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deficientes auditivos

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Prof. Edvaldo de Farias, MSc. 
www.edvaldodefarias.com 
1. QUEM É A PESSOA COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA 
Indivíduo que necessita de recursos externos ao seu organismo para comunicar-se e/ou 
compreender a fala ou qualquer outro tipo de estímulos sonoros passíveis de serem percebidos pela 
média da audição humana. 
 
 
2. CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL QTO. AO PERÍODO DE AQUISIÇÃO 
 
 Surdez CONGÊNITA (pré-lingual) – criança nasce surda e, por isso, surdez é anterior à fase de 
desenvolvimento da fala e da linguagem. (+ dificuldades na aprendizagem); 
 
 Surdez ADQUIRIDA (pode ser pré ou pós-lingual) - perda da audição ao longo da vida e pode ser 
anterior ou posterior ao surgimento espontâneo da fala e desenvolvimento da linguagem. 
 
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3. CLASSIFICAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS AUDITIVAS (MEC/SEESP) 
 AUDIÇÃO HUMANA NORMAL – 10 – 15 dB 
 
NÍVEL DE PERDA    INTENSIDADE SONORA PERCEPTÍVEL 
o LEVE 16 - 40 dB 
o MÉDIA OU MODERADA 41 – 55 dB 
o ACENTUADA 56 – 70 dB 
o SEVERA 71 - 90 dB 
o PROFUNDA acima de 91 dB 
 
obs.: resultados obtidos a partir de exame audiométrico 
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4. TIPOS DE PERDAS AUDITIVAS EM RELAÇÃO A TOPOGRAFIA 
 
 PERDA AUDITIVA CONDUTIVA - Redução da intensidade do som que passa através do canal 
externo do ouvido externo, indo até o tímpano, onde as vibrações são recebidas pelo ouvido 
médio (martelo, bigorna e estribo) e levadas ao ouvido interno. Pode ser causada por cera em 
excesso, má formação estrutural, tímpano lesionado ou semi-flexível, movimentos de martelo, 
bigorna e estribo obstruídos...) 
 
 PERDA AUDITIVA SENSORIO-NEURAL - Causada por problemas no ouvido interno ou no nervo 
auditivo (nervo coclear - VIII par craniano), responsável pela transmissão da informação 
nervosa ao cérebro. 
 
 PERDA AUDITIVA MISTA - Causada por problemas no ouvido externo e/ou médio + ouvido interno. 
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5. CAUSAS DAS PERDAS AUDITIVAS 
 
 PRÉ-NATAL: alterações genéticas, rubéola, caxumba, sarampo, 
toxoplasmose e outros acometimentos patológicos que acometam 
a mãe antes do nascimento. 
 
 PERI-NATAL: fator RH incompatível, parto demorado e com 
complicações durante o parto, excesso de intensidade nas 
contrações intrauterinas causando danos cerebrais ao bebê. 
 
 POS-NATAL: sífilis, meningite, traumatismos locais, viroses, 
acidentes domésticos variados e outros incidentes que ocorram 
após o nascimento. 
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5. FATORES DE RISCO PARA SURDEZ  0 a 28 dias de vida 
 
 HISTORIA FAMILIAR - outros casos de surdez na família; 
 INFECÇÃO INTRAUTERINA - provocada por citomegalovírus, rubéola, sífilis, herpes genital, toxoplasmose; 
 ANOMALIAS CRÂNIO-FACIAIS - deformações que afetam orelha e/ou o canal auditivo (duto fechado); 
 PESO INFERIOR A 1.500g AO NASCER; 
 HIPERBILIRUBINEMIA - doença que ocorre 24 horas depois do parto. O bebê fica todo amarelo por causa 
do aumento de uma substância chamada bilirrubina. Ele precisa tomar banho de luz e fazer transfusão; 
 MEDICAÇÃO OTOTOXICA - uso de antibióticos do tipo aminoclicosídeos que podem afetar ouvido interno; 
 MENINGITE BACTERIANA - surdez é umas das consequências possíveis quando bebê tem este tipo; 
 NOTA APGA < 4 NO 1º. min nascido e < 6 NO 5º. min - Todo bebê quando nasce, recebe uma nota, 
composta por uma avaliação que inclui muitos fatores. Virginia Apgar é o nome da médica que criou o teste; 
 VENTILAÇÃO MECÂNICA EM UTI NEONATAL POR MAIS DE 5 DIAS - quando bebê tem que ficar entubado 
por dificuldades respiratórias; 
 SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À SÍNDROMES - p.ex.: Síndrome de Down ou de Waldemburg 
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5. FATORES DE RISCO PARA SURDEZ  29 dias até 2 anos de vida 
 ATRASO DE FALA OU DE LINGUAGEM - aos 7 meses ele já deve imitar alguns sons; com 1 ano já deve 
falar cerca de 10 palavras e com 2 anos o vocabulário deve estar em torno de 100 palavras 
 MENINGITE BACTERIANA OU VIROTICA - esta é a maior causa de surdez no Brasil 
 TRAUMA DE CABEÇA ASSOCIADA À PERDA DE CONSCIÊNCIA OU FRATURA CRANIANA 
 MEDICAÇÃO OTOTOÓXICA - uso de antibióticos (tipo aminoglicosídeos) que afetam ouvido interno 
 SINAIS FÍSICOS ASSOCIADOS À SÍNDROMES - p.ex.: Síndrome de Down e de Waldemburg 
 INFECÇÃO DE OUVIDO PERSISTENTE OU RECORRENTE POR MAIS DE 3 MESES 
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5. FATORES DE RISCO PARA SURDEZ  adolescentes e adultos 
 
