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NUTRIÇÃO NOS CICLOS DA VIDA Profª Karoline Basquerote Especialista em Nutrição Clínica e Doenças Crônicas - HMV Especialista em Nutrição em Pediatria: Da Concepção à Adolescência - IPGS Mestranda em Saúde da Criança e do Adolescente – UFRGS Pesquisadora Grupo DOHaD – UFRGS Membro Society for Developmental Origins of Health and Disease (DOHaD) Karoline.basquerote@ipa.metodista.br Refeição: “ato de refazer as forças”, alimentar-se. O Ideal são 6 refeições: v 1ª refeição: Desjejum ou café da Manhã v 2ª refeição: Colação v 3ª refeição: Almoço v 4ª refeição: Lanche ou Café da Tarde v 5ª refeição: Jantar v 6ª refeição: Ceia Considerações pra elaboração de um cardápio: Preferências regionais: adaptação do cardápio aos hábitos alimentares e culturais da clientela. Valor nutritivo: Leis da Alimentação “Pedro Escudeiro” 1. Qualidade 2. Quantidade 3. Harmonia 4. Adequação Qualidade Refere-se aos nutrientes necessários ao indivíduo. Uma alimentação completa inclui todos os nutrientes para formação e manutenção do organismo. As refeições devem ser variadas, contemplando todos os grupos de nutrientes para o bom funcionamento do corpo. Considerações pra elaboração de um cardápio: Quan%dade Corresponde ao total de calorias e de nutrientes consumido. A quan4dade de alimentos deve suprir as necessidades do indivíduo. Dessa forma deve-se atentar para excessos e restrições, pois ambas as situações são prejudiciais ao organismo. Considerações pra elaboração de um cardápio: Harmonia É a distribuição e proporcionalidade entre os nutrientes, resultando no equilíbrio. Para que o nosso organismo consiga aproveitar os nutrientes, estes devem se encontrar em proporções adequadas nas refeições, uma vez que as substâncias não agem sozinhas, e sim em conjunto. Considerações pra elaboração de um cardápio: Adequação A alimentação deve se adequar às necessidades do organismo de cada indivíduo, às especificidades de quem está consumindo. Os ciclos da vida (infância, adolescência, adulto e idoso), o estado fisiológico (gestação, lactação), o estado de saúde (doenças), os hábitos alimentares (deficiência de nutrientes), e as condições sócio-econômicas e culturais (acesso aos alimentos) são fatores que devem ser considerados, pois resultam em diferentes necessidades nutricionais. Considerações pra elaboração de um cardápio: Base para a alimentação saudável: Do ponto de vista biológico: A alimentação deve ser quan7ta7vamente suficiente, qualita7vamente completa, além de harmoniosa em seus componentes e adequada a sua finalidade e ao organismo a quem se des7na. Do ponto de vista terapêu6co: as quatro leis devem ser man7das isoladas porque é possível u7lizar-se apenas uma delas para fins de tratamento. Exemplo: paciente obeso não segue a primeira lei (ingestão calórica menor). Considerações pra elaboração de um cardápio: “Uma alimentação saudável deve ser baseada em práticas alimentares assumindo a significação social e cultural dos alimentos como fundamento básico conceitual. A alimentação se dá em função do consumo de alimentos (e não de nutrientes). Os alimentos têm gosto, cor, forma, aroma e textura e todos estes componentes precisam ser considerados na abordagem nutricional. Os nutrientes são importantes, contudo, os alimentos não podem ser resumidos a veículos destes. Os alimentos trazem significações culturais, comportamentais e afetivas singulares que jamais podem ser desprezadas. O alimento como fonte de prazer também é uma abordagem necessária para promoção da saúde” Considerações pra elaboração de um cardápio: Planejamento de refeições: Plano Alimentar v Plano alimentar: contem a quantidade e qualidade de alimentos que o indivíduo deve receber nas 24 horas. Considerar os seguintes dados: v Idade v Peso v Sexo v Estatura v Atividade Física v Estado Fisiológico Regras para elaboração de um Plano Alimentar: 1ª regra: Variedade Deve-se inserir no plano alimentar uma grande variedade de alimentos para suprir as necessidades dos diversos nutrientes. 