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Escola de Química / UFRJ Departamento de Processos Orgânicos Tecnologia Orgânica I Luiz Fernando Leite Petróleo e seu refino Petróleo Petróleo: grego “petra + oleum” Ocorre naturalmente é um líquido inflamável que consiste numa complexa mistura de hidrocarbonetos de vários pesos moleculares (mistura de 105 a 106 diferentes moléculas), que são encontrados em formações geológicas abaixo da superfície da terra. Hidrocarbonetos Média Faixa Parafinas 30% 15 a 60% Naftenos 49% 30 a 60% Aromáticos 15% 3 a 30% Asfálticos 6% restante Impurezas denominadas oleofílicas: Compostos de S, N e O Porfirinas HC + Fe, Mg, Zn, Cu, Ni, V, As (organometálicos) Elementos associados: sedimentos (areia), sal e água Composição mássica de petróleos nacionais Fonte: Brasil, N.I. et al, Processamento de Petróleo e Gás, LTC, 2012 Classificação segundo a densidade Fonte: Farah, M.A., Caracterização de frações de petróleo pela viscosidade, Tese de Doutorado, EQ/UFRJ, 2006 Densidade de petróleos nacionais Fonte: Brasil, N.I. et al, Processamento de Petróleo e Gás, LTC, 2012 Petróleo: Composição Elemento % mássica Carbono 83-87 Hidrogênio 11-14 S 0,06 – 8,0 O 0,1 – 0,5 N 0,11 – 1,7 Metais (Fe, Ni, V etc) (*) 0,3 (*) Normalmente o V corresponde a 75% do conteúdo de metais Água e sedimentos 0,1 a 0,6 % volume <1,0 % (no Brasil) Sais Minerais 20 a 200 g/t Fonte: Speight (2001) Compostos contendo hetero-átomos Distribuição do teor de S nos diferentes cortes do petróleo Fonte: Brasil, N.I. et al, Processa mento de Petróleo e Gás, LTC, 2012 Teores de S de alguns petróleos Fonte: Brasil, N.I. et al, Processamento de Petróleo e Gás, LTC, 2012 Compostos de S,N e O metil mercaptana fenil mercaptana ciclohexiltiol Compostos Sulfurados ácidos: Compostos Sulfurados Não-ácidos: Tiociclohexano Tiofeno CH3SCH3 Dimetil Sulfeto CH3S-SCH3 Dimetil Dissulfeto Benzotiofeno Compostos Nitrogenados Básicos: Pirridina Quinolina Isoquinolina Acridina Compostos de S,N e O Compostos Nitrogenados Não-básicos: Pirrol Indol Carbazol Benzocarbazol CH3(CH2)nCOOH Ácidos Carboxílicos Fenol Ácidos Cresílicos Compostos Oxigenados Ácidos: Furano Benzofurano R-COOR’ Ésteres R-CONHR’ Amidas O || R-C-R’ Cetonas Compostos Oxigenados Não-ácidos: Organometálicos (porfirinas) Asfaltenos Microscopia (x15): n-C7 de petróleo Mars-P Ilustração esquemática da Análise SARA Asfaltenos (estrutura química) Petróleo: preço Preços de referência: Brent (Mar do Norte: Londres) WTI (Texas: NY) 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 140,00 160,00 Ja n -1 9 9 6 Ja n -1 9 9 7 Ja n -1 9 9 8 Ja n -1 9 9 9 Ja n -2 0 0 0 Ja n -2 0 0 1 Ja n -2 0 0 2 Ja n -2 0 0 3 Ja n -2 0 0 4 Ja n -2 0 0 5 Ja n -2 0 0 6 Ja n -2 0 0 7 Ja n -2 0 0 8 Ja n -2 0 0 9 Ja n -2 0 1 0 Ja n -2 0 1 1 Ja n -2 0 1 2 Ja n -2 0 1 3 Ja n -2 0 1 4 Ja n -2 0 1 5 U S $ / b b l Preço do Brent & WTI Brent WTI Petróleo O óleo bruto é praticamente inutilizável, necessitando ser dessalgado e refinado, gerando produtos combustíveis e não-combustíveis. Combustíveis: • Gás combustível; • GLP; • Gasolina; • Querosene (QAV); • Diesel; • Bunker; • Óleo Combustível; • Coque. Não-combustíveis: • Nafta petroquímica; • Propeno • Óleo Lubrificante; • Parafinas; • Solventes; • Asfaltos; • Enxofre. Evolução do consumo brasileiro de combustíveis e etanol Fonte: Petrobrás e ANP Anuário Estatístico 2010) Combustíveis: qualidade quanto ao tipo de HC n-Parafinas: queima completa, boa estabilidade, boa partida a frio, bom no. Cetano, baixa octanagem, não tóxico. i-Parafinas: idem, boa octanagem. Aromáticos: alto poder calorífico, boa octanagem, toxidez (alguns compostos); Naftênicos: intermediário Faixa de destilação: Leves: boa partida a frio, queima completa, alta volatividade Pesados: alto poder calorífico, alta densidade (queima incompleta, fuligem) °C Petróleo: Frações Básicas Corte Fração Uso C1 e C2 Gás combustível • Combustível de refinaria (fornos) • Matéria petroquímica (eteno) C3 e C4 GLP • Combustível doméstico e industrial • Matéria-prima petroquímica • Alquilação (gasolina de alta octanagem, gasolina de aviação) • Propelente para aerossóis 20 a 220 °C Nafta • Gasolina automotiva • Matéria-prima petroquímica • Produção de Solventes industriais 150 a 300 °C Querosene • Querosene de aviação (QAV) • Querosene de Iluminação • Parafinas para produção de detergentes 100 a 400 °C Gasóleo atmosférico • Óleo Diesel • Combustível doméstico e industrial • Matéria-prima petroquímica 400 a 540 °C (*) Destilação Atm. até 400°C , após Dest. a vácuo (evitar degradação) Gasóleo de Vácuo • Carga para unidades de craqueamento (FCC,HCC) • Produção