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Principais indices, proporcoes e coeficientes relacionados ao

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Principais índices, proporções e coeficientes relacionados ao nível de saúde da população (globais e específicos).
Profa. Cristina de Sousa Dias
COEFICIENTES
É a relação que expressa o risco a que está exposto um indivíduo de apresentar o atributo ou evento.
Nº de óbitos por determinada doença
____________________________________
Nº de casos da doença
ÍNDICES
Representa a caracterizar uma proporcionalidade entre duas séries de valores, sem qualquer vínculo de associação probabilística.
Nº de óbitos por determinada doença
____________________________________
Nº total de óbitos
COEFICIENTES
 morbidade ou morbilidade é a taxa de portadores de determinada doença em relação à população total estudada, em determinado local e em determinado momento.
COEFICIENTES
FECUNDIDADE
Nº médio de filhos que uma mulher teria ao final de sua idade reprodutiva
COEFICIENTES
NATALIDADE
N° de pessoas que nascem por 1000 habitantes durante 1 ano
COEFICIENTES
MORTALIDADE TOTAL
N° de pessoas que morrem por 1000 habitantes durante 1 ano
COEFICIENTES
MORTALIDADE INFANTIL
Crianças menores de 1 ano de idade que morrem por 1000 nascidos vivos durante o período de 1 ano
INDICES
Índice de densidade populacional: 
Nº de indivíduos
_________________
Area
INFORMAÇÃO
A informação é um instrumento essencial para a tomada de decisões. Nessa perspectiva, representa uma ferramenta imprescindível à Vigilância Epidemiológica (VE), por se constituir no fator desencadeador do processo “informação-decisão-ação”, tríade que sintetiza a dinâmica de suas atividades que, como se sabe, devem ser iniciadas a partir da informação de um indício ou suspeita de caso de alguma doença ou agravo.
INFORMAÇÃO
Dado – é definido como “um valor quantitativo referente a um fato ou circunstância”, ou “o número bruto que ainda não sofreu qualquer espécie de tratamento estatístico”, ou, ainda, “a matéria-prima da produção de informação”.
Informação – é entendida como “o conhecimento obtido a partir dos dados”, ou “o dado trabalhado”, ou “o resultado da análise e combinação de vários dados”, o que implica em interpretação, por parte do usuário. É “uma descrição de uma situação real, associada a um referencial explicativo sistemático”.
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE- SIS
O SIS é parte dos sistemas de saúde;
Integra suas estruturas organizacionais e contribui para sua missão;
É constituído por vários subsistemas;
Tem, como propósito geral, facilitar a formulação e avaliação das políticas, planos e programas de saúde, subsidiando o processo de Guia de Vigilância Epidemiológica tomada de decisões. 
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE- SIS
O SIS deve contar com os requisitos técnicos e profissionais necessários ao planejamento, coordenação e supervisão das atividades relativas à coleta, ao registro, ao processamento, à análise, à apresentação e à difusão de dados e geração de informações.
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES EPIDEMIOLÓGICAS
SIM - Sistema de Informação sobre Mortalidade 
SINASC - Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos 
SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação 
SINAN
É o mais importante para a Vigilância Epidemiológica. 
Foi desenvolvido entre 1990 e 1993, para tentar sanar as dificuldades do Sistema de Notificação Compulsória de Doenças (SNCD), e substituí-lo, tendo em vista o razoável grau de informatização já disponível no país. 
O Sinan foi concebido pelo Centro Nacional de Epidemiologia, com o apoio técnico do Datasus e da Prodabel(Prefeitura Municipal de Belo Horizonte), para ser operado a partir das unidades de saúde.
SINAN
Com o objetivo de coletar e processar dados sobre agravos de notificação, em todo o território nacional, desde o nível local.
 Mesmo que o município não disponha de microcomputadoresem suas unidades, os instrumentos deste sistema são preenchidos nesse nível, e o processamento eletrônico é feito nos níveis centrais das secretarias municipais de saúde (SMS), regional ou nas secretarias estaduais (SES). 
SINAN
É alimentado, principalmente, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que constam da lista nacional de doenças de notificação compulsória, mas é facultado a estados e municípios incluírem outros problemas de saúde, importantes em sua região. 
