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CISTOS, TUMORES E PATOLOGIA ÓSSEA

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CISTOS ODONTOGÊNICOS DA REGIÃO BUCOMAXILOFACIAL - 22/07/2014
	Cisto é uma lesão encapsulada com revestimento epitelial, geralmente com conteúdo líquido ou semilíquido; o epitélio ou capsula cística pode conter infiltrado inflamatório. A nomenclatura normalmente está associada a localização anatômica e é uma patologia comumente encontrada.
	
CLASSIFICAÇÃO DOS CISTOS ODONTOGÊNICOS:
Inflamatórios
	- Cisto radicular/periapical
		- Cisto residual: associado aos resíduos de um elemento dental perdido.
	- Cisto paradentário
Desenvolvimento (proliferação do epitélio odontogênico)
	- Cisto dentígero
		- Cisto de erupção: associado a um elemento dental não irrompido.
	- Cisto periodontal lateral
		- Cisto botrioide
		- Cisto odontogênico glandular
	- Cisto gengival do adulto
	- Cisto gengival do recém-nascido
	- Cisto odontogênico ortoqueratinizado
HISTOGÊNESE DOS CISTOS ODONTOGÊNICOS
Restos epiteliais de Malassez
	- Cisto radicular
		- Cisto residual
Epitélio reduzido do esmalte
	- Cisto dentígero
		- Cisto de erupção
Lâmina dentária (restos de Serres)
	- Cisto periodontal lateral
		- Cisto botrioide
		- Cisto odontogênico glandular
	- Cisto gengival do adulto
	- Cisto da lâmina dentária do recém-nascido
	- Cisto odontogênico ortoqueratinizado
Não classificado
	- Cisto paradentário
CISTOS ODONTOGÊNICOS INFLAMATÓRIOS
Cisto radicular apical e colateral (periapical e para-apical)
Aspecto clínico: é o cisto odontogênico mais comum devido à alta incidência de cárie e perda de vitalidade do dente. Está localizado no ápice de um dente desvitalizado e com tamanho menor que 1 cm de diâmetro.
Aspecto radiográfico: radioluscência cortical redonda, bem circunscrita.
Aspecto microscópico: revestido por epitélio escamoso estratificado não queratinizado, parede cística tipicamente inflamada. 
Tratamento: enucleação ou tratamento endodôntico.
Mesmo com a remoção do processo inflamatório, o cisto pode não desaparecer. O líquido se acumula no lúmen do cisto por osmose, e gotas de colesterol também podem se acumular.
Cisto paradentário
Aspecto clínico: presente em dentes parcialmente irrompidos com surtos recorrentes de pericoronarites; se desenvolve na região distal ou proximal de um terceiro molar vital.
Aspecto radiográfico: lesões distais: radioluscência bem circunscrita; lesões proximais: podem não ser evidentes em radiografias de rotina devido a superposição do terceiro molar.
Aspecto microscópico: similar ao cisto periapical; significativa inflamação no tecido conjuntivo capsular cístico.
Tratamento: enucleação cirúrgica.
CISTOS ODONTOGÊNICOS DE DESENVOLVIMENTO
Cisto dentígero (folicular)
Aspecto clínico: geralmente assintomático, associado a dentes inclusos, pode produzir inchaço e dor se inflamado.
Aspecto radiográfico: radioluscência cortical bem circunscrita ao redor da coroa de um dente incluso. Poderá haver expansão óssea e reabsorção dos dentes vizinhos.
Aspecto microscópico: revestido por epitélio escamoso estratificado não queratinizado, típico folicular. Pode conter células mucosas.
Tratamento: enucleação cirúrgica; há recorrência pós-cirúrgica se não totalmente retirado.
Cisto de erupção
Aspecto clínico: é uma variante em tecido mole do cisto dentígero intraósseo; desenvolve no tecido mole alveolar ao redor da coroa de um dente que está erupcionando. Perda precoce de tecido.
Aspecto radiográfico: presente mais como um tecido mole flutuante inchado de origem alveolar do que uma radioluscência intraóssea.
Aspecto microscópico: também chamado de hematoma de erupção: sangue acumulado devido a um trauma de mastigação. Geralmente não afeta tecido ósseo, exceto quando sofre dilatação. Epitélio de cisto dentígero. 
