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Exames Laboratoriais na Avaliação Nutricional Conteúdo Avaliação da massa somática Avaliação das proteínas viscerais Proteínas de fase aguda Avaliação imunológica Índices prognósticos nutricionais Balanço nitrogenado Avaliação da massa proteica somática Avaliação da massa proteica somática 1. Índice creatinina-altura (ICA) Creatinina = metabólito da creatina e fosfocreatina que são 98% armazenados no musculo esquelético. Meia vida = 4h 100% eliminada na urina Avaliação da massa proteica somática Realização do teste: Coleta-se urina de 24 h (15 min + ou – gera erro de 1%) por 3 dias Utiliza-se a média da creatinina urinária dos 3 dias e aplica-se na fórmula: ICA = média creatinina urinária de 24h do pcte Creatinina urinária ideal X 100 Índice creatinina-altura (ICA) E se o paciente for maior do que a estatura máxima da tabela? H = 23mg/kg/dia M = 18mg/kg/dia Avaliação da massa proteica somática Interpretação: 80 – 90% depleção leve 60 – 80% depleção moderada < 60% depleção grave Índice creatinina-altura (ICA) Avaliação da massa proteica somática Cálculo da massa muscular (kg) pela creatinina: 1. Dieta livre Massa magra = 0,0291x creatinina urinária(mg/dia) + 7,38 2. Dieta restrita em carne Massa magra = 0,0241 x creatinina urinária(mg/dia) + 20,7 Avaliação da massa proteica somática Fatores limitantes na utilização do ICA Nefropatia Hepatopatia? Idosos variabilidade de 4-8% na excreção de creatinina no mesmo idoso em dias diferentes Dieta rica em carnes restringir 24-48h antes da coleta da urina Vegetarianos estritos Atividade física intensa Imobilização Cefalosporinas, levodopa e VIT C elevam creatinina Índice creatinina-altura (ICA) Avaliação das proteínas viscerais Avaliação das proteínas viscerais Desnutrição compromete integridade visceral > dos órgãos perde massa proporcionalmente à perda de massa corporal total (exceto cérebro) Fígado sofre ainda mais com a desnutrição Avaliação das proteínas viscerais Proteínas avaliadas Albumina Transferrina Pré-albumina Proteína ligadora de retinol Síntese hepática Avaliação das proteínas viscerais Albumina PTN mais abundante no plasma Fundamental na manutenção da pressão oncótica Transporta várias substâncias (AGL, drogas, cálcio etc.) Utilizada nos índices prognósticos nutricionais Ampla utilização na prática pelo baixo custo Desvantagem = longa meia vida (14-21d) Avaliação das proteínas viscerais Estudos revelam que: Hipoalbuminemia = morbimortalidade gravidade OBS: valores aumentados são raros, mas podem ocorrer em: • desidratação • infusão parenteral de albumina Avaliação das proteínas viscerais Interpretação dos Valores > 3,5 mg/dl normal 3 – 3,5 mg/dl depleção leve 2,4 – 2,9 mg/dl depleção moderada < 2,4 mg/dl depleção grave Albumina Albumina < 3,0 + PTN totais < 5,0 (6 – 9g %) > Risco de complicações pós-operatórias Albumina < 2,5 = edema Avaliação das proteínas viscerais Limitação do seu uso como indicador nutricional Doença hepática fase aguda Hiperhidratação Perdas profusas: queimaduras, má absorção, síndrome nefrótica Albumina é marcador de estado Nutricional?? [ ] sérica albumina não se correlacionou com massa magra e massa esquelética, avaliadas por BIA e DEXA Albumina sérica é preditora de MORBIMORTALIDADE e não de DESNUTRIÇÃO Bouillanne O et al. Evidence that albumin is not a suitable marker of body composition-related nutritional status in elderly patients. Nutrition 2010;27:165-9 2011 Avaliação das proteínas viscerais Transferrina Transporta ferro no organismo Meia vida de 8 - 9 dias (turnover intermediário) detecta disturbios nutricionais precocemente comparada à albumina Avaliação das proteínas viscerais Determinação da Transferrina Transferrina = (0,8 x TIBC) - 43 Interpretação: 150 – 200 mg% depleção leve 100 – 150 