SINAN
O número de doenças e agravos contemplados pelo Sinan vem aumentando progressivamente, desde seu processo de implementação, em 1993, sem uma relação direta com a compulsoriedade nacional da notificação, expressando as diferenças regionais de perfis de morbidade registradas no Sistema. 
A entrada de dados, no Sinan, é feita mediante a utilização de alguns formulários Padronizados.
SINAN
Quadro 1. Agravos de notificação imediata via fax, telefone ou e-mail, além da digitação e
transferência imediata, por meio magnético, pelo Sinan
1) Caso suspeito ou confirmado de:
• Botulismo
• Carbúnculo ou antraz
• Cólera
• Febre amarela
• Febre do Nilo Ocidental
• Hantaviroses
• Influenza humana por novo subtipo (pandêmico)
• Peste
• Poliomielite
• Raiva humana
• Sarampo, em indivíduo com história de viagem ao exterior nos
últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém
que viajou ao exterior
• Síndrome febril íctero-hemorrágica aguda
• Sídrome respiratória aguda grave
• Varíola
• Tularemia
2) Caso confirmado de: • Tétano Neonatal
3) Surto, ou agregação de casos, ou agregação
de óbitos por:
• Agravos inusitados
• Difteria
• Doença de Chagas aguda
• Doença meningocócica
• Influenza humana
4) Epizootias e/ou mortes de animais que
podem preceder a ocorrência de doenças em
humanos:
• Epizootias em primatas não humanos
• Outras epizootias de importância epidemiológicade notificação (FIN)
SIM
Criado em 1975, este sistema de informação iniciou sua fase de descentralização em 1991, dispondo de dados informatizados a partir do ano de 1979.
Seu instrumento padronizado de coleta de dados é a declaração de óbito (DO), impressa em três vias coloridas:
 Emissão e distribuição, em séries pré-numeradas para os estados, são de competência exclusiva do Ministério da Saúde. 
A distribuição para os municípios fica a cargo das secretarias estaduais de saúde.
Devendo as secretarias municipais se responsabilizar pelo controle e distribuição entre profissionais médicos e instituições que a utilizem, bem como pelo recolhimento das primeiras vias em hospitais e cartórios.
SIM
O preenchimento da DO deve ser realizado exclusivamente por médicos, exceto em locais onde não existam esses profissionais, situações nas quais poderá ser preenchida por oficiais de Cartórios de Registro Civil, sendo também assinada por duas testemunhas. 
A obrigatoriedade de preenchimento desse instrumento, para todo óbito ocorrido, é determinada pela lei federal n° 6.015/73. 
Em tese, nenhum sepultamento deveria ocorrer sem prévia emissão da DO, mas, na prática, sabe-se da ocorrência de sepultamentos, em cemitérios clandestinos, o que afeta o conhecimento do real perfil de mortalidade, sobretudo no interior do país.
SIM
O registro do óbito deve ser feito no local de ocorrência do evento. Embora o local de residência seja a informação mais utilizada, na maioria das análises do setor saúde, a ocorrência também é importante no planejamento de algumas medidas de controle, como, por exemplo, no caso dos acidentes de trânsito e doenças infecciosas, que exijam adoção de medidas de controle no local de ocorrência. 
SIM
Os óbitos ocorridos, fora do local de residência, serão redistribuídos, quando do fechamento das estatísticas, pelas secretarias estaduais e pelo Ministério da Saúde, permitindo, assim, o acesso aos dados, tanto por ocorrência, como por residência do falecido.
SIM
As informações obtidas através das DO possibilitam também o delineamento do perfil de morbidade de uma área, no que diz respeito às doenças mais letais e às doenças crônicas não sujeitas à notificação compulsória, representando, praticamente, a única fonte regular de dados.
SINASC
Onúmero de nascidos vivos constitui-se em relevante informação para o campo da saúde pública;
Construir inúmeros indicadores, voltados para avaliação de riscos à saúde do segmento materno-infantil, por representar o denominador dos coeficientes de mortalidade infantil e materna, dentre outros. 
Antes da implantação do Sinasc, essa informação, no Brasil, só era conhecida mediante estimativas a partir da informação censitária.
