Tromboflebite Superficial e Varicorragia

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Tromboflebite Superficial e 
Varicorragia
Aluno: Mário Sérgio Correa
Tromboflebite Superficial
CASO CLINICO:
 MSAE, 54 anos de idade, viúva, mora com a mãe e o filho, raça branca, sem antecedentes ginecológicos e
pessoais relevantes, exceto uso de contraceptivos hormonais orais e sem antecedentes familiares de
neoplasia. Procurou por consulta por dor e queimação em MIE de início súbito na parte medial do membro. No
exame físico observou ligeiro aumento de volume e edema, sendo visível um trajeto venoso, hiperemiado
desde 1/3 superior da coxa até terço final da perna. Quando era feita pressão cutânea, palpava-se um cordão
fibroso, doloroso, no mesmo trajeto venoso da veia safena magna. No final do cordão fibroso existia uma
ferida sangrante de espessura aproximadamente 5mm. A paciente referia a essa ferida como uma variz antiga
não tratada.
1) Perante a esses dados clínicos qual seria seu diagnóstico?
2) Quais exames você pediria para essa paciente?
3) Qual sua conduta?
Tromboflebite Superficial
 INTRODUÇÃO:
 Tromboflebite superficial é uma inflamação de uma ou mais
veias causada por um coágulo sanguíneo
 Caracterizada pela presença desse trombo na luz da veia
 Acompanhada pela reação inflamatória da sua parede e dos
tecidos adjacentes.
Tromboflebite Superficial
 ANATOMIA – Sistema venoso membros superiores:
Tromboflebite Superficial
Sistema venoso membros superiores:
Tromboflebite Superficial
 ANATOMIA – Sistema venoso membros inferiores:
Tromboflebite Superficial
Sistema venoso membros inferiores:
Tromboflebite Superficial
 Epidemiologia:
 EUA: > 125.000 casos/ano – Conn et al,1973
 França: 253.000 casos/ano – Laroche et al, 1993
 No brasil, foi feito um levantamento retrospectivo de
pacientes submetidos a cirurgia de varizes e encontrou-se
16% tromboflebite pregressa – Von Ristow e cols
Tromboflebite Superficial
 Fisiopatologia:
TRÍADE DE VIRCHOW:
 Lesão endotelial
 Estase
Hipercoagulabilidade
Tromboflebite Superficial
 Maior frequência:
 Veias varicosas (alterações morfológicas – estase)
 Lesão de endotélio: injeções intravenosas, cateterismo venoso, traumas,
infecções;
 Alteração de fluxo: varizes, imobilização;
 Alteração da coagulação: neoplasias, gravidez, trombofilia, infecção.
Tromboflebite Superficial
Síndromes associadas:
Tromboflebite Superficial
 Síndrome de Trousseau:
 episódios de tromboflebite migratória superficial
recorrente
 membros superiores e membros inferiores
 associadas a adenocarcinomas do trato gastrointestinal
produtores de mucina (estômago, pâncreas e cólon),
pulmão, mama, ovário e próstata
Tromboflebite Superficial
 Síndrome de Mondor:
 Tromboflebite rara
 ↑ incidência em mulheres
 Comprometendo as veias da parede ântero-lateral do tórax
 Etiologia é desconhecida
 Associado: traumas locais, uso de anticoncepcionais orais,
deficiência de proteína C e presença de anticorpos
anticardiolipina
Tromboflebite Superficial
 Síndrome de Mondor:
Tromboflebite Superficial
 Síndrome de Lemierre:
 Tromboflebite séptica da veia jugular interna concomitante à
infecção da orofaringe
 Pode evoluir com metástases, principalmente para território
pulmonar mas, também, fígado e baço
 As causas relacionadas ao seu aparecimento são: cateterismo
venoso central e infecção de outros sítios cervicais
 O agente etiológico: Fusobacterium necrophorum
Tromboflebite Superficial
 Síndrome de Lemierre:
Tromboflebite Superficial
 Síndrome de Buerger:
 Tromboangeíte obliterante
 Patologia inflamatória oclusiva segmentar das artérias e veias
 Doença inflamatória não-aterosclerótica
 Caráter migratório
 Pode preceder ou ser concomitante ao comprometimento
arterial
 Tabagismo
Tromboflebite
Exemplos de Fenômeno de Raynaud
Tromboflebite Superficial
 Quadro clinico:
 Cordão palpável
 Calor local
 Dor
 Hiperemia
 Edema
Tromboflebite Superficial
 Diagnóstico:
 História clinica + Exame Físico (diagnostico topográfico)
 “Cordão com sinais de inflamação sobre trajeto venoso superficial”
 Atenção aos fatores de risco: neoplasias, tabagismo, infecções.