 USO CONTINUADO DE FONES DE OUVIDO 
 TRABALHO PROLONGADO EM AMBIENTES DE ALTO NÍVEL DE PRESSÃO SONORA 
 ACOMETIMENTOS INFECCIOSOS CONSTANTES DE OUVIDO 
 USO DE OBJETOS INADEQUADOS PARA LIMPEZA DO OUVIDO 
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6. CARACTERÍSTICAS DOS DEFICIENTES AUDITIVOS – SURDEZ LEVE 
 
 Dificuldade para ouvir e distinguir sons à distâncias maiores; 
 Tendência a sentar-se em locais mais próximos da fonte sonora; 
 Comportamento inseguro e desatento nas aulas; 
 Ansiedade/comportamento agressivo sem razão aparente; 
 Dificuldades no desenvolvimento inicial da linguagem; 
 Possibilidade de adquirir linguagem normal; 
 Déficits na percepção, memorização e associação auditiva; 
 Déficits na velocidade de reação e de deslocamento; 
 Alterações na manutenção da postura estática e dinâmica; 
 Problemas na estruturação do equilíbrio corporal... 
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7. CARACTERIZAÇÃO DOS DEFICIENTES AUDITIVOS - SURDEZ MODERADA 
 
 Razoável capacidade de compreender a fala (dependendo da velocidade); 
 Tem dificuldade para acompanhar discussões; 
 Requer a repetição como forma de entendimento da fala; 
 Precisa do uso de aparelhos auditivos e/ou programas terapêuticos especiais; 
 Déficits na percepção corporal, velocidades de reação e deslocamento; 
 Déficits na estruturação dos equilíbrios estático e dinâmico; 
 Precisa potencializar outras formas de percepção; 
 Dificuldades na aquisição da fala espontânea; 
 Alterações posturais associadas; 
 Déficits na associação e memorização auditiva. 
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8. CARACTERIZAÇÃO DOS DEFICIENTES AUDITIVOS - SURDEZ SEVERA 
 
 Necessidade de treinamentos específicos (auditivo e da fala); 
 Requer escolas ou classes especiais para aquisição da linguagem básica; 
 Consegue ouvir em pequenas proximidades e as vezes é considerado surdo total; 
 Necessita, em alguns casos, de atendimento educacional individualizado; 
 Susceptibilidade à acidentes pessoais; 
 Alterações no desenvolvimento do equilíbrio (estático e dinâmico); 
 Alterações no desenvolvimento da velocidade de reação e de deslocamento; 
 Dependência maior de outras formas de percepção; 
 Alterações mais significativas na fala, associadas à surdez; 
 Alterações posturais características; 
 Déficits naassociação e memorização auditiva... 
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9. CARACTERIZAÇÃO DOS DEFICIENTES AUDITIVOS - SURDEZ PROFUNDA 
 
 Grande dificuldade em compreender a voz humana; 
 No caso de usar prótese, recomenda-se adaptação pré-escolarização; 
 Percebe sons muito altos apenas pelas vibrações; 
 Maior susceptibilidade à acidentes pessoais; 
 Comprometimento maior da velocidade de reação e de deslocamento; 
 Alterações no desenvolvimento dos equilíbrios estático e dinâmico; 
 Depende totalmente de outras formas de percepção; 
 Grande incidência de dificuldades na aquisição da fala; 
 Alterações posturais mais evidentes; 
 Confia mais na visão para processar informações... 
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10. ALGUMAS FORMAS NÃO-CLÍNICAS DE IDENTIFICAR DEFICIENTES AUDITIVOS 
 
 Reações inadequadas a tipos de sons diferenciados; 
 Reações defasadas a estímulos em que predominem fontes sonoras; 
 Fixação exacerbada do olhar nos lábios de quem fala; 
 Fala estereotipada (tonalidade demasiadamente alta ou baixa); 
 Insegurança na integração à novos grupos; 
 Posicionamento unilateral da cabeça e pescoço ao ouvir sons; 
 Dificuldades na execução de atividades que dependem de comandos sonoros... 
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