de óleo básico para lubrificantes • Matéria-prima petroquímica Acima de 570 °C Resíduo de Vácuo • Óleo Combustível e Bunker • Produção de Asfalto • Carga p/o Coqueamento Retardado (Coque) • Lubrificante de alta viscosidade Fonte: M.Letícia M.Valle, Prod. do Setor de Combustíveis e de Lubrificantes , 2007 Petróleo Principais propriedades do petróleo: • Densidade específica: Sp. gr. 60/60 • Densidade API (American Petroleum Institute) °API= 141,5 - 131,5 Sp.gr. 60/60 Faixa de densidade: 0,82 a >1,0 (41 a 10 °API) • Teor de Sal (BSW) : mg NaCl /l de óleo problemas de corrosão no refino e entupimento de trocadores de calor • Teor de S: Acima de 1% é alto teor de S • Acidez total (TAN): mg KOH/g de óleo Mede a acidez naftênica Corrosão • Ponto de Fluidez (Pour Point) : medida de parafinifidade • Teor de Cinzas: medida de quantidade de metais presentes Qualidade de Óleos Crús MARLIM CABIÚNAS ÁRABE LEVE ºAPI 19.70 24.70 33.30 S (%p/p) 0.75 0.47 1.63 N (% p/p) 0.45 0.27 0.09 ACIDEZ (mg KOH/g) 1.01 0.83 0.08 ASFALTENOS (%p/p) 2.60 2.80 1.10 METAIS (mg/Kg) Ni 19 9 3.50 V 24 12 14 Evolução da Acidez Média do Óleo Nacional 0% 20% 40% 60% 80% 100% 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Entre 0 e 0,5 Acidez Entre 0,5 e 1,5 Acidez Maior que 1,5 Acidez Refino de Petróleo Dessalgação do Petróleo: Teor de sal > 10 lb/1000 bbl (como NaCl) (A tendência é dessalgar todos os petróleos). Teor de sal > 20 lb/1000 bbl → Dois estágios de dessalgação O objetivo é reduzir a incrustação/corrosão causada pela deposição de sal nos trocadores de calor e os ácidos formados pela decomposição dos sais de cloreto. Além disso ajuda na remoção de alguns metais presentes na forma de compostos inorgânicos dissolvidos na água emulssificada com o petróleo, o que evita a desativação dos catalisadores do refino. Remove também sólidos em suspenção no petróleo (areia fina, partículas do solo, óxidos de ferro e sulfetos de ferro e outros eventuais contaminantes) Processo de Dessalgação Tem por finalidade separar emulsão de água em óleo, o que permitea remoção o sal, pois este se concentra na fase aquosa. Atualmente se utiliza o processo de precipitação eletrostática, em que algum produto químico pode ser utilizado como auxiliar (glicóis como desemulsificantes; e polieletrólitos ). No caso brasileiro o petróleo é aquecido a 140 – 150 °C para ser dessalgado, o que normalmente é feito em duplo estágio. °API Água adic. % vol Temp °C >40 3-4 115-125 30-40 4-7 125-140 <30 7-10 140-150 Desafio do refino de óleos pesados: • Petróleos mais viscosos • Densidade mais próxima a da água; • Emulsões mais estáveis principalmente em crus naftênicos pesados. Fonte: Petroleum Refining , Gary et al, 2007 Aplicação de um campo elétrico alternado à emulsão, que passa entre os eletrodos com elevada diferença de voltagem. Há a polarização das gotas que se alinham segundo as linhas de força do campo elétrico, aproximando-se devido a atração entre cargas contrárias ocorrendo coalescência das gotas adjacentes. Mudanças rápidas do campo elétrico, fazem as gotas se movimentarem com grande rapidez, aumentando as chances de choque, por conseguinte a coalescência. Processo de Dessalgação Fonte: Petroleum Refining , Gary et al, 2007 Eficiência: 90 a 95% Eficiência: Até 99% Destilação Atmosférica Fonte: Brasil, N.I. et al, Processa mento de Petróleo e Gás, LTC, 2012 Curvas de destilação dos cortes Destilação a Vácuo Fonte: Brasil, N.I. et al, Processamen to de Petróleo e Gás, LTC, 2012 Destilação Atmosférica e a Vácuo (UDAV) A torre de Destilação Atmosférica trabalha com uma temperatura de fundo que não deve passar de 370 °C para evitar degradação térmica do produto. O Resíduo Atmosférico (RAT ) é destilado a vácuo para evitar o craqueamento dos hidrocarbonetos de cadeia longa presentes na carga. Vapor de baixa pressão superaquecido é injetado junto a carga da torre de vácuo para reduzir a pressão parcial dos hidrocarbonetos e reduzir a formação de coque no forno. A destilação a vácuo normalmente ocorre a temperaturas na faixa de 380 a 410 °C e pressão absoluta de 15 a 40 mmHg. O diâmetro da torre a vácuo é muito maior que o da torre atmosférica. Reduzindo-se a pressão pode-se trabalhar a temperaturas mais baixas de modo a não ocorrer craqueamento térmico, evitando perda de produto e sujeira no equipamento. Unidade de Destilação Atmosférica e a Vácuo-UDAV Destila ção Atmos férica Petróleo Dessalgado Destila ção a Vácuo Gás combustível Nafta DD Querosene Diesel Resíduo Atmosférico Resíduo de vácuo Gasóleo pesado de Vácuo P/ FCC ou HCC P/ Coqueamento Retardado ou Desasfaltação GLP Unidade de Desasfaltação O resíduo