SINASC
Atualmente, já se encontram, disponibilizados pelo Datasus, dados do Sinasc referentes aos anos de 1994 em diante. Entretanto, até o presente momento, só pode ser utilizado como denominador, no cálculo de alguns indicadores, em regiões onde sua cobertura é ampla, substituindo assim as estimativas censitárias.
SINASC
O Sinasc tem, como instrumento padronizado de coleta de dados, a declaração de nascido vivo (DN), cuja emissão, a exemplo da DO, é de competência exclusiva do Ministério da Saúde.
Tanto a emissão da DN, como o seu registro em cartório, são realizados no município de ocorrência do nascimento. 
SINASC
Deve ser preenchida pelos hospitais e por outras instituições de saúde, que realizam parto e, nos Cartórios de Registro Civil, quando o nascimento da criança ocorre no domicílio.
Sua implantação ocorreu no país, de forma gradual, desde o ano de 1992 e, atualmente, vem apresentando, em muitos municípios, um volume maior de registros do que o publicado em anuários do IBGE, com base nos dados de Cartórios de Registro Civil.
SINASC
A DN deve ser preenchida para todos os nascidos vivos no país, que, segundo conceito definido pela OMS, corresponde a “todo produto da concepção que, independentemente do tempo de gestação, depois de expulso ou extraído do corpo da mãe, respire ou apresente outro sinal de vida, tal como batimento cardíaco, pulsação do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária, estando ou não desprendida a placenta”.
 A obrigatoriedade desse registro é também dada pela Lei n° 6.015/73. 
No caso de gravidez múltipla, deve ser preenchida uma DN para cada criança nascida viva.
SINASC
Os formulários de declaração de nascidos vivos são pré-numerados, impressos em três vias coloridas e distribuídos às SES pelo Ministério da Saúde.
Elas, por sua vez, fazem a distribuição para os municípios, os quais são responsáveis pelo envio aos estabelecimentos de saúde e cartórios. 
SINASC
Nos partos ocorridos em estabelecimentos de saúde: 
1ª via (branca) da DN preenchida será para a SMS;
2ª via (amarela) deverá ser entregue ao responsável pela criança, para obtenção da Certidão de Nascimento no Cartório de Registro Civil, onde ficará retida;
E a 3ª via (rosa) será arquivada no prontuário da puérpera.
SINASC
Para os partos domiciliares com assistência médica:
1ª via deverá ser enviada para a SMS;
E a 2ª e 3ª vias serão entregues ao responsável, que utilizará a segunda via para registro do nascimento em Cartório e a terceira via para apresentação em unidade de saúde, onde for realizada a primeira consulta da criança. 
SINASC
Naqueles partos domiciliares sem assistência médica, a DN será preenchida no Cartório de Registro Civil, que reterá a primeira via para ser recolhida pela SMS e a segunda via para seus arquivos. A terceira via será entregue ao responsável, que a destinará para a unidade de saúde do primeiro atendimento da criança.
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES ASSISTENCIAIS
SIH/SUS – Sistema de Informações Hospitalares
SIA/SUS – Sistema de Informações Ambulatoriais
SIH/SUS – Sistema de Informações Hospitalares
O SIH/SUS não foi concebido sob a lógica epidemiológica, mas sim com o propósito de operar o sistema de pagamento de internação nos hospitais, contratados pelo Ministério da Previdência.
Posteriormente, foi estendido aos hospitais filantrópicos, universitários e de ensino, e aos hospitais públicos municipais, estaduais e federais.
Este sistema dispõe de dados informatizados desde 1984.
SIH/SUS – Sistema de Informações Hospitalares
Reúne informações de cerca de 70% dos internamentos hospitalares realizados no país, tratando-se, portanto, de uma grande fonte de dados sobre os agravos à saúde que requerem internação.
Contribuindo expressivamente para o conhecimento da situação de saúde e a gestão de serviços.
Assim, este sistema vem sendo gradativamente incorporado à rotina de análise e de informações, de alguns órgãos de vigilância epidemiológica de estados e municípios.
SIH/SUS – Sistema de Informações Hospitalares
O instrumento de coleta de dados é a autorização de internação hospitalar (AIH), atualmente emitida pelos estados, a partir de uma série numérica única definida anualmente em portaria ministerial. 
