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1) Explique o argumento analítico a favor da tese positivista da separação. A qual perigo a defesa desse argumento conduz? Na doutrina juspositivista, a tese da separação entre o direito e a moral parte do pressuposto de que o conceito de direito deve ser definido sem qualquer inclusão de um juízo de valor. A partir do argumento analítico, a conexão a qual os positivistas negam a existência não é reconhecida como necessária, por um plano conceitual. Ao defender esse argumento, pode-se levar ao erro da conceituação do termo “direito” sem o elemento da moral. 2) Como é possível, para um positivista, defender uma versão universal da tese da separação com chance de êxito? Um defensor do positivismo pode obter êxito ao defender a tese da separação ao pressupor uma relativização do conteúdo moral, ao comparar diversos sistemas normativos, sejam eles de diferentes contextos históricos ou geográficos. Nesse quesito, põe-se em prática os argumentos normativos da validade e da eficácia. Entretanto, sempre haverá conexão com uma moral qualquer, mesmo que essa não siga a conduta universalizável dos direitos fundamentais. 3) Disserte sobre a perspectiva do observador e a perspectiva do participante. Ao supor as diversas teses que evidenciam a conexão entre a moral e o direito, cada situação deve evidenciar a perspectiva ou do observador ou a do participante. O primeiro trata-se de um indivíduo externo aos procedimentos de um sistema. O segundo refere-se a um indivíduo que atua no sistema, sendo ele um jurista que realiza um discurso argumentativo, ou um juiz ao qual a decisão final é delegada. Deve-se levar em conta a subjetividade de cada um, sejam por um inevitáveis juízos de valor interiorizados ou pelo conhecimento do sistema, no qual sempre está sujeito à modificação, ou, segundo Alexy, à correção. 4) Disserte sobre a resposta de Alexy ao questionamento sobre a existência de uma conexão conceitualmente necessária, pelo menos do tipo qualificatória, quando se compreende o sistema jurídico também como um sistema de procedimentos e quando ele é considerado sob a perspectiva de um participante, por exemplo, o juiz. Nos termos do autor, a presença dos comandos definitivos sempre estarão conexos às delegações de poder atribuídos aos participantes do sistema. Uma vez inseridos no contexto, os participantes, como o mencionado juiz, é levado a seguir aos comandos, também denominados regras, que seguem a estrutura hierárquica dos princípios. Os princípios, por sua vez, não obstante das qualificações morais, definem os fins a serem delimitados nas situações reais. A necessidade dos procedimentos jurídicos coloca em prática a ponderação dos princípios. Por sua vez, observa-se a universalização da moral, tendo em vista a tópica ética de uma situação de difícil resolução.
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