de vácuo, rico em compostos asfaltênicos tem frações oleosas que podem ter utilização mais nobre que o simples emprego como óleo combustível. A UDASF tem o objetivo de recuperar do RV uma fração mais leve e com menor teor de contaminantes, o óleo desasfaltado. UDASF Resíduo de vácuo Óleo Desasfaltado (ODES) Resíduo Asfáltico (RASF) Usa-se um solvente (HC parafínico leve): propano, butano, pentano, hexano, heptano. ↑ ↓ Poder de solvência Seletividade Unidade de Desasfaltação Fonte: Brasil, N.I. et al, Processamento de Petróleo e Gás, LTC, 2012 Evolução da composição das frações residuais (Método SARA) Esquema simplificado da seção de extração Unidades de Conversão e Upgrading Processos de Craqueamento: quebra de moléculas grandes em moléculas menores, da faixa dos combustíveis. • FCC (Craqueamento Catalítico Fluido) • HCC (Hidrocraqueamento) • Coqueamento Retardado (Craqueamento Térmico) Processos de Transformação Química: modifica a natureza química das moléculas. • Isomerização • Reforma Catalítica • Alquilação ou Alcoilação • Eterificação (MTBE e ETBE) Unidades de Tratamento Remoção de Enxofre e Nitrogênio: • Hidrotratamento (HDT, HDS, HDN, etc): Nafta, Querosene, Diesel e Instáveis • Tratamento com DEA: Gases Leves (GC e GLP), remove H2S e CO2 • Lavagem Cáustica: GLP e Gasolina, remove H2S a mercaptanas (obsoleto) • Tratamento MEROX (Mercaptan Oxidation) – tratamento cáustico regenerativo: GLP, QAV e querosene • Tratamento Bender: QAV, não remove o S, mas o torna menos agressivo, transformando mercaptanas em dissulfetos (obsoleto). Unidades Auxiliares Geração de Hidrogênio (Reforma a Vapor): GN, GLP e Nafta Unidade de Recuperação de Enxofre Tratamento de Águas Ácidas Refino de Petróleo Processos de Craqueamento FCC (Craqueamento Catalítico Fluido) HCC (Hidrocraqueamento ou Hidroconversão) Coqueamento Retardado (Craqueamento Térmico) FCC: Carga e Produtos Óleo Decantado ou Óleo Clarificado ~8% Gasóleo Pesado de Vácuo Gases Comb. ~5% (H2, CH4 e C2) GLP ~ 20% Gasolina ~ 50% LCO (pool de diesel) ~12% Unidade de FCC (Gasóleo Atmosférico, nos EUA) Parte da carga se transforma em coque que é queimado A importância do FCC no esquema de refino Alta rentabilidade (>US$50/t). Converte frações pesadas em produtos de maior valor agregado. Produz: Gás Combustível, GLP, Gasolina, LCO, OD O produto principal é a gasolina junto com o GLP e seus componentes individuais: propeno, isobuteno etc. Atualmente o LCO tem aumentado em importância, pela possibilidade de sua incorporação ao pool de diesel. Fornece flexibilidade à refinaria já que é capaz de processar outros tipos de carga, inclusive frações residuais. Em comparação com seu maior concorrente, o hidrocraqueamento, o FCC tem menor custo de investimento e de operação. As reações no FCC As principais reações são de quebra de moléculas grandes e pesadas nos sítios ativos do catalisador e de transferência de hidrogênio, via mecanismo de íon carbônio: • A reação básica é a cisão da ligação C-C de parafinas, cicloparafinas e aromáticos para formar olefinas, parafinas de menor peso molecular, cicloparafinas e aromáticos. • Olefinas resultantes da cisão C-C e isomerização com alquil parafinas para formar parafinas ramificadas • Cicloparafinas são desidrogenadas para formar aromáticos • Pequena quantidade de aromáticos e olefinas são condensadas formando coque. As reações no FCC Hidrocarboneto Reações Principais Produtos Parafina Craqueamento isoparafinas e olefinas C3+ Isomerização Naftenos Abertura do anel e cadeias laterais Parafinas, olefinas e aromáticos Desidrogenação Naftenoaromático Abertura do anel naftênico e quebra das cadeias laterais Parafinas, olefinas e aromáticos Desidrogenação Anéis aromáticos Craqueamento insipiente Coque sobre o catalisador Cadeias laterais aromáticas Quebra da ligação ao anel Olefinas e aromáticos Olefinas Craqueamento Olefinas ramificadas, diolefinas e parafinas Transferência de hidrogênio (*) Diolefinas Oligomerização e ciclo adição Poliaromáticos e coque (*) reação: olefinas + naftenos → aromáticos + parafinas O Conversorde FCC Duas seções de reação: • Reator de Craqueamento (Riser) • Regenerador do catalisador Catalisador circula entre os reatores: • Riser endotérmico • Regenerador exotérmico Fonte: Brasil, N.I. et al, Processamento de Petróleo e Gás, LTC, 2012 Reator: Injetor de Carga Vaso Separador: Tecnologia PASS Os ciclones fechados não são selados evitando: • arraste de HC para o stripper; • perturbação nos ciclones, devido a flutuações no vaso; • controle do nível do catalisador. Redução do sobrecraqueamento e reações secundárias Regenerador O papel do regenerador é: Queimar