2ª regra: Moderação Se houver a ingestão excessiva de um determinado nutriente numa refeição, fazer a compensação da ingestão de nutrientes na próxima refeição para não comprometer o equilíbrio do plano alimentar. Regras para elaboração de um Plano Alimentar: 3ª regra: Proporcionalidade Na elaboração de um plano alimentar deve-se observar a proporção dos alimentos, segundo os diferentes grupos a que pertencem. Condições para a elaboração de Plano Alimentar equilibrado v Suprir as necessidades energéticas dos indivíduos; v Fornecer nutrientes de acordo com as DRIs; v Obedecer a adequação dos nutrientes energéticos; v Incluir AGE (linoléico e linolênico) nas quantidades ideais; v Incluir aminoácidos essenciais (AAE); São aqueles que não produzimos, sendo necessária a ingestão de determinados alimentos. São eles: triptofano, valina, fenilalanina, treonina, lisina, isoleucina, leucina, histidina e metionina. A maioria deles nós encontramos em alimentos de origem animal: carne, leite, ovos, etc. Moderar o consumo de açúcares simples;v Incluir fibras solúveis e insolúveis;v Controlar o uso do sal e alimentos salgados;v Respeitar os hábitos alimentares e condições sócio econômicas e v culturais dos indivíduos. Condições para a elaboração de Plano Alimentar equilibrado O cardápio é definido como a lista de preparações culinárias que compõem uma refeição. Cons;tui parte importante do plano alimentar e, para sua elaboração, deve-se considerar o estudo do indivíduo, as recomendações nutricionais e o planejamento do plano alimentar. Cardápio Roteiro para a elaboração de cardápios 1. Estudo do indivíduo/anamnese: •Idade, sexo, altura, peso ideal, peso desejável e peso atual; •Condições fisiológicas (crescimento, gestação, lactação); •Atividades desenvolvidas: trabalho, esportes, estudos; •Hábitos de vida, condições sócioeconômicas e culturais; •Recordatório alimentar. 2. Recomendações nutricionais: •VET; •Quantidade de CHO, proteínas e lipídios; •Distribuição do VET e dos nutrientes energéticos nas refeições; •Necessidades de vitaminas, minerais e fibras. Roteiro para a elaboração de cardápios 3. Planejamento do plano alimentar: 1º passo: Seleção das preparações de cada refeição. Considerar: preferências do indivíduo, alimentos da época, possibilidade de execução, aspectos econômicos, disponibilidade de alimentos, variedade de cor, sabor e consistência. 2º passo: Estabelecer o per capita por refeição. 3º passo: Cálculo do VET, dos nutrientes energéticos, minerais, vitaminas e fibras, com os ajustes necessários e cálculo do NDPcal% Cardápio básico para uma refeição: Refeição principal (almoço ou jantar): Entrada: pode ser uma sopa, ou salgado frio ou quente, ou salada cozida ou crua Prato Principal: preparação protéica Guarnição: preparação que acompanha o prato principal Prato Base: consiste, geralmente, de arroz e/ou feijão. Sobremesa: doce e/ou fruta Complementos: depende do padrão estabelecido para o cardápio. Pode ser: pães, farinha de mandioca, bebidas, temperos e molhos para salada Cardápio básico para uma refeição: Exemplo de Apresentação de um Cardápio 1. Entrada Salada de alface/pepino 2. Prato Principal Carne de Panela 3. Guarnição Brócolis com cenoura 4. Prato Base Arroz e Feijão 5. Sobremesa Melancia 6. Complemento Limonada e Farinha de mandioca Proporção dos nutrientes energéticos na composição do VET Proteínas 10 a 15% do VET Lipídios 15 a 30% do VET Carboidratos 55 a 75% doVET WHO/FAO 2003 Distribuição do VET pelas refeições Desjejum 20 a 25% Colação 5% Almoço 35 a 40% Lanche 10 a 15% Jantar 15 a 25% Ceia 5% Desjejum 20% Almoço 30 a 40% Lanche 10% Jantar 30 a 40% Sá, 1990 Assis, 1997 Esquema básico para um Plano Alimentar Café da manhã (desjejum) Frutas Leite Cereais (carboidratos) Lanche manhã ou tarde Suco (café ou chá) Fruta ou cereal (carboidratos) Almoço e jantar: Vegetais crus e cozidos Carnes Cereais (carboidratos) Leguminosas Acompanhamentos: Suco ou água Fruta ou doce Ceia: Frutas Chá Biscoitos * GaranBr variedade de cores, sabores e texturas Exemplo básico: Café da manhã Mamão, leite com café, torrada com margarina Lanche Banana Almoço Salada de alface e tomate, bife acebolado, arroz, feijão, laranja Lanche Leite batido com morango, bolo de fubá Jantar Salada de brócolis, frango ensopado com cenoura e grão de bico, massa, doce de abóbora em calda Esquema básico para um Plano Alimentar VET: Nutriente % Kcal g g/Kg peso Carboidrato Proteína Lipídeo Total Quadro de Análise dos Valores Desejados (QAVD): VET: Nutriente % Kcal g g/Kg peso Carboidrato Proteína Lipídeo Total Quadro de Análise dos Valores Encontrados (QAVE): • Faça um levantamento das refeições do seu colega e verifique se ele(a) está se alimentando corretamente. Se não estiver, procure corrigir a situação, sinalizando o que está inadequado e elabore uma sugestão adequada. v Anamnese; v Recordatório alimentar (sinalizar o que encontrou de inadequação e sugerir a adequação); vCardápio com 6 refeições diárias; v IMC, GEB, VET (com embasamento no valor utilizado) , QAVD. vNa próxima aula trazer a tabela de composição dos alimentos. A"vidade
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