Tratamento: resolução espontânea, mas pode requerer exposição cirúrgica para facilitar a exposição dentária.
Cisto periodontal lateral
Aspecto clínico: cisto de desenvolvimento expansivo e crescimento lento; idade média para o aparecimento: 50 anos.
Aspecto radiográfico: radioluscência cortical delicada, pequena (< 1cm), bem circunscrita entre as raízes dos dentes vitais. Localizações comuns: região pré-molar da mandíbula.
Micropatologia: epitélio escamoso estratificado não queratinizado – 3 a 4 camadas de células. Existe uma população de células ricas em glicogênio e espessamento epitelial focal. Na maioria dos casos é unicístico; quando policístico é chamado de cisto botrioide.
Tratamento: enucleação cirúrgica.
Cisto odontogênico glandular
- Epitélio estratificado pavimentoso, espessura variada, ausência de cristas interpapilares; conjuntivo livre de inflamações.
- Camada superficial de células cuboidais eosinófilas; cílios podem estar presentes.
- Acúmulo de material PAS positivo delimitado por células cuboidais.
- Células mucosas proeminentes que podem substituir as cuboidais na superfície.
- Células basais hipercromáticas e, por vezes, vacuolizadas.
- Áreas focais em esferas epiteliais que dão aspecto de redemoinho e falta de polarização.
- Ocasionais calcificações conjuntivas subepiteliais.
Cisto gengival do adulto
Aspecto clínico: presente como um firme, mas compressivo inchaço fluido na gengiva mandibular ou maxilar na região pré-molar ou incisiva. Localização similar ao cisto periodontal lateral. Maioria está confinada no tecido mole.
Aspecto radiográfico:
Aspecto microscópico:
Tratamento: enucleação conservadora.
Cisto gengival do recém-nascido
Cisto odontogênico ortoqueratinizado
Aspecto clínico: pode desenvolver em qualquer região das maxilas; 2/3 são identificados em lesões semelhantes clinica e radiograficamente como cisto dentígero, geralmente envolvendo 3º molar inferior. Frequência: duas vezes maior na mandíbula. Relação homem-mulher 2:1. Acomete mais adultos jovens.
Microscopia: revestimento de epitélio escamoso estratificado com superfície ortoqueratinizada de espessura variada. Presença de grânulos de querato-hialina evidentes na camada granulosa. Interface epitélio conjuntiva plana. Espessura epitelial fina sem camada basal paliçada. O lúmen pode conter queratina destacada. A cápsula cística geralmente não está inflamada. 
Tratamento: enucleação cirúrgica; recorrência rara.
CISTOS NÃO ODONTOGÊNICOS E PSEUDOCISTOS DA REGIÃO BUCOMAXILOFACIAL – 24/07/2014
Cisto do ducto nasopalatino/canal incisivo
Aspecto clínico: aumento volumétrico simétrico no meio do palato. Origina dos restos embrionários do ducto nasopalatino.
Aspecto radiográfico: radioluscência mediana com margens definidas, algumas vezes produzindo uma lesão oval ou em forma de coração. Pode ser unilateral.
Microscopia: revestido por epitélio com face plana, sem processo inflamatório, ciliado e fino, presença de feixes nervosos e vasos calibrosos.
Tratamento: enucleação.
	* Um variante do cisto do ducto nasopalatino é o cisto da papila incisiva, porém, este está confinado ao tecido mole.
Cisto nasolabial/nasoalveolar
Aspecto clínico: cisto de tecido mole originado da proliferação de remanescentes epiteliais do ducto nasolacrimal na fossa canina. As lesões são inteiramente de tecido mole; há aumento volumétrico em região da asa do nariz. Geralmente assintomático.
Microscopia: revestido por epitélio escamoso.
Tratamento: enucleação.
Cisto do ducto tireoglosso
Aspecto clínico: lesão incomum derivada de remanescentes do trato tireoglosso. Forame cego, assoalho bucal, próximo a cartilagem hioide; 30% dos casos é encontrado em pacientes com mais de 30 anos. A maioria ocorre na linha média; a massa desloca-se superiormente quando a língua repele para frente. Se infectado secundariamente, poderá drenar ?
