua simplicidade e boa relação com gordura corporal e risco de mortalidade.
Critérios diferenciados para avaliação do IMC de crianças, adolescentes, idosos e gestantes.
Limitações:
Não distingue peso atribuído a massa muscular ou gordura.
Além de não avaliar distribuição de gordura.
Portanto o IMC não deve ser usado sozinho, deve ser associado a indicadores de composição corporal e distribuição de gordura.
*
(OMS 1995 e 1997)
IMC – Índice de Massa Corpórea 
(adulto)
*
PORQUE PESAR O PACIENTE?
QUAL A IMPORTÂNCIA DO PESO?
*
Peso
Soma de todos os componentes corpóreos.
Reflete o equilíbrio proteico- calórico.
*
COMO PESAR?
QUE TÉCNICA UTILIZAR?
*
Peso (técnica para verificação)
*
Peso (técnica para verificação)
*
Peso (técnica para verificação)
*
Peso (técnica para verificação)
*
Peso (técnica para verificação)
*
Peso (Tipos de balança)
Balança mecânica, manual 
ou do tipo “filizola”.
Capacidade 150 kg;
Para obesos 300kg;
Balança pediátrica:
< 2 anos ou até 16kg.
*
Peso (Tipos de balança)
Balança digital ou eletrônica.
Capacidade 100 ou 150 kg;
Balança pediátrica
*
Peso (Tipos de balança)
Cama balança 
Maca balança
*
EXISTE APENAS 1 PESO?
OU MAIS DE 1 PESO?
*
Peso Atual (PA) – posicionado em pé, no centro da balança, descalço e com roupas leves.
Peso Habitual (PH) ou Peso usual usado para avaliar mudança de peso recente e em casos de impossibilidade de medir o peso atual. 
Peso Ideal (PI) ou Peso desejável 
Usado quando o peso atual e habitual for desconhecido.
Quando quer saber o “peso adequado” de um determinado indivíduo (ex.: quadro de desnutrição ou excesso de peso).
Peso (Considerações)
*
Peso Ideal (PI) ou Peso desejável
*IMC desejado pode ser definido pelo avaliador ou pode utilizar os valores médios de IMC segundo a OMS:
Homem adulto: 22,0 kg/m² Mulher adulta: 21 kg/m²
Exemplo peso ideal : 
Dados 
Sexo: masculino
Idade: 32 anos Altura: 1,71m.
A²= 1,71 x 1,71 = 2,92m²
Peso ideal = 22,0 x 2,92 = 64,24 Kg
Peso (Considerações)
PI = IMC desejado x (altura (m))2
*
Adequação do peso:
Percentual de adequação do peso atual em relação ao ideal ou desejável.
Peso (Considerações)
*
EXEMPLO Adequação do peso:
Paciente, sexo feminino, 32 anos, peso 40 kg, estatura – 1,5 m.
IMC = 40/ 1,5x1,5
IMC = 40/2,25
IMC = 17,7 Kg/m² (magreza grau I)
PI = IMCi x alt ²
PI = 21 X 2,25
PI = 47,25 Kg
Adequação = 40 x 100 = 84,6 % (desnutrição leve)
 47,25
Peso (Considerações)
Obs.: Quando a adequação de peso for inferior a 95% ou superior a 115% é necessário fazer o peso ajustado. 
*
Peso (Considerações)
Peso Ajustado:
 É o peso ideal corrigido quando o indivíduo apresentar baixo peso (adequação do peso inferior a 95%) ou excesso de peso (adequação do peso superior a 115%).
*
Paciente hospitalizado:
Obesidade Severa ou Desnutridos graves
Como calcular suas necessidades energéticas?
Que peso utilizar?
Peso atual – Superestimar as necessidades
Peso Ideal – Subestimar as necessidades 
Sugestão - Utilizar um meio termo
Peso Ajustado
Peso (Considerações)
*
EXEMPLO peso ajustado:
Paciente, sexo feminino, 32 anos, peso 40 kg, estatura – 1,5 m.
