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INSPEÇÃO DE EQUÍDEOS

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INSPEÇÃO DE EQUÍDEOS
HEITOR BARRETO ROCHA
Histórico
Na Europa, antes da idade média, caçavam cavalos selvagens para aproveitar carne e pele;
Em 732 Papa Gregory III proibiu o consumo entre cristãos pois acreditava tratar-se de costumes pagãos; 
Desde o início do século XIX o preconceito vem decrescendo;
Hoje é consumida em diversos países, principalmente Suécia, Dinamarca, Holanda, Bélgica, Alemanha, Suíça, França, Itália...
Características da carne
Sabor adocicado = quantidade de glicogênio (varia);
Coloração vermelho escura a pardo avermelhada;
Fibras finas e longas, consistência firme;
Na Europa, crescente aceitação em salsicharias.
Características da carne
Características da carne
Inspeção de Equídeos
DECRETO Nº 9.013, DE 29 DE MARÇO DE 2017
Regulamenta a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e a Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989, que dispõem sobre a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal.
Inspeção de Equídeos
 Art. 10. Para os fins deste Decreto, são adotados os seguintes conceitos: 
XI - espécies de açougue - são os bovídeos, equídeos, suídeos, ovinos, caprinos, lagomorfos e aves domésticas, bem como os animais silvestres criados em cativeiro, abatidos em estabelecimentos sob inspeção veterinária;
Inspeção de Equídeos
 Art. 84.  Nos estabelecimentos sob inspeção federal, é permitido o abate de bovinos, bubalinos, equídeos, suídeos, ovinos, caprinos, aves domésticas e lagomorfos e de animais exóticos, animais silvestres e pescado, atendido o disposto neste Decreto e em normas complementares. 
§ 1º  O abate de diferentes espécies em um mesmo estabelecimento pode ser realizado em instalações e equipamentos específicos para a correspondente finalidade.
Inspeção de Equídeos
 Art. 84.  
§ 2º  O abate de que trata o § 1º pode ser realizado desde que seja evidenciada a completa segregação entre as diferentes espécies e seus respectivos produtos durante todas as etapas do processo operacional, respeitadas as particularidades de cada espécie, inclusive quanto à higienização das instalações e dos equipamentos.
Fluxograma de abate
Fluxograma de abate
 Insensibilização:
Utiliza-se pistola de dardo cativo penetrante ou não penetrante, o ponto exato do golpe se localiza traçando-se uma linha imaginária da base da orelha até o olho oposto.
Sangria:
Realiza-se uma secção na região cervical próximo a entrada do peitoral do animal para que vários vasos sejam seccionados e assim a sangria sendo mais eficaz;
Fluxograma de abate
Esfola:
O couro é removido através de um equipamento mecânico denominado rolete;
Desarticulação de Cabeça:
A cabeça é destinada para o chuveiro, realiza-se a toalete removendo-se coágulos, gordura, sangue, resíduos em geral e é feita a inspeção detalhada desta.
Para exportação
Após o resfriamento, são retiradas da câmara, divididas em quartos, desossadas e acondicionadas em caixas de papelão com peso de 30 kg.
As caixas fechadas são logo encaminhadas ao túnel de congelamento rápido, sob temperatura de -6° C, onde permanecem por 20 horas. 
Finalmente, vão para as câmaras de estocagem, onde ficam até o momento do embarque e de onde saem com temperatura em torno de -18° C.
Inspeção de Equídeos
 Art. 186.  Na inspeção de equídeos, além do disposto nesta Subseção e em norma complementar, aplica-se, no que couber, o disposto na Seção III deste Capítulo.
Parágrafo único.  Os procedimentos para detecção e julgamento de animais acometidos por Trichinella spiralis (triquinelose), de que trata o art. 202, são aplicáveis aos equídeos.