Cisto dermoide/epidermoide
Aspecto clínico: parede cística contem tecidos de mais de um folheto germinativo. Causa elevação da língua, prejudica a deglutição, aumento volumétrico mediano no pescoço. O diâmetro é menor que 2 cm; é uma massa mole flutuante que se torna consistente quando o lúmen está preenchido por queratina.
Cisto linfoepitelial bucal e cervical
Aspecto clínico: comumente localizadona região posterior lateral da língua e anterior do assoalho bucal. Desenvolvem de invaginações epiteliais aprisionadas dentro de linfonodos.
Microscopia: revestimento de epitélio estratificado escamoso, frequentemente produzindo queratina. Parede cística contem folículos linfoides.
Cisto gastrintestinal heterotropico
Aspecto clínico: restos gástricos embrionários extraviados. Língua e assoalho bucal, proporção de 3:1 no sexo masculino, principalmente em crianças e jovens. Assintomático.
AULA PRÁTICA – 29/07/2014
PO 37 – Cisto dentígero
- Dente
- Epitélio cístico: estratificado pavimentoso
- Cápsula cística: tecido conjuntivo fibroso com infiltrado inflamatório mononuclear e restos epiteliais odontogênicos.
- Cavidade
PO 110 – Cisto odontogênico ortoqueratinizado
- Epitélio cístico: estratificado pavimentoso queratinizado, camada granulosa, espessura uniforme, interface plana com cápsula;
- Cápsula cística: tecido conjuntivo fibroso
- Conteúdo: queratina
PO 60 – Cisto linfoepitelial
- Epitélio cístico: estratificado pavimentoso
- Cápsula cística: tecido conjuntivo com tecido linfoide
PO 81 – Cisto dermoide
- Epitélio cístico: estratificado pavimentoso queratinizado
- Cápsula cística: tecido conjuntivo fibroso
	* Glandulas sebáceas
	* Folículos pilosos
	* Tecido muscular liso
	* Glândulas sudoríparas
Obs.: mucosa: epitélio estratificado pavimentoso paraqueratinizado.
TUMORES ODONTOGÊNICOS – 31/07/2014
	Os tumores odontogênicos provem dos tecidos que originam os dentes e aparece normalmente em jovens e crianças (com exceção do ameloblastoma). Eles surgem na fase em que células migram da crista neural para o estomodeo.
HISTOGÊNESE DOS TUMORES ODONTOGÊNICOS
Epitélio odontogênico
	- Lâmina dentária
	- Órgão do esmalte
	- Epitélio reduzido do órgão do esmalte
	- Bainha de Hertwig
	- Restos epiteliais de Malassez
Ectomesênquima odontogênico
	- Papila dentária
	- Folículo dental/ligamento periodontal
CLASSIFICAÇÃO DOS TUMORES ODONTOGÊNICOS
1- Do epitélio odontogênico:
Ameloblastoma, tumor odontogênico adenomatoide, tumor odontogênico epitelial calcificante, tumor odontogênico queratocístico.
2- Do ectomesênquima odontogênico:
Mixoma odontogênico
3- Mistos
Fibromatoma ameloblástico, fibrodontoma ameloblástico, odontoma.
AMELOBLASTOMA
Histogênese: lâmina dentária. 30-70 anos. 85% em mandíbula posterior. Expansão assintomática, dificilmente causa dor. Natureza benigna que atinge grandes dimensões. Tratamento radical com remoção da hemi-mandíbula. O paciente relata que surgiu após a exodontia local. Ameloblastoma periférico: lesões extra-ósseas localizadas no tecido gengival. Radiolúcido uni ou multilocular. Bolhas de sabão. Expansão da cortical. Reabsorção das raízes. Crescimento infiltrativo para espaços medulares ósseos. Critérios de Vickers – Gorlin: hipercromatismo, células periféricas em paliçada, núcleos polarizados, vacuolização. Vistas ao microscópio, as células podem ter aspecto acantomatoso (células colunares polarizadas, citoplasma com vacúolos claros, queratinização da região central das ilhotas do ameloblastoma); folicular/cístico; amelogênese; plexiforme; células granulares (tumor antigo).