IMC = 40/ 1,5x1,5
IMC = 40/2,25
IMC = 17,7 Kg/m² (magreza grau I)
PI = IMCi x alt ²
PI = 21 X 2,25
PI = 47,25 Kg
Adequação = 40 x 100 = 84,6 % (desnutrição leve)
 47,25
Peso ajustado = (47,25 – 40) x 0,25 + 40
Peso ajustado = 41,8 kg
Peso (Considerações)
*
Peso ajustado = (Peso atual – Peso Ideal) x 0,25 + Peso Ideal
Peso ajustado = (119 – 72,8) x 0,25 + 72,8
Peso ajustado = 84,3 Kg
Peso (Considerações)
40,7 Kg/m2
72,8Kg
EXEMPLO peso ajustado:
*
Perda de peso involuntária é importante para avaliar a gravidade do problema de saúde, pois se correlaciona com mortalidade.
% de perda de peso = (peso habitual - peso atual) x 100
 peso habitual
o tempo em que o paciente perdeu o peso é fundamental!!!
Peso (Considerações)
Percentual de perda de peso: identificar a perda de peso em relação ao peso habitual.
*
ASPEN, 1993.
Peso (Considerações)
*
% perda de peso = (Peso hab – Peso atual) x 100 
 peso hab
% perda de peso = 30,43% (Perda de Peso Grave em 6 meses)
Peso (Considerações)
13,67 Kg/m2
*
Peso (Considerações)
Estimativa de peso com edema: na presença de edema que causa aumentos dos fluidos extracelulares e podem mascarar o peso do paciente.
*
Estimativa de peso com ascite: na presença de ascite que causa aumentos dos fluidos na cavidade abdominal e podem mascarar o peso “real” do paciente.
Peso (Considerações)
“Peso seco” = peso atual – peso resultante da ascite 
*
Peso (Considerações)
Homem, 30 anos, Peso = 60 kg Alt= 1,6 m
Apresenta edema de raiz de coxa e ascite moderada;
Calculo o IMC atual dessa paciente.
Peso = 60 – 6 (ascite) – 6 (edema)
Peso = 48 kg
IMC = 48/ (1,6)² = 18,7 Kg/m² 
*
Como verificar a altura?
Que equipamento utilizar?
*
Obtida através do uso de estadiômetro ou infantômetro (0 – 2 anos);
Estatura
*
Estatura
 Colocar o avaliado na posição ereta, calcanhares, panturrilha, escapula e ombros encostados na parede/estrutura do estadiômetro, pés juntos e braços estendidos ao lado do corpo.
 Cabeça erguida, mirando o horizonte (90º graus).
 Peça que o avaliado inspire profundamente e prenda a respiração por alguns segundos.
 Nesse momento, desça o esquadro até que o mesmo encoste no ponto mais alto da cabeça da pessoa (vértice), com pressão suficiente para comprimir o cabelo da pessoa.
 Realizar leitura e anotar o valor na ficha, sem arredondamentos;
 Número de vezes a realizar a medida: duas (02).
*
CIRCUNFERÊNCIAS E 
DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL
*
Distribuição de gordura:
 - ANDRÓIDE (OBESIDADE ABDOMINAL) – Doenças cardiovasculares e metabólicas.
GINÓIDE (PERÍFERICA – GLÚTEOS, QUADRIS E COXAS) – Doenças vasculares;
A distribuição de gordura esta envolvida com o risco de desenvolver certas doenças;
DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL
*
 Distribuição de gordura: do tipo ANDRÓIDE (OBESIDADE ABDOMINAL) é composta por:
- Gordura visceral
- Gordura subcutânea
Dependendo do tipo de gordura predominante podemos classificar a obesidade
abdominal como subcutânea ou visceral. 
Sendo a visceral de maior risco a saúde, associada a doença cardiovascular, diabetes, dislipidemias, alterações metabólicas.
DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL
*
DISTRIBUIÇÃO DE GORDURA CORPORAL
Obesidade abdominal com maior acúmulo de gordura subcutânea
Obesidade abdominal com maior acúmulo de gordura visceral
Formato do abdômen: pochete 
Ao deitar a gordura espalha para os lados
Aparência de “gordura mole”
Considerada menos prejudicial a saúde
É mais difícil de perder
Formato do abdômen: bola
Ao deitar o abdômen permanece rígido
Aparência de “gordura dura”
Fator de risco para saúde
É mais fácil de perder
*
Como medir as circunferências?
