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* * * PODER FAMILIAR HISTÓRICO E CONCEITO Inicialmente chamado de “pátrio poder” (até o NCC) Exclusivo interesse do chefe da família Decidia sobre a vida e morte do filho Posteriormente “Poder Familiar” Interesse do menor e da Família (instituição) Interessa ao Estado o bem estar da Família e das novas gerações Exercido por ambos genitores Conceito: “Conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais no tocante à pessoa e aos bens dos filhos menores” (GONÇALVES) * * * PODER FAMILIAR CARACTERÍSTICAS É inerente ao estado das pessoas Indelegável e Irrenunciável Múnus público: seu bom desempenho é cobrado pelo Estado Imprescritível: não se perde em face do desuso Incompatível com a tutela Estende-se aos filhos (independe da origem da filiação) menores de 18 anos ainda não emancipados * * * PODER FAMILIAR TITULARIDADE DO PODER FAMILIAR CC 1916 – Ao marido Lei 4.121/62 (Estatuto da Mulher Casada) Ambos genitores como “titulares” A mulher como mera colaboradora As decisões eram do pai. Havendo divergência recorria ao Juiz CF/88 – Igualdade plena (226,§5°) ECA, art. 21; CC/2002, art. 1.631 A separação, divórcio ou dissolução da U.E. não alteram o poder familiar Somente parte deste é transferida (guarda) Todavia, há enfraquecimento natural do poder familiar Tutor para o menor cujos pais estão incapacitados para exercer o poder familiar. * * * PODER FAMILIAR CONTEÚDO DO PODER FAMILIAR Direitos Pessoais (art. 1.634) A desobediência a esses aspectos pode ensejar perda ou suspensão do poder familiar Essa circunstância não influi, todavia, no dever de sustento dos filhos O pai que detém o poder familiar e a guarda é responsável pelos danos causados a outrem pelos filhos menores não emancipados Direitos Patrimoniais (art. 1.689) Os pais são meros administradores dos bens dos filhos menores Alienar ou gravar de ônus real tais bens depende de prévia autorização judicial (Alvará), demonstrada a necessidade a vantagem para o filho Sem isso a venda é anulável (legitimados: filho, herdeiro e repres. legal) A administração (movimentação) de valores em nome dos filhos. Possibilidade. Razoabilidade Aos pais pertence o usufruto. Além de utilizar a coisa, detém direito aos seus frutos Casos em que é impossível o usufruto e a administração (1.693) * * * PODER FAMILIAR EXTINÇÃO E SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR Extinção (1.635, CC) Por ocorrência de fatos naturais (incisos I a IV) e por decisão judicial (inc. V) Fatos naturais: desaparece o titular do direito ou o objetivo do instituto (proteção ao menor) Hipótese de extinção por decisão judicial (1.638) (faltas graves que muitas vezes são ilícitos penais) Castigos imoderados ao filho Abandono do filho (material, moral e intelectual) Prática de ato contrário a moral e aos bons costumes Alcoolismo; uso de drogas; prostituição, etc. Incidência reiterada nas causas de suspensão É permanente, mas nem sempre definitiva: o pai pode requerer judicialmente a restituição provando cessada a causa da perda/destituição É imperativa: abrange toda prole, salvo quando houver prejuízo a outro filho não relacionado com o fato que ensejou a perda * * * PODER FAMILIAR EXTINÇÃO E SUSPENSÃO DO PODER FAMILIAR Suspensão (1.637, CC) Decorre de infração genérica dos deveres do poder familiar (sustento, guarda, educação, etc.) e ainda: ruína aos bens dos filhos colocar em risco a segurança destes condenação criminal dos pais (pena > 2 anos) É temporária e determinada, com início e fim fixado pelo Juiz A finalidade é antes proteger o menor do que punir o pai Pode ser total ou parcial (ex: restrita à administração dos bens do filho) A total suspende todos os direitos do p. familiar, inclusive o usufruto É facultativa (≠ imperativa): pode referir-se a apenas ao filho atingido A falta de recursos dos pais, por si só, não é motivo Os legitimados ativos são: o MP e quem tenha legítimo interesse (parentes, pais, etc.) O procedimento é previsto no ECA A suspensão/extinção pode ser declarada liminar ou incidentalmente Ato é averbado à margem do registro de nascimento do menor
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