Obs:Todas as carcaças deverão passar pelo teste para Trichinella spiralis, Encefalomielite Infecciosa, Mioglobinúria, Mormo, Garrotilho, Tétano, Melanoma, Abscessos, Anemia Infecciosa Equina e Brucelose
Inspeção de Equídeos
 Art. 187.  As carcaças e os órgãos de equídeos acometidos de: meningite cérebro-espinhal, encefalomielite infecciosa, febre tifóide, durina, mal de cadeiras, azotúria, hemoglobinúria paroxística, garrotilho e quaisquer outras doenças e alterações com lesões inflamatórias ou neoplasias malignas devem ser condenados.
Inspeção de Equídeos
 Art. 277.  Para os fins deste Decreto, carcaças são as massas musculares e os ossos do animal abatido, tecnicamente preparado, desprovido de cabeça, órgãos e vísceras torácicas e abdominais, respeitadas as particularidades de cada espécie, observado ainda:
I - nos bovinos, nos búfalos e nos equídeos a carcaça não inclui pele, patas, rabo, glândula mamária, testículos e vergalho;
Parágrafo único.  É obrigatória a remoção da carne que fica ao redor da lesão do local da sangria, a qual é considerada imprópria para o consumo, respeitadas as particularidades de cada espécie.
Subprodutos e resíduos
Os couros, depois de submetidos à salga por uns 60 dias, são vendidos no mercado interno ou exportados;
As tripas são vendidas a fabricantes de linguiça. Em muitos países da Europa, as tripas de cavalo são muito utilizadas na indústria de salsicharia. 
Subprodutos e resíduos
O intestino delgado, por sua firmeza e porosidade, é considerado como o envoltório ideal para embutidos de primeira qualidade; 
O intestino grosso, devidamente preparado, é usado como envoltório para mortadela.
 O tratamento é o mesmo feito nos intestinos de bovinos.
Subprodutos e resíduos
O fígado, o sangue seco e algumas glândulas, são adquiridos por laboratórios fabricantes de medicamentos;
As crinas são utilizadas por indústrias de escovas, pincéis e entretelas;
Os ossos e os cascos, depois de moídos, são incorporados a adubos.
Inspeção de Equídeos
 Art. 278.  Para os fins deste Decreto, miúdos são os órgãos e as partes de animais de abate julgados aptos para o consumo humano pela inspeção veterinária oficial, conforme especificado abaixo:
VI - nos equídeos: coração, língua, fígado, rins e estômago.
Parágrafo único.  Podem ser aproveitados para consumo direto, de acordo com os hábitos regionais, tradicionais ou de países importadores, pulmões, baço, medula espinhal, glândula mamária, testículos, lábios, bochechas, cartilagens e outros a serem definidos em normas complementares, desde que não se constituam em materiais especificados de risco.
Inspeção de Equídeos
 Art. 454.  As carcaças, os quartos ou as partes de carcaças em natureza de bovinos, de búfalos, de equídeos, de suídeos, de ovinos, de caprinos e de ratitas, destinados ao comércio varejista ou em trânsito para outros estabelecimentos recebem o carimbo do SIF diretamente em sua superfície e devem possuir, além deste, etiqueta-lacre inviolável.
§ 1º  As etiquetas-lacres e os carimbos devem conter as exigências previstas neste Decreto e em normas complementares.
§ 2º  Os miúdos devem ser identificados com carimbo do SIF, conforme normas complementares.
Obrigado!
Referências
 Carne de cavalo mesmo com polêmica frigorifico uruguaio investe na produção, disponível em
http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI332983-18530,00, 
Os equinos como produtores de carne, disponível em http://www.beefpoint.com.br/radares-tecnicos/qualidade-da-carne. 
Inspeção e tecnologia de produtos de origem animal, disponível em http://www.veterinariandocs.com.br/documentos/Arquivo/Inspe%C3%A7%C3%A3o-1/Inspe%C3%A7%C3%A3o%2003.pdf. 
DECRETO nº 9.013, de 29 de março de 2017, disponível em http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/2017/decreto-9013-29-marco-2017-784536-norma-pe.html

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