Fazer a medida em duplicata;
Individuo ereto, abdômen relaxado (ao final da expiração), braços estendidos ao lado do corpo e pé juntos.
Verificar se a fita está no mesmo nível ao redor da área de interesse.
Medir o perímetro com o zero da fita estando por baixo do valor da leitura
Realizar as mensurações exercendo leve pressão sobre a pele; evitar apertar excessivamente a fita 
Não deixar o dedo entre a fita e a pele e, sempre que possível, medir sobre a pele nua.
*
Como medir as circunferências?
*
Circunferência da cintura (CC)
CC1: não apresenta dificuldade de identificação, inclusive em indivíduos obesos. É o ponto imediatamente abaixo da última costela, que é, em geral, na margem anterior da região lateral, em ambos os lados do tronco.
CC2: o local mais recomendado. É de fácil identificação visual na maioria dos indivíduos, menor circunferência entre a última costela e a crista ilíaca.
 CC3: são necessárias a identificação absoluta do ponto médio entre a última costela e a crista ilíaca e, portanto, a correta localização e marcação de dois pontos anatômicos, fazendo com que esse método leve mais tempo entre as avaliações que os outros descritos. 
CC4: a medida imediatamente acima da crista ilíaca é a tecnicamente mais difícil, além de ser de difícil estabilização da fita na superfície da pele. 
*
Circunferência da cintura (CC)
*
Circunferência da cintura
Utilizada para avaliar distribuição de gordura corporal.
Circunferência da cintura elevada está associada a complicações metabólicas.
*
Circunferência abdominal (CA)
A circunferência do abdome é medida, geralmente, sobre a cicatriz umbilical.
*
Circunferência Abdominal
*
Circunferência do Quadril (CQ)
*
Relação cintura-quadril
Índice utilizado para identificar distribuição de gordura corporal.
*
OUTRAS CIRCUNFERÊNCIAS...
*
Circunferência do braço (CB)
Realizar a medida 2 vezes.
Equipamento: fita métrica.
Técnica: O avaliado deve estar com roupas leves ou com a toda a área do braço exposta, de modo a permitir uma total exposição da área dos ombros. Posicione-se atrás do avaliado. Solicitar ao avaliado que flexione o cotovelo a 90º, com a palma da mão voltada para o abdome. Localizar e marcar o acrômio. Localizar e marcar o olécrano. Medir a distância entre o acrômio e o olecrano com a fita. Calcular e marcar o ponto médio. Pedir ao avaliado, que em posição ereta, relaxe o braço, deixando-o livremente estendido ao longo do corpo. Com a fita métrica inelástica, fazer a medida da circunferência do braço em cima do ponto marcado, sem fazer compressão; 
Registrar o valor obtido, imediatamente, sem arredondamentos. Repetir o processo para obtenção de uma segunda medida.
*
Circunferência do braço (CB)
Utilizada para estimar a reserva proteica e de tecido adiposo;
Pode ser considera medida independente;
O resultado obtido é comparado com valores de referência para sexo e idade (percentil 50).
Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100
 CB do percentíl 50
 Estado nutricional segundo a CB
Blackburn, G. L. e Thornton, P. A., 1979.
*
Fonte: Frisancho, AR. 1990
Circunferência do braço: 
valores de referência
*
EXEMPLO:
mulher, 25 ANOS, CB= 25 cm;
Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100
 CB do percentíl 50
Adeq CB= 25 X 100/ 27,6 = 90, 5 % (eutrofia)
Circunferência do braço (CB)
*
DOBRAS CUTÂNEAS
*
Utilizado para estimar a gordura corporal;
A espessura da dobra reflete a espessura da pele e tecido adiposo subcutâneo;
Método relativamente simples, baixo custo e não-invasivo, para estimar a gordura corporal total;
Existem mais de 90 locais anatômicos onde a medida de uma dobra cutânea pode ser medida.