AMELOBLASTOMA UNICÍSTICO
Histogênese: epitélio cístico odontogênico. Jovens. Em mandíbula posterior. Assintomático ou tumefação dolorosa. Taxa de recidiva menor. Radiolúcido bem definido. Dente incluso. Luminal, intraluminal ou mural. 
	AMELOBLASTOMAS
	Convencional (sólido)
	86% dos casos
	Unicístico
	13% dos casos
	Periférico (extra-ósseo)
	1% dos casos
	Maligno
	Raríssimo
PO 51 – Ameloblastoma (lâmina nova)
- Epitélio de revestimento
- Estroma conjuntivo fibroso com infiltrado inflamatório crônico
- Ameloblastoma: representado por ilhas de células epiteliais hipercromáticas
	1) células periféricas cuboides ou colunares com núcleos polarizados;
	2) células centrais de aspecto estrelário (padrão folicular);
	3) células centrais com metaplasia escamosa (padrão acantomatoso);
	4) área central com degeneração cística (padrão cístico).
TUMOR ODONTOGÊNICO ADENOMATOIDE
Histogênese: epitélio (reduzido) do órgão do esmalte. Jovens (raro após 30 anos). Mulheres 2:1. Anterior dos maxilares. Junto a dentes inclusos (75%). Radiolúcido unilocular. Flocos de neve. Folicular ou extrafolicular.
TUMOR ODONTOGÊNICO EPITELIAL CALCIFICANTE
Histogênese: epitélio reduzido do órgão do esmalte, estrato intermediário, restos de Serres. 30-50 anos. 75% em mandíbula posterior. Tumefação assintomática. Crescimento lento. Radiolúcido uni ou multilocular. Estruturas mineralizadas. Dente incluso.
TUMOR ODONTOGÊNICO QUERATOCÍSTICO
Histogênese: remanescentes da lâmina dentária. 20-30 anos, Ângulo da mandíbula. Dor ou parestesia. Recidiva frequente (25-60%). Expansão óssea. Reabsorção radicular. Dentes inclusos (as vezes).
SÍNDROME DO CARCINOMA BASOCELULAR NEVOIDE
Múltiplos nevos. Carcinoma basocelular de pele. Múltiplos ceratocistos. Anormalidades ósseas. Focos de mineralização nas meninges. Fibromas ovarianos. Hipertelorismo. Tumor odontogênico queratocístico x Cisto odontôgenico ortoqueratinizado. 
PO 70 – Tumor odontogênico adenomatoide
- Células epiteliais ovaladas ou fusiformes em padrão enovelado
- Estruturas adenomatoides (diâmetro grande)
- Estruturas ductiformes (diâmetro pequeno)
- Calcificações distróficas
PO 119 – Tumor odontogênico queratocístico
- Epitélio cístico: 	interface plana com a cápsula
			Células basais cúbicas e superiores escamosas
			Espessura uniforme
			Superfície corrugada/ondulada
- Cápsula cística: tecido conjuntivo fibroso
- Conteúdo: queratina
FIBROMA AMELOBLÁSTICO – 05/08/2014
Histogênese: epitélio e ectomesênquima odontogênico, bainha de Hertwig. 20-30 anos. Mandíbula posterior. Assintomática. Tumefação nas lesões maiores. Radiolúcido uni ou multilocular bem definido. Dente incluso (50% dos casos). Em uma punção não há presença de líquidos, por isso não pode ser um cisto dentígero.
ODONTOMA
Etiologia: trauma ou infecção dentária. Jovens (10-20 anos). Qualquer região dos maxilares. Assintomático ou expansão óssea. Tipos: composto (os tecidos formados geram pequenos dentículos anômalos, seguindo uma sequência normal de esmalte, dentina e áreas de polpa), e complexo (não possui sequência normal dos componentes dentários). Massa radiopaca. Halo radiolúcido periférico.
FIBRO-ODONTOMA AMELOBLÁSTICO 
“Lesão com características histopatológicas do fibroma ameloblástico + odontoma concomitantemente”. Crianças (10 anos). Radiolúcido e áreas com radiopacidade de estrutura dental + dente incluso. Raro.
FIBROMA ODONTOGÊNICO
Provável histogênese: folículo dentário. Mulheres (7:1). Média: 40 anos. Assintomático (lesões pequenas). Expansão óssea e abalamento dental (lesões grandes). Folículo dental hiperplásico. Radiolúcido uni ou multilocular. Reabsorção radicular. Afastamento de raízes. Flocos de neve. Tipos: simples e “OMS”
MIXOMA ODONTOGÊNICO
Histogênese: ectomesênquima odontogênico. Adultos jovens (25-30 anos). Expansão óssea indolor. Macroscopia: tecido mole gelatinoso. Radiolúcido uni ou multilocular. Bolhas de sabão. Margens mal definidas. Dente incluso. Reabsorção radicular.
CEMENTOBLASTOMA
Histogênese: ligamento periodontal. Jovens (20-30 anos). Principalmente homens. Pré-molares e molares inferiores (50%). Crescimento lento assintomático. Radiopacidade contínua com a raiz. Halo radiolúcido periférico fino.
PO 76 – Odontoma composto
- Polpa: camada odontoblástica e tecido conjuntivo delicado
- Dentina: canalículos dentinários, pré-dentina.
- Matriz de esmalte
PO 92 – Fibroma ameloblástico
- Tecido mesenquimal: células fusiformes, fibras colágenas delicadas, riqueza de SFA.
- Cordões epiteliais: fileira dupla, células colunares ou cúbicas.
PATOLOGIA ÓSSEA – 07/08/2014
	O tecido ósseo tem a função dar sustentação mecânica e homeostasia mineral; os íons cálcio e fósforo estão depositados no esqueleto. Para diagnóstico das doenças ósseas,é necessário realizar exames radiográficos e histopatológicos, além de informações clínicas completas.
OSTEÍTE ALVEOLAR
“Osteomielite com sequestração da lâmina dura após exodontia”. Dor intensa, odor fétido, 3-4 dias após exodontia. Fragmentos da lâmina dura separadas do osso alveolar.
OSTEORRADIONECROSE
“Necrose óssea com formação de sequestro em osso radiado”. Etiologia: exodontias, lesões periapicais e periodontais. Em acordo com o paciente pode-se fazer exodontia preventiva.
DEFEITO OSTEOPORÓTICO
Etiologia: reparo alveolar anormal, medula fetal persistente, hiperplasia medular. Mulheres (75%), na região posterior da mandíbula (70% dos casos).
DOENÇA DE PAGET NO OSSO
Idosos (> 40 anos), homens (2:1), geralmente poliostótica (vários ossos), dor óssea, aumento progressivo do crânio. Posição simiesca, leontíase óssea. Diastemas na boca. Sorologia: fosfatase alcalina aumentada, calcemia e fosfatemia normais, hidroxiprolina urinária aumentada. Características radiográficas: início: diminuição da radiopacidade óssea; posterior: aspecto “flocos de algodão”. Hipercementose. Complicações: surdez, distúrbios visuais, exodontias difíceis, origem de neoplasias ósseas malignas (1% dos casos)
LESÃO DE CÉLULAS GIGANTES
Etiologia: trauma? Neoplasia? Eis a questão. Idade: abaixo de 30 anos em 60% dos casos, mulheres (65%), mandíbula, lesões agressivas e não agressivas. Radiolúcido uni ou multilocular, tamanhos variados, expansão da cortical, erosão na forma agressiva.
TUMOR MARROM DO HIPERPARATIREOIDISMO
Tumor marrom, urolitíase, hipercalcemia. Áreas císticas nos ossos, reabsorção óssea generalizada.
QUERUBISMO
Origem: hereditário autonômico dominante; mutações espontâneas. 1-7 anos. Ângulo e ramo da mandíbula. Expansão bilateral simétrica. Linfadenopatia. Formas brandas e graves. Radiolúcido multilocular bilateral, expansão óssea das corticais.
PO 08 – Osteorradionecrose
- Tecido ósseo desvitalizado (osteoplastos vazios)
- Colônias bacterianas.
