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Aula Projeto e Desenvolvimento de Produto -embalagem

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EMBALAGENS PARA ALIMENTOS
I. FINALIDADES:
A) PROTEGER O ALIMENTO DE CONTAMINAÇÕES OU PERDAS E “CONTER” O ALIMENTO.
B) FACILITAR E VIABILIZAR O TRANSPORTE DO PRODUTO
C) PERMITIR A DISTRIBUIÇÃO SEGURA DOS PRODUTOS
D) IDENTIFICAR O CONTEÚDO EM QUALIDADE E QUANTIDADE
E) IDENTIFICAR O FABRICANTE 
F) ATRAIR A ATENÇÃO PARA A AQUISIÇÃO DO PRODUTO
G) INSTRUIR O CONSUMIDOR SOBRE AS FORMAS DE UTILIZAÇÃO DO ALIMENTO.
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II. REQUISITOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS P/ UMA EMBALAGEM (IDEAL):
NÃO SER TÓXICA
DAR PROTEÇÃO SANITÁRIA 
AGIR COMO UMA BARREIRA A PASSAGEM DE UMIDADE, AR E LUZ;
SER RESISTENTE AO IMPACTO
TER BOA APARÊNCIA/DESENHO
SER DE FÁCIL ABERTURA
TER LIMITAÇÕES DE PESO, FORMA E TAMANHO
CUSTO VIÁVEL
NÃO POLUENTE
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Perecibilidade de Alimentos: relacionada ao desenvolvimento microbiano e à ocorrência de reações bioquímicas e físico-químicas; a vida útil é determinada pelas características iniciais de cada produto (pH, atividade de água, disponibilidade de nutrientes e estrutura física/presença de proteções).
Embalagem: 
 a) Possui papel essencial na conservação dos alimentos, pois o protege das alterações que levam ao fim de sua vida útil. 
b) É o veículo de comunicação entre o produto e o consumidor final, cabendo a ela ser atrativa para vender o produto e instruir o consumidor a respeito da correta conservação e do preparo do alimento. Além de apresentar as informações nutricionais de forma clara e correta.
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A embalagem: 
É fundamental na preservação dos alimentos, pois ela garante que os esforços dedicados no processamento de um alimento serão mantidos na cadeia de distribuição, obtendo-se, ao seu final, um produto adequado ao consumo.
b) Se adequada protege o produto alimentício de fatores como: oxigênio, luz, umidade, odores estranhos, perda de valor nutricional, aroma e de contaminação microbiológica.
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c) Deve ser um canal eficiente de comunicação entre produto e  consumidor, indicando os requerimentos necessários para conservação e correto preparo do produto e também de fácil manipulação. 
Outros fatores importantes para a escolha de uma embalagem são eficiência de produção (custo), impacto ambiental e segurança, mensurada principalmente pela migração de compostos da embalagem para o produto.
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TIPOS DE EMBALAGENS: 
METÁLICAS:
 Utilizadas desde 1810 e destinadas principalmente a produtos tratados termicamente, devido à sua boa resistência a altas pressões e temperaturas e também por sua estabilidade mecânica . 
 As principais embalagens metálicas são constituídas de aço ou alumínio, sendo que as de aço apresentam maior resistência mecânica.
 Vantagens das embalagens metálicas: 
● boa barreira a gases e vapor de água, proteção contra luz e estabilidade mecânica.
● permite o processamento do alimento após envase, o que reduz o risco de contaminação e deterioração do produto após o processamento.
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OBS: 
1) Apesar das embalagens metálicas não serem tão inertes ( o que é uma desvantagem ) como por exemplo o vidro, a interação  embalagem-alimento pode ser minimizada por intermédio do uso de vernizes apropriados que impedem a migração do metal para o alimento e sua corrosão, especialmente quando o material embalado for ácido . 
2) Outras desvantagens das embalagens metálicas incluem: maior custo e peso (quando comparado a embalagens plásticas) e também a impossibilidade de visualização do produto.
3) A melhoria dessas embalagens é constante e tem sido alcançada pela indústria por meio de  desenvolvimento de vernizes mais eficientes, novos desenhos e reduções de espessura da folha metálica.
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2. Celulósicas
Normalmente empregadas para contato direto com alimentos em conjunto com outros materiais, a exemplo dos revestimentos poliméricos (filmes plásticos), ceras e parafinas. 
Quando não-revestidas são empregadas essencialmente para embalagem de produtos sólidos secos, como os farináceos devido à grande sensibilidade dos materiais celulósicos à umidade, ou no contato breve, como em fast food.
Materiais celulósicos: têm grande emprego como embalagem secundária, ou seja, aquela que não entra em contato direto com o produto, como cartão ou papelão ondulado, este último empregado em geral para volumes maiores, principalmente em virtude da boa rigidez, facilidade de transporte e proteção contra impactos. O papelão ondulado também pode ser utilizado como embalagem primária para o acondicionamento e o transporte de frutas e vegetais.
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3. Plásticas
As embalagens plásticas (flexíveis e rígidas) são produzidas a partir de polímeros orgânicos oriundos do petróleo . 
 Apresentam uso crescente, atribuído à melhoria contínua dos plásticos, grande versatilidade e baixo custo.
Dentre os grupos de embalagens plásticas, os que mais se destacam são os poliolefínicos (polietileno e polipropileno), os derivados vinílicos (polivinil álcool, polivinil acetato e polivinil cloreto), os poliésteres (PET ou Politereftalato de Etileno) , as poliamidas e as polinitrilas.