Esse formulário contém os dados de atendimento:
Com o diagnóstico de internamento e da alta (codificado de acordo com a CID);
Informações relativas às características de pessoa (idade e sexo);
 tempo e lugar (procedência do paciente) das internações;
Procedimentos realizados; 
Os valores pagos;
Dados cadastrais das unidades de saúde, entre outros.
SIH/SUS – Sistema de Informações Hospitalares
As séries numéricas das autorizações de internação hospitalar (AIH) são fornecidas pelo Ministério da Saúde, mensalmente, às Secretarias Estaduais de Saúde 
O banco de dados do prestador envia as informações diretamente para o Datasus, com cópia para a secretaria estadual de saúde.
Os dados produzidos por este sistema são amplamente disponibilizados pelo Datasus, via Internet (www.datasus.gov.br) e pela BBS (Bulletin Board System), do Ministério da Saúde.
SIH/SUS – Sistema de Informações Hospitalares
O sistema SIH/SUS foi desenvolvido com a finalidade de propiciar a construção de alguns indicadores de avaliação de desempenho de unidades, além do acompanhamento dos números absolutos relacionados à frequência de AIH.
 Esses dados vêm sendo cada vez mais utilizados pelos gestores, para uma primeira aproximação da avaliação de cobertura de sua rede hospitalar e para a priorização de ações de caráter preventivo.
SIH/SUS – Sistema de Informações Hospitalares
Entre as limitações deste sistema, encontram-se:
A cobertura dos seus dados (que depende do grau de utilização e acesso da população, aos serviços da rede pública própria, contratada e conveniada do SUS);
A ausência de críticas informatizadas;
A possibilidade das informações pouco confiáveis;
Sobre o endereço do paciente;
Distorções decorrentes de falsos diagnósticos;
Menor número de internamentos que o necessário, em função das restrições de recursos federais. 
SIH/SUS – Sistema de Informações Hospitalares
Esses aspectos podem resultar em vieses nas estimativas.
Observe-se que, nos dados do SIH/SUS, não há identificação de reinternações e transferências de outros hospitais, o que leva, eventualmente, a dupla ou tripla contagem de um mesmo paciente que se enquadre nessas situações.
SIA/SUS – Sistema de Informações Ambulatoriais
O Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS (SIA/SUS) foi formalmente implantado em todo o território nacional em 1991;
Sendo instrumento de ordenação do pagamento dos serviços ambulatoriais (públicos e conveniados), viabilizando, como informação aos gestores, apenas o gasto por natureza jurídica do prestador. 
SIA/SUS – Sistema de Informações Ambulatoriais
O número de consultas e de exames realizados era fornecido por outro sistema de informações, de finalidade puramente estatística, e tinha como documento de entrada de dados o Boletim de Serviços Produzidos (BSP).
 O único produto resultante deste sistema era a publicação “Inamps em Dados”. 
SIA/SUS – Sistema de Informações Ambulatoriais
Embora SIA/SUS venha sofrendo algumas alterações, particularmente no que se refere à tabela de procedimentos, na qual vêm sendo feitas inclusões frequentes, bem como às críticas informatizadas, com vistas a um melhor controle e consistência de dados, ele não mudou substancialmente, desde sua implantação. 
SIA/SUS – Sistema de Informações Ambulatoriais
Por obedecer à lógica de pagamento por procedimento,não registra o CID do diagnóstico dos pacientes e, portanto, não pode ser utilizado como informação epidemiológica.
SIA/SUS – Sistema de Informações Ambulatoriais
Entretanto, como sua unidade de registro de informações é o procedimento ambulatorial realizado, desagregado em atos profissionais, outros indicadores operacionais podem ser importantes, como complemento das análises epidemiológicas, a exemplo de: 
número de consultas médicas por habitante ao ano;
 número de consultas médicas por consultório;
número de exames/terapias realizados pelo quantitativo de consultas médicas.
SIA/SUS – Sistema de Informações Ambulatoriais
As informações relacionadas a esse sistema estão hoje disponíveis no site do Datasus, pela Internet, cuja homepage é www.datasus.gov.br. 
Há dados desde julho de 1994.
Quando da análise dos dados oriundos deste sistema de informação, deve-se atentar para as questões relativas à sua cobertura, acesso, procedência e fluxo dos usuários dos serviços de saúde.

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