o coque do catalisador gasto; Preservar a atividade do catalisador; Circular catalisador para o reator e prover a demanda de calor necessária para que a reação ocorra. Minimizar emissões: Projetar e operar o regenerador de modo a minimizar as emissões de CO, SOx, NOx e material particulado. Regenerador: Distribuidor de Ar L.F. Leite, Petrobras Área de Fracionamento FR AC IO NA DO RA PR IN CI PA L Caldeira de Vapor de Média Compressor de Gases Y AB SO RV ED O RA PR IM AR IA Vaso de Alta Pressão AB SO RV ED O RA SE CU ND AR IA DE SE TA NI ZA DO RA DE SB UT AN IZ AD O RA Óleo decantado LCO Nafta Gás Combustível GLP Gases do reator Água ácida Vaso de Topo FCC: Composição Típica do Catalisador p/ cargas nacionais Caulim 25% Alumina 20% Zeólita 35% Outros 8% Sílica 12% Pó fino de granulometria na faixa de 20 a 100 mµ, com diâmetro médio de partícula de 70 µm FCC: Composição do Catalisador Zeólita Y • Zeólitas são aluminosilicatos cristalinos microporosos • Zeólitas Y tem diâmetro de poros 8 a 9 Angstrons Licenciadores da tecnologia de FCC (Parque Nacional) KELLOGG: Orthoflow B – RLAM Orthoflow C – RPBC, REPLAN Orthoflow F – REPAR, REVAP e REPLAN II UOP: Side by side – REDUC Stacked – REGAP, REFAP e REMAN Side by side HTR – REGAP II PETROBRAS: PACRC RECAP RLAM II REFAP II Outros Licenciadores ExxonMobil Shell Stone Webster Axens (IFP/Total) Processos de Craqueamento FCC (Craqueamento Catalítico Fluido) HCC (Hidrocraqueamento ou Hidroconversão) Coqueamento Retardado (Craqueamento Térmico) Hidrocraqueamento: Carga e produtos Gases leves (Rico em hidrogênio e GC) Diesel (alta qualidade) Óleo Não-convertido (UCO) Gasóleo Pesado de Vácuo (Gasóleo Atmosférico, Gasóleo de Coque) Nafta QAV Unidade de HCC GLP H2 Importância do HCC no esquema de refino Produz diesel e QAV de excelente qualidade (baixo S e aromáticos). A nafta produzida não tem octanagem elevada, mas pode ser uma boa carga para petroquímica. Dependendo da severidade do processo todos os produtos saem com S < 10 ppm. Pode ser operado para maximizar: nafta, QAV ou diesel. Características do Processo de HCC As reações são exotérmicas necessitando de quenchs intermediários, para evitar temperaturas excessivas. É necessário uma boa distribuição dos reagentes (fase líquida e vapor) e garantir um perfil uniforme de temperatura (dispositivos internos especiais). Pode ter um único estágio para maximizar destilados médios ou duplo estágio para produção de gasolina e/ou alta conversão ou conversão total. Operar com um único passe ou reciclando o fundo da fracionadora para misturar com a carga fresca. Temperatura: 400 a 480 °C Pressão: 35 -170 atm Velocidade Espacial: 0,5 a 2,0 As reações no HCC O hidrocraqueamento é essencialmente um craqueamento catalítico em presença de hidrogênio, portanto gera hidrocarbonetos menores, mas não gera olefinas. É usado um catalisador com dupla-função para prover alto número de sítios de craqueamento e sítios para a função hidrogenação. Sílica-Alumina amorfas, zeólita ou mistura delas promovem a formação de ion carbônio (craqueamento). A atividade de hidrogenação-desidrogenação é promovida por catalisadores que contêm Co, Mo, Ni, W, Pt, Pd e terras raras. Para o HCC usa-se metais do Grupo VIA (Mo, W) com Grupo VIIIA (Co, Ni) na forma de sulfetos. - H+ RCH=CHR’ + RCH2CH2R’ zeólita RCH2CHR’ cisão β R’CH=CH2 + R + R’CH=CH2 + H2 catalisador R’CH2CH3 Metal As reações no HCC Fragmentação e hidrogenação de complexos asfaltênicos e compostos heterocíclicos presentes na carga. Reações típicas de Hidrodessulfurização As reações no HCC Reações típicas de Hidrodesnitrogenação Mecanismo de hidrodesnitrogenação Formação de coque Rotas possíveis para aromáticos polinucleares (PNA) Carga contendo precurssores PNA se formam da superfície do catalisador PNA pesados (HPNA) (*) no efluente do reator Formação de coque (*) > 7 anéis benzênicos O reciclo de óleo-não-convertido(UCO) para o reator pode causar este efeito. Mitigação: retirada de 5 a 10 % de UCO. Fluxograma do processo de HCC 1º. Reator: Hidrodessulfurização com hidrocraqueamento parcial (H2S formado pode inibir a saturação dos aromáticos) 2º. Reator: Hidrocraqueamento com alta conversão Licenciadores da tecnologia de HCC Axens ChevronPhillips EMAK (ExxonMobil/Akzo/Kellogg) Shell UOP Processos de Craqueamento FCC (Craqueamento Catalítico Fluido) HCC (Hidrocraqueamento ou Hidroconversão) Coqueamento Retardado (Craqueamento Térmico) Coqueamento Retardado: Carga e Produtos HCGO (gasóleo pesado de coque) Resíduo de Vácuo(RV) GLP Nafta LCGO (gasóleo leve de coque) Unidade de Coqueamento Retardado GC Coque Muitas vezes se retiram três gasóleos: leve, médio e pesado. Neste caso o leve e médio vão para o HDT de instáveis, tendo o pool de diesel como destino e o pesado para unidades de craqueamento catalítico (FCC e HCC) ou pool de OC Processo térmico, não catalítico Importância do Coqueamento Retardado no refino Valoriza frações residuais aumentando a produção de combustíveis mais nobres e reduzindo a produção de óleo combustível e/ou asfalto. É chamada de unidade de fundo de barril. Aumento da produção de óleo diesel Com o declínio do consumo de OC, esta unidade ganhou importância no refino, pois produz destilados a partir de frações pesadas e viscosas com um investimento relativamente baixo e baixo custo operacional. O coque de baixo teor de S tem um bom valor comercial (caso brasileiro). Tecnologia madura por estar em constante evolução desde 1920. Rendimento dos Produtos Carga: RV Marlim (RCC= 24,24) Produto Rendimento % GC 5,0 GLP 4,7 Nafta Total 11,5 LCGO 22,1 HCGO 23,8 Coque (grau anodo) 32,9 A nafta e gasóleos de coque requerem hidrotratamentos e conversão adicional para se enquadrarem nas especificações de combustíveis motores. O processo envolve a decomposição térmica dos HCs, pela exposição a altaT em curto intervalo de tempo. É um processo de rejeição de carbono (remoção de carbono via a produção de um produto com alto-carbono e um óleo com uma relação H/C mais elevada que a da carga. Usos do coque: Combustível; Fabricação de anodos para a redução da alumina por células eletrolíticas; Uso direto como fonte de carbono para a produção fósforo elementar, carbeto de cálcio e carbeto de silício; Fabricação de eletrodos para uso em fornos elétricos de produção de aço; Fabricação de grafite Tipos de Coque A estrutura física e a pureza do coque determinam a sua aplicação: Esponja: relativamente puro pode ser calcinado, para remover voláteis, e produzir anodos para a produção de alumínio. Exige teor de metais baixo para reduzir impurezas no aluminio. Agulha: é o coque de qualidade premium que também é calcinado e utilizado para a produção de anodos de grafite que se destinam a fabricação de aço. Obtido de cargas altamente aromáticas (> 60%) com pequeno teor de asfaltenos, enxofre (< 1%), resinas e hetero-átomos. Combustível (shot coke): estrutura indesejável na forma de esferas de diâmetro de 5 a 200 mm. Proveniente de cargas com alto teor de asfaltenos e S. Difícil de manusear e queimar. Todos os tipos de coque podem ser queimados como combustível ou gaseificados. Reações químicas do Coqueamento Retardado São reações de pirólise (via radical livre), de crescimento de mesofase e coalescência e de desenvolvimento de estruturas anisotrópicas. Reações de decomposição e polimerização ocorrem entre as temperaturas de 350 a 500 °C, resultando na formação de compostos aromáticos policondensados. Então estes compostos essencialmente planares se rearranjam e se empilham em uma determinada direção, este estado é chamado de mesofase ou estado de cristal líquido. Aquecimento adicional resulta na formação de um mosaico ou na formação de coque fibroso. A textura do coque está relacionada a composição química e molecular da carga. Um dos mecanismos de formação propõe que o coque se forme facilmente partindo de um asfalteno, havendo dois fenômenos ocorrendo em paralelo: eliminação dos substituintes periféricos dos asfaltenos; e uma sequência de reações de polimerização e condensação. Estrutura de um asfalteno Características do Processo É um processo térmico, não catalítico, em que é gerado um produto de alta relação carbono/hidrogênio proveniente da: precipitação de asfaltenos, condensação e precipitação de resinas e condensação de aromáticos, formados durante o processo ou existentes na carga. Evita-se que o coqueamento ocorra no forno e que aconteça nos Tambores de Coque, daí o nome “retardado”. Para tal injeta-se vapor ou água de caldeira nas serpentinas dos fornos, a fim de aumentar a turbulência e a velocidade do fluxo de alimentação A carga é direcionada à Torre Fracionadora, onde ocorre um primeiro flash para remoção de frações leves. A parte líquida fresca se junta ao óleo reciclado e é enviado para o forno, onde é rapidamente aquecida até aproximadamente 500 °C (485 a 527 °C ). A carga combinada aquecida entra nos tambores de coque pela parte inferior e um longo tempo de residência promove a formação e depósito do coque. Um tambor opera em ciclos de 16 a 20h, enquanto o outro está nas etapas de resfriamento, descoqueamento e reaquecimento. Características do Processo As reações são endotérmicas, o que causa um gradiente de temperatura entre o fundo e topo do Tambor de Coque de aproximadamente 