Embalagens plásticas: podem apresentar boa barreira ou não à passagem de gases (CO2, O2, vapor de água), em função da espessura e do tipo de polímero que constitui a embalagem, sendo que sempre as embalagens plásticas serão piores barreiras do que as embalagens de vidro e metálicas.
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Propriedades dos polímeros: variadas em função de sua estrutura química; assim, embalagens plásticas podem apresentar boa barreira ou não à passagem de gases (CO2, O2, vapor de água), em função da espessura e do tipo de polímero.
Barreira à luz: obtida por pigmentação ou metalização da embalagem. Os absorvedores de radiação UV, podem garantir também transparência aumentando a estabilidade a produtos gordurosos (luz: catalisa reações de oxidação de gorduras).
Migração de compostos das embalagens plásticas para os alimentos: pode ser crítica e deve ser avaliada nas condições de uso da embalagem, para certificar-se que a mesma não apresenta risco.
OBS: Embora tenha essas desvantagens, características como versatilidade de formatos e tamanhos, baixo peso, custo de material e menor gasto de energia para produção e transporte das embalagens, tornam as embalagens plásticas as mais utilizadas no mercado brasileiro atual.
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Vidro: um dos mais antigos materiais de embalagem; apresenta características como boa inerticidade, excelente barreira aos gases e aromas e é reciclável. 
Desvantagens: custo mais elevado, seu alto peso e sua fragilidade fazem com que este material seja menos utilizado que outros. Embalagens de vidro podem também apresentar problemas de vedação (efetuada, normalmente, por tampa metálica e vedante), comprometendo a hermeticidade da embalagem.
Uso do Vidro como Embalagem: requer alguns cuidados como garantia de sistema de fechamento adequado e pigmentação ou uso de filtro UV (para produtos sensíveis à luz). 
Por serem facilmente higienizados, podem ser reutilizados, permitindo a redução de custos, como no caso de cervejas.
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EMBALAGENS MULTICAMADAS E COMPOSTAS: utiliza-se mais de um material na elaboração de embalagens, ex: Embalagens de leite longa vida e embalagens de biscoito.
Embalagens de biscoito: utilizam combinar uma fina camada metálica e de polímero, garantindo uma estrutura com boa barreira à luz e baixo custo, possibilidade de solda e resistência à abertura. 
Caixinha de leite longa vida (UHT): formada por cartão, alumínio e polietileno; a camada de cartão garante forma e resistência mecânica à embalagem; a de alumínio é boa barreira ao oxigênio e à luz; a combinação desses materiais impede a entrada do ar atmosférico na embalagem, evitando contaminação microbiológica e oxidação de lipídeos (aroma de ranço). Camadas de polietileno protegem a embalagem da umidade, separam o alumínio do produto, promovem a união entre os materiais e garantem selagem e hermeticidade da embalagem.
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Stand Up Pouch (sachê)
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 Observações sobre embalagens:
Embalagem é resultante de uma técnica industrial e de marketing para conter, proteger, identificar e facilitar a venda e a distribuição de produtos para consumo.
Legislação ( Resolução RDC n°91 de 11/05/2001 ): as embalagens e equipamentos que estejam em contato direto com alimentos devem ser fabricados com BPF e nas condições normais ou previsíveis de uso não produzem migração para o alimento de componentes indesejáveis em quantidades que superem os limites máximos estabelecidos de migração total ou específica e que possam representar um risco para a saúde humana e/ou ocasionarem uma modificação inaceitável na composição dos alimentos ou nas características sensoriais dos mesmos. 
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 BISFENOL
O QUE É BISFENOL A ? 
. 2,2’- BIS (4-HIDROXIFENIL)PROPANO 
.Usado em: 
 .Produção de resinas epóxi aplicadas no envernizamento interno de latas de alimentos 
.Principal reagente na preparação de policarbonatos usados para fazer mamadeiras, copos, garrafões de água etc 
.Compostos selantes e resinas dentárias.
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Vernizes em embalagens metálicas: 
Funções: 
Internamente: evitar o contato do metal com o produto acondicionado, minimizando as reações de interação lata/produto. 
Externamente: proteger contra a corrosão atmosférica.
Policarbonato: 
Resistência a altas temperaturas.
Resistência ao impacto 
Transparência
Ex: mamadeiras, galão de água mineral retornável. 
Obs: monômeros residuais de Bisfenol A, caso estejam presentes no produto acabado, podem migrar para o alimento
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PORQUE SEU USO TEM CAUSADO PREOCUPAÇÃO? 
Porque o BFA é considerado um xenobiótico estrogênico. 
Xenobióticos (substâncias químicas de origem exógena: plantas, produtos sintéticos, poluentes ambientais etc) que interferem na produção, liberação, transporte, metabolismo, ligação ou eliminação dos hormônios naturais, responsáveis pela manutenção da equilíbrio e regulação dos processos de desenvolvimento. 
 Suspeita-se da influência do BFA em situações de:
 - infertilidade, - ganho de peso, - alterações de comportamento, - puberdade precoce, - câncer de próstata e glândula mamária, - diabetes - outros 
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Por precaução, alguns países, inclusive o Brasil, optaram por proibir a importação e fabricação de mamadeiras que contenham Bisfenol A, considerando a maior exposição e susceptibilidade dos indivíduos usuários deste produto. 
Esta proibição está vigente desde janeiro de 2012 e foi feita por meio da Resolução RDC n. 41/2011. Assim, mamadeiras em policarbonato não podem ser comercializadas no Brasil.

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