Avaliador precisa ser treinado para realizar adequadamente a técnica de verificação;
Precisa de equipamento especifico – adipômetro; (deve esta calibrado)
Não é preciso para obesos mórbidos (limitada pelo excesso de tecido adiposo);
Dobras cutâneas
A medição das dobras imediatamente após o exercício não é recomendada, pois o deslocamento de fluidos corporais em direção a pele, tendendo a aumentar a espessura da dobra. 
*
Anatomia de uma dobra cutânea
*
 Adipômetros
Harpenden
Cescorf
Sanny
Lange
Outros nomes: compasso de dobras cutâneas, espessímetro ou plicômetro.
*
Científico
Clínico
Didático
 Adipômetros
Sensibilidade de 1mm
Sensibilidade de 0,1mm
*
Digitais
 Adipômetros
*
COMO MEDIR AS DOBRAS CUTÂNEAS?
*
COMO MEDIR AS DOBRAS CUTÂNEAS???
*
COMO MEDIR AS DOBRAS CUTÂNEAS?
SEGUNDO HEYWARD E STOLARCZYK, 2000;
1 – Mensurar dobra, sempre que possível com o paciente em pé, com braço relaxados e estendidos ao longo do corpo, diretamente na pele do avaliado, sem qualquer substancia que influencie no pinçamento da dobra.
2 – Padronizar o lado que será utilizado para medição (lado direito). É importante manter nas demais aferições.
3 – Identificar, marcar e medir criteriosamente o local da dobra. Segurar firmemente a dobra, entre o polegar e o indicador da mão esquerda, a 1 cm acima do local a ser medido;
4 – Destacar a dobra de modo a assegurar que o tecido muscular não tenha sido pinçado, garantindo somente a medicação da pele e do tecido adiposo;
5 – Posicionar o adipômetro perpendicular a dobra e soltar a pressão da haste lentamente;
6 – Manter a dobra pressionada com os dedos durante a medição;
7 – Fazer a leitura até 4 segundos (preferencialmente 3s) após a pressão ser aplicada;
8 – Abrir a haste do adipômetro, para remove-lo do local e fecha-lo lentamente para prevenir danos e perda de calibragem;
9 – Medir a dobra no mínimo 2 vezes em cada local, se o valor diferir +/- 5% fazer medições adicionais. Deve-se fazer a média das medidas;
10 – Fazer as medidas de forma rotativa, ao invés de leitura consecutiva. A avaliação deve ser feita pelo mesmo examinador a fim de evitar variações interavaliador;
 
*
A mais utilizada na prática clínica para monitorar o estado nutricional;
É necessário localizar o ponto médio entre o acrômio e o olecrânio, com o braço flexionado junto ao corpo, formando um ângulo de 90º.
Mensurar dobra na parte posterior do braço, com braço relaxados e estendidos ao longo do corpo;
O resultado é expresso em milímetros e comparado com o padrão estabelecido por Frisancho (1981) de acordo com sexo e idade;
Dobra cutânea Tricipital (DCT)
*
Dobra cutânea Tricipital (DCT)
*
*
*
Dobra cutânea Tricipital (DCT)
A DCT(Dobra cutânea tricipital) - é o parâmetro antropométrico mais utilizado na pratica clinica, para avaliar reserva de gordura corpórea.
Deve haver padronização e treinamento da técnica, afim de evitar erros inter e intra-avaliador.
 Adequação da DCT (%) = DCT obtida (mm) x 100
 DCT do percentíl 50
Blackburn, G. L. e Thornton, P. A., 1979.
*
Dobra cutânea Tricipital
EXEMPLO:
HOMEM, 45 ANOS, DCT= 9 mm;
Adeq DCT = 9 X 100
 12
Adeq DCT = 75% (desnutrição moderada)
*
Dobra deve ser feita no mesmo nível da Dobra
cutânea tricipital;
Na face anterior do braço;
É utilizada em fórmulas de predição de gordura total;
Dobra cutânea bicipital (DCB)
*
Dobra cutânea Subescapular (DCSE)
*
Dobra cutânea Suprailíaca (DCSI)
*
Atividades
Fazer exercício para treinar os cálculos.
Estudar o check-list (preparação para o treino de habilidades).

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando