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AULA 4 HABEAS DATA

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CASO 4 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA 
 
 
 
 
 
 
 
Tício, brasileiro, casado, engenheiro, portador do RG n° e do CPF n°, residente e 
domiciliado (end. completo), nesta cidade, por seu advogado infra-assinado, 
conforme procuração anexa, com escritório (end. completo), vem impetrar o 
presente pedido de 
 
HABEAS DATA 
 
em face do Ministro de Estado da Defesa, com sede funcional (end. completo), 
aduzindo para tanto o que abaixo se segue. 
 
DOS FATOS 
 
Na década de setenta, o impetrante participou de movimentos políticos que 
faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi 
vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. 
Seus movimentos foram monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos 
órgãos de Segurança do Estado, organizados por agentes federais. 
Em 2010, Trício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu 
pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. 
Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu 
ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, 
ato este que claramente viola a intimidade e vida privada do impetrante e 
fundamenta a propositura do presente Habeas Data. 
 
DA PROVA DA RECUSA À INFORMAÇÃO 
 
Conforme já narrado, o impetrante teve o seu pedido indeferido, em todas as 
instâncias administrativas, conforme documentação anexa, comprovando o 
requisito essencial para a impetração da presente ação, de acordo com o art. 8º, 
I, da Lei 9507/97. 
 
DOS FUNDAMENTOS 
 
 
DO DIREITO 
 
Conforme se depreende, o Habeas Data é concedido para assegurar o 
conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público 
como estabelece o artigo 5º, LXXII, da CRFB/1988. No mesmo sentido é a redação 
do art.7º, da Lei 9507/1997. De outra banda o artigo 5º, XIV da CRFB/1988 diz 
que é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, 
quando necessário ao exercício profissional. 
 
Ademais, o artigo 37, caput da CRFB/1988, assenta que administração 
pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Dista 
rito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
 
 E certo que houve desrespeito aos dispositivos constitucionais ora 
elencados, pois ainda que haja ressalva do sigilo imprescindível à segurança da 
sociedade e 
do Estado, não se pode confundir a preservação das atividades do 
Estado, com o direito também constitucional, de ter-se acesso às suas informações 
pessoais, de interesse claramente particular, assim sendo não assegurando ao 
cidadão o direito à informação como dispõe o artigo 5 º, X da CRFB/1988. 
 
O sigilo estaria preservado assim como o respeito à Lei, pois o acesso 
pretendido é somente dos dados pessoais do Impetrante, não havendo pedido para 
acesso de dados de terceiras pessoas constante dos arquivos públicos do período 
desejado. 
 
Resta patente que o ato denegatório no fornecimento de informações 
do Impetrante, inclusive com o esgotamento da via administrativa, se mostra 
ilegal e abusivo, já que é contrário aos dispositivos Constitucionais que garantem 
o direito de acesso à informação de dados do Impetrante. 
 
Desta forma, conforme demonstrado, o impetrante teve seu pedido 
indeferido, conforme documentação em anexo, em todas as instâncias 
administrativas, comprovando o requisito essencial para a impetração da presente 
ação como dispõe o art. 8º da Lei 9507/97. 
 
DO PEDIDO 
 
Diante do exposto, requer: 
 
 a) a notificação do autoridade coatora, para que, querendo, no prazo legal, 
preste as informações que entender pertinentes, conforme artigo 9º da Lei nº 
9.507/97; 
b) a procedência do pedido de habeas data, para que seja assegurado ao 
Impetrante o acesso às informações de seu interesse; 
c) a intimação do Ilustre Membro do Ministério Público, na forma do artigo 12 
da Lei nº 9.507/97. 
 
DAS PROVAS 
 
Requer a análise das provas anexadas a presente ação. 
 
DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 para efeitos procedimentais. 
 
 
 
 
 
Termos em que, pede deferimento. 
Local e data 
Advogado 
OAB

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