50 a 55 °C. Quando o Tambor atinge o nível máximo, é retirado de operação ao mesmo tempo que a carga é desviada para outro Tambor previamente condicionado. Essa manobra é realizadas pelas switch-valves, válvulas direcionadoras de fluxo. O Tambor que vai para a operação de remoção de coque é inicialmente purgado com vapor, mantendo-se o topo do Tambor ainda alinhado para a Torre Fracionadora. Terminada a purga, tem início o resfriamento com água. Após a drenagem, o tambor é aberto no topo e fundo. Uma lança é introduzida para realizar um furo central de cima para baixo, através de jato d’água de alta pressão. Uma vez o furo central concluído a ferramenta furo é substituída por uma de corte que quebra o coque que sai como pedras pelo fundo do Tambor. Estando o Tambor vazio, este é fechado, purgado com vapor e reaquecido para entrar novamente em operação. Tambor de Coque Fonte: Brasil, N.I; Araújo, M. A.S.; Sousa, E. C. M., Processamento de Petróleo e Gás, LTC, 2012 Fluxograma do processo de Coqueamento Retardado Fluxograma do processo de Coqueamento Retardado Rendimento em relação aos parâmetros operacionais Parâmetros de Processo Variação Rendimento de coque Temperatura na entrada (Reator) Pressão (Reator) Razão de Reciclo Injeção de Vapor (Forno) Licenciadores da Tecnologia de Coqueamento Retardado Foster Wheeler Conoco/Bechtel Coqueamento Fluido Fluid Coking: é um processo térmico contínuo, no qual a carga é pulverizada (spray) num leito fluidizado de partículas de coque quentes e é convertida a gases, líquidos e coque particulado. ExxonMobil Flexicoking: neste processo um leito de gaseificação é integrado ao Fluid Coking Flexicoking Outras unidades de fundo de barril Visco-redução (Visbreaking): Craqueamento térmico brando em fase líquida do RV e RAT Produtos: GLP e gasolina(pequenas quantidades), destilados médios (óleo de aquecimento e diesel) e óleo residual de menor viscosidade. Desasfaltação a propano: Extração líquido-líquido do RV. Produtos: ODES e RASF Processos de Transformação Química (Upgrading) • Isomerização • Reforma Catalítica • Alquilação ou Alcoilação • Eterificação (MTBE e ETBE) Melhoria de octanagem Propriedades de correntes que compõem o pool de gasolina Propriedade Isooctano MTBE TAME Etanol Alquilado Isomeriza do Reforma do Gasolina de FCC S.G. 0,72 0,75 0,77 0,79 0,68 0,70 0,78 0,75 RON 100 116 114 125 95 89 95 90 MON 94 96 99 100 92 85 85 80 PVR, psi 2,0 7,3 20 17 4,5 14,5 3 5 Isomerização A isomerização (ou hidroisomerização) visa aumentar a octanagem da nafta de destilação direta, principalmente a fração leve (C5 ou C5/C6), adicionando ~28 -30 N.Oct. n-Parafinas são transformadas em isoparafinas na presença de um catalisador bifuncional (Me / H+) e hidrogênio. A reação é favorecida a baixas temperaturas. O isomerizado é livre de aromáticos, olefinas e de S, portanto uma boa corrente para o pool de gasolina. No caso brasileiro, como a nafta DD se destina à aplicação petroquímica e há falta deste produto, pois importamos cerca de 30% da nafta petroquímica consumida no país, não há unidades deste tipo no nosso parque de refino. Reação em Equilíbrio termodinâmico Mecanismo de Reação Modelo Spillover Mecanismo bifuncional de hidroisomerização Processos de Transformação Química (Upgrading) • Isomerização • Reforma Catalítica • Alquilação ou Alcoilação • Eterificação (MTBE e ETBE) Reforma Catalítica A Reforma Catalítica atende a dois propósitos: produção de gasolina de alta octanagem produção de hidrocarbonetos aromáticos para indústria química/petroquímica Atuais tipos de processos: Reforma Semi-Regenerativa Reforma Continua (CRR) Temperatura: 470 – 530 °C Pressão: 3,5 – 40 Kgf/cm2 Catalisador bimetálico, metal nobre (Pt – Re) Reforma Catalítica: Estrutura do CatalisadorO catalisador de Reforma é bimetálico e bifuncional (função metálica e ácida) Metais de Platina e Rênio (sítios metálicos) Suporte de alumina (função ácida) Reforma Catalítica: Tratamento da Carga Carga: Naftas Naftênicas (naftênicos + aromáticos > 35%) Fracionamento da Nafta: nafta média de destilação direta (82 a 190 °C, C7 a C10, nos EUA restrição de benzeno) Hidrotratamento de Nafta: remoção de S (< 0,5 ppm), N (< 0,5 ppm), retenção de contaminantes metálicos (As, Pb, Cu, Fe, Na) e silício, remoção de olefinas (< 0,1 %, No.Bromo < 100). Reforma Catalítica Não há mudança significativa de PE do corte no processo. HC de PE acima de 204°C são facilmente hidrocraqueados e causam formação de coque. Componente Carga Produto Parafinas 30-70 30-50 Olefinas 0-2 0-2 Naftenos 20-60 0-3 Aromáticos 7-20 45-60 Octanagem dos Cortes de Nafta Reforma Catalítica: Principais Reações (*) baixas temperaturas favorecem relações iso/normal mais elevadas Reforma Catalítica: Principais Reações Desidrogenação dos naftênicos: Desidrociclização de parafinas: Isomerização de parafinas: CH3-CH2-CH2-CH2-CH2-CH3 CH3-CH2-CH-CH2-CH3 | CH3 Reforma Catalítica: Principais Reações Isomerização de naftênicos: Craqueamento de parafinas: CH3-CH2-CH2-CH2-CH2-CH3 + H2 2 CH3-CH2-CH3 Desmetilação de aromático (ou desalquilação): + H2 + CH4 Reforma Catalítica: Calor de Reação As principais reações da Reforma de Nafta são endotérmicas. Por isso fornos são instalados na entrada de cada um dos quatro reatores: Parafina Naftênico ΔH = + 10,5 Kcal/mol Naftênico Aromático ΔH = + 16,9 Kcal/mol Em uma planta com 4 reatores o ΔT em cada leito é: 1º. Reator ~ 75 °C 2º. Reator ~ 35 °C 3º. Reator ~ 22 °C 4º. Reator ~ 16 °C Reforma Catalítica: Reator Radial Reforma Catalítica Semi-Regenerativa Reforma Catalítica Semi-Regenerativa Reforma Catalítica Contínua Regeneração Contínua do Catalisador de Reforma Principais etapas da regeneração: • Queima do coque • Redispersão dos metais; • Cloração; • Redução; • Sulfetação (opcional, em caso de acidez elevada ) Reações de ajuste de cloreto: Reação de oxidação e redispersão: Reforma Catalítica: Efeito da Pressão O aumento da pressão de operação causa: Diminuição do rendimento do Reformado C5+; Pequeno aumento na produção de hidrogênio; Aumento do rendimento de leves C1,C2,C3 e C4. Reforma Catalítica: Variáveis operacionais A formação gradual de coque na superfície do catalisador faz com que a temperatura de reação tenha que aumentar durante a campanha. Tipicamente a temperatura sobe de 490 a 520 °C; A corrente de reciclo de gás rico em hidrogênio tem a função de proteger o catalisador evitando a formação de coque. A vazão desta corrente deve ser tal que a relação H2/HC seja de 6:1 molar; Uma campanha típica de um catalisador de reforma é de 12 a 18 meses. Após este período é necessário regenerá-lo, queimando o coque depositado. Espera-se que a vida útil do catalisador se estenda por 6 a 8 ciclos. Processos de Transformação Química (Upgrading) • Isomerização • Reforma Catalítica • Alquilação ou Alcoilação • Eterificação (MTBE e ETBE) Alquilação O processo é baseado na reação de uma isoparafina (isobutano) com olefinas (propeno, butenos e pentenos) para formar parafinas ramificadas de maior PM, na presença de um ácido forte (H2SO4, HF, ácido sólido). CH3 H+ | (CH3)2-CH-CH3 + H2C=CH-CH2-CH3 CH3- C- CH2-CH-CH3 | | CH3 CH3 O produto é um alquilado, mistura de isoparafinas, com elevado RON e baixa PVR. As cargas para alquilação são normalmente tratadas para remover S, água e oxigenados dos rafinados de MTBE e TAME. Alquilação c/ H2SO4 Parâmetros Operacionais Valores típicos para a alquilação de butenos : Temp= 7°C Relação i-C4/Butenos= 8,5 Velocidade Espacial= 0,27 hr-1 Concentração H2SO4 = 92-94 % em peso Condições Reacionais para cada tipo de olefina Reações indesejadas: Formação de ASO (acid soluble oil) Formação de ácido sulfônico, organosulfatos (ésteres) e polímeros Organosulfato Alquilação c/ HF Tem sido questionada devido a problemas de segurança e ambientais, mas houve melhorias processuais para reduzir estes problemas relativos ao uso do HF, incluindo: redução do inventário na unidade, evacuação e estocagem do ácido, e aditivos para redução pressão de vapor do HF (Phillips ReVAP - Reduced Volatility Alkylation Process: aditivo é sulfolone). Há um grande número de unidades operando e historicamente detinham a maior capacidade instalada de alquilação. A carga é pré-tratada, onde diolefinas e acetilenos são hidrogenados seletivamente num reator de leito fixo em condições brandas. Butene-1 é isomerizado a buteno-2. O catalisador é tolerante a S com campanhas de 3 anos e vida útil de 6. O processo da UOP inclui um Merox para remoção de S mercaptídio dos gases provenientes do FCC. Processo de Alquilação c/ HF Alquilação c/ Catalisador Sólido Evita problemas relativos a manuseio de ácidos fortes como: • H2SO4: corrosão e regeneração do ácido (alto investimento); • HF: segurança e meio ambiente (alto investimento em prevenção). O processo Alkylene foi desenvolvido pela UOP: O rendimento e qualidade do produto são assemelhados (RON= 95 a 97); A diferença é o reator que usa um catalisador sólido e seu sistema de regeneração. A reação ocorre em fase líquida, num reator tipo riser onde carga e o catalisador são alimentados na base e separados no topo. P= 350 psig, T= 4 a 38 °C, relação Isobutano/Olefinas= 6 a 15. O catalisador é separado por sedimentação, lavado e reciclado. A carga também é tratada para remover: diolefinas, oxigenados, água, S e N e outros venenos de catalisadores ácidos (Merox, hidrogenação seletiva). O catalisador é Ni, Pt ou Pd suportado em alumina impregnada com um alcalino/alc.terroso. Após calcinação são incorporados AlCl3 ou BF3. Processos de Transformação Química (Upgrading) • Isomerização • Reforma Catalítica • Alquilação ou Alcoilação • Eterificação (MTBE e ETBE) Eterificação É a reação do isobuteno, normalmente contido na corrente C4 do FCC ou no rafinado-1 de um SC, com álcoois metílico ou etílico gerando éteres metílico (MTBE) ou etílico (ETBE). É empregado um excesso estequiométrico do álcool de modo a manter uma alta seletividade, cerca de 99%. Geralmente a conversão é de 96 a 99%. Ocatalisador são resinas ácidas de troca iônica como:Amberlyst-15 e 35 da Rohm & Haas; K-2631 da Bayer; e M-30 ou M-31 da Dow Chemical Na maioria dos processo a reação ocorre em duas etapas: o primeiro reator de leito fixo, onde se dá a maior parte da reação, seguido de outro reator de leito fixo, com um menor perfil de temperatura, onde se completa a conversão do isobuteno. Butadienos e n-butenos não são envolvidos na reação, principalmente quando esta ocorre a baixas temperaturas e utilizam-se catalisadores seletivos. Corrente C4s Componente P.E. (°C) Massa específica(kg/m3) Isobutano -11,7 563 Isobuteno -6,9 598 1-Buteno -6,3 601 n-Butano -0,5 584 trans-2-Buteno 1,0 610 cis-2-Buteno 3,7 627 Propriedade dos componentes do rafinado-1 Eterificação Principal reação: CH3 CH3 | | CH3OH + CH3- C=CH2 CH3-O-C- CH3 | CH3 Reações secundárias: Isobuteno + H2O TBA 2 Isobuteno DIB (di-isobutileno) Todos os produtos secundários formados na reação de eterificação são compatíveis para o pool de gasolina. Processo de produção de MTBE CDTech Unidades de Tratamento Hidrotratamentos (Hidrorrefino) Tratamento c/ DEA (dietanolamina): remoção de H2S e CO2 de gases leves MEROX: tratamento cáustico regenerativo que remove mercaptans (e H2S) de GLP, nafta leve, QAV e querosene Lavagem Cáustica (GLP e gasolina) e Bender (QAV): obsoletos Hidrorrefino ou Hidroprocessamento Hidrorrefino Classificação: HDT e HC As reações de hidrorrefino HDT: Seu papel no refino HDT: Seu papel no refino Hidroconversão: Importância do Hidrorrefino Reações de HDR Reações de HDR HDS Existe S em toda a faixa de destilação do petróleo T ebulição S HDS Reações de HDS Fonte: Curso Básico de Hidrorrefino, J.L. Zotin HDN O teor de N também aumenta com o aumento do temperatura de ebulição T ebulição N , Complexidade das moléculas HDN HDN é mais difícil que o HDS A saturação dos aromáticos é limitada pelo equilíbrio termodinâmico a altas T (>400 °C) Saturação do anel é a etapa lenta Consumo de H2 do HDN > HDS Alta liberação de calor A P favorece o HDA, por conseguinte o HDN HDN HDM Reações de HDR Saturação de Olefinas: Ocorrem facilmente Reações de HDR Saturação de Aromáticos Abertura de anel aromático A reatividade cresce com o aumento do número de anéis A reatividade cresce com a existência de substituintes Processo de HDT Os contaminantes como saem? O S é removido em forma gasosa H2S, vai para URE gerando S. O N é removido sob forma de NH3 em solução, indo para UAA e de lá vai ser queimado num incinerador ou conversor de amônia. O Oxigênio é removido sob forma de água(efluente líquido). Metais (Ni, V, As, Pb, etc.) e Si ficam retidos no catalisador, no leito de guarda provocando desativação progressiva. Fluxograma Geral do Processo de HDT Seções da Unidade Seção de preparo da carga: • Filtração: Remoção de partículas (finos de coque) • Bombeamento: Aumento da pressão da carga Seção de reação: • Redução dos teores de contaminantes (S,N, outros) • Consumo de hidrogênio (relação H2/carga) • Controle da temperatura de reação (exotermicidade) Seção de separação e compressão: • Separação do gás(H2) e líquido(produto hidrotratado) • Remoção de H2S e NH3 • Compressão e recirculação do gás Seção de retificação e fracionamento: • Eliminação de gases ácidos (H2S) e hidrocarbonetos leves • Fracionar componentes para atingir a qualidade desejada do produto Reator de HDT Leitos Fixos Catalisadores de Hidrorrefino Formatos usados em catalisadores de HDT Fonte: Brasil, N.I; Araújo, M. A.S.; Sousa, E. C. M., Processamento de Petróleo e Gás, LTC, 2012 Catalisadores: Óxidos de Mo e W (10 a 30%) e Óxidos de metal promotor Ni e Co (3 a 8 %) sobre um suporte (γ-alumina) . Como o Hidrorrefino altera a composição das frações HDA: saturação dos aromáticos gerando naftênicos HO: saturação de olefinas gerando parafinas HCC: craqueamento de HC pesados gerando HC de menor PM Refino de Petróleo
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