 Mapeamento dúplex - DOPPLER
Tromboflebite Superficial
 MAPEAMENTO DÚPLEX:
 visualização direta do trombo
 extensão ou acometimento simultâneo do Sistema Venoso Profundo
 utilização rotineira
Tromboflebite Superficial
Tromboflebite Superficial
 Principais Complicações:
 TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP)
 EMBOLIA PULMONAR
Tromboflebite Superficial
 TRATAMENTO CLÍNICO:
 Deambulação (ativação das bombas da panturrilha e plantar)
 Repouso em Trendelemburg
 Compressas mornas e bolsas térmicas
 Efeito anti-inflamatório
 Compressão elástica
 (Faixa/Meia)
Tromboflebite Superficial
 TRATAMENTO CLÍNICO:
Tromboflebite Superficial
 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO:
 AINH (anti-inflamatório não hormonal)
 Diclofenaco gel
 Diclofenaco 75mg VO 2x/dia
 HBPM (heparina de baixo peso molecular)
 Enoxaparina 40mg dia
Tromboflebite Superficial
 TRATAMENTO CIRURGICO:
 Objetivos:
1. Impedir a extensão da trombose do sistema venoso superficial para o
profundo;
2. Tratar a insuficiência venosa superficial
3. Prevenir recidivas.
Tromboflebite Superficial
 TRATAMENTO CIRURGICO:
 Técnicas:
 Crossectomia na altura da junção safeno-femoral ou safeno-poplítea
 Ligadura de perfurantes para impedir a extensão do trombo para o
Sistema Venoso Profundo
 Retirada de trajetos com trombos
Tromboflebite Superficial
 Conclusão:
Varicorragia
 Hemorragia proveniente de varizes
 É um sangramento, importante, que acaba
ocorrendo quando a veia varicosa aumenta
tanto de tamanho, que acaba erodindo a
pele, que a recobre e perfura , provocando
um sangramento profuso
 Normalmente aparece em pacientes que
demoram a procurar tratamento das varizes
Tromboflebite Superficial e 
Varicorragia
 BIBLIOGRAFIA:
 Sobreira, ML. Tromboflebite superficial: epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. Artigo
de revisão (tese). Botucatu / SP: UNESP – Universidade Estadual Paulista. Faculdade de Medicina de
Botucatu; 2007.
 Belcaro G, Nicolaides AN, Errichi BM, Cesarone MR, De Sanctis MT, Incandela L, Venniker R. Superficial
thrombophlebitis of the legs: a randomized, controlled, follow-up study. Angiology 1999
 Kalodiki E, Nicolaides AN. Superficial thrombophlebitis and low-molecularweight heparins. Angiology 2002
 Giannini Mariangela, Rollo Hamilton Almeida, Maffei Francisco Humberto de Abreu. O papel do
mapeamento dúplex no diagnóstico da trombose venosa profunda assintomática dos membros inferiores.
J. vasc. bras. [Internet]. 2005 Sep [cited 2018 Mar 05] ; 4( 3 ): 290-296
 Sobreira Marcone Lima, Yoshida Winston Bonneti, Lastória Sidnei. Tromboflebite superficial:
epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. J. vasc. bras. [Internet]. 2008 June [cited 2018
Mar 05] ; 7( 2 ): 131-143. Available from:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1677-54492008000200007&lng=en.
http://dx.doi.org/10.1590/S1677-54492008000200007.