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CIPT Aula 8 ZF 2017

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23/11/2017
1
Clínica das Intoxicações e 
Plantas Tóxicas
Prof.Ass.Dr. José Paes de Oliveira Filho
Departamento de Clínica Veterinária
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Botucatu - UNESP
Tokarnia et al. 2012.
23/11/2017
2
Tokarnia et al. 2012.Tokarnia et al. 2012.
Bambusa vulgaris
 Família: Poaceae
 Nome popular: bambu
 Distribuição geográfica:
 distribuída por todo o Brasil, se adapta a vários tipos de solo
 Espécies sensíveis:
 equinos
 Condições em que ocorre a intoxicação:
 as folhas possuem boa palatabilidade
 os equinos preferiram as folhas do bambu que as braquiarias
existentes nos piquetes onde a intoxicação foi relatada
23/11/2017
3
Bambusa vulgaris
 Princípio tóxico:
 desconhecido, sem relação com HCN
 Dose:
 as folhas em diferentes estados de maturação
podem provocar intoxicação
 10 a 47 g/kg de PV/ dia => 30 a 60 dias
23/11/2017
4
Bambusa vulgaris
 Sinais Clínicos:
 ataxia, incoordenação motora, sonolência, dificuldade
de apreensão, mastigação e deglutição, instabilidade e
permanece em estação com os membros abduzidos
 evolução
 subaguda à crônica
 sem ser letal na maioria dos casos
 os animais se recuperam de 2 a 3 dias após não
terem mais acesso ao bambu
Tokarnia et al. 2012.
23/11/2017
5
Bambusa vulgaris
 Necrópsia:
 nada digno de nota, apenas leve degeneração de alguns axônios
 Diagnóstico:
 histórico, presença da planta em grandes quantidades e sinais
clínicos
 diferenciar da intoxicação por amitraz, raiva, mieloencefalite por
EHV-1 e EPM
 Tratamento e Profilaxia:
 não há tratamento (suporte) e deve-se evitar o acesso dos equinos
a pastagens com grande quantidade de bambu
23/11/2017
6
Equisetum spp
 Família: Equisetaceae
 Nomes populares:
 cavalinha, funcho, rabo de cavalo, rabo de lagarto, cauda-de-
raposa
 Distribuição:
 Sudeste, Bahia, Góias e Mato Grosso
 áreas de brejo
 Condições para que ocorra a intoxicação:
 os equinos “viciam-se” ao comer esta planta na pastagem
 associada ao feno
Equisetum spp
 Princípio tóxico:
 tiaminases
 Doses:
 feno composto com 1/3 ou mais de E. arvense produz sinais
clínicos em 2 a 5 semanas
 Sinais clínicos:
 perturbações nervosa => tremores, quedas
 mau desenvolvimento => fraqueza de membros posteriores => ataxia
 rigidez muscular => decúbito => constipação
23/11/2017
7
Equisetum spp
 Diagnóstico:
 histórico e sinais clínicos
 resposta a terapêutica
 Dx diferencial:
 intoxicação por Pteridium aquilinum e outras neuropatias
 Tratamento:
 retirar os equinos das áreas onde há a planta
 250 a 500 mg de tiamina I.V.
23/11/2017
8
Plantas cianogênicas
 Sinais clínicos:
 doses ≥ 2 a 4 mg de HCN /Kg PV / hora
 morte em poucos segundos com convulsões e parada respiratória
 doses menores
 respiração acelerada e profunda
 mucosas visíveis avermelhadas => cianóticas
 tremores musculares, andar cambaleante com quedas, contrações
tônico-clônicas, decúbito e coma
 morte por parada respiratória (15 min à poucas horas)
 timpanismo com bolha dorsal (bloqueio do reflexo de eructação e
atonia ruminal)
Plantas cianogênicas
 Necrópsia:
 nada digno de nota
 sangue venoso vermelho vivo (evolução de minutos)
 geralmente encontra-se sangue vermelho-escuro, parcialmente não
coagulado e tecidos escuros
 presença de plantas no T.G.I.
 histopatologia
 degeneração e necrose da substância cinzenta e branca do cérebro
23/11/2017
9
Plantas cianogênicas
 Diagnóstico:
 histórico
 evolução super aguda
 Teste do Papel Picro-sódico
 tiras de papel filtro
 100 ml água destilada
 0,5 g ácido pícrico
 5 g carbonato de sódio
 5 – 10 min (reação positiva)
 planta de liberação lenta
 folhas ressecadas
Tokarnia et al. 2012.
Teste do Papel Picro-sódico
Plantas cianogênicas
 Tratamento: bovino 500 kg
 200 ml (5 g nitrito de sódio + 15 g tiossulfato de sódio) IV lento, repetir
apenas uma vez
 30 g de tiossulfato de sódio a cada hora VO
23/11/2017
10
Plantas cianogênicas
 Principais plantas tóxicas cianogênicas:
 Manihot spp (mandiocas e maniçobas)
 Manihot esculenta (mandioca)
 Manihot piauhyensis
Plantas cianogênicas
 Principais plantas tóxicas cianogênicas:
Sorghum spp
 brotação (< 30 cm)
 fatores que impedem o seu desenvolvimento
 animais pastejando poucos dias após a colheita do sorgo
Tokarnia et al. 2012.
23/11/2017
11
Plantas cianogênicas
 Fácil acesso 
 (residência, jardins, praças...)
 Convivência com tutor
 Curiosidade
 Ingestão de sementes
 Fatores estressantes
 Alterações no ambiente
 Perversão de apetite
Slater & Gwaltney-Brant, 2011
Intoxicações por plantas ornamentais em 
pequenos Animais
23/11/2017
12
Intoxicações por plantas 
ornamentais em pequenos Animais
 Fácil acesso (residência, jardins, praças...)
 Convivência com tutor
 Curiosidade
 Ingestão de sementes
 Fatores estressantes
 Alterações no ambiente
 Perversão de apetite
Intoxicações por plantas 
ornamentais em pequenos Animais
 Casuística
 Desconhecimento do tutor
 É baixa??? Ou Não relatada????
 Mas a intoxicação por plantas ocorre!!!!
 Ocorrência: 
 Filhotes > adultos
 Cães > gatos
23/11/2017
13
Intoxicações por plantas 
ornamentais em pequenos Animais
 Casuística
 Desconhecimento do tutor
 É baixa??? Ou Não relatada????
 Mas a intoxicação por plantas ocorre!!!!
 Ocorrência: 
 Filhotes > adultos
 Cães > gatos
Plantas que causam sintomatologia gastroentérica mais branda
 Euphorbia pulcherrima (bico de papagaio) 
Azalea sp e Rhododendron simsii (Azaléia)
23/11/2017
14
Plantas que causam sintomatologia gastroentérica mais branda
 Euphorbia pulcherrima (bico de papagaio) 
Azalea sp e Rhododendron simsii (Azaléia)
 Substância ativa: 
 Andrometotoxina presente nas folhas, flores (Azaléia)
 Alterações clínicas:
 salivação, lacrimejamento, vômito e diarreia
 dispneia
 fraqueza muscular, convulsão e coma
 Tratamento:
 lavagem gástrica e carvão ativado
 fluidoterapia
Plantas que causam graves 
intoxicações gastroentéricas
23/11/2017
15
Abrus precatorius (olho de cabra, jiquiriti)
B. Plantas que causam graves intoxicações 
gastroentéricas
 Abrus precatorius (olho de cabra)
 Ricinus communis (semente mamona – Ricina)
Substância ativa: 
 sementes 
 Abrus precatorius => lectina chamada “abrina”
 Ricinus communis => lectina chamada “ricina”. 
 estas sementes precisam ser mastigadas para que haja a 
liberação do princípio ativo
23/11/2017
16
B. Plantas que causam graves intoxicações 
gastroentéricas
 Abrus precatorius (olho de cabra)
 Ricinus communins (semente mamona – Ricina)
 Ação das lectinas:
 liberação das lectinas (abrina e ricina) => absorvidas pelo
T.G.I. => ligam-se à galactose na membrana celular e sofrem
endocitose => parte é transportada para os lissossomos ou
levadas de volta à superfície celular e não causam dano à
célula, entretanto, algumas delas são translocadas no citosol,
chegam ao retículo endoplasmático onde retiram uma adenina
da região 28 S do RNAm, inibindo a síntese proteica, e
consequentemente levam à morte celular
B. Plantas que causam graves intoxicações
 Abrus precatorius (olho de cabra)
 Ricinus communins (semente mamona – Ricina)
 Sinais clínicos: 
 período de latência de aprox. 24 horas
 primeiros sinais clínicos: depressão moderada e hipertermia 
significativa
 seguido de sede e sinais de cólica. Vômitos e diarreia catarro-
hemorrágica.
 na fase terminal observa-se convulsões
23/11/2017
17
B. Plantas que causamgraves intoxicações 
gastroentéricas
 Abrus precatorius (olho de cabra)
 Ricinus communins (semente mamona – Ricina)
 Tratamento:
 tratamento de suporte e sintomático.
 carvão ativado e catárticos (se o diagnóstico for realizado 
poucas horas após a ingestão das sementes)
 protetores gástricos (se ocorrer gastroenterite)
 correção hidroeletrolítica
 controle das convulsões
B. Plantas que causam graves intoxicações 
gastroentéricas
 Jatropha curcas (pinhão paraguaio)
 Princípios tóxicos:
 Curcinas (lectina)
 Complexo resino-lipóide:
 responsável pela dermatite
 Alcalóide e um glicosídeo:
 encontrado na casca da semente, tem ação depressora do sistema
cardio-circulatório e estimulante sobre a musculatura gastrintestinal
 Obs. As sementes possuem grande quantidade de um óleo
purgativo (40%)
23/11/2017
18
B. Plantas que causam graves intoxicações 
gastroentéricas
 Jatropha curcas (pinhão paraguaio)
 Sinais clínicos:
 dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia aquosa profusa
 gastroenterite hemorrágica e profunda desidratação
 alterações cardíacas e no SNC
 Tratamento:
 suporte e sintomático
 carvão ativado e catárticos (se o diagnóstico for precoce)
 protetores gástricos (se ocorrer gastroenterite)
 correção hidroeletrolítica
 controle das convulsões
Plantas que causam 
estomatite e glossite
23/11/2017
19
C. Plantas que causam estomatite e glossite
 Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta)
 Substância ativa:
 Oxalato de cálcio e proteínas tóxicas
 folhas e caules são venenosos
 Alterações clínicas:
 dermatite de contato
 queimadura, estomatite e inflamação da garganta
 anorexia, vômito, diarreia tremor de cabeça, salivação
excessiva
 raro causar a morte
23/11/2017
20
C. Plantas que causam estomatite e glossite
 Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta)
 Tratamento:
 sintomático (alívio da irritação)
 lavar pele, olhos ou boca do animal com água fria
 Fluidoterapia:
 antieméticos (metoclopramida: 0,2-0,5mg/Kg)
 bloqueadores de H2 (cimetidina: 5mg/Kg)
23/11/2017
21
Sanseveria trisfasciata
Caladium bicolor (tinhorão)
23/11/2017
22
C. Plantas que causam estomatite e glossite
 Coroa-de cristo (Euphorbia milii)
 Substância ativa:
 Terpenos tóxicos
 substância cáustica presente no caule
 Alterações clínicas:
 Irritação da pele, membranas e mucosas
 Quando ingerida: dor abdominal e salivação
 Tratamento:
 Sintomático
23/11/2017
23
Euphorbia cotinifolia
23/11/2017
24
C. Plantas que causam estomatite e glossite
 Costela de adão (Monstera deliciosa)
 Substância ativa:
 Oxalato de cálcio presente nas folhas
 Alterações clínicas:
 salivação
 estomatite e urticária
 afonia
 Tratamento:
 sintomático
Plantas cardiotóxicas
23/11/2017
25
Nome científico: Thevetia nerifolia
Nome popular: Chapéu de Napoleão, jorro-jorro, noz de cobra, cerbera, 
aoaimirim.
23/11/2017
26
Nome científico: Digitalis purpurea
Nome popular: dedaleira
23/11/2017
27
D. Plantas cardiotóxicas
 Asclepias curassavica
 Thevetia peruviana (chapéu de Napoleão)
 Nerium oleander (espirradeira)
 Digitalis purpurea (dedaleira)
 Substância ativa:
 glicosídeo cardioativo semelhante à digoxina e digitoxina
 Alterações clínicas:
 sinais iniciais gastrintestinais
 evolui para sinais cardíacos (bloqueio cardíaco, taquicardia,
bradicardia, fibrilações atriais e ventriculares
 respiração alterada, anóxia, hipotermia e convulsões
D. Plantas cardiotóxicas
 Thevetia peruviana (chapéu de Napoleão)
 Nerium oleander (espirradeira)
 Asclepias curassavica
 Digitalis purpurea (dedaleira)
Tratamento:
 lavagem gástrica para se retirar toda a planta
 correção hidroeletrolítica
 sintomático cardíaco
23/11/2017
28
Plantas que atuam no 
SNC
23/11/2017
29
E. Plantas que atuam no SNC
 Nicotiana tabacum (tabaco)
 Substância ativa:
 Nicotina, encontrada nas folhas
 intoxicação ao consumir as folhas de tabaco, mas é bem mais
comum os animais de companhia se intoxicarem ao consumir
restos de cigarros, charutos
 a nicotina, alcalóide encontrado nas folhas da Nicotiana
tabacum, estimula o sistema colinérgico. A nicotina
inicialmente estimula e em seguida deprime os gânglios
autonômicos
E. Plantas que atuam no SNC
 Nicotiana tabacum (tabaco)
 Alterações clínicas:
 intoxicações agudas ou crônicas
 náuseas, vômitos, suores frios, palidez, tontura, excitação, confusão
mental, taquicardia
 nos casos graves: convulsões, fibrilações musculares, coma, paralisias
e distúrbios respiratórios
 óbito ocorre por insuficiência respiratória após paralisia muscular
 Tratamento:
 casos agudos: emergencial sintomático. No contato com a pele deve
ser feita lavagem rigorosa
23/11/2017
30
23/11/2017
31
E. Plantas que atuam no SNC
 Datura sp.
 => Datura stramonium (trombeta do inferno)
 => Datura suaveolens (saia branca)
 Substância ativa:
 as folhas e sementes apresentam alcalóides com efeitos
alucinógenos
 alcalóides tropânicos – atropina e escopolamina
E. Plantas que atuam no SNC
 Datura sp.
 => Datura stramonium (trombeta do inferno, zabumba)
 => Datura suaveolens (saia branca)
 Sinais clínicos:
 sede intensa, distúrbios de visão decorrentes da midríase
 pele e mucosas secas
 hipertermia e taquicardia, delírios e hiperirritabilidade
 convulsões que podem progredir ao coma
 Tratamento:
 neostigmina (reduzir os efeitos colinérgicos, usar apenas nos casos graves)
 controlar a hipertermia com bolsas de gelo

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