PO 28 – Lesão de células gigantes
- Células mesenquimais ovoides e fusiformes
- Células gigantes multinucleadas
- Focos de hemorragia
- Pigmentos de hemossiderina
- Osso imaturo
DISPLASIA FIBROSA – 12/08/2014
“O osso normal é substituído por tecido fibro-ósseo na fase de desenvolvimento do esqueleto. Sua causa não tem natureza exata.” Monostótica (85%), principalmente na maxila, 20-30 anos, tumefação assintomática. Craniofacial: osso maxilar + esfenoidal + occipital. Poliostótica (15%), principalmente nos ossos longos, diferença no comprimento das pernas, fraturas patológicas. Tipo Jaffe: ¾ do esqueleto, manchas café com leite. Síndrome McCune Albright: ¾ do esqueleto, manchas café com leite, hiperfunção de glândulas endócrinas. Radiopaco com aspecto “vidro despolido”, limites difusos, seio maxilar obliterado, “caracteres chineses”.
DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA PERIAPICAL *
Região periapical inferior anterior, lesões solitárias ou múltiplas, assintomáticas, dentes possuem vitalidade, 30-50 anos, mulheres (4:1), raça negra. Radiolúcido definido, radiolucido com áreas radiopacas, radiopaco com halo radiolúcido.
DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA FOCAL
Raça branca, região mandibular posterior, geralmente única.
DISPLASIA CEMENTO-ÓSSEA FLORIDA (cementoma gigantiforme)
30-50 anos, mulheres da raça negra (90%), bilateral simétrico nos ossos maxilares, assintomático, discreta tumefação, sintomática, fístula e exposição do osso. Radiopaco com aspecto “flocos de algodão”, áreas radiolúcidas entremeadas, cisto ósseo simples.
FIBROMA OSSIFICANTE
Natureza: neoplasia osteogênica. 30-40 anos, mulheres (5:1), mandíbula posterior (90%), assintomático ou expansão óssea indolor. Radiolúcido unilocular, radiolúcido com pontos radiopacos, radiopaco com halo radiolúcido. 
OSTEOMA
Natureza: traumática, inflamatória, neoplásica? Crescimento ósseo localizado, praticamente exclusivo dos ossos craniofaciais. Tipos: periostico, endósteo, condilar, seios paranasais. Radiopaco circunscrito. 
SINDROME DE GARDNER
Pólipos adenomatosos no cólon e reto, osteomas múltiplos, cistos epidermoides cutâneos, fibromas, dentes supranumerários e permanentes inclusos.
HEMANGIOMA CENTRAL
Neoplasia benigna dos vasos sanguíneos. Adolescentes e adultos jovens, mandíbula, dor, inchaço, pulsação local, perigo de sangramento grave. Radiolúcido uni ou multilocular.
OSTEOSSARCOMA *
Nos maxilares, 7% dos casos, 30-40 anos. Aumento volumétrico, dor, crescimento lento em alguns tumores, mobilidade dentária. Prognóstico sombrio, metástases para pulmões e cérebro. Radiolúcido, radiopaco ou ambos (mesclado); reabsorção das raízes em pico, aumento do espaço periodontal. “Aspecto raios de sol”. Características histológicas: osteoblástico, condroblástico, fibroblástico.
MIELOMA MÚLTIPLO
70 anos, raça negra, sexo masculino (2:1), dor nos ossos, fratura patológica, fadiga, diátese hemorrágica, susceptibilidade a infecções, febre. Calcificações metastáticas, depósitos amiloides em tecidos moles. Lesões múltiplas, radiolucida “perfurada” bem definida, qualquer osso; crânio, mandíbula, pode reabsorver cortical nos maxilares. Diagnostico: exame de urina, hiperglobulinemia M, proteína de Berce Jones (urina). Plasmócitos atípicos binucleados.
PLASMOCITOMA
55 anos, sexo masculino (3:1), 1/3 na colua vertebral, lesão única, radiolucida unilocular bem definida, ausência de bordas escleróticas. 
PG 55 – Osteossarcoma osteoblástico
- Osteoblastos atípicos
- Mitoses atípicas
- Células gigantes multinucleadas atípicas
- Osteoide tumoral
- Necrose superficial
PO 89 – Fibroma ossificante
- Tecido conjuntivo fibroso com áreas de maior celularidade. 
- Mineralizações de tamanhos variados (aspecto cementoide).

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