mg% depleçãomoderada < 100 mg% depleção grave ASPEN Avaliação das proteínas viscerais Fatores limitantes da interpretação Carência de ferro Gravidez Fase precoce das hepatites agudas Perdas sanguíneas crônicas Transferrina Infecções crônicas Dçs hepáticas crônicas Neoplasias Sobrecarga de ferro Fase aguda Avaliação das proteínas viscerais Pré albumina (transtiretina) Transporta homônios tireoidianos Rápido turnover (2 dias) Reduz na desnutrição como as anteriores Utilizada no índice prognóstico nutricional (Mullen) Interpretação: 20 mg/dl normal 10 – 15 mg/dl depleção leve 5 – 10 mg/dl depleção moderada < 5 mg/dl depleção grave Pré albumina Avaliação das proteínas viscerais Limitações de seu uso Dç hepática Dç renal Fase aguda Índices prognósticos Nutricionais Índices prognósticos Objetivo Identificar doentes em risco de complicações e que possam se beneficiar de intervenção nutricional Conteúdo Indice Prognóstico Nutricional (IPN) – Mullen Indice Prognóstico Inflamatório Nutricional (IPIN) – Ingenbleck IPIN simplificado IPN - Mullen INTERPRETAÇÃO HTT Não reator = 0 Enduração < 5mm = 1 Enduração > 5mm = 2 IPIN - Ingenbleck INTERPRETAÇÃO IPIN SIMPLIFICADO (IPINs) Avalia-se apenas a relação entre as 2 principais proteínas do IPIN (albumina e PCR) Menor custo = maior utilização na prática clínica IPINs = PCR albumina INTERPRETAÇÃO >2 risco elevado de infecção/ morte 1,2 – 2 risco médio 0,4 – 1,2 baixo risco < 0,4 sem risco PCR A importância da dosagem seriada (curva) Estímulo inflamatório Curva de PCR C o n c e n tr a ç ã o s é ri c a d e P C R tempo Avaliação da competência imunológica Avaliação da competência imunológica Contagem total de linfócitos (CTL) Fatores limitantes o anestesias (retorno ao normal apenas após 48h) o infecções oCirrose hepática o alguns medicamentos Pode ser um indicador útil de risco de complicações infecciosas em idosos, mas não é considerado bom método de avaliação nutricional. (Projeto Diretrizes, 2011) Avaliação da competência imunológica Hipersensibilidade cutânea tardia (HCT) Desnutrição retarda a hipersensibilidade cutânea a antígenos conhecidos Realização do Teste: Injeção intradérmica de aprox. 0,1 ml de antígenos normalmente conhecidos A leitura se faz após 24 a 48h Interpretação Enduração de 5 -10 mm depleção moderada < 5 mm depleção grave http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/images/ency/fullsize/9773.jpg&imgrefurl=http://www.nlm.nih.gov/medlineplus/ency/imagepages/9773.htm&h=320&w=400&sz=15&hl=pt-BR&start=2&tbnid=YmtcYvtBaGCuKM:&tbnh=99&tbnw=124&prev=/images%3Fq%3DPPD%26gbv%3D2%26svnum%3D10%26hl%3Dpt-BR Monitorando a Terapia Nutricional Monitorando a TN Balanço Nitrogenado Não serve para avaliar estado nutricional Permite avaliar o grau de equilíbrio nitrogenado (dinâmica energético-proteica) logo, a eficácia da TN Realizar a cada 5 - 7 dias para adequar oferta proteica Balanço nitrogenado (BN) BN = g Nitrogenio ingerido – g Nitrogênio excretado Onde: N ingerido = Ptn ingerida PTN = 16% de N 6,25 N excretado = gN ureico urinário 24h + 4 (perdas insensíveis) G N ureico urinário = g ureia urinaria 24h 2,14 Uréia = 47% de N Balanço nitrogenado Resumindo... BN = ptn ingerida - g uréia urinária + 4 6,25 2,14 ( ) InterpretaçãoN excretado < 5gN excretado < 5g = normal N excretado de 5 N excretado de 5 -- 10g10g = catabolismo leve N excretado 10N excretado 10–– 15g15g = catabolismo moderado N excretado > 15gN excretado > 15g = catabolismo grave Balanço nitrogenado Limitações Para se obter precisão, só pode ser feito em pacientes internados Metodológicas – coleta errada da urina de 24h Insuficiência renal – retém uréia e subestima BN Hepatopatias - < síntese de uréia Má absorção intestinal, fístulas e queimaduras - > perdas Até a próxima!
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